Fanfic: A Reencarnação de Chichi - Universo Goku e Chichi | Tema: amor, artes marciais, dragon ball, universo alternativo

Goku abriu os olhos sobressaltado, era um pesadelo, mas esqueceu do que se tratava na hora em que acordou. Ficou com uma má impressão, mas ao olhar para o lado, viu Miki dormindo. Sorriu quando se lembrou da noite passada e o pesadelo foi esquecido. Tinha na memória cada detalhe e a mulher que dormia em seus braços o deixara completamente encantado, extasiado, apaixonado. Ela o tomou inteiro para si.
Lembrou-se de Chichi e de como fora sua primeira vez após o casamento e riu pois ele não fazia ideia do que deveria fazer e foi ela quem acabou conduzindo a situação. Goku era um inocente nessas questões naquela época. Mas com o tempo e a prática tornou-se um amante experiente.
Miki mexeu-se na cama ele a olhou de novo e a trouxe mais para perto de seu corpo. 
Dessa vez ele não seria negligente. Sentia-se culpado por não ter dado a atenção merecida a Chichi. Passava longos períodos fora de casa, mal voltava e já partia de novo. Quando estava em casa Chichi sempre o mimava e fazia suas comidas preferidas. Amava Chichi. Mas quando se casou foi muito cedo por conta da promessa que fez a ela. Nem sabia o que significava, o que era casamento, era apenas um garoto. Ele queria lutar para ficar mais forte, era só o que pensava. Até Vegeta, com toda sua arrogância, não ficava fora de casa muito tempo. Principalmente depois que seu filho nascera.
O saiyajin não sabia porque estava lembrando dessas coisas agora, mas tinha uma certeza: Chichi voltara para ele e estava bem ali ao seu lado e dessa vez ele seria o homem que ela desejou. Uma lágrima desceu pelo seu rosto - "Me perdoe Chichi.". Nesse momento Miki acordou e ao vê-lo chorando se assustou:
- Goku, por que está chorando? - ela colocou suas mãos no rosto dele.
- Não foi nada, apenas algumas lembranças passadas. - e sorriu para ela.
Miki beijou seus lábios e o abraçou. Goku sentiu a ternura no abraço, mas ao abrir os olhos viu marcas vermelhas no ombro da princesa.
- Eu machuquei você. Está sentindo dores? - Ele perguntou preocupado.
- Eu estou um pouco dolorida mas não é bem aí que está doendo... - ela sorriu - Vou tomar um banho. E logo pulou da cama.
Goku ficou olhando para a mulher que acabara de levantar de sua cama totalmente nua e sem nenhum pudor exibia para ele o corpo recém despertado para os prazeres carnais. Ela era muito diferente de Chichi que sempre foi contida e um tanto envergonhada, principalmente quando começou a sentir os sinais do tempo em seu corpo. Além do fato de não conseguir mais acompanhar seu marido com o mesmo vigor de quando se casaram também sempre pedia que a luz fosse apagada e não o deixava tocar em alguns lugares.
Goku a amava, mas muitas vezes ele se sentia frustrado. Ele não se importava com rugas ou estrias ou essas coisas que as mulheres acham em seus corpos, ele a queria mas com o tempo passou a não pedir mais nada. Sua mulher chegou ao ponto de dizer para ele procurar uma mulher jovem, ele, embora tentado, não fez isso com ela.
O saiyajin parou de pensar nessas coisas, eram passadas. Chichi voltara para ele de um jeito diferente e ela caprichou. Ele riu alto, pensando nisso.


Miki estava no banho analisando as marcas no seu corpo. Em sua coxa esquerda quatro dedos ainda pousavam na pele bronzeada. Ela sorriu, fechou os olhos e enquanto a água do chuveiro caia sobre seu rosto se lembrou da noite passada. Corria as mãos pelos mesmos lugares em que ele a tocara. Com os dedos nos lábios lembrou do beijo. Ela já tinha beijado uma ou duas vezes mas nunca recebeu um beijo como o daquele homem. A delicadeza com que a tratou, a paciência e o toque, era como se ele soubesse exatamente onde tocar. Ao lembrar disso teve vontade de ter mais daquilo mas estava dolorida, queria sentir prazer e não dor. Decidiu esperar até a noite. Tomou um banho demorado e perfumou seu corpo com óleo de flor de cerejeira.
