Fanfic: Entre a Luxúria e o Amor (Finalizada) | Tema: ( AyA )

Anahi quase o chamou de volta. Quase. Mas,o juízo prevaleceu e a tentação foi vencida.

  "Bem feito"! Pensou Alfonso,enquanto voltava para casa. Seis meses de jejum não contribuíram em nada para seu poder de sedução. Ou será que ele era mesmo restrito?

  A verdade é que o sexo sempre foi fácil para Alfonso. As garotas sempre estavam atrás dele. Na escola,as meninas mais bonitas estavam sempre à sua volta,assim como nos anos em que viveu no circuito do surfe.

  Não costumava ter namorados fixas. Esse tipo de relacionamento não combinava com su estilo de vida: Vivia viajando e tinha de se concentrar no esporte. Sexo sem compromisso e preservativos estavam na ordem do dia. E das noites.

  Porém,mais tarde,quando uma contusão o obrigou a se afastar do surfe profissional,Alfonso começou a pensar em ter um relacionamento sério. Ele chegou até a ter alguns. Mas nunca eram perfeitos. Achava que era porque nunca estivera apaixonado de verdade,apesar de achar que já estava na hora. Mas acabou desistindo de relacionamentos sérios,preferindo apenas encontros sexuais. Homens ricos como Alfonso raramente eram rejeitados.

  Hoje porém,ele ganhara um "Não" de Anahi e não havia nada que Alfonso pudesse fazer para mudar a idéia dela.

  Pela primeira vez na vida,não conseguira o que queria com uma mulher.

  Decidiu então fazer aquilo que estava a seu alcance ! Surfar

    Você tomou a decisão certa,congratulou-se Anahi depois que Alfonso foi embora. "Se tivesse dito "Sim" ,se igualaria a Rodrigo. Agora,faça um café e pare de se preocupar. Alfonso ficou chateado porque você não aceitou o convite dele,mas vai se recuperar. Ele só queria sair para jantar e transar com você depois".Pensou ela

   Anahi gostou da idéia de ser a sobremesa de Alfonso enquanto preparava dois ovos que ele trouxera.

  Será que ele era bom de cama?

Anahi: Para de pensar nesse homem infernal! (murmurou Anahi e forçou-se a mudar de idéia para se concentrar no que iria fazer no restante do dia.

   Apesar do calor,nadar estava fora de questão,assim como caminhar na praia,ela não queria arriscar encontrar Alfonso outra vez.

   Não havia o que fazer,a não ser dá o fora dali. Mas não queria voltar para Sidney. Ainda não. Estava muito brava com Rodrigo e com sua desculpa esfarrapada de que fora apenas sexo. Agora,depois de ter conhecido Alfonso,começava a entender tudo. Mas se ela resistira à tentação,por que Rodrigo não o conseguira? De mais a mais,numa escala de um a dez,aquela vadia loura ganharia nove e Alfonso era,no mínimo,onze! Então,qual tentação seria maior?

  A única conclusão a que Anahi chegava era que seu amor por Rodrigo parecia maior do que o dele por ela. Talvez Alfonso tivesse razão.

  Resolveu checar a caixa-postal do celular. Nenhum recado dele. Estranho,pensou ela,levando-se em consideração o amor que ele dizia sentir.

  Anahi ligou para casa e Maite atendeu depois de vários toques.

Maite: Alô

Anahi: Oi Maite. É Anahi

Maite: Ah,oi... e aí?

Anahi: Tudo bem. O Rodrigo ligou ontem à noite?

Maite: Não

Anahi: deixou algum recado na secretária?

Maite: também não

Anahi: Ele também não ligou para meu celular

Maite: Olha,deixe esse canalha para lá e encerra o assunto. Assim,você pode sair por aí e ter a turma toda do surfe aos seus pés aí em... Como chama essa praia onde você está?

Anahi: Praia Escondida. E não há turmas do surfe aqui.

Maite: Que pena! Os salvas-vidas costumam se bem bonitões. Não tem ninguém apetitoso por aí?

Anahi: Vamos mudar de assunto? Você só pensa nisso?

Maite: Está bem. E afinal,quando é que você vai voltar? estou me sentindo sozinha sem você.

Anahi: Provavelmente amanhã logo cedinho. Assim não pego o trânsito do domingo à tarde.

Maite: E o que vai fazer hoje?

Anahi: Acho que vou até Nelson Bay olhar as vitrines! como alguma coisa por lá e talvez um cinema.

Maite: Puxa,que agitação!

Anahi: Não gosto de badalação como você.

Maite: Pode ser. Mas você deveria se destrair um pouco Anahi,a vida não é só trabalhar como uma escrava e estar sempre impecável. Escuta bem o meu conselho. Dá o fora no Rodrigo e vai viver um pouco.

Anahi: Talvez ele já tenha me dado.

Maite: Isso seria bom! Estive pensando no Rodrigo e em uma frase que meu pai disse uma vez: Nunca deve confiar em um vendedor.

Anahi: A Maite você está generalizando! é o mesmo que dizer que todos os modelos são idiotas.

