Fanfic: Diário de um Lobo | Tema: Lobisomen, Romance, Suspense
- Me solta seu monstro! - bati novamente nas costas daquele garoto que apenas ria com as minhas atitudes
- Calma princesa, já estamos quase chegando – recebi uma palmada no traseiro enquanto era carregada com um saco de batatas, eu estava em choque e preocupado com o que aconteceria comigo – Chegamos! Lar doce lar! - o ambiente iluminado estava cheio, meu corpo era erguido a cada movimento feito pelo homem que agora subia as escadas de madeira, bem polidas – Pronto, agora você só precisa ficar mas apresentável, se bem que pra mim está perfeita desse jeito – colocou meu corpo sobre uma enorme cama rustica, se ajoelhou na cama e acariciou meu rosto, meu corpo todo estava sujo de terra e sangue. - Não saia daí, mandarei algumas lobinhas para te deixarem do jeito que eu gosto – Cheiro meus cabelos e saiu dali, pude ouvir a porta sendo trancada e assim que tive certeza de que estava sozinha, com muita dificuldade levantei da cama e procurei por uma saída. Não fazia ideia de que o pé direito dessa casa era tão alto, eu veria está a seis metros ou mais do chão, por isso ele não se preocupou em trancar as janelas, olhei pela varanda e percebi a dimensão do lugar, mesmo estando escuros tinha certeza de que estava em uma mansão no meio da floresta, fui até o banheiro e sem muita dificuldade adentrei embaixo d'água fria, meu corpo inteiro doía e eu queria me livrar do toque ou qualquer outro traço daquele monstro, como se atreveu a me beijar, a me tocar, me sentia suja, passei uns 10 minutos dentro d'agua até meu corpo fraquejar, meus trajes não estavam no melhor estado, eu apenas me mantive molhada e encolhida dentro daquele banheiro, eu estava com medo e não tinha ideia de quanto tempo mais aguentaria ficar acordada, levantei o que sobrou de minha camisa e vi o enorme corte na minha barriga, passei meus dedos pelo local e senti uma dor absurda baixei o tecido rasgado e me apoiei nos ganchos do banheiro levantando em seguida, peguei um roupão que estava dobrado em cima do balcão e vesti, andei cinco passos para fora do banheiro e senti meu corpo ir ao chão em meio a escuridão.
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- Nossa você dormiu pesado – aquela voz, aquela terrível voz... por um momento eu pensei que tudo não passasse de um pesadelo, forcei meus olhos e então percebi que estava deitada naquela enorme cama, tendo minha cabeça apoiada por um peitoral enquanto um braço forte repousava na minha cintura, me levantei rapidamente e encarei meu corpo as roupas molhadas e rasgadas tinham sido substituídas por uma lingerie vinho e um hobby da mesma cor, meus enormes cachos negros estavam perfumados e soltos
- O que você fez comigo? E que roupas são essas? - o encarei me afastando cada vez mais até encostar na parede sendo seguida por ele
- Eu falei que minhas lobinhas dariam um jeito em você e a propósito você fica bem mais apetitosa desse jeito – me imprensou naquela parede fria e colocou ambas as mãos em minha cintura, se aproximou mais na intenção de me beijar e eu virei o rosto - Não adianta fugir, uma hora você aceitará o meu carinho, espero que seja antes da lua cheia, eu costumo ficar meio agressivo durante esse período – enroscou o dedo no nó do hobby enquanto sorria sadicamente para mim
- Eu não pretendo aceitar nada de você... - continuei com o meu rosto virado, senti seu hálito quente no meu pescoço indicando que seus lábios estavam no local, beijos foram distribuídos e de depois uma mão aquecida subiu ao meu seio, virei bruscamente fazendo com que nossos olhares de cruzassem e o empurrei com toda força que me restava
– Não encoste em mim! Eu odeio você!
