Fanfics Brasil - O Rádio Deadland

Fanfic: Deadland | Tema: Originals, The Walking Dead


Capítulo: O Rádio

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   Depois de descarregar os suprimentos, Galadriel questionou aonde estávamos indo. Tommy falou que nos direcionávamos à Terrasul, a alguns quilômetros. A moça consentiu, então o automóvel foi ligado e nos dirigimos à Terrasul sendo acompanhados pela paisagem que não mais me assolava tanto, porém agora com mais uma pessoa no barco dos sobreviventes... Uns 20 minutos de silêncio se passaram enquanto dirigíamos pela grande e imprevisível estrada quando a nova passageira quebrou a monotonia, com uma rápida pergunta: "Então... Vocês conhecem alguém de Terrasul que possa nos ajudar?" - Expliquei: "Bem... Não. Mas tentaremos a sorte" - Ela consentiu com uma certa desconfiança: "Bem, então..." - Suas palavras foram cortadas por chiados do rádio, um constante barulho que chamou nossa atenção, "Nossa!! Finalmente!" - Alegrou-se Galadriel, pegando o walkie-talkie. 
Então prosseguiu: "Oi? Alguém aí? Responda por favor! Câmbio!" - Tommy, ainda descrente que aquilo fosse funcionar, perguntou se alguém havia respondido. Ela fez que não, e ele complementou: "Isso é meio velho, não vai dar certo assim." - A sobrevivente explicou: "Já ouvi pessoas falando aqui! Ainda tenho esperança." - Tentei acalmar um pouco os ânimos: "Olha, quando chegarmos ao lugar terão outros que estarão lá. Você vai ver!" - Transparecendo mais confiança do que tinha, de modo a não parecer nervoso. Terrasul era nosso destino. Passamos por placas que apontavam as distâncias até outras cidades. Enquanto as olhava, surgiu uma voz: "Câmbio! Câmbio! Oi? Alguém aí?". O rádio funcionou... Haviam outros. Não eramos os únicos vivos pelo mundo.


   “Oi! Sim, sim! Estou ouvindo. Câmbio!” – Replicou Galadriel, com uma fagulha de alegria - “Tem mais alguém aí com você?” – Ela tinha o semblante mais calmo. “Na verdade, sim... Mas quem que tá falando?” – Perguntou o garoto, que aparentava seus 12 anos. Galadriel explicou que éramos sobreviventes, o menino falou da rota que estava. Tommy afirmou que não era longe e que em 5 minutos chegaríamos ao lugar. Era perto de uma torre de rádio. Questionei, virando-me ao sobrevivente: “Mas... E Terrasul? Não é o nosso destino?” – Tommy lembrou-se: “Ah... Sim. É verdade, Lucas.” – Galadriel não se conformou. Segundo ela, não havia confirmação nenhuma de haver pessoas no local. Expliquei que as cidades pequenas eram mais seguras, pois as maiores seriam tomadas mais rápido. Por isso ir lá seria uma boa ideia. No que Anthony concordou com um aceno de cabeça, sem retirar os olhos da longa e deserta estrada. A sobrevivente explicou que a torre era um lugar bem mais perto, e que a garantia de mais pessoas seria maior. Depois de muito pensar, concordamos. O motorista, então, pegou um retorno pela estrada. Nosso destino final seria a torre de rádio, não muito longe de onde estávamos. O dono da picape então pôs o pé no acelerador, desviando de algumas das criaturas que passavam pela estrada. Segundo ele, estavam todos mortos em sua consciência. Eu apenas queria uma resolução desse caos o mais rápido possível e que tudo voltasse à sua normalidade, mesmo que uma normalidade pacata.
   


