Fanfic: Um Amor de Outro Mundo | Tema: Kakashi

A música começou a tocar, passei pela cortina caminhando e rebolando sensualmente enquanto puxava a cadeira atrás de mim, vi alguns olhares tortos achando estranho a forma de como entrei e pela música, mais logo mudaram para olhares de puro desejo, caminhei até chegar ao centro do palco onde fui informada que deveria ficar, posicionei a cadeira e comecei a dançar colocando em prática minhas habilidades de anos de dança e sensualizando conforme o ritmo da música. Às 1:05min da música sai da cadeira e dei três giros para o lado esquerdo parando de joelhos no chão, todos os homens tarados que estavam ali começaram a gritar, todos exceto um, que continuava sério e agora estava me encarando, não sei porque mais senti uma energia que me puxava para ele e algo se acendeu dentro de mim me fazendo ficar mais sensual. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo comigo pois isso nunca tinha acontecido, e mesmo assim eu continuava sensualizando cada vez mais querendo conquista-lo. Esqueci que estava em um outro mundo como prisioneira obrigada a dançar numa boate para homens tarados e que tinha que tirar a Tsunade dali, esqueci de tudo e de todos que estavam a minha volta exceto aquele homem. Comecei a tirar a minha blusa e a joguei na cadeira, tirei o chapéu e joguei em sua direção onde o mesmo não fez questão de pega-lo, apenas continuava me encarando, soltei o meu coque fazendo com que os meus cabelos castanhos caíssem sobre os meus ombros, voltei para a cadeira mais ainda continuava o encarando, eu estava o desejando e querendo que ele também estivesse me desejando. Não era um homem bonito, longe disso, mais aquele olhos, aquele olhar, tinha algo que me fascinava de um jeito que não conseguia explicar, só sei que me faz querer te-lo e me faz imaginar em várias fantasias que gostaria de realizar com ele. 

A música acabou, dei-lhe uma ultima olhada e sai do palco, senti meu coração acelerado e agora foi que lembrei de que tenho um. Nos bastidores estava uma correria, onde ninguém estava prestando atenção para nada a não ser para suas roupas e acessórios afim de fazer um belo show, e os homens tarados da plateia estavam em euforia. Vesti minha blusa e por impulso fui até a cortina afim de vê-lo novamente, olhei para o local onde ele estava e para minha surpresa o mesmo estava me encarando, senti um arrepio em minha nuca e rapidamente me escondi atrás das cortinas, respirei fundo e lembrei do que tinha que fazer, tinha que tirar a Tsunade e tinha que ser agora. Aproveitei a chance da correria dos bastidores e sai dali sem ser percebida, para minha sorte os corredores estavam vazios, fui seguindo pelo caminho que vim até chegar ao primeiro portão que estava fechado, tirei o clipe que havia escondido em meu sutiã e tive que quebra-lo ao meio para conseguir abrir a fechadura, passei e segui até chegar ao segundo portão, vi uma sombra de alguém que acabará de abri-lo no qual só deu tempo de me esconder na curva do corredor e agora rezava para que o dono daquela sombra não viesse em minha direção. Espiei e vi que o dono da sombra, um homem, seguia pelo caminho oposto virando em um outro corredor. Cautelosamente fui até o portão e o abri com o clipe quebrado, segui até chegar a cela onde estava a Tsunade e ela me olhou.

- Mais o que é isso? - Falou Tsunade referindo-se ao meu traje

- Você não sabe pelo que passei - Falei enquanto terminava de abrir a fechadura e entrando na cela

- Como você fez isso? - Perguntou Tsunade olhando para a fechadura

- Eu tenho algumas habilidades - Respondi enquanto tirava a atadura de meu pulso

- Você está machucada - Falou Tsunade me olhando com seu instinto de médica

Fiz uma careta engolindo a dor enquanto puxava a pele de meu pulso e retirando a pequena lamina.

- Mais... o que você fez? - Perguntou Tsunade incrédula me encarando

- Eu tenho que ti tirar daqui - Falei

Comecei a cortar as cordas de suas mãos com um pouco de dificuldade devido a lamina ser pequena, e logo cortando as cordas que prendiam seus pés, ajudei a levantar, limpei meu sangue que havia caído um pouco no chão e saímos da cela com cautela para que ninguém nos visse. Passamos pelo portão que havia deixado aberto, o fechamos e fomos no corredor á direita até a porta que eu havia visto mais cedo, virei a maçaneta e para nossa sorte estava aberta. Passamos pela porta e olhamos ao redor.

- Por ali, teremos que pular o muro - Falei

Vejo Tsunade fazer uma posição estranha e logo em seguida caindo de cara no chão.

- Ai! - Falou Tsunade irritada

- Mais o que você pensa que está fazendo? - Perguntei enquanto a ajudava levantar

- Eu não consegui correr e saltar - Respondeu Tsunade fustrada

- Agora você é como eu Tsunade, você não irá conseguir usar suas habilidades enquanto não descobrirmos o que eles fizeram com você e faze-la voltar ao normal - Falei

- Droga - Indagou Tsunade

- Calma Tsunade, nós vamos conseguir, confia em mim. Temos que ir logo antes que descubram que sumi dos bastidores - Falei olhando ao nosso redor - Vamos, temos que pular o muro

Corremos até o muro.

