Fanfic: Eternamente Usted | Tema: RBD portinõn

.

Dulce abaixou o mais desajeitadamente possível pegando no chão a grande caixa de madeira com os muitos bichos de pelúcia que haviam comprado durante as últimas semanas, fez uma pausa respirando fundo e tentando ignorar uma dor aguda que lhe atingiu na região da virilha, quando a dor cedeu o suficiente cruzou o pequeno espaço até a cômoda e colocou a caixa em cima dela dando uma boa olhada ao redor.

As paredes de um tom amarelo muito suave traziam uma faixa bem ao centro com muitos bichos estampados: leões, macacos, girafas, hipopótamos e outros tantos, eram repetidos num certo padrão. Embora a faixa fosse um pouco colorida, a organização dos móveis passava classe e bom gosto. As prateleiras brancas penduradas nas paredes esperavam para receber as pelúcias da caixa.

Cantarolando, a pequena ficou na ponta dos pés tentando organizar os bichinhos, a grande barriga levemente amassada na cômoda. Soltou um resmungo irritado quando percebeu que por mais que tentassem não alcançaria o que queria. Passou o dorso da mão na testa impedindo uma gota de suor de escorrer.

A verdade é que tinha trabalhado árduamente nas últimas horas aproveitando que Anahí havia saído de casa para tratar de um assunto importante sobre sua carreira com sua mãe, queria fazer tudo que pudesse para ajudar na decoração do quarto do seu bebê, o que era impossível com a esposa por perto lhe atormentando para comer, beber água ou ir para cama a cada minuto.

Olhou para o lado percebendo ter deixado cair uma girafa de pano, tomou fôlego antes de ir até lá e se abaixar para pegar o objeto. Antes mesmo de se levantar ouviu um pigarro vindo da direção da porta, segundos depois encontrou Anahí lhe olhando com um sombrancelha arqueada, deu o melhor sorriso que pôde.

“Meu amor!” A pequena andou até a esposa com os braços abertos e um sorriso no rosto, querendo que assim a mulher não notasse suas extrapolias.

As duas trocaram um selinho rápido e Anahí passou o olhar ao redor reparando no quanto o quarto estava arrumado em comparação ao estado que se encontrava antes dela sair, notou também que a caixa de madeira já não se encontrava no mesmo local.

Virou a cabeça para Dulce lhe lançando um olhar repreendedor que foi respondido com um sorriso amarelo. “Posso saber o que pensa que está fazendo se abaixando desse jeito?”

A menor ignorou a pergunta olhando ao redor. “E então, você gostou?” Trazia um sorriso orgulhoso no rosto que contagiou a mais velha.

“Minha mulher tem muito bom gosto!” Seus braços circularam a cintura avantajada enquanto o rosto se escondia na cascata castanhos de seus cabelos, um beijo foi depositado na nuca da mais nova. “E muita teimosia também.” Dulce soltou uma risada baixa enquanto recebia um beijo na bochecha e sentia o queixo da esposa descansar em seu ombro.

“Você está suada!” A grávida rolou os olhos para a afirmação óbvia. “Que tal um banho?” Anahí a virou de frente e Dulce reconheceu o sorriso malicioso brincando naqueles lábios.

“Depende, vamos poder tomar banho juntas?” A pequena circulou o pescoço da esposa, a puxando para perto tanto quanto a enorme barriga permetia. Anie riu enquanto mordia suavemente o lábio inferior da mulher em seus braços. Com cuidado, passou a puxá-la para seu próprio quarto em direção ao banheiro.

As duas se separaram do beijo com certa dificuldade, rindo sem motivo algum. A mais velha deu as costas para a outra depois de um selinho, se dirigindo para a banheira, a ligando e deixando a água morna escorrer enchendo o local. Tirou as próprias roupas virando o olhar para a esposa.

Os cabelos castanhos e longos caíam em grandes ondas pelo seu colo, chegando a cobrir parcialmente seus seios e contrastavam com a pele alva. Os olhos castanhos traziam um brilho especial, os lábios naturalmente rosados continham um sorriso tímido e a pele das bochechas levemente corada. Por um instante a mulher perdeu o fôlego diante de tamanha beleza.

“O que foi Anie?” A mais nova olhou para o próprio corpo procurando algo de errado.

A mais velha sorriu de modo abobado estendendo a mão para a companheira que aceitou de bom grado. “Você está cada dia mais linda, amor! E me apaixono por você cada vez mais.”

As duas entraram na banheira, Anahí sentou-se apoiando as costas e Dulce sentou na sua frente, entre suas pernas. Anie afastou os cabelos da outra, os passando por cima do ombro esquerdo, começou a deixar beijos no pescoço da esposa enquanto suas mãos passavam pelo corpo pequeno.

Os dedos longos passearam pela barriga proeminente ao passo que os beijos eram substituídos por mordidas de amor nos ombros magros. Um suspiro escapou da menor enquanto ela se desligava da dor aguda que estava lhe acompanhando nas últimas horas para se concentrar nas sensações que só as mãos de Anahí podiam lhe proporcionar.

“Estava com saudade do seu corpo, minha pequena!” O nariz da mais velha passava pela pele branca, e a respiração quente arrepiou a outra. “Saudade da proximidade dos nossos corpos, deles se tocando sem nada impedindo o contato.”

As mãos habilidosas tocaram a base dos seios de Dulce arrancando outro suspiro dela, sentia que estava muito mais sensível, provavelmente por culpa dos hormônios, inconscientemente mordeu o próprio lábio.

“Hoje eu quero sentir a maciez da sua pele sob meus dedos.” O sussurro da voz rouca perto da orelha causou mais um arrepio em Dulce que sentiu o lóbulo da orelha ser gentilmente puxado pela boca macia. Os seios da menor foram suavemente apertados arrancando um gemido quase inaudível que fez surgir um sorriso malicioso no rosto de Anahí.

“Eu amo te ter assim para mim, não há nada mais lindo que você no mundo.” As mordidas começaram a ser mais sensuais e mais fortes, outro gemido ecoou no banheiro por cima do barulho da água. “Seu corpo foi feito para mim.”

As unhas passaram a arranhar a virilha enquanto a outra mão brincava com um bico já endurecido da mulher. “Anahi...” O sussurro ecoou no cômodo como uma súplica.

A mão que se encontrava no seio subiu para os cabelos, os puxando de leve deixando o acesso à nuca livre. Novos beijos foram depositados no local ao mesmo tempo que o dedo de Anahí tocou o clitóris de Dulce que agarrou as coxas grossas da esposa cravando as unhas recém-pintadas na pele quando o dedo começou a movimentar-se.

Quando Anahí invadiu seu íntimo, a mais nova soltou o gemido mais alto da noite, agarrando os cabelos da nuca de sua mulher lhes puxando com certa força, rebolou preguiçosamente contra o dedo.

Não muito tempo depois, após Anahí lhe penetrar com mais um dedo, sentiu o corpo todo tremer e perdeu as forças. As mãos gentis da esposa lhe ampararam antes que escorregasse, fechou os olhos e respirou fundo tentando se recuperar. Uma mordida carinhosa foi dada em sua bochecha.

“Eu te amo.”

Se aconchegou ao peito da esposa e sorriu, tudo estava caminhando da forma certa e ela sabia que não podia ser mais feliz.