   Me perdi totalmente nestes pensamentos pois, parece que segundos depois chegamos ao lugar. Galadriel chamou-me, no que acordei para a realidade repentinamente. “Vamos. Chegamos ao lugar.” – Ela complementou, com esperança. “Ah, sim. Obrigado.” – respondi, ainda com resquícios dos pensamentos anteriores. Quando pus a mão na maçaneta e me preparei para saltar, Tommy pôs a mão em meu ombro, e disse com seriedade: “Me escuta, Lucas. Não solta desse pé de cabra! E isso vale para você também, Galadriel! Não desgrude da escopeta, e eu fico com minha pistola aqui. Se tivermos sorte, eles não verão as armas que estão lá atrás na carroceria. Temos que nos garantir, vocês sabem...” – Concordamos com a afirmação. Saltamos lentamente do carro, e nos dirigimos à torre de rádio que tinha em torno de 4 pessoas em volta, um deles bem baixinho. Provavelmente o garoto. Este acenou para nós. Acenei de volta, e Galadriel também o fez. Tommy, pelo contrário, ficou com as mãos prontas para atirar, caso fosse preciso. A torre, que era escura, se localizava no alto de um morro verdejante. E era a paisagem mais agradável que pus os olhos desde toda a loucura ter se instalado. Me senti um pouco melhor. Após chegarmos, um homem de corte militar, barba rala e com aparência séria - que parecia o líder deles - veio até nós. E apertou nossas mãos. Provavelmente a comunicação obtida fez com que eles soubessem que viríamos. Nos apresentamos e ele apresentou cada um dos que ali estavam. “Sou Jaime. E esses são Beatrix, e Damien.” – Apontando respectivamente para uma moça alta, loira e esguia. Além de um homem que parecia ter seus trinta anos com uma barba por fazer e para o pequeno e magro garoto, que em sua cabeça tinha um boné. Tão pequeno quanto ele era. 


   “Estão aqui há quanto tempo?” – questionei. Beatrix afirmou: “A alguns dias, tem sido uma rotina totalmente cansativa, não temos quase dormido direito nos preocupando em afastar aqueles caminhantes assustadores daqui.” – e Jaime complementou: "Tem sido cada vez mais difícil achar suprimentos... As pessoas pegaram muita coisa desde o começo disso..." - Galadriel concluiu, contemplando o horizonte: "Não tenho dúvidas disso..." O menino disse-nos: "Não tinhamos recebido nenhuma mensagem no nosso rádio." - Isso até ele ter ouvido nosso sinal. O que os deu algum alento.
Eles confiavam que o governo logo consertaria isso, e a torre seria um bom ponto para serem achados. Jaime então pediu que déssemos nossas armas, Tommy falou que aquilo não seria possível. Beatrix então foi avançando para cima de nós, e Ulisses a parou pondo a mão em seu ombro. Jaime disse com um olhar frio e desafiador a Tommy:– “Não, não, não Beatrix. Tudo bem... Vamos com calma. Eles são hóspedes... E se não quiserem. Está tudo bem...” - Soltando um sorriso cortês à nós. A torre se erguia magnífica por aquele sombrio ambiente apocalíptico, e poucos andarilhos realmente se aventuravam por perto daquele lugar. Por ser alto e estar entre árvores, sua caminhada era dificultada. Muitos inclusive desciam o morro abaixo, mas era sempre bom manter a distância em todos os quatro cantos, não importa a segurança que aquele lugar mostrava. E isso era uma coisa com que Jaime sempre se preocupava. Logo após toda a cortesia, ele olhou por cima de nossos ombros com uma expressão raivosa. Nos viramos e, ao longe, um andarilho mancava em seus passos usuais e constantes. Jaime pegou um rifle Valmet M88 que pendurava no ombro e mirou na criatura, acertando um violento tiro em sua cabeça. Aquela coisa caiu fortemente de costas, jazendo no chão. “Atirem na cabeça. Isso os mata rápido.” – Afirmou, enquanto carregava sua Sniper. “Ah, sim... Valeu pela dica.” – Tommy respondeu; e olhou rapidamente para trás, vendo o andarilho deitado na grama logo abaixo. Além do sangue escorrendo de sua testa com um buraco penetrante de bala. Damien lembrou do que Ulisses disse sobre os mantimentos. E completou que iriam algumas horas mais tarde buscar suprimentos, e voltar à torre. Iriam Ulisses e Beatrix. Galadriel se voluntariou à ir junto, e rapidamente decidi ir com ela. Deixaria Anthony, Jaime e Damien na torre para guardá-la. Depois de todos termos nos alimentado com o que nossos dois grupos haviam pego, partimos às 5 horas da tarde. O sol, porém, se erguia sem pressa de ir tão cedo. Antes de irmos, Tommy veio à Galadriel e a mim, e avisou: "Os dois... Me escutem... Tenham muito cuidado lá fora. Voltem o quanto antes. Eu tento me garantir daqui..." - Agradecemos pelo aviso, e garantimos nossa volta. "Pode deixar." - Respondi. Seguimos os dois até a parte leste do morro. Não muito longe. Entramos num bugre que eles mantinham perto da torre. Nós dois nos sentamos na parte de trás do veículo, e nos dirigimos à um mercadinho à alguns quilômetros de distância. Com Ulisses na direção e Beatrix no banco do passageiro. Depois de alguns minutos de viagem, Galadriel chegou perto de mim e me perguntou baixinho: “Porque você aceitou vir logo depois que me voluntariei para ir?” – Respondi, aproveitando o alto som da tração do bugre para falar: “Olha, não sabemos o que eles dois podem tentar. Mesmo que pareçam confiáveis..." - E observei-os rapidamente - "Podem tentar qualquer coisa. Quem sabe? Temos que cuidar de nosso pequeno grupo.” - Ela pareceu entender minha motivação e agradeceu, voltando a olhar a paisagem. 


