Fanfic: Irmãos obsessivos vondy | Tema: Irmãos obsessivos

- É a minha assistente pessoal, mãe. - Respondo. De certa forma não é uma mentira, é apenas uma meia verdade, omitindo o fato de minha nova assistente ser a Dulce, a mulher que minha mãe mais odeia nesse momento.

Sorrio para Dulce que, está me olhando com o cenho franzido.

Tomara Deus que Dulce não queira saber detalhes dessa conversa agora.

- Ela é nova na empresa? - Pergunta.

- Sim. - Respondo rapidamente.

- Que estranho! A voz dela me parece familiar. - Minha mãe diz.

- Impressão sua, mãe. - Digo, antes que ela chegue a conclusão que a voz parece com a de Dulce.

- Deve ser mesmo. Achei a voz parecida com a daquela feiticeira. - Ela solta uma lufada de ar, parecendo cansada. - Estou paranóica com a chegando de Dulce à Nova York. Fico pensando que ela está perseguindo seu irmão para tentar dar um golpe nele. Fique de olho no Nick, meu filho. Ele é apenas um menino, com certeza vai cair no conto daquela feiticeira, mas você já é um homem vivido e não vai deixar seu irmão fazer essa burrada de novo.

- Não vou mesmo. - É óbvio que não vou. O inferno congela antes de Dulce voltar para Nick.

- Sabia que poderia contar com você. Você sempre foi um menino tão coerente, meu filho. Você nunca me decepciona. - Minha mãe fala carinhosamente.

- Mãe, vou desligar, beijos.

- Beijos, meu filho. - Ela fala e eu desligo o celular, o guardando no meu bolso.

- Vamos, meu anjo. - Chamo Dulce que, agora parece perdida em seus pensamentos.

Eu não quero nem imaginar o que está se passando na cabeça dela nesse momento.

- Vamos. - Ela responde no automático.

Só espero que Dulce não tenha capitado o teor da minha conversa com dona Morgana.

Caso contrário.... Não quero nem imaginar.

Entrelaço nossos dedos com firmeza, numa tentativa de diminuir meus receios os dela também.

Nos em caminho para meu carro, onde o motorista no espera. Miguel faz sinal de abrir a porta do carro para Dulce, mas eu nego com um aceno de cabeça e eu mesmo abro para ela.

Dulce entra e eu dou a volta no carro para entrar e me sentar ao lado dela.

Dulce está silenciosa, e bastante pensativa.

Coloco minha mão sobre a coxa dela e faço círculos imaginários na mesma.

Os pêlos de Dulce ficam arrepiados e Dulce me olha instantaneamente, com um olhar intenso. Aquele olhar capaz de ler até mesmo minha alma.

Eu a olho com a mesma intensidade. Porque não quero que reste dúvidas para ela sobre meus sentimentos para com ela.

- Você está pensativa. Isso não me parece bom. - Digo, ainda fazendo carinho na coxa dela e, olhando no fundo dos olhos dela.

- Pensar sempre é bom. Se todo mundo pensasse duas vezes antes de fazer algo, muitas coisas ruins e desnecessárias seriam evitadas. - Dulce fala, parecendo certa de suas palavras.

- E muitos amores não seriam vividos. - Digo, com convicção.

- E muitas caras não seriam quebradas. - Ela revida.

- E muitas pessoas não iriam saber o que é ser amada. - Digo, apertando de leve a coxa dela. - A vida em si em risco. Não podemos deixar de viver com medo de nos arriscar.

- Eu sei disso. Não me arrependo das vezes que me arrisquei, nem das consequências que esses risco trouxeram para minha vida, porque isso de alguma forma me fez ser quem eu sou. - Ela fala, soltando a respiração fortemente.

- Quem não se arrisca não vive, apenas sobrevive. E eu me arrisco a viver cada segundo da minha vida com você. Você está disposta a se arriscar comigo? - Pergunto, rezando que a resposta seja positiva.

- Estou mais que disposta. - Ela diz convicta.

- Então qual o seu medo? - Pergunto.

- Meu medo é de não ter medo. - Ela murmura.

- Como assim? - Indago, desentendido.

- Não ter medo de nada a ponto de deixar isso - aponta para nós dois - acabar destruindo muita gente, mais do que eu possa suportar. - Que merda ela está querendo dizer com isso?

- Não estou compreendendo aonde você quer chegar. - Digo, já ficando nervoso.

- Por que escondeu da sua mãe que eu sou sua nova assistente? - Dulce pergunta, me fazendo suar frio.

Mentir ou não mentir? És a questão.

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