Fanfic: Deadland | Tema: Originals, The Walking Dead
Nos reunimos todos após o completo descarregamento dos mantimentos, e comemos em grupo. Devorei vários biscoitos salgados, além de compartilhar com os outros um pouco do uísque que achei no posto. Logo depois de termos nos alimentado, uma forte chuva caiu. Ulisses olhou de relance ao céu: "Só uma chuva de verão, gente" - Disse, mexendo no walkie-talkie e trocando as pilhas. Ele estava junto à Beatrix, a conversa parecia bem importante. Fui me juntar a eles. Bea deu um leve aceno, me chamando. Decidi ir até eles perguntar o que estavam fazendo. Ulisses revelou-me que estava tentando pegar algum sinal. Segundo ele; depois do dia anterior ficou pensando severamente no que falei. Sobre uma possível cura, que realmente poderia existir algo sendo feito para isso. Alguma pesquisa secreta. Tentava então estabelecer uma conversa com alguém do governo. Alguém que tentasse emitir um sinal. Uma tarefa árdua, pensei. Ele completou dizendo que tentaria subir em uma das pequenas montanhas próximas à torre, de modo a ter uma boa comunicação. Ofereci-me para ajudá-los a subir, mesmo que naquela chuva. Felizmente não havia raios caindo por ali, não haveria perigo. Quando preparei-me então para irmos, ouvi um lamento de raiva: "Ah, não!" - Parecia Damien. Virei-me para ver o que era. Me aproximando do garoto, entendi o que havia acontecido. O bugre de Ulisses estava totalmente manchado de sangue, além de um corpo de um andarilho jogado no capô do veículo; em sua testa havia marcado com faca a letra M. Ele foi rápido de encontro ao bugre. Após ver a cena, ficou com muita raiva. Jaime foi andando ao seu encontro, examinando o acontecimento, e soltou: "Foram eles! Eu sei que foram!" - Beatrix perguntou de quem ele estava falando. O homem, por fim, vendo que não havia saída, explicou tudo. Ulisses quis saber como que iríamos atrás deles, e Anthony falou que isso seria difícil. Não sabíamos onde eles estavam. Mas Tony retomou a fala, exprimindo que, quando chegassem, deveríamos estar prontos. O que incluía mais armas e munições. Não seria uma tarefa fácil, mas com certeza menos complicado do que viver naquele mundo.
Foi então até sua picape e retirou a lona, revelando as armas que havia escondido quando chegamos ao lugar. Prosseguiu em sua fala que para que houvesse melhor defesa, seria necessário um maior treino com armas. Começaríamos no dia seguinte. Seria um trabalho árduo e, para isso, seria necessário empenho de todos. Me ofereci como professor de tiro. Afinal, já tinha experiências prévias com armas. Depois do comunicado, nos separamos. Tony veio até mim, e disse que era legal que eu quisesse ajudar e estivesse disposto a isso. Falei que não havia problemas, porque eu só queria melhorar a situação. E falei que estariam todos prontos em alguns dias. O sobrevivente concordou, então falou um pouco mais baixo: "Escuta, Lucas... Tem mais uma coisinha. Quero que me ajude a ficar de olho em Jaime, se possível." Questionei o por quê, Tony apenas disse que ele estava agindo de modo estranho desde a visita dos estranhos capangas do tal Maddox. Virei-me para Jaime enquanto conversávamos baixo. Ele estava sozinho, e parecia pensativo.
Decidi me aproximar e lhe perguntar o que o perturbava. Disse que aquela visita inadequada poderia nos colocar em perigo, "É sempre bom mantermos o máximo de cautela possível." - Completou, coçando o queixo. "Você acha que eles voltarão?" - Perguntei-lhe, com um olhar duvidoso. Jaime olhou para o horizonte e depois para os outros sobreviventes, e respondeu: "Me escuta, só estou supondo coisas aqui. Apenas..." - Parou o seu raciocínio, respirou fundo. E depois retomou a fala: "Apenas quero que não chegue a isso." - Um questionamento veio á minha mente: "Eu ouvi você chamando ele de Bant... Como você sabia o nome dele?" - Jaime ficou nervoso: "Olha, Lucas... Eu perguntei pra ele. Só isso!" - Então se virou: "Agora dê-me licença, tenho que ir tomar um ar." - E se afastou para longe de nós, que estávamos no acampamento. O homem estava com um walkie-talkie em mãos, andando em passos firmes pelo campo verde e aberto. Olhou rapidamente para trás, parecendo querer se certificar de que ninguém o seguia. Um forte vento cortava a paisagem junto à chuva. Porém, eu não tirei o sobrevivente de meu campo de visão.
Olhei para Jaime com certo desdém. Depois, voltei a Tony. Este prosseguiu, falando baixo: "Eu achei muito estranho ele não ter matado o outro cara..." - Coçou a barba e, após uma longa pausa, retomou: "O que você acha, Lucas?" - Olhei-o, depois fitei o horizonte chuvoso. Estava preocupado. Disse o que, acredito, ele também pensava. Que talvez estivesse planejando algo que não deveríamos tomar conhecimento. Concluí que o melhor seria investigá-lo em suas ações, para que tivéssemos total certeza disso. Anthony concordou e completou que seria melhor fazer isso logo de manhã. Consenti e virei-me para onde Jaime se localizava, gesticulando sem parar enquanto argumentava com o walkie-talkie. De repente, ouço a voz de Beatrix chamando-me. Virei a ela, que perguntou quando poderíamos subir e procurar os sinais. Respondi que o próximo dia seria ideal. "Há algo de errado?" - Ela questionou. - Gaguejei um pouco ao falar: "Não... Não. Nada, estou bem." - Bea olhou com desconfiança para mim, disse um "Ok..." - E foi em direção à sua barraca. O dia seguinte ergueu-se nublado, ameaçando chuva. Seria o dia em que treinaríamos com as armas. Acordei e, saindo de minha barraca vi os sobreviventes pegando suas armas, me aproximei deles. E após ter conseguido a atenção de todos - que estavam agitados - subi em um caixote que se encontrava por ali e comecei a falar em voz alta: "Muito bem! Hoje vocês treinarão com as armas! Eu serei o professor de vocês! Quero que os que tem pouca ou média experiência com armas que levantem a mão." - Todos levantaram, exceto Jaime. Dei um sorriso, ajeitei o cabelo e continuei: "Bom... Acho que teremos trabalho pela frente." - Jaime levantou a mão e disse: "Eu tenho experiência, pois já fui segurança. Posso te ajudar nessa tarefa." - Olhei para ele, depois para Tony, que observou-o com suspeita. Então respondi, hesitante: "Claro! Obrigado por se oferecer para ajudar."
