Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Dulce chegou a mansão de Anahi, acompanhada da loira e parou bem em frente a porta de entrada. Analisava a casa e seu coração pareceu ser esmagado até mesmo com o simples fato de tentar respirar corretamente. Uma angústia gigante a dominava e tentava controlar as lágrimas que teimavam em arder seus olhos. Ao tentar ser conduzida por Anahi  para que entrasse, a ruiva paralisou.

Anahi olhou Dulce nos olhos e só então percebeu o estado em que estava a mesma. Tentou saber o que passava e acalmá-la dizendo que tudo estava bem e que era sua casa e não tinha o porque de se preocupar com nada. Dulce apenas respondeu que olhar para aquela porta foi a última coisa que fez ao sair dalí, quando esta foi fechada diante de seus olhos, enquanto os seguranças lhe arrastavam com brutalidade. E que logo em seguida havia começado seu inferno . Não suportando mais se segurar, Dulce chorou doídamente sendo amparada por Anahi, que tentava de todas as formas acalmá-la e conduzi-la para dentro, enquanto tentava controlar e disfarçar sua própria raiva e agonia por ter ouvido aquilo.

Anahi lhe explicou que tudo foi muito ruim e que lamentava muito por tudo isso, mas que isso jamais voltaria a acontecer, e que ninguém a tiraria dalí e nem ao menos lhe faltaria com o respeito. Foram quase quarenta minutos para que só então a ruiva conseguisse entrar. De olhos fechados e sendo conduzida por Anahi.

Dulce foi direto para cama, onde recebia afagos e leves beijos de sua loira. Anahi lhe cantava baixinho enquanto alisava gentilmente seus cabelos. Sabia que precisava tirar todos esses sentimentos ruins de dentro de Dulce e estava disposta a fazer tudo que fosse preciso. E embora para os outros a idéia pudesse parecer estranha, para ela não parecia ser assim, viveu uma situação parecida quando perdeu seus filhos e de alguma maneira havia funcionado, ainda que quase nada. Sendo assim, uma hora mais tarde saiu do quarto deixando Dulce dormindo e se encarregou de mandar trocar a porta de entrada. Coisa que veio a acontecer somente dois dias depois.

Haviam se passado mais quatro dias, onde Anahi cuidou e mimou Dulce de todas as formas que conseguiu, lhe fazendo companhia e lhe devolvendo seu tão belo sorriso.

Maria e Dulce não se encontravam e Anahi falava apenas o necessário, estava doendo fazer isso, mas precisava que Maria percebesse que não toleraria mais nenhuma atitude como a anterior. E naquela manhã orientou  a mesma que service a Dulce suas refeições nos horários certos e não deixasse ninguém a perturbar. Assim como também pediu a Dulce que se comportasse bem, se cuidasse e que evitasse de qualquer jeito algum problema com Maria.
Depois de um longo e carinhoso beijo, deixou a mansão rumo a empresa. Sabia que muitas coisas estavam fora de seus lugares e que muita coisa deveria ser feita a partir daquele momento, mas sabia também que era muito capaz de dar conta de tudo.

Chegou á empresa trinta minutos mais tarde, sendo recebida amavelmente por Ángel, pedindo a mesma que trouxesse a agenda do dia até sua sala.
Ángel adentrou logo atrás dela, com a agenda em mãos e já lhe explicando que todos os compromissos seriam de responsabilidade de Christian, uma vez que ele estava comandando tudo. Anahi avisou que á partir daquele momento ela própria se encarregaria de tudo e que todas as atividades da empresa deveriam voltar exatamente como antes. Pediu que Ángel lhe dissesse todo o programado para aquele dia e logo após ouvir, pediu que sua secretária fizesse um relatório bem detalhado sobre a situação e de tudo que acontecia alí. Ángel lhe dedicou um meigo e acolhedor sorriso e a mirou com sua imensidão azul ao lhe dizer que já havia feito isso e que a cada dia o atualizava, assim, quando ela regressasse a empresa teria imediatamente em mãos tudo que precisava para reassumir suas funções.

Anahi sorriu lindamente com admiração e gratidão, pensando que Ángel era muito eficiente, sempre soube disso, mas ela também era muito amiga, e isso era o que ainda queria conhecer melhor.
Após rever tudo calmamente e de recusar sair para almoçar, começou a pensar em como colocar tudo em ordem e imediatamente entrou em ação. Eram pilhas de papéis e contratos. Eram tantas coisas ao mesmo tempo, que apenas percebeu que já eram cinco da tarde, quando Ángel adentrou o escritório com um lanche nas mãos. Colocou  em cima de sua mesa e lhe disse com um timido sorriso que havia lhe trazido um lanche, porque estava faziam muitas horas sem comer. Anahi a encarou por alguns segundos, logo abrindo um sorriso e dizendo que havia se esquecido de comer, mas que agora ela falando se sentia realmente faminta. Ángel lhe dizia que esperava que gostasse, pois não era nada de especial e havia trazido de casa mesmo e apenas o suco havia trazido da sala de refeições. Anahi sorriu agradecendo o gesto, enquanto lhe dizia que fosse o que fosse, tinha certeza que iria gostar.

Passava das seis quando Anahi ligou para casa informando Dulce que demoraria a chegar, pedindo para que jantasse e assim que tivesse sono fosse dormir, pois chegaria tarde. Apenas depois das nove Anahi deixou a empresa acompanhada de Ángel e levando a mesma até sua casa.

Mais uma vez o lugar onde Ángel morava chamou a atenção de Anahi e a mesma sentia bastante desconforto em ter que partir e deixar sua secretária em um lugar assim.

Ángel percebendo sua expressão, se apressou em lhe dizer que aquela era sua vida e que estava acostumada a ela, e não havia nenhuma razão para que se preocupasse com isso. Apesar de nada ter mudado seu desconforto, Anahi apenas sorriu e despediu-se de Ángel, entrando em seu carro e seguindo para casa.

Eram exatamente meia noite quando deitou- se na cama, achando que Dulce estava dormindo e se aconchegando a ela. A ruiva suspirou bem fundo, em seguida perguntando porque Anahi havia chegado tão tarde e porque so agora estava indo para cama. A loira lhe explicou os vários problemas da empresa, como havia sido todo seu dia e que havia deixado Ángel em casa antes de vir para mansão. Explicou que ao chegar ainda tinha algumas coisas para serem resolvidas e que pelo horário pensou que estivesse já dormindo e não quis acordá-la. Havia ficado em seu escritório, resolvendo algumas coisas e fazendo o que ainda precisava ser feito. Dulce apenas a olhou sem nada dizer e em seguida lhe depositou um beijo nos lábios, enquanto acariciava seu rosto.

Dulce aprofundava o beijo lentamente, até chegar em uma intensidade onde parecia precisar disso para viver. Suas mãos já haviam percorrido todo o corpo da loira e gemeu baixinho nos lábios de Anahi, ao mesmo tempo em que sua mão encontrava a intimidade da loira.

Anahi afastou- se rapidamente, a encarando com preocupação. Ao ser indagada sobre o porque daquilo, a loira afirmou achar cedo para que voltassem a fazer isso, afinal Dulce não estava completamente recuperada e não queria causar nenhum problema ou desconforto para a ruiva. Dulce afirmou que já estava bem e que em no máximo mais cinco dias já estaria exatamente como nova. Mas que já naquele momento estava bem e queria fazer amor.

Anahi não sabia se seria muito apropriado, mas não teve muito tempo para pensar a respeito, porque um segundo depois, Dulce já a devorava com a boca e com as mãos como um ser faminto que não via comida há dias.