Maite: Mas nós somos mesmo! Do contrário faríamos outra coisa. Não há nada pior do que ser avaliada pela sua aparência Adoraria conhecer um cara que gostasse de mim pelo que sou e não por minha aparência.

Anahi: È facil dizer isso Maite, quando se é bonita. Se fosse gorda como fui,jamais diria isso.

Maite: Não acredito que tenha sido tão feia assim.

Anahi: Feia,talvez não.Mas gorda.

Maite: Tolice. Devia ser só fofinha. Posso te apresentar milhões de homens que gostam de mulheres cheinhas. Mesmo assim,você devia ser bonita. Seu rosto é lindo e seus olhos expressivos,Não precisam nem de maquiagem. Adoraria ter olhos como os seus. Tenho de pôr um monte de coisas nos meus para eles ficarem mais ou menos.

Anahi: Ah,para com isso. Não precisa me paparicar.

Maite: Não estou.Pode acreditar!

Anahi: Bom,é melhor eu desligar,senão a conta vai longe.

Maite: Se cuida,então.

Anahi: Vou me cuidar. Prometo

Maite: E não faça nada que eu não faria.

Anahi: Muito bom conselho (Anahi sorriu)

Maite: È bom mesmo. È melhor você seguir

Anahi: Até amanhã,Maite.

Maite: Tchau amiga. Gosto muito de você.

Anahi: Eu também.

   Anahi desligou. Como é bom ouvir alguém dizer que gosta da gente.

  Rodrigo dizia que a amava. Mas,seria verdade?

  A temperatura estava mesmo quente,percebeu isso assim que abriu a porta,o calor só aumentou depois da visita do vizinho. O dia seria mesmo quente,não tendo outra escolha saiu.

  Encontrou um shopping pequeno que oferece poucas opções. Depois de um tempo olhando as vitrines das lojas,parou em um café perto do mar,cogitou entre um passeio para observar as baleias ou o cinema. Preferiu o cinema,principalmente pelo ar-condicionado e também pelo filme. Era um daqueles de ação e muita violência. Consequentemente nada se sexo.

  Anahi achou que sua cabeça e seu corpo,necessitavam descansar sobre o assunto. A sala era pequena e estava cheia. O filme não era ruim,mas longo demais. O pescoço começou a doer e ela resolveu sair. Massageando o pescoço,foi para o estacionamento e avistou um cartaz oferecendo massagens terapêuticas.

  Quando percebeu já estava de sutiã e calcinha,tentando relaxar,apesar da massagista ser mulher. Chamava-se Rose,alta e atlética,por volta dos trinta e poucos anos. Lembrava um pouco sua treinadora na escola.

  Lembrando dessa época,Anahi constatou que Maite tinha razão. Ela era meia cheinha quando foi para Sidney aos 18 anos,mas durante a maior parte da adolescência,fora bem gorda. Seu apelido era Baleia.

  Mas nem sempre fora gorda. Até os 10 anos fora bem magrela. Porém depois que a mãe morreu de câncer, Anahi  refugiou-se na comida. Esse fato além da puberdade,a fizeram se transformar em uma bola. As gozações na escola eram terríveis,mas os dias de educação física conseguiam ser piores. Talvez fosse impressão,mas Anahi achava que a professora sorria de maneira diferente quando a via vestida com aquela saia curta pregueada e a blusa sem mangas que expunham seu corpo obeso.

Rose: Você se exercita não é? ( perguntou a massagista enquanto desabotoou o sutiã)

Anahi: Sim algumas vezes por semana.

Rose: Dá para ver. Você está muito bem

Anahi: Você acha mesmo?

Rose:Pode acreditar. Mas não exagera,é horrivel mulher musculosa. você está na medida certa,tudo em seus devidos lugares,como deve ser! E tudo nas proporções corretas,é linda! Agora vamos ver o que podemos fazer para desfazer esses nós nos ombros e no pescoço. Puxa... está tudo tenso,aposto que você mora em Sidney,atendo muitos clientes estressados de lá. Relaxa...

  Anahi conseguiu relaxar. Mas ao ver o carpete laranja do chão,lembrou de Alfonso. E do sonho.

Rose: Ei relaxa

  Como podia relaxar com aquele sonho na cabeça? Anahi fechou os olhos e tentou expulsar aquela fantasia erótica,mas foi impossível. Estar deitada nua ali,também não ajudava,quanto mais,sem se mexer. Não era igual a estar amarrada a uma cama,mas não era preciso muita imaginação para recordar as maravilhosas sensações vividas como cativa naquele sonho. Também não era difícil fingir que as mãos que a percorriam não eram de Rose,mas sim as de Alfonso.

  Anahi gemeu quando Rose começou a massagear a parte de trás das coxas. Aquilo era mais do que podia suportar.

Anahi: Será que... podia massagear meus ombros um pouco mais?

Rose: Claro! Minha nossa! Está tensa de novo. o que tem feito ultimamente?

Anahi: Acho que estou trabalhando demais.

Rose: você nunca pensou em mudar de emprego?

Anahi: Bem... Não exatamente. Gosto do meu trabalho.

Rose: Então,algo em sua vida não vai bem,querida! Sugiro que descubra e mude enquanto é tempo.