Fanfic: Pelo Amor de Dulce(finalizada) | Tema: Dulce, Christopher, Alfonso, Cristian, Poligamia

Cristian, Alfonso, Christopher, Eric e Max sentaram-se no escritório. Era meia-noite e finalmente conseguiram que Anahí se instalasse no mesmo quarto que Dulce.

"Eu acho que eu deveria ligar para alguns amigos em Nova York e ver o que podemos descobrir", declarou Christopher enquanto tomava um gole de conhaque.

"Não. Anahí disse que Dulce não vai falar com a polícia ou com você, Alfonso, como o xerife. Ela está com medo. Quem fez isso a fez bem. Eu vi o dano de perto. Precisamos fazer com que ela se sinta segura” afirmou Cristian enquanto esfregava a nuca.

Alfonso exalou. “Talvez, se eu tiver uma conversa com ela amanhã, ela se sinta confortável o suficiente para confiar em mim. Eu sou o xerife, e vou precisar determinar se há uma chance de alguém estar atrás dela.”

“A confiança não será fácil com essa mulher. O medo nos olhos dela enquanto eu a examinava era angustiante. Eu não sei como ela sobreviveu a dor tanto tempo sem remédios.”

"Sim. Apenas sobre cada ponto em seu corpo estava machucado. Eu não sei como ela chegou aqui inteira” acrescentou Christopher, balançando a cabeça.

"Você vai levá-la para ver Doutor Jones amanhã, Cristian?" Alfonso perguntou.

Ele assentiu enquanto esfregava os olhos.

"Eu quero descobrir quem fez isso e matar o bastardo", Christopher afirmou muito a sério.

"Junte-se ao clube", Cristian respondeu.

“Não haverá nada disso. Vamos apenas descobrir o que aconteceu e ajudá-la a se curar” declarou Alfonso, soando autoritário.

“Anahí disse que o pai de Dulce era abusivo. Ele tem um problema com a bebida e Dulce está apoiando-o sozinha nos últimos três anos”, acrescentou Eric.

Observações voaram pelo quarto na informação.

"Você acha que o velho fez isso?" Christopher perguntou em choque.

"Não tenho certeza. Anahí foi inflexível sobre a obtenção de Dulce aqui há um ano. Ela estava tentando convencê-la. Elas são muito próximas e, ontem à noite, ela não conseguiu dormir", declarou Eric.

“Sim, ela estava se mexendo e girando a noite toda. Ela disse a Eric e a mim que ela estava preocupada com Dulce. Ela sabia que algo estava seriamente errado” acrescentou Max.

"Eles devem estar bem perto para que Anahí sinta isso à distância", respondeu Alfonso.

“Bem, Dulce viajou até aqui antes mesmo de procurar atendimento médico. Graças a Deus ela chegou aqui com segurança.”

Todos murmuraram em concordância antes que o quarto se calasse.

"Há algo que vocês deveriam saber." Todos os olhos estavam em Cristian, e eles ouviram a seriedade em seu tom.

“Christopher e eu encontramos hematomas e um corte no peito de Dulce. Havia hematomas por toda parte. Eu não queria ir mais baixo. Deixarei o Doutor Jones fazer as perguntas.”

"Filho da puta! Você acha que ela foi estuprada?” perguntou Alfonso, levantando-se da cadeira e andando pela sala.

"Eu não sei. Ela pode ter sido, ou ela poderia ter sido maltratada tanto que as contusões estavam em toda parte. Eu rezo para que ela não seja. O hematoma é intenso e, considerando o tamanho das marcas das mãos e dos dedos, eu diria que o culpado era um homem grande. Não vamos saber com certeza até que Dulce confirme isso.”

“Que tipo de monstro colocaria uma mão em uma mulher do tamanho dela? Em qualquer mulher?” Christopher perguntou, e todos balançaram a cabeça e murmuraram comentários.

"Vamos ver o que Doutor Jones pode descobrir amanhã. Vocês todos precisam fazer ela se sentir segura e ficar de olho nela. Eu não quero bisbilhotar até sabermos os fatos. A única maneira de obtermos esses fatos é questionando Dulce. Se ela não confiasse em você, Cristian, então tenho certeza que vai levar algum tempo. Vamos ver o que o amanhã traz” acrescentou Alfonso, e a sala ficou em silêncio.

**

Os gritos o despertaram de seu sono. Cristian insistiu em ficar a noite no caso de Dulce precisar de atenção médica. Ele subiu as escadas para o segundo andar, dois de cada vez. Quando ele chegou à porta aberta, ele viu Eric e Max primeiro. Eles pareciam brancos como fantasmas. Max passava as mãos pelos cabelos, os olhos eram brilhantes e Eric não parecia muito melhor.

