Fanfic: Soldier | Tema: A Elite

Lyanne pediu para escolhermos uma pessoa, eu escolhi Guilherme, apenas porque quero em aproximar dele.

-Okay, vamos começar com Morgana e Guilherme. Que a encenação comece, babys

Fiquei frente a frente com Guilherme, toquei sua mão, segurando de modo carinhoso, levando até os meus lábios, dando um beijo lento e com paixão.

-Sabe Guilherme, eu me lembrei de você ontem à noite, junto veio um turbilhão de sentimentos e fragmentos de momentos com você - Eu sorri, fechando os olhos por um momento e abrindo-os logo em seguida, apertando a mão do rapaz - eu senti amor, acho que éramos namorados, eu não sei. Eu só sei que eu te amo, profundamente e incondicionalmente, eu te amo.

-Uau - Peter se pronunciou fascinado como uma criança - ESSA MENINA É PERIGOSÍSSIMA MESMO

-qual foi a parte da mentira, querida?

Perguntou Lyanne sorridente ao lado de Peter que parecia alegre por a ter por perto

-Bom professora, eu lamento muito dizer mas um bom mágico nunca revela seus truques  

Ela me olhou desfiada mas eu ignorei, voltei meu olhar a Guilherme

-Boa mentirosa

Ele tocou meu ombro e beijou minha testa. 

***

-Você o ama?

Jim perguntou enquanto estávamos na parte de fora na base, já é de madrugada, estamos sentados sentindo a brisa, o barulho do mar e sintomas de estar sob o efeito da droga

-Eu não o amo, eu não amo ninguém

-Ninguém?

Ele me encarou indignado, seu rosto mostra a duvida, e talvez, inconformação

-ninguém babe. Ninguém ainda me fez me sentir diferente.

-Diferente como Morgana?

-Livre, feliz, libertada de tudo, sem peso

Ouço passos rápidos e barulhentos se aproximando...

-SENHOR, ESTAMOS SENDO ATACADOS, É JOHN DECKER SENHOR.

Gritou Aaron nos assustando, o mesmo correu em minha direção tirando Jim de perto de mim, empurrando Jim. Eu estou assustada

-ESTAMOS SENDO ATACADOS, JIM. PORRA

Aaron me pegou em seu colo e saiu correndo em direção ao elevador mais proximo. Eu só posso dizer que estou assustada. Mas eu não quero estar, eu quero ser forte, não posso me esconder, eu preciso lutar.

-Fica calma, não vou deixar nada acontecer com você

Ele segurou meu rosto, fixando seus olhos verdes em mim, parece tão desesperado. A gota de suor pronta pra escorregar em sua testa.

Tudo parece tão lento agora. Mas eu sei exatamente o que preciso fazer, mesmo que isso não seja tão bom para Aaron... tirei as mãos dele no meu rosto, levantei meu joelho dando-lhe uma joelhada no estômago fazendo o cair.

Que soldado mais frouxo...

Aaron deitou no canto do chão do elevador com a mão no estômago. Levantando sua camisa, mostrando seu abdômen, a pele preta e derretendo, cheia de machucados... meu Deus do céu, o que eu fiz?

-Me prometa que quando esse elevador abrir, você vai correr o mais rápido que você puder...

Ele disse pausadamente, respirando fundo várias vezes.

-Meu deus Aaron, você vai morrer...

A ferida em seu abdômen parece só aumentar, como se estivesse o corroendo por dentro e por fora...

-ME PROMETA MORGANA, por favor

Ele disse, eu não posso negar, ele vai morrer, é seu último pedido...

-eu prometo Aaron, eu prometo.

Me curvo para beijar sua testa e logo que porta do elevador se abre, eu corro, corro se não houvesse amanhã. Esse corredor não é o dos quartos, eu não sei onde estou, mas eu estou correndo.

Eu quero lutar, eu quero saber o que aconteceu com o Aaron, porque a pele dele parece estar tão...podre.

-Atenção soldados, permaneçam em seus quartos até segunda ordem. Não questionem.

Ouvi a voz de um homem nos autos falantes do corredor....

Aaron me mandou para o andar que fica seu quarto, mas eu não me lembro qual é. Eu estou com medo...

-Ora ora ora, vejam se não é a nossa amiga Morgana Ali

A voz familiar de Solange ecoa pelo corredor. Faz alguns dias que eu não a vejo, suas roupas estão rasgadas, seu cabelo despenteado e sua perna sangrando.

-Você tá bem?

Pergunto a ela, ela não parece assustada, parece meio carnívora. É a primeira vez que eu a vejo sem seus óculos.

-estou e você?

-Não

-Foda-se. Você precisa sair daí ou vai morrer, vadia

Ela se aproximou, me puxando pelo pulso me fazendo correr.

Nós duas corremos até o quarto mais próximo, está todo revirado e sem ninguém, todos os objetos quebrados e jogados no chão, foi tudo estilhaçado.

Me sentei no canto do quarto enquanto Solange trancava a porta e caminhava pra perto de mim, se agachando a minha frente.

-Morgana, você sabe o que está acontecendo?

Balanço a cabeça negativamente, Solange parece diferente, mais humana talvez. Não parece a mesma vadiazinha que eu conheci.

