Fanfics Brasil - O príncipe extraterreste e a princesa voadora A Reencarnação de Chichi - Universo Goku e Chichi

Fanfic: A Reencarnação de Chichi - Universo Goku e Chichi | Tema: amor, artes marciais, dragon ball, universo alternativo


Capítulo: O príncipe extraterreste e a princesa voadora

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Tatsuo olhava para Vegeta espantado e ao mesmo tempo feliz.
- Hiromi, ainda temos esperança! - a rainha sorriu para seu marido que voltou a falar com Vegeta - Como está seu pai, o Rei Vegeta? E como estão as coisas lá no planeta, conseguiram se livrar de Freeza?
Vegeta e Goku se olharam. Como aquele homem sabia do planeta Vegeta, Freeza e do rei Vegeta? Como ele sabia de Vegeta?
- Freeza morreu há muito tempo. - Goku respondeu - O filho de Vegeta o matou.
- Mas que maravilha ouvir isso! Graças a Kami! - Tatsuo falou enquanto abraçava Hiromi.
- Eu quero saber - Vegeta estava intrigado - como você sabe quem eu sou e de onde vim? Como conhece meu pai e meu planeta?
O rei e a rainha se olharam e depois se voltaram para Vegeta.
- Porque nós somos de lá. - Hiromi respondeu - Somos saiyajins.
- Saiyajins?! - Miki não estava entendendo nada - Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? Papai?
Vegeta e Goku não estavam acreditando no que ouviram.
Tatsuo pediu que todos o acompanhassem até sua sala, onde costumava fazer reuniões importantes. Quando todos se sentaram Vegeta foi o primeiro a falar.
- Vocês são do planeta Vegeta?! E desde quando vivem na Terra? E porque eu não os encontrei quando cheguei aqui pela primeira vez? Por que vieram para cá? E suas caldas, o que fizeram com elas? Vegeta parecia uma metralhadora de perguntas, mal parou para respirar.
Mas então ele lembrou de que quando conheceu Miki notou algo diferente nela, mas não conseguia ter certeza do que era. Planejou entrar na sala de gravidade com ela e testar sua força. Então se lembrou do ki que sentiu quando ela despertou na câmara de recuperação. Estava mais forte e confiante.
"Todo saiyajin fica mais forte quando está perto da morte e se recupera.". Mas ainda não acreditava. O único saiyajin que sobrou foi Kakaroto, mas Miki tinha um ki diferente, era como se fosse puro.
- Talvez você não tenha notado eles porque estava querendo me matar. - Goku falou rindo tentando quebra o clima pesado que se instalou.
- Nós chegamos aqui há muitos anos, éramos crianças ainda. Eu tinha sete anos e Himori cinco. - Tatsuo começou a explicar - Nossas caudas foram cortadas por nossos pais antes de partirmos. Nós fugimos quando Freeza começou a escravizar os saiyajins. Um grupo, que era contra receber ordens daquele maldito, formou uma resistência e eles tentavam burlar os planos de Freeza, mas era muito difícil, ele tinha espiões por toda parte, inclusive entre os próprios saiyajins. Nossos pais trabalhavam para Freeza, eram do esquadrão de rastreadores e saiam procurando planetas habitáveis e quando os encontravam se infiltravam fazendo uma varredura, testando a qualidade da água, do ar e da terra, também contavam a população e seu poder de luta e depois levavam essas informações para Freeza e seus homens. Ele fazia uma seleção e mandava os saiyajins que considerava mais aptos para tomar o planeta. Em uma noite a resistência tentou atacar Freeza, mas foram derrotados. Houve muitas baixas. Você ainda era um bebê Vegeta. Freeza foi até o rei Vegeta e ordenou que ele entregasse todos da resistência para serem mortos ou então ele acabaria com o planeta. Foi aí que nossos pais tomaram a decisão.
