Fanfic: Soldier | Tema: A Elite
- EU NÃO ME IMPORTO. SINCERAMENTE, NÃO ME IMPORTO COM O QUE VOCÊS DIZEM SER O MELHOR PRA MIM
estou olhando para uma roda de pessoas e eu estou no meio, são rostos embasados, não sei quem são
- EU NÃO LIGO PARA AQUELE SOCIOPATA QUE DIZ GOSTAR DE MIM E SAI POR AÍ ESTOURANDO BOMBAS EM MEUS EX NAMORADOS
aponto meu dedo para o homem com terno preto e sem rosto
-E AO CONTRARIO DO QUE VOCE PENSA SENHOR SOCIOPATA, EU NÃO AMO VOCÊ, NUNCA AMEI, EU AMO ELE
me sinto livre, mas ainda faltam coisas a dizer
- ESTOU CANSADA DE VOCES, TODOS VOCES, DA ELITE, EU QUERO ME LIBERTAR DISSO. E EU NÃO ESTOU LOUCA, EU SEI EXATAMENTE O QUE ESTOU FAZENDO, E EU QUERO QUE VOCES SE FODAM, VERMES
Sinto-me estranha, vejo sangue na parede, no chão e em minhas mãos.
Estou me vendo, meu cabelo pinga sangue e meu rosto não esta muito diferente. Apesar de eu estar fascinada pela minha aparencia, percebo minha boca com uma grande mancha vermelha e um gosto metalico na garganta...
sinto que fui puxada por uma força que não sei explicar, sinto que estou cavalgando mas não há cavalo...
...
-Acorde...
Abri meus olhos lentamente, minha cabeça dói. Lembrei da primeira vez que isso aconteceu, quando Aaron tirou o capuz da minha cabeça. Aqui está ele novamente, agachado a minha frente, com um pano molhado dando batidinhas em minha testa. Estou perdida, sinto os olhos verdes de Aaron procurando os meus castanhos
-não deveria ter aceitado a droga - Ele disse baixinho, tirando o pano de minha testa e levando suas mãos até o colo, repousando-as
Eu lembro que aceitei a proposta de Moriarty, lembro que chegamos ao quarto, eu deitei em minha cama. E o resto eu não sei se foi real... provavelmente não
- eu tinha que aceitar. Eu preciso me decifrar
Ele riu, balançando a cabeça para os lados
Ele se levantou, tirando o casaco cinza. Fiquei encarando como ele fica belo somente com a camisa social branca.
Pela primeira vez no momento reparei que não estou em meu quarto, aqui é maior e só tem uma cama grande.
-Onde estou?
Perguntei olhando ao redor, a cama é grande e eu estou somente de um lado enquanto o de outro está bagunçado mas vazio
???? Porra
-É meu quarto
Ele respondeu lentamente e se sentou na beira da cama.
POR QUE NÃO ESTOU COM AS ROUPAS CINZAS E SIM BRANCAS???? EU NÃO ME LEMBRO DISSO PORRA
EU TÔ ATORDOADA, não sei o que é real nessa porra
PORRA PORRA PORRA PORRA
-quem me trocou?
Perguntei baixinho, levantando um pouco o cobertor e olhando as minhas roupas
- Eu mesmo
Ele com certeza percebeu a minha cara de assustada
-Relaxe, estava escuro, eu não vi nada
MEU DEUS DO CÉU
-Vai pro inferno Aaron
Me levantei rápido da cama, sentindo o chão gelado nos pés e logo a minha barriga roncou, deve ser fome
-Desculpa, sua roupa estava imunda. Eu não vi nada, juro. Isso foi extremamente profissional.
Antes que eu pudesse responder, ouvi um barulho na porta como umas partidas e logo Moriarty entrou. Seu semblante cínico logo vai ser nas minhas roupas
-Quem trocou suas roupas?
Ele pergunta e pela primeira vez que o vejo, ele não está sorrindo, está sério. Parece um pouco transtornado
-Moriarty, eu troquei, tive que trocar, sabe, estavam sujas...
Aaron arqueou as sobrancelhas e Moriatry assentiu. E nessa hora eu soube que eles estão escondendo alguma coisa de mim...
-Por que estou no quarto do Aaron?
Um olhou para cara do outro e assim Aaron me respondeu
-eu encontrei você no salão, dizendo que queria ver o mar. Você estava rastejando, por isso suas roupas estavam sujas. Não me lembrava qual é o seu quarto. Por isso te trouxe aqui.
Analisei seu rosto, as gotinhas de suor brotando na testa conforme dizia a frase.
Sabe o que isso significa?
Mentiroso
Mas
Um mal mentiroso.
