Fanfic: Entre a Luxúria e o Amor (Finalizada) | Tema: ( AyA )

Sentindo-se mortificada por sua falta de controle,Anahi não podia deixar de admirar o controle de Alfonso. Poucos homens o conseguiriam diante de tanta tentação. Ou será que ele preferia conter-se agora para ter um semana inteira de prazer depois.

      Porém,um homem implacável teria exigido mais dela. Ele poderia obrigá-la a fazer qualquer coisa. Depois de vestir-se e já de pé na porta do curral Anahi ouviu Alfonso perguntar:

Alfonso: Você não vai esquecer sua promessa,não é?

         Ela olhou para aqueles maravilhosos olhos verdes e enxergou uma inesperada vulnerabilidade. Será que ele não percebia o quanto ela o desejava?

       Apesar de inesperado ,os orgasmos conseguira esfriar um pouco da ânsia que sentia por ele. Porém,ainda sentia vontade de despir Alfonso e percorrer o seu corpo. Só não o fez por orgulho. orgulho e necessidade de retomar o controle da sua vida. Se era para tomar as rédeas da situação seria do jeito dela,não dele.

Anahi: Vou cumprir minha promessa (disse firme,surpreendendo-o)

Alfonso: Vai mesmo?

Anahi: Vou porque é isso que eu quero. È o que eu preciso: Uma semana inteirinha de sexo. Mas só sexo. Nada mais. Portanto,nada de agrados românticos. Não quero restaurantes,paparicos ou presentinhos. (ironizou ela,pensando nas táticas de Rodrigo) Nada de conversinha para nos conhecermos melhor. Só sexo.

           Um bom papo era o caminho certo para atingir o coração feminino,pensava Anahi. Porque conversar estimula a intimidade e os laços emocionais. Foi o que fez Greg. E Rodrigo. O sexo não era importante. Se ela não aprendesse com os erros,não merecia ser feliz.

       E ser feliz era o que mais Anahi desejava. Ela só tinha de tirar Alfonso do caminho.

Alfonso: Só sexo? (repetiu ele)

Anahi: Isso mesmo. Esse é o trato. È pegar ou largar. Você decide (agora que compreendia os instintos masculinos,Anahi não tinha dúvida que ele aceitaria)

Alfonso: Ahn,ahn.

Anahi: Isso é sim ou não? (ele não ia dizer não)

Alfonso: Por acaso,essa proposta é algum tipo de vingança? Só está querendo se vingar de Rodrigo.

Anahi: Não seja ridículo. Se eu quisesse fazer isso,teria contado sobre nós dois antes. Ele não significa mais nada para mim.

Alfonso: Só estou perguntando. Um homem também tem seu orgulho.

Anahi: Tem mesmo? (ironizou ela) Um homem sempre deixa seu orgulho de lado por um bom sexo.

Alfonso: Ahn,ahn. (ela detestava esses enigmáticos "ahn,ahns" dele) È isso que você é para mim? Um bom sexo?

Anahi: È isso que você deve achar, Alfonso. Do contrário,não seria tão incisivo.

Alfonso: Acho que você pode estar certa. Ou não. Mas já que não vamos conversar muito,não vai dar para você descobrir.

Anahi: Vou sobreviver,pode acreditar.

Alfonso: Ahn,ahn

Anahi: Você precisa dizer ahn,ahn a toda hora?

Alfonso: Incomoda?

Anahi: Sim! (disse aspera)

Alfonso: Vou tentar controlar,mas é de família.

Anahi: Não quero saber da sua família.

Alfonso: Ah,é mesmo,me desculpe! Bobagem minha. Então,quando é que você acha vai poder ir para a Praia Escondida?

Anahi: Depende de quando Betty vai conseguir alguém para trabalhar aqui.

Alfonso: E o que você vai falar no trabalho?

Anahi: Não se preocupe com isso. È problema meu.

Alfonso: Acho que devíamos ficar aqui pelo menos hoje,Anahi. Podem precisar. Além disso,prometi jogar com Betty (lembrou ele com um sorriso maroto)

Anahi: Sei. Está bem. Podemos ir depois do chá (sugeriu ela)

Alfonso: E dirigir à noite? Acho melhor não,é muito perigoso. Podemos cair na estrada logo cedo.

Anahi: Tudo bem! (concordou,displicente. Mas por dentro,estava ressentida pelos planos dele. Então ele não estava tão ansioso como ela para ficarem juntos. Um arrepio percorreu a espinha) Porque você não vai para casa? A essa altura,Betty já preparou um daqueles cafés-da-manhã de fazenda para você. Vou ficar por aqui mais um pouco.

Alfonso: Prefiro esperá-la

Anahi: Prefiro que você vá.

Alfonso: Está bem. Então,até já.

        Quando Anahi subiu a colina duas hora depois,já não era mais hora do café. Pela altura do sol,devia passar das 11h. Ela não se importava. Estava agora com outro tipo de fome.

     Anahi ainda não acreditava no que tinha acontecido no curral. Nem que tivesse prometido ficar uma semana longe do trabalho. Ela teria dificuldade para convencer Mara de que estava saindo por precisar de um "tempo" para ela. Mara a conhecia muito bem e sabia que o trabalho sempre vinha em primeiro lugar para ela. Mais Enfim,assim seria,teria que convencer sua amiga.

Bill: Ho,ho,ho.

        Anahi assustou-se com a risada do pai. Tinha acabado de atravessar o portão de trás e estava quase chegando na casa. Nem se lembrava de quando ouvira o pai rir pela última vez.

    Quando abriu a porta,encontrou-o na cozinha,mostrando um álbum de fotos da família para Alfonso.

    O coração de Anahi se apertou quando ela reconheceu o álbum. Era o das fotos da escola,desde o primeiro ano,incluindo aquele período terrível da morte da mãe e quando ela ficou gorda. Eram as únicas fotos que registravam aqueles anos horríveis,e só existiam porque a escola a obrigava a tirá-las. Como ela não era alta,ficava sempre na fila da frente,com toda a sua gordura. Não só a cara redonda,mas todo o resto.

    A humilhação se abateu sobre ela quando Alfonso a viu,com um largo sorriso no rosto.

Alfonso: Você parecia uma...

Anahi: Como é que você ousa mostrar essas fotos sem minha permissão! (explodiu com o pai,arrancando o álbum das mãos dele) Já não foi o bastante você sempre me menosprezar? Precisa também me expor ao ridículo diante...

       Ela parou quando percebeu que o álbum que ele segurava era um outro,que continha fotos de quando ela era bebê,dos pais mais jovens. O outro das fotos que à envergonhava,Anahi lembrou depois,ficava bem escondido,num lugar que só ela sabia. As capas eram iguais...

    Todos na cozinha olharam para ela abismados.

Anahi: Ai,meu Deus! (exclamou ela,arrasada pelo papel de tola que fizera,chorando e correndo em direção ao quarto)

                                                                    Continua...