Fanfic: Destiny | Tema: Herroni
Pov Maite
Mais um início de ano, sofrimento e problemas para enfrentar, chegava a ser irônico isso, meus “pais” queriam que tivéssemos a melhor educação possível, mas se queixavam dos gastos, gastos esses feitos comigo, tudo que fazia era errado, um dez em algo? Não era nada, apenas minha obrigação, um dez para a Mariana, era parabéns minha princesa, você merece, vamos comemorar, me dá uma dor pensar nisso, como pode, ela ser tão amada, mas e eu? Também mereço isso ou não? Dói, não aguento mais, não tenho amigos, sofro na escola, e ultimamente em casa também, sofro nas mãos dos três.
-Vamos Mari, hoje começa suas aulas– minha mãe falou olhando para a Mariana.
A Mariana era loira, dos olhos azuis, muito linda, era muito parecida com meus pais, eu não tinha nada de nenhum deles, sou branca, pálida, cabelos pretos, olhos castanhos, que as vezes mudam de cor, sou um ano mais velha do que a Maite, hoje tenho 17 anos, estou indo para o último ano do ensino médio, e ela também, porquê nos colocaram ao mesmo tempo, achando que isso poderia fazer alguma coisa pelas duas, e a única coisa que foi feita, é eu sou obrigada a fazer tudo que ela manda.
-Vamos – respondeu a Mariana sorrindo, pegando sua bolsa da prada, e seu fichário, tudo para ela era do bom e do melhor, mas para mim? Roupas baratas e usadas, não tenho bolsas boas, apenas uma mala, que era de quem? Imaginem ai, a única coisa que eu tinha que prestava, que foi dada por eles, meu fichário, esse era bom, mas não podia me queixar, tenho um teto e comida, era o que eles diziam quando eu os questionava, tanto que aprendi a não falar sobre nada, levo tantas patadas, tanto em casa quanto na escola, sou um lixo humano, não presto, sou nerd, estranha, gorda e sofro de bulimia, e sou assim, ofuscada com tudo, se a Mariana estivesse perto, era nossa como ela está linda, olha que princesa, e quando me olhavam? A oi, você contínua a mesma.
Como não tinha o que mudar pelo menos no momento, peguei minhas coisas e entrei no carro, nem tentava entrar para ir no banco da frente, então sentei logo no banco de trás, coloquei meus fones, as duas logo entraram no carro, minha mãe ligou e arrancou, fiquei olhando pela janela, e já percebia que ia se aproximando da escola, e quando faltava umas três quadras para chegar no colégio, ela parou o carro, olhou para mim e falou.
-Desce, aqui está bom para você – apenas olhei-a assustada – anda você está surda?
-Não – sussurrei, meus olhos encheram-se de lágrimas, respirei fundo e sai do carro, empurrei com força a porta – LEVE-A, SUA PRINCESA É ELA, PODE IR .
Ela apenas me olhou e saiu, me sentei no chão e chorei por um tempo, mas como tinha que ir para o colégio, me levantei e continuei a caminhar.
-Atrasada no primeiro dia? – me perguntou a professora de Física, ela era uma megera, mas explicava muito bem os assuntos.
-Desculpa professora, tive problemas para vir – sussurrei, olhando para baixo, sentia meus olhos arderem, meu corpo doía como nunca, sim, caminhei por três quadras, é curto o espaço é, mas quando você para no meio do caminho e vomita tudo que comeu, não distância que fique curta.
-Não vai poder entrar na primeira aula – meu coração acelerou quando ela disse isso, sabia que se eu perdesse aulas nesse momento, os meus pais me matariam, olhei para ela, minhas lágrimas já caiam fracamente.
-Não professora, por favor, tive que vir a pé – falei baixinho, olhando para ela, sabia que ela ia me questionar, pois a Mariana já estava na sala á algum tempo.
-Não mente Maite, sua irmã já está ali á uns 30 minutos – falou a professora me olhando – só na segunda aula, pode ir para lá e esperar – ela falou fechando a porta na minha cara, eu fechei os olhos pois não sabia o que fazer, não tinha como entrar na sala e também não podia perder um minuto de aula, ela sabia que sua mãe a mataria se soubesse e com toda a certeza a Mariana contaria.
Sentia meus olhos começarem a arder em lágrimas não derramas, não podia chorar, não ali, não na frente de todo mundo. Como realmente não tinha o que fazer ou esperar ali na porta feito um enfeite, comecei a caminhar na direção da próxima sala onde seria a segunda aula, aula de biologia, sim eu amo biologia, tudo que tiver haver com ciências biológicas eu amo. É uma das grandes matérias da minha vida, quero ser bióloga ou enfermeira, são profissões que me encantam, e com isso eu junto o útil ao agradável, e próximo ano eu saio daquela casa, aquilo é um inferno para mim, não aguento mais um minuto naquela casa, e graças as pessoas que estão ali, eu olho para mim mesmo e não me reconheço. Minhas costelas estão bem evidentes, minhas roupas caindo e meu rosto só vive apático, pálido e meu corpo todo é frio.
Cheguei na sala que seria a matéria. As lágrimas tentavam cair a todo custo, mas eram seguradas.
