Fanfic: Pelo Amor de Dulce(finalizada) | Tema: Dulce, Christopher, Alfonso, Cristian, Poligamia

Anahí sentiu sua própria garganta apertar e as lágrimas começaram a se formar em seus olhos. Ela tinha que ser forte para Dulce. Dulce precisava contar a ela o que aconteceu.

"O que aconteceu?"

“Quando cheguei em casa, estava pensando em como o nosso complexo de apartamentos era ruim e como não havia segurança e lixo em todos os lugares. Eu estava cansado. Eu estava trabalhando muito para compensar o aluguel atrasado. Assim que vi que a porta estava destrancada, eu deveria ter descido as escadas.”

“Em vez disso, percebi que meu pai estava bêbado de novo e esqueci de trancar a porta. Eu pensei com certeza que eu teria encontrado ele no sofá, desmaiado ou mesmo no chão do banheiro. Mas quando entrei e joguei minha bolsa no sofá, não havia sinal dele.”

Dulce inspirou e Anahí esperou que ela continuasse. Ela sentiu o corpo de Dulce tenso, e então sua voz começou a tremer.

“Eu nunca os vi. Não até que um cara me agarrou e o outro saiu do meu quarto.”

"Quem eram eles?"

“Homens que meu pai devia dinheiro para. Eles avisaram-no que o tempo estava acabado e que o dinheiro era devido e agora eles iriam enviar uma mensagem clara. Pague ou sua filha recebe o castigo.”

"Oh, meu deus, Dulce, o que você fez?"

“Eu tentei correr. Eu tentei explicar que eu não sabia onde meu pai estava, mas eles não acreditaram em mim. Eles me tocaram e me ameaçaram.”

Dulce começou a chorar. “Ele apertou meu peito com tanta força. Eu senti as contusões instantaneamente, sua respiração contra o meu pescoço, o cheiro de sua colônia. Eu posso sentir o cheiro à noite... quando estou dormindo,” ela chorou.

Anahí não conseguia mais esconder as lágrimas enquanto segurava Dulce.

“Eles começaram a me bater, exigindo que eu dissesse ao meu pai que o tempo dele tinha acabado. Eu caí no chão em posição fetal, na esperança de bloquear qualquer outro golpe na minha cabeça e rosto. Se eu caísse inconsciente, então eu estava tão bom quanto morto. Eu pensei que eles iam me matar. A dor era tão terrível, e eles não paravam de me chutar e me socar. Então ouvi a voz do meu pai. Eu estava tão... eu estava tão aliviada." Ela soluçou quando Anahí acariciou suas costas.

"O que ele fez? Ele lutou contra eles? Ele tinha o dinheiro?”

“Ele devia trinta mil. Ele não tinha nada.”

"O que aconteceu?"

"Ele disse a eles que não tinha o dinheiro e que precisava de mais tempo. Eles disseram que ele estava fora do tempo e que eles me levariam... me aceitasse como pagamento.”

"O que?"

“Eu chorei por ele para me ajudar, mas o outro homem continuou me acariciando, tocando em todos os lugares. Eu não queria que ele me violasse, AnahÍ. Eu não queria ir com eles.”

"Eu sei querida. Compreendo. O que você fez?"

“Enquanto os caras continuavam me tocando e falando sobre meu corpo... meu pai perguntou se alguém precisava de uma bebida.”

"Que porra é essa!"

"Eu não podia acreditar. Eu estava tão desamparada. Eu estava com tanta dor que mal conseguia ficar de pé e o cara continuava me tocando. Deus, Anahí, eu posso sentir suas mãos em mim. Quando olho no espelho e vejo os hematomas, posso imaginá-lo lá.”

Dulce chorou e tentou controlar sua respiração. Anahí também chorou, sentindo tanto ódio e raiva pelo pai de Dulce, que desejou poder matá-lo sozinha.

“Eles disseram a ele que me levassem para me prostituir para devolver o dinheiro que ele devia. Eu implorei ao meu pai para ajudar. Ele disse a eles… ele disse a eles… para me levar. Que ele não se importava, que eu não significava nada para ele.”