Vegeta estava surpreso com aquela parte da história que ele não conhecia. Tatsuo continuou.
- O rei não queria ver seus súditos mortos por Freeza e arquitetou um plano para enganá-lo. Pediu que os homens e mulheres da resistência saíssem do planeta por um tempo, treinassem e depois voltassem para matar Freeza. Mas alguns foram interceptados no caminho e morreram. Freeza era cruel e torturou muitos deles para falarem onde estava o restante. Meus pais e de Hiromi não queriam que nós acabássemos nas mãos de Freeza, eles também não gostavam do que faziam, mas para não morrerrem e nos deixar orfãos, trabalhavam a contra gosto.
Tatsuo parou de falar e seu olhar se perdeu em algum lugar na sala, enquanto sua mente voltava para aqueles dias infernais em Vegeta. Miki colocou a mão no ombro do pai e ele voltou como se despertasse de um sonho ruim.
- Então nossos pais decidiram nos mandar para outro lugar. Foram a um planeta distante e compraram uma nave. Esperaram até que fossem chamados para mais uma missão e quando partiram nos esconderam e levaram para o planeta onde estava a nave. Nossas caudas já estavam cortadas, pois queriam que ficássemos invisíveis para Freeza e também não queriam que nos transformássemos em Oozaru na lua cheia e destruíssemos o planeta que iríamos viver. E foi assim que chegamos á Terra.
Olhou para Hiromi, ela pegou em sua mão.
- Destruímos a nave para não deixar vestígios e saímos andando até encontrar esse vilarejo. Como nossos pais haviam orientado, dissemos que estávamos perdidos e não tínhamos família também trocamos de nomes. O rei Liu e sua esposa nos acolheram imediatamente, pois o sonho deles era ter filhos mas a rainha era estéril.
Tatsuo se levantou para pegar a garrafa de saquê. Todos na sala estavam mudos, absorvendo toda aquela informação. Miki fitava Vegeta que parecia absorto em pensamentos profundos. Todos foram servidos, mas Vegeta e Goku não bebiam, Miki tomou em apenas um gole e pegou outro em seguida e tomou de uma vez. Era muita coisa para ela digerir.
- Você - apontou para Goku - lembra muito o líder da resistência, Bardock. - Tatsuo falou sorrindo.
- Ele é o filho de Bardock. - revelou Vegeta - Kakaroto.
- Kakaroto... e seu irmão Raditz?
- Queimando no inferno. - Vegeta não queria contar o que havia acontecido então mudou de assunto - Só não entendi uma coisa: por que a princesa Miki nasceu com olhos azuis? Nossa característica principal são os olhos e cabelos negros.
- Também não sabemos. - respondeu Hiromi - Nos fizemos essa mesma pergunta, mas ela nasceu com cauda.
Miki olhou para seu traseiro e tentou imaginar-se com um rabo e contorceu sua face em uma careta.
- Isso pode ser alguma mutação genética vinda de antepassados. Vocês também cortaram as suas caudas? Eu não estou vendo. - observou a rainha.
- Sim. - Goku respondeu.
- E o que aconteceu com o planeta Vegeta depois que Freeza morreu? Conseguiram se recuperar? Nós queremos voltar para lá. - Hiromi perguntou aos dois saiyajins.
Vegeta baixou a cabeça. Ele odiava lembrar daquele acontecimento e de como fora enganado por Freeza por tantos anos e sempre o servindo com lealdade absoluta. 