Goku sentiu o perfume quando Miki saiu do banheiro. Respirou fundo tentando colocar todo aquele cheiro dentro de si. Ao ouvir que ela fechara a porta correu para tomar um banho rápido e aproveitar mais do perfume que, com certeza, estava por todo o banheiro. Ao sair do banho vestiu sua roupa laranja, lembrou da daquela bermuda que resolveu usar para o jantar especial: - Assim está bem melhor! - falou terminando de dar o nó na faixa azul. Ouviu Miki sair do quarto, escondeu seu ki e surpreendeu a princesa aparecendo atrás dela e pegando-a no colo. Ela abraçou seu pescoço e ele girou com ela em seus braços algumas vezes para, ao parar, beijá-la suave e demoradamente.
- E agora, que tal o café da manhã? - perguntou Goku quando seus lábios se separaram.
- Sim! Não sabia que sexo dava tanta fome! - Miki sorriu largamente.
- Mas não fizemos sexo. - Goku respondeu.
- E o que fizemos? Isso não se chama sexo? - ela fez uma cara de espanto.
Goku aproximou seu rosto e encostou sua bochecha na dela e disse com voz suave: - Nós fizemos amor... - e roçou seu rosto no dela que fechou os olhos e o apertou ainda mais em seu abraço no pescoço.
Assim caminharam para a cozinha e viram uma linda mesa de café da manhã com muita comida.
- Kiko! - falaram juntos. Miki pulou do colo de Goku e ambos sentaram, mal sabiam por onde começar, mas não demorou muito até que "atacassem" a comida. Minutos depois...
- Nossa comi demais! - Goku alisava a barriga.
- Eu também! - Miki recostou na cadeira desconsolada.
- Hoje eu vou pescar! - Goku falou de repente - Vou trazer um peixe bem grande para assarmos e comermos em comemoração! Faz muito tempo que não pesco.
- Você aguenta um peixe grande sozinho? - Miki perguntou sorrindo.
- Com certeza! Quer que eu traga um para você?
- Goku, todo esse tempo que eu estou aqui, você não percebeu que não como carne? 
- Isso é sério? Você não gosta de carne? Mas é tão bom! - Goku estava espantado - E como aguentou esse tempo todo de treinamento? Porque era pra você ser bem fraquinha...
- Não como carne desde criança, mas as coisas que como compensam até mais que carne. - ela explicou.
- Não tem problema! E trago peixe para mim e cogumelos para você e algumas frutas. - Goku falou achando a solução.
- Perfeito! - Miki sorriu e se lavantou para lhe dar um beijo no nariz.
Depois disso, tiraram a mesa e ficaram de namorico, feito dois adolescentes, mas Goku não queria voltar tarde então se despediu e foi para sua pescaria. Mas não sem antes ser beijado por Miki até perder o fôlego. O saiyajin voava e gritava dando piruetas no ar: - Uhu! - estava muito feliz.


O relógio na cozinha já contava uma hora desde que Goku saíra. Na cozinha Miki lavava morangos silvestres que ela tinha acabado de colher em uma parte da floresta perto de casa. O dia estava em silêncio e só se ouvia o barulho da água caindo da torneira.
- Demorou para me encontrar, pensei que você tivesse mais agilidade. - Miki falou enquanto tirava terra de um morango.
- Então esse é o chiqueiro onde você está se escondendo? - uma voz masculina respondeu, um tanto surpresa por ela ter iniciado o diálogo sem ao menos sair do lugar.
- Pensei que estivesse morto, mas pelo jeito, a água que deixei para você ajudou. Estava bem quente aquele dia. - ela falou com desdém.
O homem contorceu o rosto de raiva. Lembrou-se daquele dia, vencido na luta, caiu inconsciente e acordou somente de noite. Por ficar desacordado sob o sol o dia todo sua pele estava queimada e sentia sede, quando viu a garrafa achou que havia caido da mochila dela durante a luta. Agora que havia descoberto que fora ela quem deixou seu ódio aumentou. Ela debochou dele. Queria pegá-la agora e cortar sua garganta, mas tinha planos melhores. 
- Por que não me matou? - perguntou tentando manter indiferença em sua voz.
- Não sou uma assassina como você. Achei que iria aprender a lição, mas pelo que vejo, você veio atrás de mais uma explicação. - Miki respondeu com deboche, mas sentia o ki do homem aumentando, ainda lavava os morangos, mas todos os seus sentidos estavam alertas. - Você gosta de morangos?
- Você devia ter me matado, por que agora você vai pedir para ir para o inferno, porque eu vou fazer você em pedaços e...
Mazzu ainda falava quando Miki surgiu de reprente bem na sua frente fazendo com que ele se assustasse dando passos para trás e acabando por tropeçar em seus próprios pés caindo sentado.
- Co - como você fez isso? - ela não era assim tão veloz na primeira vez.
Miki sorriu. Os morangos estavam na mesa arrumados em uma tigela e a torneira não soltava mais água.
- Escute Mazzu, vou deixar que você saia por essa porta e nunca mais volte. Não vou machucá-lo.