Quanto mais perto seus passos o levavam para a sala, mais clara a imagem aparecia.

A luz ao lado da mesa de cabeceira iluminava a sala, mas não a esquina ao lado da cama e atrás da poltrona reclinável. Anahí estava de joelhos falando, sussurrando e acariciando alguma coisa ou alguém atrás da cadeira.

"Dói... por favor, pare eles... papai!" A voz gritou. Parecia tão frágil e indefesa.

Cristian lentamente deu a volta na cama e se inclinou ao lado de Anahí. Ela sabia que ele estava lá, mas nunca tirou os olhos ou as mãos de sua melhor amiga Dulce.

Cristian observou enquanto Anahí acariciava a perna de Dulce.

"Eles vão me matar. Eu tenho que escapar!” Dulce tremeu de medo. O que quer que tenha acontecido com ela, ela obviamente estava revivendo em seu sonho. A dor, o transtorno... tudo. Cristian teve que fazer alguma coisa. Seu coração doeu com o som.

Ele se ajoelhou no pequeno espaço no chão e gentilmente pegou a mão de Dulce na sua.

“É Cristian, Dulce. O amigo de Anahí, o médico, querida... acorde, por favor. Vamos lá, baby, você está segura aqui.” Seu tom era gentil e carinhoso enquanto acariciava sua pele. A visão dela enrolada em uma bola, úmida e chorosa, rasgou seu coração e alma. Ele se preocupou com seus ferimentos e a posição em que seu corpo estava.

"Anahí, deixe-me buscá-la e ver se podemos levá-la a acordar", ele sussurrou. Anahí olhou para ele. Ele viu a dor em que ela estava e como ela estava ficando chateada vendo sua amiga assim.

Cristian viu Max ajudar Anahí e puxá-la em seus braços.

Cristian lentamente passou os braços em torno de Dulce, sussurrando e acariciando-a quando ele gentilmente a puxou para seus braços.

Sua respiração foi rápida, seu peito manchado e vermelho quando ela chorou seu coração.

"Eu tenho você, baby, você está segura aqui comigo. Ninguém vai machucar você nunca mais, boneca” ele sussurrou, segurando-a contra o peito. Ela era leve e frágil em seus braços, como um animal ferido, ele cuidou dela e jurou que iria protegê-la enquanto ela estivesse com ele. Ela parecia estar se acalmando enquanto segurava a camisa dele em um aperto de morte e se aconchegou mais perto.

Ela continuou a gemer e chorar mais suavemente quando, de repente, seus olhos começaram a se abrir. "Ele não me ama. Ele nunca me amou.”

As palavras rasgaram a sala. Cristian captou a resposta de suas palavras enquanto ele examinava os olhos de todos. Então ele segurou o olhar de Dulce. Ele viu o medo, sentiu-a encolher e tentar se afastar, mas ele não o teria.

“Shhh agora, baby doll. Eu estou aqui e não vou deixar você.”

“Dulce, eu te amo, querida. Por favor, deixe Cristian cuidar de você.” Anahí acariciou os braços de Dulce enquanto ela chorava.

"Não chore, Anahí. Me desculpe... eu... eu não queria que isso acontecesse", Dulce sussurrou, sua voz quase inaudível para os ouvidos de todos.

Cristian a puxou para mais perto do peito dele.

**

Dulce ficou aliviada por ela ainda não ser uma prisioneira dos homens maus em Nova York. O pesadelo era tão real, ela ficou constrangida ao descobrir que obviamente acordou toda a casa. Foi bom estar nos braços de Cristian. Ela se sentia segura, mas estava com medo. O fato de que ela só tinha um sutiã e um short a fez tentar se soltar e se cobrir. Ele havia tomado conta dela antes. Ela sentiu o curativo contra as costelas e sabia que Cristian devia ter sentido que ela precisava delas embrulhadas. Ela estava muito cansada enquanto seus olhos pareciam pesados, e ela começou a ceder ao pedido de Anahí para que Cristian a ajudasse.

Cristian a segurou com mais força, depois se sentou na cama, embalando-a em seus braços. Anahí colocou um cobertor sobre seu corpo a pedido de Cristian.

"Sinto muito", ela sussurrou uma última vez antes de fechar os olhos.

Sua cabeça doía e seu corpo latejava. A tontura tomou conta dela.

Ela se sentiu quente. Realmente quente. Ela não podia deixar de pensar que Cristian a segurando era o culpado. Nenhum homem jamais a segurou. Ela nunca chegou tão perto de um e esqueceu seu pai.