Goku, que já sabia o quanto isso o deixava triste e nervoso, resolveu responder.
- Freeza destruiu o planeta Vegeta quando a resistência o atacou. Ele matou meu pai, o pai de Vegeta e todos os saiyajins.
Um breve silêncio se fez mas foi quebrado por Hiromi.
- Não... - ela ficou pálida, uma lágrima escorreu pois seus pais também foram mortos assim como os de Tatsuo. Tudo havia morrido.
O silêncio se fez ouvir na sala novamente, mais pesado que o primeiro. Hiromi se converteu em lágrimas, Tatsuo tentava não chorar, mas foi possível ver uma lágrima descer pelo seu rosto antes dele virar-se para a janela.
Vegeta, tomado pela emoção do momento também chorou. Lembrou-se de seu pai e de como ele sempre o fazia lembrar do orgulho saiyajin.
Vegeta ergueu sua cabeça ao lembrar das palavras do pai: "Nunca se esqueça do orgulho saiyajin!". Então ele falou.
- Freeza era forte, mais forte do que todos os saiyajins da resistência junto, mas ele temia os saiyajins, porque sabia que se nos transformássemos em Oozaru ele não teria chance. E também temia o lendário Super Saiyajin, que seria o único capaz de destruí-lo. Eu fui criado por Freeza e trabalhei para ele por anos acreditando que meu planeta havia sido destruído por meteoros, eu fui criado por ele porque meu pai me entregou enquanto eu ainda era uma criança. Freeza foi derrotado pelo lendário Super Saiyajin, Kakaroto, mas não o matou então meu filho fez isso apenas com alguns golpes de espada deixando Freeza em pedaços e depois fazendo com que ele virasse poeira. - todos olharam para ele surpresos.
Vegeta falava sério e com a voz firme, embora ainda chorasse. 
- Há muito tempo eu não pensava mais nessa história, mas eu nunca esqueci a minha origem e meu orgulho de saiyajin. Eu não tenho mais um planeta, eu não sou mais um príncipe, não tenho o que governar. A terra virou meu lar quando eu encontrei aqui a mulher que amei com todo meu coração e os filhos que ela me deu. A terra virou meu lar quando eu percebi como os terráqueos se uniam para ajudar um ao outro. Kakaroto foi um saiyajin criado na terra e me ensinou a viver aqui. Mas agora, mais uma vez, eu me sinto em casa. Pois eu tenho um rei saiyajin e uma rainha saiyajin. Eu não preciso mais de Vegeta. Pela primeira vez, em anos, eu sinto que estou em uma família novamente.
Vegeta se levantou e foi até Tatsuo e se curvou na frente dele ficando sobre um joelho. Tatsuo também se abaixou e ergueu o rosto de Vegeta.
- Levante-se. Você não é um servo, agora você é um filho. - Vegeta sorriu um pouco encabulado e concordou com a cabeça. Os dois se levantaram.
Goku sorria e fez um sinal de positivo com o polegar para Vegeta. Estava muito surpreso com a reação do amigo, mas sabia que, para Vegeta, encontrar mais saiyajins vivos era como encontrar vida em seu planeta. 
Hiromi se levantou e abraçou Vegeta com a ternura de uma mãe que acalenta seu filho e naqueles braços ele se deixou envolver enquanto chorava mais uma vez. Ela acariciava seus cabelos rebeldes. 
- Então agora você é meu irmão?! - Miki falou para Vegeta, colocando as mãos na cintura e quebrando o clima pesado. Todos riram.  
O jantar foi anunciado e a mesa farta de comida e bebidas foi ocupada apenas pelos saiyajins, os puros saiyajins. E claro, a comida acabou em alguns minutos. 