O homem, que já estava em pé, começou a rir. Aproximou-se de Miki e passou o polegar pela lateral de seu rosto:
- Você é muito ingênua ou muito burra, eu não vim até aqui apenas para conversarmos. Você vai morrer e será hoje!
A princesa olhava nos olhos dele. Primeiro ela deu um leve sorriso. Mazzu estava bem de costas com a porta de saída então o sorriso deu espaço para uma feição séria e dura. Miki o golpeou bem no meio do peito com a mão espalmada e o jogou para fora de casa. Mazzu, que não esperava por isso, além da falta de ar, ficou perplexo. Ela caminhava em direção a ele que não conseguia se levantar devido a falta de ar. Miki o pegou pelo colarinho e deu um soco bem no meio de seu rosto. Ouviram o som dos ossos do nariz dele se quebrando. Mazzu gritou.
- Maldita! Você quebrou o meu nariz!!!! - ele tentava conter o sangramento, em vão, colocando as mãos no rosto. - Você vai me pagar!
Miki acertou um soco em seu estômago, fazendo com que ele caísse de joelhos e ficando com a respiração ainda mais difícil.
- Se disser que vai embora agora eu paro. 
Mazzu deu risada. 
- Você acha mesmo que isso que fez é suficiente para me derrotar? - Ele já estava em pé.
- Não, eu não acho. Mas se eu liberar toda minha força eu serei. - Miki olhava sério para ele e com um rápido movimento acertou um chute no rosto dele e em seguida diversos socos no tórax. Era tão rápida que Mazzu mal via o que ela fazia, mas sentia na pele. Não conseguia entender como aquela mulher havia ficado tão forte. Miki finalizou sua sequência de golpes girando seu corpo e o atingindo novamente no rosto com um chute. Mazzu foi ao chão mais uma vez caindo de bruços. Miki ficou esperando que ele se levantasse mas o homem não se mexia. Esperou mais um pouco, ele parecia não respirar. Não conseguia ver o rosto que estava virado para o chão. Chegou perto e cutucou o corpo com o pé. Nada. Chamou e nada. Então ela foi até seu rosto, chamou seu nome, mas não teve resposta. Resolveu que iria virá-lo. Tocou em seu ombro direito e começou a rolar o corpo, quando Mazzu estava quase todo virado ele abriu os olhos, Miki se assustou e caiu sentada. Mazzu tirou alguma coisa de seu bolso, colocou na palma da mão e soprou em Miki que se assustou e puxou ar pela boca fazendo com que aquele pó chegasse até sua garganta.


Ela se afastou dele e levantou, começou a se sentir tonta e tossia pelo pó na garganta.
- O que você fez? O que é isso que jogou em mim? - e esfregava os olhos que estavam ficando turvos. Tentou achar a porta de entrada da casa, mas não conseguia ver e mal conseguia andar.
Foi quando sentiu um soco forte que logo abriu um corte em seu lábio superior. Cabaleou e ouviu uma risada.
- Eu não sabia que você precisasse desse tipo de coisa para conquistar uma mulher. - Miki provocou, falando arrastado e sentiu mais um soco forte. Sua sobrancelha direita abriu em um corte profundo e o sangue começou a descer rápido entrando em seu olho. Agora estava mais difícil ainda enxergar.
Mazzu a segurou pelo camisão que ela vestia: - Agora vamos acertar as contas e começou a socar o rosto de Miki, cada vez com mais força. O rosto delicado da princesa começou a ficar inchado e sangrava. Seu olho esquerdo estava completamente fechado. Ele a soltou e ela caiu de joelhos, precisava entrar. Começou a engatinhar, mas não sabia direito para onde.
- Aonde você pensa que vai? Ainda não acabamos! - Mazzu riu e chutou Miki na barriga com força.
Ele usava uma bota de couro pesada. Outro chute. Dessa vez Miki, que não ainda não reclamado dos golpes, soltou um gemido de dor, sentiu que alguma coisa dentro dela havia se partido. Outro chute e ela caiu de lado com o sangue saindo pela boca. Virou-se em posição fetal para o outro lado. Não conseguia mais se mexer quando percebeu que estava bem na porta da casa e se esforçou para começar a se arrastar para dentro.
- Mas olha só quem está se arrastando feito um inseto! - Mazzu começou a debochar. - Eu disse que você morreria hoje, não adianta correr para dentro de casa e se esconder embaixo da cama. Ele pisou no pé esquerdo de Miki com força e soltou todo seu peso sobre ele fazendo ela gritar de dor quando sentiu seu tornozelo quebrar.
