Fanfic: Meu Marido É Um Anjo Da Guarda | Tema: Romance , Comedia
Prólogo
Lucy sempre imaginara que quando se rompia um relacionamento havia muito gritos histéricos e reclamações, pelo menos de uma das duas partes envolvidas. E talvez até um pouco de porcelana voando pelo ar, para criar um clima mais dramático.
Porém ,sua realidade se revelou bem diferente disso. Por algum motivo, simplesmente não estava tendo disposição para alterar a voz. Sentia-se vazia por dentro. O amor que sentira por Nathan Thomer terminara de repente.
Quanto às porcelanas, gostava muito do conjunto azul e branco que pertencera à sua mãe, já falecida, e que o pai lhe dera como um presente de casamento antecipado. As delicadas peças eram preciosas demais para serem desperdiçadas com alguém como Nathan . Seu noivo, ou melhor ex-noivo, recebera a notícia do rompimento com uma frieza que a deixara alarmada.
Com firmeza, ela se dirigiu à porta e a manteve aberta para ele.
_ Se esquecer algo, mandarei que entreguem no seu apartamento depois - Avisou, desejando que ele fosse embora logo.
Claro que pensava em queimar ou em doar o que ele deixasse para trás , mas no momento estava chocada demais para refletir com calma em uma maneira de colocar isso em prática. Tudo que desejava era se livrar logo da presença de Nathan . Queria vê-lo fora de sua casa, de sua vida e principalmente de seu coração.
Nathan se inclinou pegar a mala. Então, em um gesto que se tornara típico dele, adiantou-se para beijá-la no rosto. Porem, Lucy virou a face, esquivando-se do contato.
_ Está cometendo um grande erro -disse ele. – Tirou conclusões precipitadas, Lucy. Por que não pensa com calma e esquece o que viu? Então tudo poderá voltar a ser como antes.
Dizendo isso, sorriu de uma maneira que a deixaria com as pernas trêmulas, até pouco dias antes.
Lucy segurou a maçaneta da porta com firmeza. Considerava-se uma pessoa tolerante e compreendia muitas atitudes dos outros, exceto preguiça e mentiras. Não que houvesse algum problema quanto aos hábitos profissionais de Nathan .
O impecável terno cinza com o qual ele estava vestido no momento denotava uma pessoa bem-sucedida. De fato, a ambição que ele demonstrava chegara até a animá-la a princípio.
Nunca havia conhecido um homem tão disposto a trabalhar e a vencer na vida. Se ao menos ele não houvesse mentido...
Lucy começara a suspeitar de que havia algo errado quando ele desmarcara alguns encontros com ela, dizendo que teria de ficar trabalhando até tarde. Dera a ele o beneficio da duvida até mesmo quando Nathan chegara em casa com cheiro de perfume feminino na roupa.
No dia anterior, quando ele lhe dissera que nem sairia para almoçar, Lucy se esforçara para acreditar. Porém, ao sair para comprar um sanduíche, ficara surpresa ao ver o carro dele parado em um semáforo. Mais espantoso foi avistar uma mulher ao lado de seu noivo.
O chapéu que ela estava usando impediu Lucy de ver seu rosto, mas algo naquela mulher lhe pareceu familiar. Ainda não querendo acreditar muito no que seus olhos estavam vendo, dissera a si mesma que ele deveria ter mudado de ideia e que resolvera tomar um lanche rápido. Talvez estivesse indo até ao mesmo lugar que ela. Por isso, decidira segui-lo.
Entretanto, quando ele passou direto pela lanchonete, ela continuou a segui-lo e qual não foi seu espanto ao vê-lo entrar no estacionamento de um famoso motel da cidade.
Mantendo uma distancia discreta, ela observara, horrorizada, os dois saírem do veiculo e andarem abraçados até a entrada.
Voltando os pensamentos ao presente, manteve-se encostada na porta, mais para não cair do que para mantê-la aberta. Tentou respirar fundo, mas seu peito parecia tão apertado que ela teve de se contentar com breve suspiro.
_Está bem, tentarei pensar com calma. – Fitando-o nos olhos, continuou: _ Diga com sinceridade o que foi fazer com aquela mulher no Motel.
Nathan desviou o olhar por uma fração de segundo, antes de voltar a encará-la.
_Eu já lhe disse que tínhamos alguns negócios para resolver e que não queríamos ser incomodados.
Os dedos dele se abriram e se fecharam em torno da alça da mala. Ao notar o gesto de nervosismo, Nathan segurou-a com tanta firmeza que as juntas de seus dedos ficaram brancas.
Lucy estreitou o olhar, lutando para manter a calma.
_Então por que vocês se registraram como Sr. e Sra Swiste ?
Não pretendia revelar que descera tão baixo a ponto de ir verificar isso, mas não conseguiu deixar de contestá-lo. Balançou a cabeça, com pesar. Não aguentava mais ouvir as mentiras de Nathan.
Entendendo a indireta, ele assentiu, encaminhando-se para a porta.
_ Dirija com cuidado – disse Lucy.
Enquanto observava o carro dele sair para a avenida próxima, pensou em como fora ridículo dizer aquilo. De qualquer maneira, esperava nunca mais revê-lo.
Menos de uma hora depois , o telefone tocou . Pensando que poderia ser Nathan, tentando fazê-la mudar de ideia, deixou que a secretaria eletrônica atendesse a ligação.
Após o sinal, houve um momento de hesitação. Antes que uma mulher dissesse:
_Aqui é da sala de emergência ao Hospital Ana Costa. Estou telefonando para....
Lucy tirou o aparelho do gancho no mesmo instante.
_ Sim, sim, pode falar.
Sentiu uma onda de apreensão. A saúde de seu pai parecia haver melhorado depois da última cirurgia que ele sofrera. Teria acontecido algum imprevisto?.
_Qual é o problema? Ele está bem? . –perguntou, aflita.
A mulher não respondeu, fazendo-a deduzir o pior.
_É a Srta. Heartfilia?.
_ Sim, sou eu mesma.
_ Está indiciada como a pessoa de contato, para o caso de uma emergência.
A mulher hesitou.
_ É melhor vir até aqui, porque é possível que ele não consiga resistir por muito tempo.
Lucy sentiu a boca secar de repente. Segurou o telefone por alguns segundos, sem saber ao certo o que dizer ou o que fazer.
_ Foi o coração novamente?. – perguntou, por fim.
_ Ainda não tenho um registro de problema cardíacos. – Respondeu a mulher, com gentileza. _ O acidente de carro sofrido pelo Sr. Swiste causou-lhe outros tipos de complicações.
Autor(a): aelita
Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Lançando um olhar de suspeita para seus adversários no jogo de “fenuri”, Natsu enfiou a mão na manga de seu manto branco e tirou dela uma perfeita pluma dourada. Confiante de que ninguém vira sua artimanha, colocou o artefato sobre a mesa de jogo, em cima das plumas de seus dois oponentes. _Fenuri! – gritou, proclamando-se venc ...
Próximo Capítulo