Fanfics Brasil - Moeda de Troca Deadland

Fanfic: Deadland | Tema: Originals, The Walking Dead


Capítulo: Moeda de Troca

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   Galadriel se prestou a cuidar do ferimento de Tommy. Botamos ele em uma das barracas para dar o tratamento adequado. Saindo dela, tive meu caminho interrompido por Ulisses, que começou a falar: "Olha... Não sabíamos de nada disso. Quando chegamos aqui nesse lugar, não havia ninguém aqui, e ele veio depois mancando. Nos explicou que havia sido atacado por um andarilho, e que na fuga caiu de uma altura, machucando a perna. Nós acreditamos nele. Por favor, não temos relação com isso. Nem sabemos de nada..." - Interrompi-o. Falei que não precisava se preocupar, e que cuidaríamos disso. Ulisses pediu-me que não o matasse, respondi que tentaria não chegar à isso. Gal chamou-me de dentro da barraca: "Lucas, tente o seu máximo para saber quem é ele." - Prometi que o faria, ela completou dizendo que estavam faltando os curativos. E que precisaria sair para buscá-los. Concordei com ela, que saiu da barraca e se dirigiu à picape de Anthony. Adentrei a pequena tenda e olhei para Tommy, que repousava inconsciente e banhado em suor. Era de vital importância que Galadriel voltasse logo; a fim de que seu estado não ficasse pior. Saí da barraca e olhei para a picape amarela, que agora levantava poeira pelos campos em alta velocidade. Desaparecendo no horizonte entre as altas árvores. Suspirei e limpei um pouco de suor da testa.


   Fui aonde Jaime se encontrava, esperei-o acordar. Passado alguns minutos, retomou a consciência. Ao abrir seus olhos, perguntei rapidamente: "Quem é você?" - "Quem você acha?" - Questionou de volta. - Interroguei se seu nome realmente era aquele. Ele disse que sim, e que queria que o soltasse. Repliquei que antes deveria nos dizer o que sabia e qual era o objetivo dele. Aí poderia pensar em soltá-lo. - "Vai me matar, é?" - Indagou a mim. Fiz que não com a cabeça, e completei que não seria necessário desde que aceitasse em cooperar comigo. Logo após isso, um forte trovão deu as caras. Choveria novamente. Levantei os braços, dizendo: "Posso ficar o tempo todo aqui! Quanto antes se explicar melhor vai ser!" - Ele mostrou-se relutante: "Não vou explicar nada, porque não há nada para ser explicado!" - Indaguei novamente seu verdadeiro nome. Apenas para que ele respondesse que era Jaime. Perguntei por sobrenome. O homem não quis responder. Seria um dia longo e cansativo... Mas eu tentaria meios de agilizar a situação. Mesmo que contra minha vontade. Afinal, ele apresentava perigo. E quem sabe o que mais aconteceria se eu o soltasse...


     


Eu sei que você não quer ficar aqui nessa chuva!" - Tentei persuadi-lo a contar o que sabia. A chuva viria forte sobre o acampamento e, atrás de nós dois, os outros sobreviventes nos observavam à distância. Beatrix, Ulisses e Damien conversavam entre sí em um volume baixo e depois olharam para nós dois com ar de dúvida. - " Posso ficar aqui por horas!" - Respondeu Jaime, amargamente. Disse que ele não poderia mesmo, afinal, sentiria fome e cansaço por permanecer naquela posição. Uma hora ele iria ceder. Estudei seu rosto. Estava tentando parecer forte por fora, embora eu soubesse que estava com medo. Notei o rádio que ele carregava consigo, e perguntei: "Bom... Acho que você não necessita tanto do rádio agora, certo?" - E me dirigi ao homem, a fim de pegar o aparelho. Ele lutou um pouco, mas consegui pegar a arma que escondi no bolso de trás e apontei a ele.
Logo nesse mesmo instante uma forte trovoada surgiu, iluminando por meio segundo o céu que era composto de nuvens cinzas. Jaime me olhou com raiva: "Vai me matar, é?" - Perguntou. - "Se você se comportar... Talvez não" - Falei sem mover a arma, ainda mirando nele e com a outra mão peguei o rádio. Após isso, me afastei rapidamente dele. Comecei a mexer no aparelho, depois levantei rapidamente os olhos para o homem, que tentava pegar sua arma. Mesmo com os braços amarrados. Disse a ele que o esforço dele seria inútil, porque a arma estava descarregada. Então voltei minhas atenções ao rádio, tentando começar uma comunicação. E foi logo nesse instante que senti a primeira gota de água caindo sobre meu cabelo encaracolado. Olhei para cima e muitas outras seguiram a primeira; dei um suspiro de satisfação. Os poucos andarilhos que se movimentavam abaixo da torre de rádio tentavam fugir da chuva. Jaime cortou o silêncio de nossa conversa: "Espero que a garota volte logo. Eu não gostaria que aquele rapaz morresse assim..." - Fingi que não o ouvi e voltei minhas atenções ao rádio.