Mazzu a pegou pelos cabelos e a levantou. Ele passou a mão em seus seios por baixo da roupa e foi direto para sua calcinha. A princesa tentava segurar a mão dele desesperadamente enquanto tentava se equilibrar em um pé: - Eu devia ter usado você antes, quando estava bonita, mas agora eu não quero mais. Você está um lixo!
Miki tentou falar alguma coisa, mas não conseguia. Tentou dar uma cotovelada em Mazzu, mas não teve força o suficiente. O homem se irritou e a arrastou até a parece que dava para a entrada da casa jogando o corpo dela contra a parede com força, mantendo precionado e deixando-a de costas para ele. Ainda segurando seus cabelos os puxou para trás e colocou uma adaga na garganta dela.
- Não sei se corto sua garganta ou se arranco seu coração. Deixo você escolher, o que quer? - virou Miki de frente - Não quero que perca o show. - falou sorrindo enquanto Miki sentia algo entrando em sua pele no seu baixo ventre. Um misto de dor e ardor e ela gritou. O homem ria.
- Você vai sangrar igual a uma porca abatida e eu vou ficar aqui olhando. - ele falava enquanto Miki ia escorregando pela parede até ser contida pelo chão.
- Eu deveria te levar viva, sabe? Mas vou dizer para aquele nanico do Satoru que você morreu no caminho. Vou levar um pedaço do seu cabelo como lembrança.
Nesse momento Miki teve um vislumbre de sua vida e tudo que passara até aquele momento. Lembrou da sua missão, seus pais e todos que viviam lá em Sanshoku e que estavam com suas confianças depositadas nela e nos outros guerreiros. Sentiu uma força dentro si, era pequena, mas a fez despertar e ver que ainda vivia. Mazzu estava juntando uma mecha do cabelo para cortar quando sentiu algo quente em seu peito, olhou para baixo e viu que era uma esfera brilhante branca e azul, procurou de onde vinha aquilo e era dela, da mão dela.
- Vo... você é humana mesmo?! - levantou a adaga para atacá-la novamente mas não teve tempo. Miki lançou suas últimas forças á queima roupa em Mazzu que foi lançado para fora da casa e desmaiou.
"Goku..." - ela pensou e seu corpo pendeu para o lado.


Um pouco longe dali Goku, que já tinha pescado seu super peixe, brincava com filhotes de dinossauros. Ele estava tão distraído que não percebeu nada no ki de Miki. Até aquele momento. De repente ele sentiu uma espécie de beliscão: - Miki! - gritou ao perceber que o ki dela estava quase desaparecedo. Colocou os dois dedos na testa e estava em casa. Olhou em volta, um homem ferido estava no chão e sangrava pelo nariz. Um rastro de sangue o levou até a porta de casa e ao entrar ele viu Miki deitada no chão inconsciente.
Goku correu até a mulher, ele tremia desesperado e chamava por ela. Seu ki estava diminuindo rápido.
- Kiko! - e o robô apareceu prontamente - o scanner, rápido Kiko. Verifique os ferimentos. - Goku deitou Miki de barriga para cima.
De dentro do robô surgiu uma espécie de tubo fino que emitia uma luz verde por toda sua extensão.
- Por favor aguente Miki, por favor meu amor. - Goku falava aflito enquanto olhava ao redor. Uma poça de sangue se formava abaixo da princesa.
Kiko iniciou o scanner pela cabeça: - Nenhum traumatismo cerebral identificado. Escoriações no rosto, um corte profundo na sobrancelha direita, um corte no lábio superior, nenhuma fratura identificada na face. - o scanner desceu para a parte do tórax - Nenhum ferimento identificado no tórax, escoriações nos dois braços, duas costelas quebradas no lado direito, um pulmão perfurado e grande hemorragia. - desceu mais um pouco - Corte profundo no baixo ventre, intestino perfurado e grande hemorragia.
Goku começou a ficar desesperado.
- Escoriações nas pernas, joelhos e canelas, tornozelo esquerdo quebrado. Fim do escanner corporal. Miki morrerá em duas horas se não for socorrida agora. - Kiko aconselhou com sua voz metálica.
- Eu vou salvar você. - Goku a pegou no colo com cuidado - Por favor aguente Miki.
Colocou os dois dedos na testa e em segundos estava no mezanino da Corporação Cápsula.
- Vegeta! Vegetaaaaa! Vegeta! - Goku gritava e chorava.
- Kakarato! Ficou louco, por que está gritando desse jeito? O que você... - Vegeta ficou mudo ao ver Goku com a roupa ensopada de sangue e uma mulher brutalmente machucada nos braços. Notou também que ele chorava.
- Por favor Vegeta, me ajude.

- Os personagens originais de Dragon Ball que aparecem na história não são de minha autoria e pertencem a Akira Toriyama.