Montamos os alvos e selecionamos as armas que eles usariam. Pegamos pistolas, pois estavam em maior número ao contrário das outras (metralhadoras, escopetas). E, além disso, nivelaríamos todos não importando o tempo de experiência. Enquanto recarregava uma das pistolas, Tony aproximou-se de mim e falou de Damien. Que teríamos que ter cuidado pois ele era uma criança. Falei que não seria problema, e para que confiasse em mim. E depois nos juntamos aos outros e os separamos em grupos. Eu supervisionaria Anthony, Galadriel e Damien. Jaime supervisionaria Ulisses e Beatrix. Enquanto treinava-os, vi que o garoto encontrava-se deslocado dos outros. Me aproximei dele, perguntando: "O que houve?" - Ele disse-me que estava nervoso, nunca havia pegado antes numa arma e que não queria matar ninguém. Respondi que ele não precisava temer. E que é necessário que a arma não seja usada apenas com esse objetivo e que, se pudesse, fizesse o seu máximo para não usá-la. A não ser que houvessem casos de emergência. E que eu o treinaria com calma e paciência. Damien pensou um pouco e encheu-se de coragem, concordando comigo. Jaime saiu-se bem em seu treino. Galadriel demonstrou insegurança no início, mas conseguiu dar a volta por cima. Ela quis saber quando treinaríamos com uma Sniper, Ulisses ouviu e perguntou também. Olhei para Jaime, que respondeu: "Logo. Mas primeiro vamos com as pistolas, gente. Vamos aos poucos." - E olhou em volta ao horizonte.
"Sim! Elaborei um plano aqui de armas que treinaremos. Começamos com pistolas, depois metralhadoras, escopetas e mais pra frente as snipers." - Expliquei. E continuamos o treinamento com as pistolas, no que foram 3 horas de bastante esforço e dedicação. O sol estava à pico, pairando sobre nossas cabeças, e alguns caminhantes abaixo grunhiam para nós. E, quando isso acontecia, encorajava-os: "Ignorem isso! Continue treinando!!" - O treino realmente valeu a pena, pois eles saíram bem melhores do que antes. Beatrix acertou um tiro certeiro no alvo logo no final. Parabenizei-a: "Muito bom!" - Ela agradeceu. Então olhou para o horizonte, onde os andarilhos movimentavam-se desajeitadamente. Alguns ameaçavam subir à torre, sem sucesso. Afinal eles não conseguiam subir o morro, disse a ela que tudo ficaria bem e que isso seria resolvido, porém falei com um pouco menos de esperança do que antes. Beatrix balançou a cabeça em sinal de afirmação, depois virou-se para Jaime que tinha se esgueirado em silêncio já no final do treinamento, estava com o rádio em mãos. Falando sem parar. Me irritei: "Jaime! O que você acha que tá fazendo?!" - Ele notou-me e desligou o rádio rápido, gritou a mim de longe: "Nada não, Lucas. Não se preocupa não..." - E se aproximou de nós. Suspirei e disse: "Sabe?! Você tem agido muito estranho desde a chegada daqueles capangas..." - Damien juntou-se a mim, completando: "Você tá mesmo estranho..." - Jaime irritou-se: "Ah! O que? Vocês acham que eu tô mentindo? Que eu tô junto com eles? Deixa de paranóia!" - Ulisses questionou o que estava se passando e Anthony então cedeu. Explicou dos estranhos que haviam chegado aqui e de nossas suspeitas. Jaime tentou desmentir. Que não havia matado um deles para que este mesmo avisasse. Falei que era mentira. Ele olhou-nos com raiva. Sem opções.
"Mas... E se ele tiver falando a verdade?" - Questionou Damien. - "É claro que eu estou, D. Não acredita neles!" - O garoto olhou-me com um ar de confusão. Um silêncio permaneceu, que fora logo quebrado por Galadriel: "E com quem você tava falando no rádio?" - Balbuciando, respondeu que era com uma pessoa do governo. Quando perguntei quem, ele começou a falar: "Era com o..." - E de súbito pegou sua pistola e deu um tiro no pé de Anthony. Que caiu, com muita dor. Depois saiu correndo; Galadriel e eu fomos atrás dele pelo campo e, após alguns metros, o capturamos. Dei um socos nele e após deixá-lo inconsciente, nós dois o apoiamos no ombro e o levamos de volta à torre de rádio. O amarrando com uma corda numa árvore.
Autor(a): GreenBaggins
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Galadriel se prestou a cuidar do ferimento de Tommy. Botamos ele em uma das barracas para dar o tratamento adequado. Saindo dela, tive meu caminho interrompido por Ulisses, que começou a falar: "Olha... Não sabíamos de nada disso. Quando chegamos aqui nesse lugar, não havia ninguém aqui, e ele veio depois mancando. Nos explicou ...
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