-Vai ficar tudo bem Mai, não vai acontecer nada – falava comigo mesma, enquanto me sentava numa das primeiras cadeiras, sabia que se eu fosse para o fundo da sala, seria perseguida. Já havia feito o teste, e percebi do pior modo que meu lugar não era ali. Sempre no meu canto, o melhor para mim. Fiquei o tempo todo de cabeça baixa até uma voz me interromper.
-Você está bem? – ouvi uma voz masculina me perguntar, levantei a minha cabeça e olhei para o homem a minha frente, sim, homem, vi que era o novo professor de educação física
-Oi, estou bem sim, obrigado – falei olhando para ele, se não estava enganada, ele se chamava Alfonso
Povs Alfonso
Havia chegado á alguns minutos no colégio que iria trabalhar como professor substituto de educação física, já que a professora que estava até o momento, precisou tirar licença para tratamento de saúde, e como havia me formado recentemente aceitei. Já que estava precisando do emprego, seria o professor responsável pelo ensino fundamental e seria o novo coordenador de esportes do colégio, e enquanto eu preparava minha papelada, reconhecia tudo que deveria fazer, ouvi uma linda voz feminina, uma voz doce, então deixei meus papeis em cima da mesa e segui o som, meu coração disparou quando vi a linda garota, pele branca e cabelos negros, não conseguia ver seu rosto pois ela estava com a cabeça abaixada, mas mesmo assim eu sentia meu coração palpitar com tanta intensidade, que era como se a conhecesse á algum tempo já.
-Você está bem? – perguntei ficando em frente a ela, que levantou seu rosto, e o que vi me deixou sem voz, ela era a pessoa mais bonita que já tinha visto, e olhava para mim de uma forma curiosa. E quando ela me respondeu, ouvi a voz mais doce que já tinha ouvido.
-Oi, estou bem sim, obrigado – continuei olhando para ela, que começava a olhar para os lados.
-Tem certeza? Você parece triste – falei me sentando ao lado dela, vi quando os seus olhos se encheram de lágrimas, e senti o meu coração parar uma batida.
-Tenho, já estou acostumada com tudo o que acontece – ela falou secando os olhos – eu tenho que ir, me chamo Maite, mas pode me chamar de Mai
-Nos vemos por ai Mai, sou Alfonso, mas pode me chamar de Poncho – falei, e quando ela ia saindo perguntei – Você está em que ano? Só para saber – sorri quando ela ficou com as bochechas rosas.
-Sou do terceiro ano professor Alfonso – ela falou sorrindo. E eu rir, sentindo um alívio começar a tomar de conta do meu corpo.
-Não me chama de professor Mai, não serei seu professor, serei o seu amigo – falei, e vi quando ela assentiu, e olhou para os lados, mudando sua expressão quando viu uma garota a encarando, tentei prestar atenção no que se desenrolaria a partir daí, mas ela mudou novamente sua face, e olhando para mim se despediu e caminhou até a sua sala.
Não sabia o motivo, mas meu coração estava bem apertado, como se algo pudesse acontecer.
Autor(a): taynaraleal
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 19
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crisjhessi Postado em 26/11/2018 - 20:31:50
Nossa que sofrimento........ Continuaaaaaaaaaaaaaaa
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ThammyPerroni Postado em 15/07/2018 - 23:55:31
Mais uma historia sua que já estou apaixonada. Que isso kkk.
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lunna Postado em 15/07/2018 - 21:49:12
Todas suas histórias são ótimas, porém está em apenas dois capítulos já é minha preferida...
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milenapereira Postado em 14/07/2018 - 07:00:25
POSTA MAIS, ADOREIII
taynaraleal Postado em 15/07/2018 - 18:36:20
POSTADOOO
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lunna Postado em 13/07/2018 - 14:02:46
Que lindo, o Poncho já tá apaixonado pela May... continua que estou mais apaixonada na história após este primeiro capítulo hahaha
taynaraleal Postado em 15/07/2018 - 18:36:07
Espero que continuei gostando. :)
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yan10 Postado em 24/03/2018 - 16:50:31
Dulce Maria é uma mulher perigosa, que tem um caso com Alfonso, o marido de sua melhor amiga Anahi. Quando tudo é revelado, um grave acidente, mudara a vida de Dulce, Poncho, e principalmente de Anahi, que ira preparar junto com sua melhor amiga Lupita e com seu Amigo Cristian, a vingança perfeita. FEMME FATALE https://fanfics.com.br/fanfic/57883/femme-fatale-rebelde#comments
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milenapereira Postado em 24/03/2018 - 10:19:30
Vc grita sofrimento eu já apareço aqui pq eu gosto é de sofrer.... Continua isso logooooo
taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 16:02:36
A gente sofre junto. Assim que eu tiver uma boa quantidade de capítulos, venho aqui e posto
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lunna Postado em 23/03/2018 - 23:52:54
É apaixonada que diz né!?! Me sinto dessa maneira após este prólogo
taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 16:02:04
:) s2. Vamos nos apaixonar juntas
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fsales_ Postado em 23/03/2018 - 18:33:56
Pode vim postar aqui que eu tô preparadíssimaaaa pra sofrer!!!!
taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 16:01:39
Vamos sofre juntas
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Beatriz Herroni Postado em 23/03/2018 - 15:44:37
Quero ler logo.Posta maissss.Beijos
taynaraleal Postado em 24/03/2018 - 16:01:24
Só estou esperando ter uma boa quantidade de capítulos para começar.