O pensamento causou um soluço profundo para escapar de seus lábios. Cristian a puxou para mais perto de seu peito e deitou na cama com ela. "Você está segura, Dulce. Feche os olhos, querida, e durma um pouco.”

**

Dulce acordou sentindo-se calorosa, contente e muito segura. Seu rosto estava encostado em algo grande e sólido que cheirava a loção pós-barba masculina. O medo encheu-o imediatamente quando ela abriu os olhos.

Cristian.

Ele ficou com ela na noite passada, exatamente como ele prometeu. A sensação da mão dele pressionada contra o traseiro dela e o fato de que a perna dela estava entalada entre as dele deveria tê-la feito fugir. Ela estava com medo e nunca esteve tão perto de um homem antes, muito menos um homem do tamanho de Cristian.

Ela observou-o e seu coração batia contra o peito. Ele era bonito em um tipo de John Cusack. Seu cabelo era castanho e um pouco comprido, mas fazia justiça a ele. Ela lembrou que seus olhos eram castanho-claros, como açúcar mascavo extra claro, não do tipo escuro. E seu corpo, seu corpo era musculoso e grande. Ela se sentia como uma criança pequena em seus braços, mas seu corpo estava cheio de luxúria como um libertino mulher.

Ela soltou um suspiro exasperado e ele se mexeu. Ela se acalmou em seus braços e fechou os olhos.

"Oh, Deus", ela o ouviu dizer quando ele lentamente tirou a mão do traseiro dela e gentilmente puxou a perna dela entre as suas.

Ela jogou o gambá por alguns segundos enquanto ele se ajuntava, xingando baixinho e afastando os braços dela para que ele não tocasse o corpo dela tão intimamente.

Ela teve que submergir a risada e tontura que sentia. Isso foi imediatamente substituído por perdas. Lentamente, ela abriu os olhos. Seu sorriso iluminou seu coração.

"Bom dia", ele sussurrou. Ela fugiu para longe dele.

Ele tocou seu quadril, impedindo-a de se mover mais para o outro lado da cama.

“Não, por favor fique onde você está. Eu prometo que nada aconteceu. Eu não tentei nada”, afirmou.

"Você não fez?", Ela perguntou, levantando as sobrancelhas em desafio.

"Não. Eu segurei você em meus braços a noite toda. Eu não faria isso com você.”

Ele tocou a testa dela e ela fechou os olhos. A sensação de sua pele contra sua pele aqueceu seu coração. Ele era atencioso e compassivo como um homem deveria ser para uma mulher.

Ela sentiu o corpo tenso e ele imediatamente se levantou da cama.

"Sua febre passou."

Ela olhou para ele e puxou as cobertas para o peito enquanto o ar fresco da manhã substituía seu corpo quente.

"Eu juro que não toquei em você, Dulce. Eu não faria isso.”

"Eu sei", ela sussurrou, mas algo lhe dizia que ele não sentia a mesma atração que ela. Ela era inexperiente e insegura. Ele olhou para ela como se quisesse ficar o mais longe dela possível. Ele era um médico, e ficar lá com ela era apenas ele ter uma boa maneira de dormir.

"Eu vou sair. Preciso de um banho e verificar os animais. Meu irmão Alfonso vai ligar para Doutor Jones. Quero que as suas costelas sejam radiografadas para garantir que elas não estejam quebradas e que ele veja você.”

"Quem é Alfonso?", Perguntou ela.

"O xerife e meu irmão."

Ela quase perdeu a parte do meu irmão por causa do título do xerife.

Ela puxou os lençóis com mais força contra o peito, sacudindo a cabeça.

“Nenhum xerife. Sem polícia.”

Cristian voltou para a cama e olhou para ela.

“Precisamos fazer o check-in para que eu possa ajudá-lo. Meu irmão irá protegê-lo assim como o resto de nós.”

"Eu não vou falar sobre o que aconteceu.”

Ele suspirou, depois colocou as mãos nos bolsos como se a conversa fosse muito desconfortável para ele.

Ela fechou os olhos.

"Ele estará aqui às dez. Eu vou ter Anahí te ajudando, e ela pode ir com você também.”

Dulce não olhava para ele, e quando ela fechou os olhos com mais força, ela o ouviu sair do quarto.

Nota: Sei que a história tá lenta mas é que quero mostrar o trauma de Dulce e o fato dela ter que confiar em pessoas que nunca viu na vida, também sei que parece que o Cristian é quem mais aparece mas isso é só no começo, pelo fato dele ser médico, e entre os 3 o mais calmo.