Após terminarem o jantar, Vegeta foi levado para seu quarto e Miki levou Goku junto com ela. Vegeta não estava acreditando ainda que estava junto com mais três saiyajins de raça pura. Ele estava muito feliz, imaginou uma grande quantidade de saiyajins puros nascendo. Ao menos um ele já sabia que nasceria: o irmão de Miki. 
Ele se deitou na cama enorme que havia no quarto que era decorado com simplicidade, mas tinha elegancia. A cama possuía lençóis e fronhas brancos e a coberta, que se parecia com um edredom, era azul claro. As cortinas eram azul turqueza e por baixo tinha cortinas mais finas na cor branca. 
Vegeta adormeceu olhando para aquelas cortinas turqueza e lembrando de Bulma e sonhou. 

Ele estava em um corredor escuro, não havia barulho nenhum, ele caminhava e pensava: "Falta tanta coisa na minha janela como uma praia". "Falta tanta coisa na memória como o rosto dela". "Falta tanto tempo no relógio quanto uma semana". "Sobra tanta falta de paciência que me desespero". "Sobram tantas meias verdades que guardo pra mim mesmo". "Sobram tantos medos que nem me protejo mais". "Sobra tanto espaço dentro do abraço". "Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo". "Sei lá se o que me deu foi dado". "Sei lá se o que me deu já é meu". "Sei lá se o que me deu foi dado ou se é seu". Absorto nesses pensamentos avistou uma luz e passou caminhar mais rápido em direção a ela. "Vai saber se o que me deu quem sabe". "Vai saber quem souber me salve". "Vai saber o que me deu quem sabe". "Vai saber quem souber me salve". E com esse último pensamento ele saiu de dentro do túnel escuro e se deparou com um corredor de árvores de cerejeiras. Uma brisa fresca passou e balançou as flores delicadas das árvores e algumas se soltaram e flutuaram. Era uma chuva de beleza e ele desejou ficar ali, naquele cenário saído de contos de príncipes e princesas. 
Mas ele sentia que deveria andar pelo corredor até o final. Não tinha ideia do que encontraria lá.
Vegeta caminhava devagar, ele realmente estava deslumbrado com aquele ambiente e começou ouvir, longe, alguém murmurar uma música. Ele nunca foi de ouvir música, exceto nas festas que tinha na Corporação Cápsula. Ele foi em direção áquele som, estava no final do corredor. Ele novamente pensou - "Sobram tantos medos que nem me protejo mais". Chegou ao final do corredor mas não tinha ninguém, a música tinha parado. Olhou em volta girando sobre seu próprio corpo, o chão estava forrados de flores cor de rosa.
- Que tal uma dança? Você nunca dançou comigo. - ele sorriu ao reconhecer aquela voz que para ele era um bote salva vidas. Sempre fora - Você já está a salvo, não precisa ter mais medo. - ele ainda estava de costas.
- Eu não sei dançar. - ele respondeu ao convite.
- Eu te conduzo, como sempre fiz. Você sabe que isso é um prazer para mim. - a voz atrás dele garantiu.
- Sim, você sempre me conduziu, desde o começo, e agora eu fico tão perdido sem você... - Vegeta admitiu.
- Você precisa confiar nas pessoas que estão ao seu lado. Confie em si mesmo, como sempre fez. Agora você está entre os seus e isso irá preencher sua alma e seu coração aos poucos. Desligue-se do passado, ele não volta. - a voz era suave mas as palavras eram firmes.
- Você está dizendo que tenho que te esquecer? Isso é impossível! E eu não quero. - Vegeta se irritou um pouco.
- Não. Apenas estou dizendo que não pode ficar preso a mim o resto da vida. Isso está te fazendo sofrer e eu sofro junto. Eu quero ver você feliz. Essa será a última vez que poderei te visitar, então venha, dance comigo. Eu sempre quis dançar com você. Eu escolhi nossa despedida assim. - Vegeta fechou os olhos e passou as mãos nos cabelos. Seu coração disparou com aquela revelação, ele não queria que fosse a última vez, mas sabia que quem estava falando com ele era uma pessoa que quando decidia algo ninguém impedia.
Ele se virou. Ela sorriu para ele. Estava linda, mais linda do que ele lembrava. Seus olhos azuis brilhavam. E o perfume dela tomou conta do lugar. Ele respirou fundo.
- Então é a última vez? - Vegeta queria saber se ela não estava mentindo, mas ela apenas confirmou com a cabeça e estendeu sua mão para ele.
Bulma usava um vestido totalmente branco de alças finas e um decote em formato de coração que destacava seu colo e os seios fartos. O vestido tinha a saia rodada e era decorado por uma fita de cetim azul turqueza que lhe prendia a cintura com um laço perfeito nas costas. Nos pés sapatilhas brancas e delicadas. Ela parecia uma fada de contos de príncipes e princesas.
Vegeta foi até ela e segurou a mão estendida e notou que estava com sua armadura, mas não era azul, era cinza. Como uma mágica, após suas mãos se tocarem a música começou e Vegeta percebeu que era a mesma que ele ouviu quando estava no começo do corredor de cerejeiras. Bulma passou seus braços pelo pescoço dele e Vegeta segurou em sua cintura um pouco desajeitado pois nunca havia feito isso. Bulma colou seu corpo ao dele e começaram a dançar, devagar.
- Relaxe... - ela disse para ele - me siga e ouça a música. - Vegeta fechou os olhos e se deixou levar.
Ele ouvia a letra da música que cabia exatamente nele:

