Fanfic: Entre a Luxúria e o Amor (Finalizada) | Tema: ( AyA )

Alfonso estava sentado no banco de passageiros,irritado por Anahi ter insistido em dirigir. Como a maioria dos homens,detestava ser o carona.

Anahi: Por favor,vê se muda essa cara de emburrado (ralhou ela enquanto atravessavam os campos salpicados de gado,em direção à estrada principal) Estamos no meu carro, Aliás me lembrei,onde está a caminhonete amarela que você dirige? Ou ela só é usada na Praia Escondida para completar o papel de malandro de praia?

       Alfonso a olhou pelo quanto do olho. Ela estava completamente equivocada. Era compreensível,depois do episódio com Rodrigo. Mentiras e traições abalavam qualquer pessoa.

Alfonso: Está no hotel que reservei em Sidney. Mas não se preocupe,ela pode ficar lá essa semana. telefono para eles e explico a situação.

Anahi: Ah,é mesmo? Vai dizer para eles que está ocupado fazendo sexo com uma gatinha que tem seu próprio carro,por isso não vai precisar do seu?

            Alfonso sorriu diante do sarcasmo dela. Quando as mulheres se tornam sarcásticas é porque estão interessadas. Da parte dele,ele já tinha certeza de que queria mais. O digamos "incidente" no curral na manhã anterior tinha lhe provado isso.

        Ok,ele tinha sido um pouco malicioso,se aproveitando da excitação dela para arrancar-lhe uma promessa. Mas como diz o velho ditado: No amor e na guerra vale qualquer coisa.

        Contudo,ele pretendia ter um relacionamento sério. Ela seria sua namorada,de qualquer jeito.

Alfonso: Parece que levantamos hoje de mau humor. O que houve? (comentou ele,de leve)

Anahi: Você sabe muito bem o que houve! Ontem à noite,no jantar,você deu a entender para o meu pai e para Betty que era meu novo namorado.

Alfonso: E isso é crime?

Anahi: È mentira. Você não é meu novo namorado e nunca vai ser. Vai ser meu parceiro sexual. Por uma única semana. Este é o trato. Se você acha que vai conseguir mudar minha cabeça,está enganado.

Alfonso: Está bem,não fique nervosa.

Anahi: Estou cheias de motivos para ficar nervosa. Vou ter de ficar respondendo perguntas de Betty e do meu pai durante anos depois que tudo isso acabar. Eles gostaram de você. Posso entender o porquê. Você foi tão bonzinho com eles. Ficou lá sentado com papai,assistindo futebol e tomando aquela cerveja horrorosa que ele adora! Depois,ficou jogando com Betty até tarde da noite. Até deixou que ela ganhasse!

Alfonso: Não deixei não! Ela me deu uma surra. Acho que estou meio enferrujado.

Anahi: Betty e papai devem ter ficado impressionados com a história de sucesso do coitadinho,filho único de mãe solteira. Mas você não me enrola com as suas histórias,não. Principalmente a de sua mãe recusar assistência e preferir vender cangas pintadas a mão para turistas... Que mulher no seu juízo normal faria uma coisa dessas?

Alfonso: Minha mãe fez. Espera até você conhece-la.

Anahi: Não tenho a mínima intenção de conhecer sua mãe. Eu já lhe disse: Não quero conhecer nada seu! (ele ficou calado,mais arquitetando um plano) Veja bem,não quero ser grosseira (continuou achando que Alfonso estava ofendido) Gosto de você. De verdade. Você é legal. Mas temos um trato.

Alfonso: Foi você que começou,queixando-se dos meus papos com seu pai e Betty lá na fazenda.

Anahi: Boa lembrança. Afinal do que você e Betty ficaram conversando ontem depois que fui dormir? Não ficou perguntando sobre minha vida,não é?

Alfonso: Claro que não (negou ele e era verdade)

          Afinal perguntas sobre ela, Alfonso fez pela manhã,depois que ela saiu chorando e o pai foi atrás.

       E como aquela conversa esclareceu tudo! Ele já tinha se convencido na festa de Rodrigo,que Anahi não era uma caça-níqueis,mas sim uma pessoa doce e sincera. Mas foi bom saber de outros detalhes da vida de Anahi.

      Ficou triste quando soube da morte precoce da mãe de Anahi por causa de câncer no útero. Anahi tinha apenas 13 anos e teve que passar o resto da adolescência sendo "mãe" do pai,porque ele não podia pagar ninguém para ajudar. Ela cozinhava e limpava a casa,além da faxina,a lavagem da roupa,passava e costurava. Chegou a passar dois anos,lavando e passando roupas para fora,para poder ajudar o pai a manter a casa. E além de tudo isso ainda tinha de ir a escola,onde era boa aluna. Ele entendeu também,porque ela se refugiou na comida,tornando-se gorda,minando sua auto-estima. Betty contou como ela se ressentia daquela fantasia existente nas revistas femininas. Nelas,todas as mulheres eram magras e bem vestidas,tinham suas profissões e namorados bonitos.

                                                                         Continua...