Fanfic: Irmãos obsessivos vondy | Tema: Irmãos obsessivos

- Você entendeu? - Perguntei apertando com um pouco mais de força o pescoço dele. Nick não respondeu. As mãos dele estavam puxando meu antebraço, em uma tentativa falha de se soltar do meu aperto. - Responda. V-o-c-ê  e-n-t-e-n-d-e-u? - Questionei de novo, dessa vez apertando com um pouco mais de força seu pescoço, quase fazendo ele perder o fôlego e desmaiar.

Nick bateu de leve em meu antebraço, em um pedido silencioso de clemência. Afrouxei um pouco meu aperto e perguntei mais uma vez:

- Você entendeu, Nickolas Uckermann? - Meu tom de voz não deixava dúvidas de que eu queria uma resposta.

- Entendi. Agora me solta, por favor. - Ele pede já quase sem forças para falar

- Espero mesmo que você tenha entendido. - Murmuro e aperto de novo com mais força o pescoço dele. Só para deixar claro que eu não estou de brincadeira.

Duvido muito que ele vá deixar por isso mesmo. Tenho plena certeza que ele vai aprontar alguma. Mas eu não vou esperar tempo ruim. Vou minar qualquer tentativa dele de querer me afastar de Dulce. Quando ele ia com caju, eu já vinha com a castanha.

Solto Nick do meu aperto e, observo ele tentando recuperar o fôlego e, massageando o pescoço com as duas mãos.

- Saia da minha sala. Já perdi muito tempo com você. Eu tenho mais o que fazer do que dar corretivo em moleque. - Murmuro já impaciente com as atitudes juvenis dele.

- Vai ser esse moleque que vai acabar contigo. Espere para ver. - Murmura sério.

- E o que você vai fazer, vai roubar meu doce? Vai contar tudo para a mamãezinha? Vai roubar meus brinquedos? - Dou uma risada debochada. - Estou morrendo de medo. - Dou uma gargalhada alta, de deboche puro.

- Posso roubar seu doce ou seu brinquedo. - Murmura e sorrir cheio de si.

- Pode? Nossa! Sério? Vou chorar. - Murmuro e dou outra risada debochada.

- Posso. - responde convicto. - Como você considera ela? Ela é seu doce ou seu brinquedo? - ele pergunta e arqueia uma sobrancelha de forma interrogativa.

Saco na hora o que ele quer insinuar. Nem fodendo que ele vai tomar meu doce de mim. Nem ele e nem ninguém ela é minha e só minha. 

- Você acha mesmo que pode ter ela de volta? - Mesmo incomodado com essas palavras dele, minha expressão de deboche continua.

- Eu não acho, eu tenho certeza. Não só posso como vou ter ela de volta. - Murmura convicto.

- Ilusão, mera ilusão da sua parte, meu irmão. - Murmuro sorrindo.

- O único iludido aqui é você, que acha que vai ficar com ela. - Diz em um nítido desafio.

- Não trabalho com achismo. Eu não acho. Eu vou ficar com ela. Espere e verá. - É uma verdade. Doa a quem doer.

- Vou adorar te ver caindo do cavalo. Vou assistir de camarote sua queda. - Ele murmura e, sorrir cheio de deboche.

Eu não vou cair do cavalo. Porque eu sei que ela me ama. Sei que o que sinto por ela é recíproco na mesma intensidade.  Sei que haverá muitos obstáculos, mas eu e Dulce iremos superar todos. Quando é para ser, é. Nick não pode mudar isso. Duas almas destinadas a ficarem juntas não pode ser separada por um mero alguém, um simples ninguém.

Vou acabar com essa discussão desnecessário. Vou dar checkmate nele.

- Quando eu e Dulce nos casarmos, vai ser com um imenso prazer que irei te convidar para ser padrinho do nosso casamento. Quero que você esteja no altar junto comigo quando eu e ela celebrarmos o nosso amor. - Sorriso já pensando no meu casamento com Dulce. Tomara que não demore muito.

  Nick olha dentro dos meus olhos me fulminando com um simples olhar. Não me intimido nenhum pouco.

- Eu mato você antes disso acontecer, seu infeliz. - Ele me olha com uma cara feia.

- Não tenho medo de cara feia. Ainda mais vindo de uma criança cheia de birra. Vamos. Vaza da minha sala, se demorar mais um minuto aqui, em vez de você ir para à sua sala, você vai sair daqui para o hospital. - Pelo o meu olhar e meu tom de voz ele sabe que não estou brincando.

Nick se apressa em sair. Quando ele abre a porta da sala, se vira para mim e, me olha com um ódio descomunal explícito em seus olhos e expressão facial.

- Escolha suas melhores armas, porque a guerra começou. - Nick murmura e sai sem esperar resposta.

Sento na minha cadeira e ligo o computador. Ligo a câmera e o microfone que eu mandei instalar na sala de Dulce assim que ela começou a trabalhar na empresa.

Não se passa dois minutos e vejo Nick entrar na sala de Dulce. Eu sabia que ele ia aprontar alguma.