Dulce não conseguia parar de chorar.

“O bastardo viscoso! Como ele pôde fazer isso?” gritou Anahí.

Ela puxou Dulce para um abraço, e eles seguraram um ao outro com força. Alguns minutos se passaram antes que Dulce acalmasse sua respiração, afastou-se e continuou.

"Eu tive que sair de lá. Eu não podia deixar que eles me levassem embora.”

"O que você fez? Como você escapou?” Anahí chorou junto com Dulce.

“Eu disse a eles que tinha dinheiro escondido no meu quarto. Eu disse que daria o dinheiro que eu tinha e que eu receberia o resto do dinheiro que meu pai lhes devia assim que eu pudesse. Eles acreditaram em mim, mas quando perguntaram quanto e eu disse a eles alguns milhares...” Dulce fez uma pausa.

As lágrimas começaram a correr pelas bochechas dela enquanto ela encarava Anahí.

"Sim?", Perguntou Anahí.

"Meu pai me chamou de cadela e me bateu."

Anahí cobriu a boca com a mão em choque. Não é de admirar que ela esteja tão assustada. Como ela poderia confiar em alguém novamente?

"Eu sabia que ele não me amava. Foi o golpe final. Ele ia deixar eles me levarem. Ele só se importava com o dinheiro que eu fazia e o apoiava. Não havia amor lá. Eu rapidamente me dirigi para o meu quarto, fechei a porta e rezei para que eles não me seguissem. O único cara queria me quebrar. Eu estava com medo de que ele fizesse isso ali mesmo no quarto enquanto meu pai e o outro cara ficavam do lado de fora da porta. Peguei o dinheiro que me restava e saí pela janela. Pela graça de deus, subi a escada de incêndio e pulei os últimos doze metros mais ou menos. Eu corri até pegar um táxi e fui para o aeroporto. Você sabe o resto.”

Anahí pegou a mão de Dulce e apertou-a.

“Eu te amo muito, Dulce. Eu sinto muito que ele te machucou e que aqueles homens te machucaram. Eu prometo que você estará seguro aqui. Eu sei que os homens vão te proteger. Você não precisa mais correr.”

Dulce enxugou as lágrimas dos olhos e segurou as costelas.

"Eu não sei se os homens vão tentar me encontrar. Eles estavam decididos a me fazer deles. Eles eram muito maus, homens muito maus. Meu pai, obviamente, não pode ser confiável, e ele poderia dar-lhes o seu endereço ou nome. Eu não posso trazer isso para sua casa. Eu não vou colocar você em perigo, Anahí.”

"Absurdo! Estes são cowboys do Texas, e eles são muito mais duros do que quaisquer gângsteres ou bandidos da cidade. Além disso, Alfonso é realmente foda, não importa o meu Max e os outros. Alfonso tem conexões em Nova York e Cristian estava nos fuzileiros navais. Você não pode obter uma proteção melhor do que isso.”

"Eu não me sinto bem-vinda aqui e interrompendo suas vidas, Anahí. Eles não precisam lutar minhas batalhas. Alguém poderia se machucar.”

"Por que não deixamos os homens tomarem suas próprias decisões?"

Dulce sacudiu a cabeça. Anahí segurou a mão dela e não a soltou.

"Eles precisam saber a verdade. Eles querem estar preparados caso de esses caras virem procurar.”

Dulce se virou para a água.

"Eles vão me odiar."

"Eu duvido muito disso." Anahí riu.

"O quê?" Dulce perguntou.

"Está ficando tarde, e vamos ter que começar a preparar o jantar para os homens. Eu vou falar com eles hoje à noite. Não se surpreenda se Cristian, Alfonso ou Christopher estiverem lá e quiser te encher de mimos.”

"Me encher?" Dulce perguntou como Anahí começou a recolher as suas coisas.

"Não se preocupe com isso agora. Tudo ficará bem."

Anahí piscou e Dulce ajudou-a a limpar tudo.

Enquanto se dirigiam para a casa, eles caminharam lado a lado falando sobre seus planos de nadar no rio uma vez que as temperaturas do verão chegassem.