   Quando chegamos ao estacionamento do lugar, havia dois caminhantes mancando perto da entrada. Falei que atacaria um deles, e levantei meu imponente pé de cabra ainda com minha mão enrolada no pano. Este, usei para garantir que qualquer sangue que espirrasse em meu pé de cabra não contaminasse minha mão. E manti minha mão de apoio longe para não infectá-la. Ulisses voluntariou-se para acertar o outro, pegando ao seu lado um taco de baseball. Nos direcionamos à entrada, onde bati fortemente uma vez com a arma na cabeça da coisa. Felizmente, este não hesitou em cair com força ao chão. O outro infectado virou-se, ao ver o ocorrido. E grunhiu, com raiva. Ulisses também marcou presença, acertando a criatura remanescente com igual força. Após isso, fiz sinal para que Beatrix e Galadriel viessem. “Ah... Que coisa nojenta.” – Afirmou Beatrix com uma careta enquanto passava pelos andarilhos. Galadriel torceu o nariz para a cena. Ulisses lembrou: "É... Se acostume. Essa é a nossa realidade agora!" - E falou, enquanto me ajudava a tirar os entulhos da porta que bloqueavam estabelecimento: "Não deixem o sangue dos caminhantes tocar seus pés. Pois isso e tão mortal quanto sua mordida!" - Beatrix respondeu, apressada: "Sim, sim. Eu sei..." - Adentramos o mercadinho com extrema cautela. Fazia um escuro lá dentro e, se não fosse a luz do sol que ainda iluminava o lugar mesmo que pouco, teríamos nos perdido no interior. Peguei um carrinho de compras e joguei uma série de comidas e bebidas, além de pilhas para rádios e de brinde uma lanterna que se encontrava na parte de bazar. Ulisses expressou-se, mordendo uma maçã: “É... Devemos estar com sorte...” 


   E aproveitou para pegar bebidas que estavam nas geladeiras. “Sim... Estamos... Assim espero.” – Respondi, vagamente. As sobreviventes miravam com duas pistolas no lado de fora, garantindo cobertura. “Vamos, caras. Eles podem chegar perto a qualquer instante..." – gritou a ruiva ao longe, sem desgrudar os olhos do horizonte. Falei que estávamos terminando, e, após pegar tudo que podíamos, levei o carrinho até o bugre. Enquanto as garotas e agora Ulisses ficavam a minha volta para que nenhum andarilho se aventurasse a tentar algo. “Olhem!” – Apontou Beatrix de súbito a um caminhante que estava perto do bugre. “Todo seu...” – Disse Ulisses, abrindo caminho para a sobrevivente. Ela então mirou sua pistola na cabeça da criatura, acertando-a; caindo sem reação. Fomos bem rápido então ao bugre, onde descarreguei tudo, e todos os outros entraram no veículo. “Ei! Já estão voltando? Câmbio!” – era Damien, que falava ao rádio. "Daqui a uns minutos!" - Galadriel respondeu. O sol já se despedia daquele dia fatídico... E a noite traria um número bem maior daquelas coisas. “Não! Não dará para irmos agora! Está escurecendo” – Lembrou Ulisses. – “Mas será perigoso ficar aqui!” – avisou Beatrix. Ele então replicou que era o único jeito, e que nos esconderíamos no mercadinho até que amanhecesse. Teríamos que revezar a guarda pela noite. Damien então questionou quando voltaríamos. Galadriel respondeu ao rádio que chegaríamos ao amanhecer, e que não haveria motivo de preocupação. Afinal, tudo ficaria bem e voltaríamos em segurança... Pelo menos era o que eu acreditava.



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Autor(a): GreenBaggins

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

   Corremos rapidamente de volta ao mercado, atirando nos caminhantes que se aproximavam. Após entrarmos, notei que havia uma estaca de madeira ao chão. Peguei-a e fechei a porta por dentro segundos  antes dos andarilhos entrarem no lugar. Batiam à porta com força. Porém sem conseguir entrar. Limpei o suor do rosto e virei-me ...


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