- Como pode odiar o que não conhece? No mínimo você deveria provar antes não acha? - me corpo foi novamente pressionado com força na parede, meus braços foram segurados acima da minha cabeça, uma de suas pernas se posicionou entre as minhas, me deixando totalmente presa, não adiantava me debater, nada que eu fizesse seria útil, seus lábios pressionaram os meus com força e eu os mordi arrancando sangue, e um sorriso assustador daquele homem – Não me obrigue a te amarrar – com a mão livre, desatou o nó da minha roupa, me deixando exposta, uma lágrima escorreu pelos meus olhos e eu me odiei ainda mais por isso, seus olhos que antes analisavam meu corpo, voltaram a encarar meu rosto – Seus olhos continuam expressando essa ar irreverente, eu vou domar você, como uma animal a ser adestrado – limpou minha lágrima e em seguida tirou um canivete do bolso, passou na frente do meu sutiã o cortando em seguida, desceu seus lábios agonizantes por toda a extensão da minha clavícula e passou a língua por todo o lugar, encarou meus seios expostos – Você jamais esquecerá desse dia – meus pulsos pressionados doíam, como pode um homem ter tanta força, com a sua mão livre, apertou com força a lateral de minha cintura, deixando marcas de seus dedos no local, eu já não aguentava mais me debater e foi ai que um barulho estranho como um uivo invadiu o quarto fazendo com que ele me largasse, eu apenas deixei meu corpo tremulo escorrer até o chão batidas soaram na porta - Ao que parece temos companhia, cuidem dela, não deixem ninguém entrar nesse quarto! E não encostem nessa garota – passou pela porta e a trancou, assimilei tudo que tinha acabado de acontecer, eu seria estuprada se esse Uivo estranho não tivesse ecoado pelo quarto, decidi que precisava sair dali, com ou sem forças, abri as portas da varanda e encarei a distância, pular não era uma opção, fui até os armários e não encontrei nada, todo o ambiente estava vazio, a não ser a cama os lençóis da cama, seria essa a minha saída, pelo tamanho daquela cama deveria dar para até a metade, assim pular não seria tão ruim. Encarei novamente a varanda e forcei o guarda-corpo, era resistente, então aguentaria os lençóis, antes que eu pudesse retirar os lençóis da cama, ouve batidas na porta e meu corpo ainda trêmulo correu para a cama
- Viemos trazer comida e uma lingerie extra – duas mulheres adentraram o quarto
- Eu não estou com fome, mas aceito a roupa – estendi as mãos trêmulas e peguei a peça de cor azul marinho – minha jaqueta de couro, que fim levou?
-Ah essa? Apenas lavamos, segundo Miguel você ama essa peça – me entregaram a jaqueta e eu não entendi nada, como elas poderiam ser tão calmas ao falar de um homem tão cruel – Te aconselhamos a comer, ele não costuma ser muito paciente com quem o desobedece – uma das mulheres puxou o cabelo para o lado e pude ver a marca de três arranhões em seu pescoço
- Obrigada... - respirei com dificuldade enquanto algo escorria do meu nariz, era sangue e assim que senti fiquei em choque, eu estava morrendo?
- Não se preocupe, coma e depois beba isso, desse vidrinho aqui, deve ajudar a conter o veneno até Miguel voltar – se levantaram e saíram do quarto me deixando sozinha, comi as frutas rapidamente, sentindo meu corpo aquecer cada vez mais, depois tomei o liquido gosmento daquele vidro e só então vesti a lingerie preta, fechei o hobby vinho e amarrei minha jaqueta na cintura.
Comecei a puxar os enormes lençóis da cama e amarrei uns nos outros, depois fui até a varanda e amarrei no guarda-corpo, ates de joga-los pra fora do lugar, verifiquei se não havia algum segurança ao redor da casa, depois de procurar por um tempo e não encontrar ninguém, fui até o banheiro acendi as luzes, liguei o chuveiro e fechei a porta, voltei parar a varanda e fechei a porta me mantendo do lado de fora, joguei os lençóis pela janela e cuidadosamente desci por eles, agradei aos céus ao perceber que ninguém notou a minha presença e com certo receio pulei os dois metros faltantes rolando na grama, o baque com o meu corpo foi forte, senti como se meus ossos tivesse se quebrado mas a adrenalina e a vontade de sobreviver falavam mais alto, me coloquei de pé com bastante dificuldade e corri para dentro da floresta sem saber se algo me aguardava.
Visão do Stefan
Cheguei na floresta e o cheiro dela estava por todo lugar, havia traços de seu perfume misturado com seu sangue, o que me fez perder o controle, respirei fundo antes de retalhar qualquer coisa que pudesse aparecer na minha frente, odiava aquela floresta e no momento o cheiro da Decker contribuía e muito para tal sentimento. Passei as mãos pela minha cabeça e tive a certeza de que essa procura levaria o resto da madrugada, sem pensar duas vezes me pus a correr em meio as árvores respirando cada vez mais fundo aquela mistura de sangue, sândalo e flores que emanava por todo o lugar, levei duas horas para percorrer toda a floresta e me certificar de que Ella não estava mais aqui, só me restava então um lugar para procurar, a maldita casa dos lobos, a matilha daquele
desgraçado deve está toda reunida, não me restava mais dúvidas, segui até a entrada do bosque que eu conhecia bem, afinal antes daquela casa pertencer aos lobos do leste ela era minha, havia tantos cheiros naquele lugar, tantas presenças que eu só tive uma única opção, recuei um pouco e subi as pedras daquele lugar observei ao longe toda a extensão da minha antiga casa e chamei pelos meus companheiros de batalha.
Uivei como o verdadeiro monstro que eu sou e aguardei pela chegada da minha matilha.
Autor(a): Queen The Vampire
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Meus pés já estavam feridos e mesmo assim eu continuei a correr, o pouco que eu lembrava daquele caminho começou a desaparecer e isso me atormentava, um simples garota da cidade perdida no meio de uma floresta nem todo o meu senso de direção e minhas aulas com as escoteiras me prepararam para isso, algo em mim não ...
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