Você me chamou pra dançar aquele dia
Mas eu nunca sei rodar
Cada vez que eu girava parecia
Que a minha perna sucumbia de agonia
E cada passo que eu dava nessa dança
Ia perdendo a esperança
Você sacou a minha esquizofrenia
E maneirou na condução
Toda vez que eu errava cê dizia
Pra eu me soltar porque você me conduzia
Mesmo sem jeito eu fui topando essa parada
E no final achei tranquilo
Só sei dançar com você
Isso é o que o amor faz
Só sei dançar com você
Isso é o que o amor faz


Quando a música estava acabando Bulma olhou para ele sem parar de dançar. Afagou seus cabelos rebeldes e acariciou o seu rosto.
-Obrigada pela dança meu príncipe! - ela sorriu e então colocou sua testa na dele para em seguida colar seus lábios aos dele em um beijo suave, sentindo cada pedaço de sua boca. Vegeta não percebeu quando esse sonho acabou. Ele não acordou pois estava em um sono profundo demais, mas em sua cabeça ele concordava "isso é o que amor faz.".

Miki foi encontrar o pai em sua sala de reunião. Precisava saber quanto tempo faltava para a guerra e também queria saber as táticas que seriam usadas, além de informar a ele que iria treinar os outros três guerreiros que, assim como ela, saíram para lutar. Também queria lhe contar como foi seu treinamento e tudo que ela conheceu.
Ela abriu a porta e o chamou.
- Papai?...
- Entre minha princesa! - Tatsuo levantou e a abraçou - Estou tão feliz que você está aqui e que voltou sã e salva.
- Eu também estou muito feliz em estar de volta, fiquei preocupada com o que aquele maldito Satoru pudesse fazer e atacar nosso vilarejo. - ela saiu dos braços do pai e olhou para ele - Papai, por que nunca me disse que eu era uma saiyajin e que você e mamãe eram de outro planeta?
- Nós queríamos te proteger Miki. Mas você, desde pequena mostrava que era uma saiyajin. Você era impossível e sempre teve o desejo pelas artes marciais. Típico de um guerreiro saiyajin. - ele sorriu para ela - Mas me conte, como foi sua aventura fora dos portões de Sanshoku? - ele pediu enquanto se sentava.
E Miki contou. Falou das coisas que viu e que acampou em uma floresta, depois em uma montanha e também a beira de um lago onde ela chegou a pescar seu jantar. Falou sobre o senhor Charuto, e os dois riram, contou sobre o primeiro ataque que Mazzu fez a ela e como foi cuidada por Shen Long e que ela a ajudou a chegar na montanha Paozu. Contou tudo que aprendeu com Goku, inclusive deu muita ênfase que sabia voar e soltar esferas de ki. Depois falou do segundo ataque de Mazzu e que ela quase morrera, mas Goku a levou até Vegeta e contou da cápsula de recuperação, mas teve que omitir o que vivenciou com Kami Sama, sr. Popo e Piccolo e disse que o que aprendeu com eles foi na sala de gravidade.
Tatsuo ouvia tudo de boca aberta, não imaginava que Miki pudesse se desenvolver tanto e que ela pudesse aguentar tanta coisa. Olhava para a filha e viu que ali não estava mais a sua menina, mas sim uma mulher guerreira. Então se lembrou do que ela contou sobre Mazzu.
- Aquele maldito Satoru! Alguém daqui avisou a ele. Temos espiões em nossa tribo Miki. Mas esse sabia exatamente onde te encontrar, porque quando eu passei os destinos de cada um estávamos somente nós na sala. Depois mostrei a Akio, mas ele eu descarto de olhos fechados. Maldição! - Tatsuo deu um soco na mesa.
- Não se preocupe papai, eu vou encontrá-lo. Agora me diga, quanto tempo temos até o dia da batalha? - Miki falava como uma verdadeira líder. - Quero também que me mostre os planos, por favor.
- Temos cerca de vinte dias. - Tatsuo se levantou para pegar os papéis onde estavam todos os planos e desenrolou sobre a mesa. - começou a explicar para Miki, que prestava atenção em tudo - Satoru decidiu o lugar da batalha no vale da morte.
- Vale da morte? - Miki nunca ouvira falar desse lugar, mas seu pai lhe explicou onde ficava.
- Mas o nome mesmo é por conta de lendas antigas que contam que ninguém volta de lá. Eu não temo por esse lugar. Satoru está preparando algo. - o rei olhou para sua filha com o semblante preocupado - Miki, eu não quero que vá. Fique com sua mãe. Não quero arriscar perder você, essa luta será dura.
A princesa segurou nas mãos do pai e olhou em seus olhos:
- Eu sou filha de guerreiros. Eu treinei para ser uma guerreira. Eu não irei recuar. Papai confie em mim, nós iremos conseguir. - Tatsuo olhava bem nos olhos de Miki e então a velha Ni apareceu em sua mente "Escutem a ordem da mulher e destruam o anel" e um arrepio percorreu todo seu corpo pois a velha Ni o olhou com os olhos de Miki. - Eu vou lutar. - ela falou decidida.
Tatsuo apenas concordou com a cabeça. Não conseguia dizer nada.
- Outra coisa papai, vou ensinar os outros três a voar, isso será necessário. Vou aproveitar esse tempo que nos resta. - e voltaram para os papéis onde tudo estava estratégicamente preparado.
Miki ficou muitas horas com seu pai na sala. Já era tarde da noite e ele estava com sono. Se despediram e Miki ia andando em direção ao seu quarto e pensando em tudo que havia conversado com o pai. Ela iria descobrir o espião. Entrou devagar no quarto para não acordar Goku que dormia todo espalhado na enorme cama. Ela riu e pensou: "Acho que Goku dormiria mesmo se estivéssemos próximos do apocalipse." e riu de novo de seu próprio pensamento. 
Miki estava sem sono, sua mente estava barulhenta e agitada. Foi até a janela e olhou o céu cheio de estrelas, a lua estava clara e iluminava a noite. Miki resolveu sair, fechou a janela por fora e levantou vôo.