- E agora? - Perguntou Tsunade

Olhei em volta mais uma vez, mais agora procurando por algo que pudesse nos ajudar a sair dali. Encontrei um balde e fui pega-lo.

- Pronto, suba e tente pular - Falei

- Não vai dar certo - Falou Tsunade

- Seu otimismo me fascina Tsunade. Suba, só saberemos depois de tentarmos, vai - Falei

Relutante Tsunade subiu no balde.

- Eu não alcanço - Falou Tsunade tentando alcançar o muro

- Você vai ter que subir em meu ombro, apoia o seu pé que eu ti ajudo - Falei me abaixando um pouco

- Mais você é baixa - Falou Tsunade e eu a olhei

- Não tanto quanto o balde, então anda logo - Falei, já estava ficando irritada

A contra gosto Tsunade colocou seu pé esquerdo em meu ombro direito.

- Vou ti levantar agora - Avisei tentando levanta-la. Que mulher pesada (pensei)

- Mais um pouco... Isso... Consegui - Falou Tsunade conseguindo subir e ficando sentada em cima do muro

Subi no balde e logo desci.

- O que você vai fazer? - Perguntou Tsunade

- Você faz muitas perguntas sabia. Se o balde ficar aqui eles vão saber por onde fugimos - Respondi pegando minha atadura e amarrando uma ponta no arame do balde e a outra em minha canela esquerda

Subi novamente no balde e estendi meus braços para que Tsunade me puxasse, o balde fez um pouco de barulho mais não tanto, ela me puxou e me sentei no muro ao seu lado, ela me olhou.

- Agora nós pulamos - Falei a olhando

Desamarrei o balde e a entreguei e logo pulei, peguei o balde e coloquei no chão.

- Agora é sua vez - Falei e ela pulou

- Ai! - Falou Tsunade colocando a mão em seu pé direito

- Se machucou? - Perguntei preocupada

- Acho que não, mais senti uma dor aguda no pé - Respondeu

- Consegue andar? - Perguntei ainda procupada

- Consigo - Respondeu Tsunade

- Você tem ideia de onde estamos? - Perguntei

- Não. Você ainda está de salto - Falou Tsunade olhando para meus pés

- Há, é, nem lembrava, mais foi bom você ter me lembrado - Falei tirando os saltos e os colocando dentro do balde

- Você vai levar o balde? - Perguntou Tsunade

- Vou, nunca se sabe, e podemos precisar dele - Respondi

Atravessamos a pequena rua e entramos na floresta, era noite de lua cheia então estava claro e conseguimos ver o caminho por onde iamos. Corremos cerca de uns quinze minutos até chegarmos a um rio.

- Vamos ter que atravessar o rio - Falou Tsunade

- É, e temos que encontrar um jeito de fazermos isso e logo - Falei

- Ali, tem algumas pedras, se descermos um pouco mais o rio podemos atravessar por elas - Falou Tsunade

Concordei e descemos o rio até chegarmos as pedras. Tsunade foi primeiro e eu fui logo atrás. Estava muito escorregadio e eu estava descalças, o que não me ajudou, e quando chegamos ao meio do rio meu pé esquerdo escorregou, minha respiração parou quando senti a água gelada em meu pé e senti o frio invadir meu corpo por inteiro, congelei, e pensei que era o meu fim, até que senti uma mão segurando meu braço direito.

- Ti peguei - Falou Tsunade me ajudando

Atravessamos o rio e voltamos a correr. Estava sentindo muito frio e estava começando a cansar, depois de dez minutos não aguentei e parei para respirar um pouco.

- Tsunade! Espere um pouco, estou cansada - Falei

- Também estou cansada mais não podemos parar, eles já devem está nos alcançando - Falou Tsunade

- Eu sei, mais eu preciso parar um pouco, estou descalça, e você já viu a roupa que estou? Eu só preciso de cinco minutos - Falei já irritada

- Em cinco minutos podemos estar mortas - Falou Tsunade virando-se

Ela começou a caminhar e não tive escolha se não acompanha-la. Deixo a árvore onde tinha parado e pego o balde. Caminho para alcançar Tsunade que está um pouco a frente, mais antes de alcança-la fui obrigada a parar sentindo algo gelado contra meu pescoço e vi dois homens surgir na frente de Tsunade, mais não consegui ver os seus rostos. Por estranho que pareça senti aquela mesma energia que havia sentido por aquele homem há menos de uma hora.

- Não faça nada de estupido - Falou aquele que estava atrás de mim com algo em meu pescoço

Tremi ao ouvir sua voz, e a excitação começou, fiquei confusa com os meus sentidos e logo me veio a mente que eles haviam nos pegado.

- Não a machuquem - Foi o que consegui falar

Ouvi Tsunade conversar algo com os dois homens a sua frente, mais não consegui entender o que acabaram de falar, Tsunade se virou e veio em nossa direção junto com os dois homens até que...

- Para Tsunade! - Gritei e involuntariamente dei um passo para frente no qual aquele que estava atrás de mim me impediu, senti uma leve dor em meu pescoço e senti algo escorrer pelo o mesmo, provavelmente meu sangue

- O que foi? - Perguntou Tsunade precoupada e parada

- Vocês não ouviram o click? - Perguntei

- Click? - Perguntou Tsunade sem entender

- Acho que você está em cima de uma mina terrestre - Respondi