Passado alguns segundos ouvi o princípio de um forte chiado, o que me surpreendeu. Logo depois, uma voz com um estranho sotaque: "Caleb! Tá ai? Câmbio!" - Olhei para Jaime, que precipitou-se: "Não é ninguém, Lucas! Me dá isso de volta!" - Tentava esticar os braços até mim. Sem sucesso. O estranho retomou a fala: "Caleb! Temos que conversar!" - Aquele provavelmente era o nome verdadeiro dele. Tinha certeza disso. Me aproximei do preso, apontei a pistola a ele e pus o rádio perto de seu rosto. Então sussurrei: "Me escuta. Você vai falar o que eu mandar. Entendeu?" - Ele balançou de modo negligente a cabeça num sinal de afirmação. E sussurrou de volta um "Que seja!". Disse-o para que perguntasse a posição do homem que falava no aparelho. Ele obedeceu. O sujeito replicou em tom de estranheza que estava ao leste da torre de rádio, junto com o seu acampamento. "Agora pergunta o nome dele!" - O homem titubeou por um tempo, mas depois perguntou. Aquilo causou mais suspeita ainda para o destinatário da mensagem, mas eu precisava me arriscar para saber - " Como é que é? Por que tá me perguntando isso?" - Sussurrei para que respondesse que havia se esquecido. - "Ah... Eu, é..." - Apontei a arma para a têmpora dele, em sinal de urgência e falta de paciência. O que apressou sua fala.


"Eu me esqueci!!" - Respondeu o impostor por fim. O estranho do outro lado da linha respondeu por fim o nome "Maddox, seu esquecido! Que que tá acontecendo contigo?" - Após isso, perguntou se tinha mais alguém na linha. A resposta de Jaime foi um rápido "Não!" - Maddox então falou dos planos de tomar a torre de rádio e fazer da mesma uma base para eles. E que alguns de seus capangas iriam em uma hora ou mais chegar na torre a fim de dominá-la. Damien, que estava logo atrás, soltou um alto "Não!". O que, infelizmente chamou a atenção do indivíduo ao outro lado. "Que? Ei! Tem mais alguém aí do seu lado ouvindo?" - Ulisses e Beatrix tentaram acalmar o garoto. Que estava com bastante medo. Virei-me aos três e fiz um gesto de silêncio. Jaime, de súbito e, aproveitando-se a situação em que me virei, gritou um sinal a Maddox: "CÓDIGO AMARELO! CÓDIGO AMARELO!". Bati na cabeça dele com a arma e me afastei. Maddox perguntou quem estava na linha. Armei-me de coragem e respondi que havíamos raptado o capanga dele e que caso decidissem atacar, nós o mataríamos. Ulisses rapidamente se aproximou de mim. Disse que aquele não era o melhor modo de resolver. Afastei-o com a mão. Galadriel chegou na hora com a picape de Tommy. Dentro dela os curativos e outros materiais de cuidados médicos em uma bolsa. Os infectados tentaram aproximar-se dela, que os acertou com uma faca e foi correndo ao meu encontro. Viu meu rosto preocupado e questionou o que se passava. Falei a ela que chegariam homens aqui e tentariam tomar nosso território em uma hora. O que a alarmou, terminei dizendo para que ela se apressasse e ajudasse logo Anthonio, então a moça entrou na barraca onde o ferido se encontrava. Tudo acontecia muito rápido.


