Fanfic: Irmãos obsessivos vondy | Tema: Irmãos obsessivos

            Dulce Maria

Eu e Christopher estamos muito bem, obrigada.

Christopher disse que iria tentar demostrar menos a possessividade dele para comigo.

Sim, Chris vai tentar não demostrar, segundo ele; pode até tentar não demostrar sentir ciúmes de mim, mas não sentir é impossível.

Só o fato de Christopher tentar não demostrar, de não me envergonhar na frente dos outros e, até mesmo não me sufocar, já é um bom começo.

Qualquer esforço para o bem do outro é válido em uma relação.

No momento vou deixar nossa relação como está, mas espero que com o tempo; Chris deixe de se sentir ameaçado por qualquer homem que se aproxime de mim.

Por enquanto, só por enquanto vou aceitar o fato de Christopher reprimir o ciúme dele para si, caso ele continue com esse ciúme descabido vou sugerir ao Christopher fazermos terapia de casal.

Pois eu sei muito bem que reprimir sentimentos para si faz mal. Engoli certas circunstâncias sem poder se expressar ou desabafar com alguém é sufocante.

Eu não quero me sentir sufocada com o ciúme sem nexo do Christopher, mas também não quero que ele se sinta sufocado guardando esse sentimento tão ruim para si.

Eu sentia ciúmes de Nick na época que éramos um casal, sentia um ciúme normal, ele também sentia ciúmes de mim, um pouco mais do que eu sentia por ele.

Eu achava super fofo quando Nick estava com ciúmes, ficava até feliz quando ele demostrava sentir ciúmes de mim, achava que essa era a forma que ele demonstrava o amor dele por mim. Ledo engano da minha parte.

Meu ciúme por Nick era saudável, aquele que não afeta ninguém, só incomodava a mim mesmo.

Logo após a morte do meu pai, assim que Christopher passou a ficar do meu lado para tudo que eu precisasse e também para o que eu não precisasse, eu sentia um ciúme descomunal para com Christopher, como se ele fosse minha posse, como se ele fosse meu.

Mesmo Christopher sendo apenas meu amigo (ou talvez por o fato dele ser apenas meu amigo, e eu soubesse que ele poderia ficar com outra a qualquer momento) eu sentia um ciúme louco dele.

Eu sentia um ciúme que não era nada saudável. Fazia muito mal para mim, e se eu fosse um pouco mais louca com certeza teria feito mal ao outros, melhor dizendo: as outras... as amiguinhas dele, as ficantes. Foram incontáveis as vezes que minha mente pensou em formas de matar e esconder o corpo delas. Bem louca.

Além do ciúme, tinha o medo de perdê-lo. Eu achava que a qualquer momento uma delas iriam roubar Christopher de mim, ele iria começar a namorar e me abandonar.

Eu era uma garota de 17 anos com um tremendo medo de perder quem eu achava que me mantinha em pé.

Mas aos 18 anos, 3 dias após meu aniversário eu tive Christopher para mim e ali, naquele momento todos os meus medos se foram, eu soube que ninguém seria capaz de tirá-lo de mim... mera ilusão.

Mas o passado é história pra ser contado outro dia, quem sabe eu não conte a vocês como tudo começou entre Christopher e eu...

Seis anos depois e muita experiência na bagagem eu aprendi que ciúmes não nos leva à nada, o tempo mudou meu conceito sobre ciúme.

Ciúmes é um sentimento que para alguns é sinônimo de gostar, para mim é sinônimo de falta de confiança em si próprio e no seu parceiro.

Eu sei que Christopher é meu, e sei que eu sou dele, por isso não tenho porquê sentir ciúmes de outras mulheres.

Christopher nunca me deu motivos para desconfiar ou sentir ciúmes dele, se um dia ele der eu converso com ele de maneira pacífica para que não se repita, se o ato vir a se repetir eu caio fora. Não vou perder meu tempo fazendo ceninhas patéticas de ciúmes.

Comigo não, jacaré.

Só tem ciúmes quem desconfia do seu parceiro. Se um boy me der motivos para desconfiar dele, ele ganha um pé na bunda tamanho 36.

Inclusive estou agora dentro do jatinho particular do Chris vendo uma aeromoça se jogar em cima dele, como se eu não estivesse aqui.

Christopher parece não perceber, e se percebeu as investidas da aeromoça ele parece está indiferente com a mesma.

A Aeromoça se chama Cátia, e é uma mulher linda que aparenta ter no máximo 25 anos. Ela é ruiva natural, olhos verdes (lindos, por sinal), ela é alta e magra, mas com belas curvas, tem sardas no rosto e no colo (vejo isso porque a mesma está com decote exagerado para uma aeromoça). As sardas a deixa mais sexy.

Pena que beleza não define caráter. Cátia é tão linda, mas não se valoriza. Cátia não respeita nem eu e nem Christopher como um casal.

Mas não espero respeito de alguém que não respeita a si mesmo. Uma mulher para dar em cima de um homem comprometido na frente da companheira dele não tem um pingo de respeito por si própria.

Nem o fato de Christopher está a todo momento me beijando, fazendo carícias em mim, me chamando por apelidos carinhosos faz Cátia diminuí as investidas dela.

Vergonha alheia que chama, né?

- Até a próxima, Senhor Uckermann. - Cátia diz, olhando de forma sugestiva para Christopher, assim que pousamos em Manhattan.

- Não haverá próxima, Senhorita Nadia. - Christopher diz, curto e grosso. A coitada baixa a cabeça envergonhada, até o nome dela ele errou. - Vamos, amor. - murmura pegando minha mão e saindo do avião.

É domingo de manhã e Manhattan está ensolarada. Eu decidi que eu vou para meu apartamento desfazer minhas malas e a noite irei para à cobertura do Christopher, hoje dormirei lá.

Por Christopher eu iria direto para a cobertura dele e deixaria minha mala lá mesmo, no closet dele. Mas tenho que ter um tempo para mim. Hoje vou passar a tarde com meus amigos, precisamos colocar o papo em dia.

Dentro do carro noto Christopher receber uma mensagem no celular e ficar pensativo e um tanto quanto aflito.

- O que foi, Chris? - Pergunto pondo uma mão em cima da coxa dele.

- Nick me enviou uma mensagem pedindo para passar lá na minha cobertura a noite, disse que precisa conversa comigo. - Ele diz, não parecendo gostar da ideia.

- E você vai deixar ele ir lá? - Pergunto, passando a mão na coxa dele, de forma carinhosa.

- Não sei. Não confio nele, tenho medo dele aprontar alguma para tentar me separar de você. - Murmura fechando os olhos fortemente, e balançando a cabeça em negação, a hipótese parece doer nele.