-me leve para nosso quarto Jim
Tentei parecer grossa e autoritária. Eu não aguento essas coisas de ficarem escondendo tudo de mim. Que inferno. Estou putassa.
Moriarty abriu a porta e eu passei e logo ele veio atras e disse
-Desculpe por não ter vigiado você. Eu também tive alguns problemas com o Peter, ele ficou péssimo. Mas isso é normal na primeira vez.
Meus passos são rápidos e largos, não sei como, é automático. Sinto que isso está irritando Jim
-Morgana, olhe pra mim enquanto eu estiver falando com você
Continue, ainda falta metade do corredor e eu estou desfilando. Até que sinto sua mão no meu ombro. Ele foi ágil, me encostou na parede, levou uma de suas mãos até a minha boca e a tapou. Eu nunca estive tão perto de alguém assim...
Eu consigo ouvir seu coração acelerado e sua respiração.
- Não seja uma menina má, ou eu também serei mal com você, terei que te castigar, mocinha.
Eu não sei o que pensar...
Ele me soltou e eu estou sem entender nada, nossos passos estão lentos e sincronizados. No elevador ele disse
-No seu quarto, tem comida que eu pedi para um dos meus amigos guardar para você do jantar. Você deve estar com fome, não comeu no almoço
Pera.
PERA PERA PERA
Como ele sabe que eu não comi no almoço sendo que ele não estava lá?
Devo perguntar?
Melhor não. Estou com medo.
-Que horas são?
Perguntei com voz fina, baixinho, meio tímida.
Percebi que ele sorriu...
-é de madrugada. Não sei ao certo o horário.
O elevador se abriu e nos andamos para o nossos quarto. Está meio escuro, exceto pela luz que vinha do corredor.
Vi uma bandeja sob minha cama e corri até ela. Tem pão com presunto, queijo e alface. Acho que batata frita e alguma coisa quadrada e meio derretida que eu não sei o nome, mas é bom.
Moriatry se sentou ao meu lado, me observando comer.
-Chama-se lasanha.
Ele disse o nome do troço quadrado, mas eu já tinha enfiado um grande pedaço na minha boca.
-é viciante
Eu disse com a boca cheia
Há também um copo descartável com suco de laranja. Esta doce, maravilhoso.
Onde diabos ele arrumou isso?
-Moriatry? -Chamei, enquanto termino de engolir toda a comida
-Hum?
-onde você arrumou tudo isso? Eu acho que não dão isso aqui pra gente comer normalmente
-achei que fosse gostar. Arrumei com um amigo. Relaxa.
-Calem a boca, porra - ouço a voz de Guilherme. Eu esqueci que ele está na beliche ao lado, na parte de baixo como eu. É melhor ficar quieta...
Depois que eu terminei de comer e Moriatry escondeu a bandeja de baixo da minha cama. Ele me perguntou algo que me deu prazer em ouvir.
-Está com sono?
- não e você? - respondi olhando a porta
-Quer ir pra superfície? Eu prometo que não seremos pegos...
Meus olhos brilharam...
-É claro que eu quero...
Ele se levantou e puxou a minha mão. E correu. Me puxando.
Correr é estranho, você está rápido mas os seus olhos estão lentos.
A parte mais lenta, contudo, foi o elevador... mas logo nos chegamos.
O céu e mar são as minhas partes favoritas do mundo inteiro. Eu me sinto livre e leve toda vez que o vento bate em meu corpo e o som do mar invade meus ouvidos. É uma melodia...
Imaginei uma música com violinos, ergui meus braços e fechei meus olhos. Imaginei um par, sem rosto, porque, acho que não consigo imaginar alguém novo. O homem sem rosto segura minha cintura e me guia na dança. Me balança como os ventos sopram.
Abro os olhos e vejo Moriarty no lugar do homem sem rosto.
É como uma valsa lenta.
O ritmo dos violinos é doce e suave.
Quase posso me sentir flutuar.
Observo os olhos de Moriarty.
Ele é tão pesado e eu sou tão leve .
Eu me sinto louca... eu sou?
Será que ainda estou com os efeitos da cocaine?
Por que Moriarty nunca é pego?
Por que as pessoas respeitam ele?
-Do que você se lembra, Morgana?
Estou tão leve que posso responder com a minha alma...
-o homem sem rosto, o sociopata, bombas, sangue, pessoas sem rosto...
Meus olhos fechados, enquanto a minha imaginação assiste e aplaude silenciosamente o som dos violinos
-Que bom que não se lembra sobre o Tomás...
Ele sussurrou, perto do meu ouvido... me testando
-Quem é Tomás?
Ele demorou para me responder... quem é Tomás?
-o garoto do quarto vizinho amor... é melhor não falar sobre isso agora...
-ok... ok...
Autor(a): annewinchester01
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