   Jaime, - ou melhor, Caleb - ficou inconsciente com a ferida na cabeça. Peguei o rádio e tentei o diálogo, o que não adiantou. O homem respondeu que queria se vingar. Beatrix perguntou o que faríamos, repliquei que teríamos que lutar. Mesmo com a falta de experiência. Teríamos que por os conhecimentos em prática. Mirei a arma para Caleb. Damien interveio: "Espera! Não mata ele!" - Falei que o sujeito era um traidor e que havia machucado um de nós. Beatrix veio até nós, dizendo: "Espere, Lucas. Podemos trocá-lo por suprimentos com eles!" - Pensei um pouco e então disse isso no rádio. Maddox então, após bufar com raiva, concordou meio de qualquer jeito: "Tá... Pode ser!" - Mas algo em seu tom de voz me deixou preocupado. Mas tentei ignorar isso e pensar no melhor, e que poderíamos viver em paz ali. Elaborei um ponto de encontro com o indivíduo. Seria numa clareira que se localizava ao oeste da torre. Nos encontraríamos em duas horas. Deixei Caleb amarrado para levá-lo depois e nos afastamos da árvore onde ele se encontrava. Me direcionei à barraca onde Tomy repousava. Estava com os devidos curativos, e Galadriel o observava. "Espero que tudo não fique pior." - Soltou ela. Respondi que não precisaria se preocupar, e que tudo seria resolvido em duas horas. A sobrevivente me olhou e, por fim, deu um suspiro: "Assim espero..." - Eu quis responder um "Eu também..." Mas não quis transparecer falta de fé.


   Duas horas depois me dirigi à clareira. Fomos Ulisses, Beatrix, Caleb - que estava com as mãos atadas - e eu. Damien e Galadriel permaneceram para cuidar de Tommy. Chegando ao lugar observei que ainda não haviam chegado. Olhei ao relógio. Passaram se três minutos. Cinco minutos. Dez minutos. Me virei ao preso: "Eles demoram, hein..." - O homem soltou um "É..." sem olhar para mim. Respondi ao homem: "Não tente nenhuma gracinha aqui, hein!" - Caleb balançou a cabeça num sinal de sim: "Eu tô amarrado. Como vou fazer algo?" - Eu apenas o olhei, sem resposta. Passados quinze minutos, ouvimos o barulho de motor de carro. Estavam chegando. Porém estávamos com nossas armas guardadas caso fosse necessário. Do carro saltou um homem de cabelo raspado e plaqueta de identificação estilo militar. Como já esperava, portava uma arma consigo. Uma escopeta SPAS-12. Presumi que fosse o Maddox. Junto dele vieram três homens. Também armados. Um deles carregava uma mochila do que parecia ser suprimentos. Ulisses e Beatrix rapidamente miraram suas armas ao grupo oposto, que respondeu fazendo o mesmo. Sussurrei a eles: "Fiquem alertas..." - Ao que a moça respondeu, concordando: "Sem problemas, Lucas..."


   O homem que aparentava ser o líder apontou aos dois e falou que não havia necessidade de mirar as armas neles. Ao que respondi: "Todo cuidado é pouco, né." - Pois mesmo que aceitando realizar a troca, não havia garantia de que pudéssemos confiar neles. O homem de cabelo raspado quebrou o silêncio. Possuía a mesma voz do homem no rádio: "Então... Vamos começar. Você deve ser o líder..." - E apontou para mim. Não respondi. Ao invés disso peguei Caleb e o empurrei para perto deles, dizendo: "O que vocês tem aí?" - O líder deles respondeu: "Isso!" - E apontou ao homem que carregava a mochila, que a abriu. Nela estavam cartuchos de escopetas e pistolas, além de alguns enlatados. Maddox continuou: "Aqui tem 15 cartuchos" - Olhei para a mochila com atenção e, após passar a mão em minha barba com desconfiança, quebrei o silêncio: "E como saber que posso confiar em vocês?" - Questionei, duvidoso. Ainda com o preso em minhas mãos. "Você não vai precisar saber..." - Respondeu o sujeito que carregava a mochila. Caleb decidiu falar: "Maddox... Eu..." - O líder deles gritou brutalmente: "CALADO, CALEB! VOCÊ TINHA APENAS UMA MERDA DE MISSÃO! E FALHOU NELA!" - Depois se recompôs, limpou a garganta e falou a mim: "Eu começo a troca..." - Então pegou a mochila de seu capanga e a jogou no meio, depois retomou a fala: "Agora é a vez de vocês!" - Fez então um gesto com a mão apontando para nosso prisioneiro. Peguei-o então com minha mão esquerda pondo Caleb em minha frenre, como um escudo. E mirando nos estranhos com minha mão direita. O levei para perto deles; com a desconfiança de que cumprissem mesmo o que disseram.


