Fanfic: Irmãos obsessivos vondy | Tema: Irmãos obsessivos

Depois de uma noite de insônia e, cheia de receios sobre como seria o dia de hoje na empresa.

É óbvio que a noite de ontem mexeu comigo. Mais do que deveria. Mas, ele não precisa saber disso e, nem vai.

Chego na empresa, cumprimento algumas pessoas e, me encaminho para a minha sala. Chegando lá tenho uma supresa, um vaso com peônias, sobre minha mesa. Só duas pessoas poderiam ter me enviado; Christopher ou Nick. Pois são os únicos que sabem que são as minhas preferidas. Levando em conto o que aconteceu ontem, creio que tenha sido Christopher. Pego o cartão que está sobre as flores e leio:
  "As flores que marcaram nosso começo, agora celebra o nosso recomeço."
              Seu Chris

Aquele ditado, né: tem gente que tem coragem, porque noção não tem.

Pego o cartão e jogo na lixeira. Toda via não jogo as peônias, são minha preferidas, são lindas e, deu um toque de delicadeza na minha sala.

Começo a revisar a agenda de Christopher para repassar para ele os compromissos de hoje. Por me enviaria por email, mas antes de tudo sou profissional. Não vou deixar que uma noite, mude o percurso do meu emprego.

Não demora muito para ele me ligar para ir à sua sala e repassar seus compromissos para hoje.

Bato na porta duas vezes e, depois de ouvir: "entre" eu entro e sei que é hora de bancar a egípcia e fingir que nada aconteceu.

- Bom dia, Senhor Uckermann. - O cumprimento em tom profissional.

- Bom dia, Dul. - Ele usa o apelido que usava para comigo outrora. - Como foi sua noite? Durmiu bem, meu anjo? - ele sorrir, o sorriso que de tão verdadeiro chega nos olhos. Ele também me chamava de "meu anjo" dentre muitos outros apelidos carinhosos.

- Minha noite foi agradável. Dormir muito bem. Como todas as noites. Obrigada por perguntar. Mas peço que me trate com formalidade, estamos em um ambiente e em horário de trabalho. - Digo seria, mas ele não parece se abalar com minha repreensão para com ele.

- Gostou das flores, meu anjo? Eu mesmo escolhi e levei em sua sala. - Murmurra com um seu belo sorriso estampado.

- Gostei, obrigada, mas... - Ele me interrompe.

- Sempre que olho peônias lembro da nossa primeiras vez, a cama coberta por pétalas de peônias. Eu sabia que você amava e, queria que fosse especial a primeira vez que fizemos amor. - Ele parece estar divagando em seus devaneios.

Ele queria que fosse especial? E foi, porque até hoje lembro de cada detalhe. Mas porque me largar na manhã seguinte? Por que dizer que para ele (a melhor noite da minha vida) não passou de um erro? Por que fazer algo tão lindo para no dia seguinte destroçar meu coração?

- Não estou aqui para falar de fatos de outrora. Estou aqui para falar de trabalho. Se o senhor me permitir quero repassar sua agenda do dia e voltar aos meus afazeres. - Estou tentando ser o mais profissional possível.

- Janta comigo hoje a noite? - Fico perplexa com sua pergunta. O que ele acha que está fazendo? Não queria falar de ontem a noite, mas vou ter que deixar claro que foi apenas sexo casual.

- Senhor Uckermann, não tinha nenhuma uma intenção de falar sobre o ocorrido de ontem para com o Senhor. Mas o Senhor não me deixa escolha. Quero deixar claro que ontem foi apenas sexo casual, você é um homem feito e deve saber muito bem como isso funciona. Espero que o Senhor entenda e só fale para comigo assuntos relacionados ao trabalho. - Digo seria. Olho em seus olhos para que ele veja que minhas palavras são verdeiras.

- E você acha que o que aconteceu ontem foi apenas sexo casual para mim? - Ele pergunta, sua expressão está de alguém incrédulo.

- Não me importa o que significou para o Senhor, para me importa o que significou para mim e, para mim; foi apenas sexo casual. - Digo com firmeza.

- Eu sei e você também sabe que sexo entre nós dois pode ser tudo, menos casual. Então, pare de enganar a se mesma, porque a me você não engana com esse papo de "sexo casual". Sexo casual um caralho. Eu sei o que senti ontem, sei o que senti a seis anos atrás e, sei que não passei seis anos sentindo tudo que sinto sozinho, pois você estava sentindo o mesmo que eu. - Ele acha que vai me levar no papo, está redondamente enganado.

- Eu não sei o que você sente. Mas sei o que eu sinto, e o que sinto é que: você foi só mais uma transa, entre muitas outras. - Murmurro cheia de certeza do que falo. Como se acreditasse nas minhas palavras. Mas ele tem razão, nem eu acredito no que digo, mas ele não precisa saber disso.

- Eu nunca fui e nunca vou ser uma transa qualquer para você. Assim como você nunca foi e nunca vai ser uma transa qualquer para mim. Pare de se enganar e deixe que aconteça o que tem que acontecer entre nós. - Ele praticamente súplica.

- O que tinha que aconteceu entre nós, já aconteceu. Pare de insistir. Isso - aponto para me e para ele - não vai nos levar a nada. - Sou firme nas palavras e por fora, mas por dentro estou cheia de incertezas.

- Isso - ele aponta para me e para ele - vai nos levar ao altar. Vai nos levar a construir uma linda família, morar numa linda casa com 7 filhos, 1 gato, 2 cachorros. Se isso for "nada" para você, eu quero ser seu "nada". - Ele parece acreditar no que está dizendo e eu fico espantada.

- O quê?! 7 filhos?! Não sou parideira, vá arranjar outra. - Ele só pode estar louco.

- Queria onze para formar um time de futebol, mas sabia que não iria aceitar muito bem a ideia, por isso decidir por temos sete. - Meu Deus! Como esse louco comanda uma empresa de grande porte como essa? - Quem sabe depois dos sete, eu te convença a ter mais quatro.

- Você não tá bem, você deve tá usando alguma droga pesada. -

- Pior que estou, a mais viciante delas. - Ele fala e me fita com os olhos brilhando. - E essa droga eu nunca vou querer parar de usar.

- Pois deveria parar. Isso não vai te fazer bem. - Não quero me meter, mas se ele tiver usando eu vou ter que tentar ajuda-lo.

- Essa droga me faz bem. E tudo o que eu quero é usar-la para o resto da vida.

- Droga não faz bem a ninguém. Pode acabar te destruindo. - Estou seriamente preocupada.

- Realmente essa droga pode acabar comigo, mas acaba se eu não puder usar-la. É quase impossível viver sem ela.

- Eu vou te ajudar. Pelo menos vou tentar. Vamos procurar um tratamento. Você vai se livrar dessa droga. Desse vicio.

- Eu não quero me livrar de você. - Ele fala e me olha com certo desespero.

- O quê? Como assim? O que isso tem a ver comigo? - Arqueio uma  sombracelha de forma interrogativa.

- Você é minha droga.