Fanfics Brasil - Mercado Abandonado Deadland

Fanfic: Deadland | Tema: Originals, The Walking Dead


Capítulo: Mercado Abandonado

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   Corremos rapidamente de volta ao mercado, atirando nos caminhantes que se aproximavam. Após entrarmos, notei que havia uma estaca de madeira ao chão. Peguei-a e fechei a porta por dentro segundos  antes dos andarilhos entrarem no lugar. Batiam à porta com força. Porém sem conseguir entrar. Limpei o suor do rosto e virei-me a Ulisses, Beatrix e Galadriel: "Então... Quem vai ficar na primeira guarda comigo?" - Gal levantou a mão, e complementou que não haveria problemas em ficar acordada um pouco mais à noite. Ulisses então emprestou-me sua arma, dizendo para usá-la apenas em caso emergencial. Falei que não haveria problemas, e peguei a pistola emprestada. Fomos interrompidos por uma forte batida na porta. Virei-me à entrada, e vi dois caminhantes que chamaram minha atenção. Duas crianças - um menino e uma menina - transformadas. Visão aquela que abalou-me. Cheguei mais perto da entrada para observar a cena... Deveriam estar sofrendo demais. Os pequenos mortos não mais possuíam o brilho inocente e cheio de esperança infantil. Agora, isso fora substituído por órbitas brancas e vazias de todo tipo de humanidade e sentimentalismo. Falei, pesaroso: "Sinto muito por vocês... Não merecem tal coisa." - E fitei os outros, que estavam logo atrás: "Nenhum de vocês aí fora merece..." - A voz de Bea veio de trás, num tom triste, enquanto procurava sacos de dormir: "Não aproxime seus sentimentos a eles, Lucas. Não sentem mais nada. Estão mortos..." - Sua fala ecoou em minha mente.


   Refletindo sobre as palavras, virei-me aos sobreviventes: "Eu tenho esperança. Um pouquinho..." - E complementei, falando à Beatrix que acreditava numa cura. Ela olhou a mim, e com um breve sorriso, falou: "Espero mesmo que esteja certo. Quero acreditar nisso!" - Ulisses então, após ter achado um saco de dormir, desenrolou-o e terminou a conversa, voltando-se para mim: "Eu quero continuar acreditando. Mas tá difícil.." - Mesmo após a noite ter chegado e tanto Beatrix e Ulisses terem ido dormir, não consegui fazê-lo por um tempo. Estava pensativo. Até que ponto deveria acreditar numa possível cura? Meus pensamentos, porém, foram interrompidos por um grunhido que vinha da sessão de congelados. "Ouviu isso?" - Questionou Galadriel, alerta. Já empunhando sua arma e ligando sua lanterna. - "Sim. Eu ouvi. Vamos ver o que é..." - Respondi, também ligando a minha. O escuro do local significava cuidado duplo por ali.


   Nos esgueiramos então à sessão de congelados e, para nossas expectativas, um morto-vivo estava curvado com a cabeça baixa. Se alimentava vorazmente de algo. Fui calmamente até a criatura e, num rápido movimento, peguei meu pé de cabra e bati na cabeça da coisa. Que caiu com força ao chão, inconsciente pela pancada. Após ver do que ele se alimentava soltei um involuntário "Nossa!". Galadriel perguntou o que havia acontecido. Fiz um sinal com a mão para que se aproximasse. Diante de nós jazia um indivíduo que possuía em seu corpo roupas de policial. Seu corpo, porém, fora violentamente dilacerado pelo andarilho. Sua barriga estava aberta. O cheiro era insuportável. Levamos a mão ao rosto, tapando o nariz.


   Lacrimejando um pouco devido ao odor que o cadáver trazia. "Você acha que ele tá aqui a quanto tempo?" - Perguntou Galadriel. Após alguns segundos estudando a cena, supus: "Provavelmente algumas semanas. Deve ter lutado com os mortos. Pelo que vemos ele perdeu. Este aqui devia voltar constantemente para se alimentar da carne dele..." - E voltamos pelo mesmo caminho que fomos, atentos a cada barulho. Fazia frio, o que condizia com a falta de vida que aquele lugar apresentava. Depois do fim de nossa vigia, acordamos Ulisses e Beatrix. E, após devolver a arma, os avisei do ocorrido. Complementando para que tivessem cuidado. E nesse meio tempo, mais mortos-vivos arranhavam a porta. Ignorei-os. "Não se preocupe com a gente. Nos viraremos bem." - Garantiu Bea, carregando a pistola. O sobrevivente pôs a mão em seu ombro: "Só use se precisar... Não esqueça disso." - Ela consentiu, e disse a mim que iriam começar pela sessão de enlatados. Então juntei-me a Galadriel e fui dormir um pouco. Caímos rapidamente no sono. Algumas horas depois, senti o sol vindo com todas as suas forças nos olhos que, mesmo fechados, sentiam os raios. Pus as mãos na frente do rosto devido ao forte sol. "Bom dia, dorminhoco." - Falou Gal, enquanto enrolava o saco de dormir - "Bom dia." - Respondi, coçando os olhos. Pronto para mais um dia naquele estranho mundo.


   Próximo à porta do mercadinho, Ulisses e Beatrix nos esperavam. "Tá certo. Vamos logo. É agora que o número deles diminui! Temos vantagem..." - Apressou-nos Ulisses, retirando a estaca da porta. Depois, perguntou antes de abrir a porta: "Estão todos prontos?" - "Eu nasci pronta!" - Disse Bea. A arma apontada para o horizonte. "Está bem. Vamos." - O homem disse. E chutou violentamente a porta. E todos corremos de volta ao bugre. Alguns poucos caminhantes, que espreitavam com certa curiosidade o veículo, foram baleados na cabeça por Galadriel e eu. Os outros, percebendo o que acontecera, vieram ao longe com o objetivo de matar. Entramos então rapidamente no bugre. Ulisses ligou a chave e pisou fundo no acelerador, o bugre porém não obedecera. "O que??" - Perguntou ele, com raiva. "Que aconteceu?" - Quis saber Galadriel. Ulisses disse que o carro não estava pegando. 


   O homem disse para irmos lhe dando cobertura enquanto fazia o veículo funcionar. Os mortos foram se aproximando. Pegamos nossas armas, atingindo qualquer um que se aproximava. "Lucas, cuidado! Atrás de você!"- Berrou a moça ruiva. Me virei, e perto de mim havia um feroz morto-vivo que agarrou meu braço. Beatrix, por sorte, atentou-se e deu um tiro no braço da coisa. Que me largou subitamente. Finalmente o carro voltou a funcionar. Pisando o pé no acelerador, fugimos como um raio. A tração nas quatro rodas fazia um agressivo som. "Adeus, otários!" - Gritou Beatrix, virando-se aos caminhantes. Estes grunhiram agressivamente como resposta, tentando sem sucesso nos alcançar pelo caminho.



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Autor(a): GreenBaggins

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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   Logo depois de nossa fuga com os suprimentos do pequeno mercado, escutamos os chiados do walkie-talkie de Galadriel. E uma voz. Era Jaime na escuta. "Alguém aí? Câmbio!" - Bufou ele, no que Gal respondeu: "Sim, sim! Estamos voltando com suprimentos. Câmbio!" - Jaime então continuou em tom misterioso: "Que alívio! Porque te ...


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