Ela suspirou e sentou à minha frente, olhando meus olhos.

-Quando me mudaram de quarto, não foi porque Tomás está em uma missão solitário, mas porque ele foi assassinado, quando você se drogou pela primeira vez, Jim perdeu o controle de você, você matou Tomás e comeu seu pescoço... eu não a culpo, eu ajudei limpar o sangue do quarto e do corredor enquanto Aaron e Jim o jogaram no mar. E o cara que fornece cocaine para o Jim é o mesmo que está nos atacando agora, ele está invejando um veneno que te mata por dentro e por fora, como você viu em Aaron, ele foi envenenado um pouco antes de chegar aonde você tava com Jim, eu tentei impedir disso acontecer, mas não consegui. Eu lamento muito te contar tudo isso agora, mas eu acho que você merece saber.

Meu Deus 
Quanta merda
Saindo de uma boca só

-Você não espera que eu acredite nisso tudo né? Só o fato de você me perseguir e perseguir Aaron não explica nada

isso tudo só pode ser mentira, não tem como ser verdade. Eu? Assassina? Nem fudendo

-pelo amor de Deus Morgana, seja inteligente. Como eu iria saber sobre o estado de Aaron, eu não estava lá com vocês. Mas eu já vi pessoas morrerem por esse veneno.

Onde aperto pra ficar surda?

-Tá. Ok. Suponhamos que talvez, você esteja falando a verdade, você não acha que a Elite já perceberia? Você sabe que é crime machucar algum de nós.

Solange fechou os olhos e respirou fundo, parece brava

-menina, seu namoradinho Moriatry é a Elite. Você não percebe que ele manda e desmanda aqui? Ele te defende com unhas e dentes sua vadia burra... Bom, ele não é A Elite, mas ele fazia parte dela a pouco tempo atrás, quiseram fazê-lo pagar, mas mal sabem que ele está no comando, mas é tudo secreto.

-Nossa Solange, cada vez que você abre a boca pra falar alguma coisa, eu me arrependo de ter ouvidos.

-Para de ser burra garota, acorda pra vida, vai se foder. Desisto. Acredite no que quiser.

Ela levanta e caminha sobre o cômodo, tentando se acalmar talvez. E eu tô aqui, parada e pensando. Algumas coisas fazem sentido.

Por exemplo;

1) por que ele desafia todos os outros soldados e não é punido?

2) por que ele pode me levar para a superfície e não é punido????

3) por que diabos ele citou o nome do Tomás quando estávamos na superfície pela primeira vez enquanto eu estava drogada, e no mesmo dia, horas antes, eu me vi com a boca cheia de sangue?

4) por que ele tem privilégios que ninguém tem?

Eu tô tipo ???????????????????????

-Tá bom, eu acredito, por mais que seja difícil, mas agora vamos falar de algo que preste, como vamos sair daqui? De preferência viva né, normal, com a pele normal?

Pergunto, mas antes que Solange pudesse responder, ouvidos o bagulho da torneira ser ligada, a água descendo... Olho para Solange que faz sinal para permanecemos quietas enquanto ela caminha de ponta de pé para abrir a porta e eu tento imitá-la.

Mas sem querer tropeço em um objeto quebrado no chão que eu não reparei qual é esse objeto porque entrei em PÂNICO. Corri até a porta onde Solange esta tentando abri-la, o que não demora muito pra acontecer, antes de sairmos correndo em desespero no corredor, vejo o rosto perturbador de John Decker, ele é velho, seu jaleco todo manchado de preto e vermelho.

-CORRE

Gritou Solange, um pouco antes de ouvirmos um disparo de arma de fogo, não demorou muito para eu sentir algo perfurando meu ombro. Não posso parar, mas logo Solange é atingida na perna e ela cai. Não posso continuar sem ela. Ela é minha amiga.

-Corre Morgana, eu atraso ele

Ela gritou, mas eu não posso correr, não posso deixar ela morrer como o Aaron, eles são meus amigos.

Eu paro na frente dela, sou uma barreira entre ela e nosso assassino psicopata doente e cientista.

-Vadiazinha burra

Ele caminha e imita a voz de Solange.

Eu estou com raiva, eu estou com muita raiva.

Desde que eu acordei, só vivo mentiras, eu nem sei mais o que é real...

Dou um grito e corro na mesma direção dele, o empurrando para o chão. Deposito socos em seu rosto enquanto ele sorri perturbador. Fixo minha mão direita em seu pescoço apertando, enquanto procuro a arma dele em seus bolsos, não demorou muito para eu achá-la. Dou um sorriso vingativo, e recebo um murro no rosto, agora ele está por cima de mim, me dando socos e mais socos.

-VADIA VADIA, eu vou te matar.

Seguro a arma e aponto para ele, atirando, e logo em seguida, atiro novamente e assim faço até acabarem as balas. Ele cai mortinho do meu lado, mas eu não estou satisfeita, subo em cima do corpo de John, usando a arma para dar coronhadas em sua cabeça e em seu rosto.

Apenas parei quando senti as mãos de Solange me puxarem para longe de John.

Eu estou cansada, porem, vingada. Eu sei que ele nunca mais machucará alguém que eu gosto...

Mas é sério, estou muito cansada. 

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