"E então?" - Questionou Maddox, impaciente. Eu me encontrava hesitante em relação à troca. Ele cruzou os braços e suspirou: "Que foi? Não acreditam na gente?" - Olhei-o, respirei fundo e joguei Caleb para seu grupo. Ulisses então rapidamente pegou a bolsa de suprimentos e voltou para junto de nós. Maddox e os outros foram se dirigindo ao carro do qual haviam saído. Um deles jogou Caleb violentamente para dentro do veículo; eu observava tudo atentamente. Porém quando seu líder foi entrando no carro, Ulisses soltou um "Ei!". E Beatrix se virou ao sobrevivente, perguntando o que havia acontecido. Ele apenas fez um gesto à moça para que esperasse e chamou o líder do grupo oposto. "Aí! Tá faltando cartuchos aqui!! Tem oito! Você disse que tinha quinze!" - Maddox e seus homens voltaram. Com Caleb dentro do veículo. O chefe então se virou, abriu os braços e respondeu: "O problema não é meu... Resolvam entre vocês. A troca já foi feita e vocês aceitaram!" - Ulisses então jogou a bolsa no chão de modo brusco e mirou a arma de fogo a ele. Beatrix também ergueu seu revólver, e disse: "Nos dê o resto!" - Maddox gargalhou e falou que não havia resto. Perguntei o que ele queria dizer com aquilo, quando no mesmo momento uma luz vermelha se projetou em cima de mim. Um dos homens dele mirou uma Sniper para mim. Era uma armadilha.


Maddox então retomou sua fala: "Você vem aqui com audácia, faz um espião meu de prisioneiro e ainda quer se sair bem?" - Olhei-o com raiva, e questionei o que queria. O homem disse que apenas queria vingança. E terminou dizendo: "Adeus, Lucas..." - E um violento som de tiro ressoou pela floresta. Pássaros que se encontravam por perto voaram em grupo para longe. Um dos capangas caiu no chão com um enorme buraco de bala em sua cabeça. Me virei para ver o que havia acontecido. Era Ulisses, que havia se escondido num pongo específico enquanto eu conversava, atirando no franco antes que o mesmo me acertasse. Maddox soltou uma exclamação surpresa: "MAS O QUÊ?!" - Ulisses então gritou para mim e para Beatrix: "SE ESCONDAM!!! VAMOS!!!" - Me joguei no chão e Bea se escondeu em uma das árvores e então um festival de balas começou a soar pelo lugar. Maddox pegou a escopeta do capanga morto e os outros dois começaram a atirar. Ulisses então atirou mais neles, enquanto ficava atrás de uma árvore que servia como escudo. Caleb aproveitou a situação confusa e tentou se desvencilhar das amarras, sem sucesso. Após uma sessão violenta de tiroteios, houve um silêncio. A fumaça foi se extinguindo lentamente pela clareira. Olhei para Beatrix, confuso. Que me encarou de volta; ela sussurrou: "Que que aconteceu?" - Dei de ombros como sinal de que não sabia. Levantei a cabeça para olhar em volta da clareira. E nada acontecia.


Avistei o carro onde Jaime, ou melhor, Caleb se encontrava. Porém não o vi dentro do veículo. Devia ter caído do banco. Sim... Deveria ter sido mesmo isso. Meu coração batia forte e me sentia apreensivo. Olhei atentamente pelo lugar, passando o olho por cada parte. Então achei uma luz vermelha entre as árvores. E dela saiu um barulho de tiro que felizmente não me atingiu. Me abaixei, fugindo da tentativa de acerto do sniper. E o tiroteio continuou. Beatrix pegou sua pistola e conseguiu acertar um tiro na perna de um dos ajudantes de Maddox, que gritou de dor tentando atirar na direção dela. Porém a dor o impediu de mirar. Disparando para cima. Acertei o outro no ombro, que caiu sem esboçar reações. Seu líder, vendo que agora se encontrava em menor número, pegou a arma do morto e começou a atirar com as duas sem pensar em mirar. "Cadê Vocês??" - Ele berrou, olhando para os lados. Aproveitei sua distração e andei até ele por trás, esquivando-me por entre as árvores. Jogando-o ao chão, suas armas caíram. Bearix e Ulisses vieram logo atrás, e se juntaram a mim. Imobilizando o homem. Peguei as escopetas que ele segurava e o olhei seriamente.


   



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Autor(a): GreenBaggins

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