Estava sentada no seu lugar predileto, sempre corria para lá quando precisava ficar só.
- Dia difícil? - uma voz masculina conheciada falou atrás dela.
- Piccolo! - e abriu um sorriso largo para o namekuseijin que se sentou ao lado dela.
- Como você está Miki? - ele devolveu o sorriso.
Miki respirou fundo e soltou uma lufada de ar, como se isso pudesse despejar tudo para fora.
- Você já sabia de tudo né? - ela o cutucou com o cotovelo e ele confirmou com um movimento de cabeça - Por que não me contou?
- Assim não teria graça. E você não teria se esforçado tanto. - Piccolo olhava para frente, para o horizonte - Mas uma coisa que me chamou atenção foi a reação de Vegeta, não esperava que ele agisse dessa forma. Acho que ele está ficando velho mesmo. - Piccolo deu um breve sorriso.
- Velho? - Miki não via em Vegeta nada de velho.
- Os saiyajins envelhecem em um ritimo diferente dos humanos. Eles conservam a juventude por mais tempo por serem uma raça guerreira. É um DNA difícil de entender, assim como o aumento de força durante lutas e se eles ficam á beira da morte e se recuperam, voltam mais fortes.
- Então por isso que quando eu voltei do templo de Kami Sama... - Miki não terminou de falar.
- Isso mesmo. Além da força que adquiriu nos treinamentos comigo você adquiriu ainda mais forças. - Piccolo explicou. - Mas não diga a Vegeta que ele velho, ele odeia admitir isso.
Os dois riram.
A lua clara não conseguia iluminar aquela parte do vilarejo e ninguém soube que ali estava a princesa voadora e o homem de pele verde que, juntos, olhavam o horizonte escuro, em silêncio.
E eles também não viram o homem de capuz que atravessava o portão do vilarejo em direção á escuridão.



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Autor(a): pi1983

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Miki caminhava rápido em direção ao salão principal. Se xingava mentalmente, dormiu muito tarde e consequentemente acordou muito tarde. Quando abriu os olhos viu que Goku já não estava ao seu lado. Tomou um banho rápido e colocou sua roupa de treino. Ficou um pouco aborrecida por Goku não lhe chamar. - Bom dia. - e ...


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