Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Fazia tempo que Anahi não tinha aquele misto de sensações, tão fortes e tão profundas. Sentia falta de estar assim e desejava com todo seu ser jamais sair daquele momento. Isso ela sabia que seria impossivel, mas aproveitaria cada minuto como esse que a vida tivesse a lhe oferecer. Desejava Dulce com tanta paixão, que parecia insuportavel a ideia de viver sem ela. Aquele corpo, aquele cheiro, aquela voz, tudo nela a fazia consumir de desejo e não importava o que ainda estaria por vir, naquele momento, estavam juntas, e não deixaria de se entregar por completo, como havia sido desde a primeira vez.

Os beijos, as carícias, os toques, tudo parecia inflamar ainda mais os corpos que ardiam no calor da paixão que estavam sentindo. As respirações ofegantes,os cheiros, os gemidos altos e constantes, o suor brotando, tudo parecia instigar cada um dos sentidos, as levando para um mundo onde só importava o prazer que sentiam e o prazer que proporcionavam.

E foi assim, que em total sintonia e conexão as duas mulheres chegaram ao auge do prazer, explodindo em um orgasmo alucinante, que fazia enlouquecer seus corpos, suas mentes, suas almas.

Eram quatro da manhã quando Anahi despertou com fortes barulhos vindo de sua janela, o vento era forte e a fazia bater insistentemente. A loira mirava o lado de fora da casa e sentia mais do que o simples frio do tempo, sentia um frio na alma, era dificil controlar a sensação, mais dificil ainda entender o porque dela. Havia encontrado Dulce, deveria estar plena, em paz. Mas... não era assim.

Era pouco antes das sete quando Anahi chegou ao escritório, havia deixado um bilhete e uma rosa ao lado de Dulce, dormia tão serena quando saiu, que não teve coragem de desperta-la. Ao entrar em sua sala, se deparou com um pequeno jarro contendo duas flores, uma na cor amarela e outra na cor vermelha. Sorriu ao lembrar onde já havia visto algo parecido. Ángel as havia deixado alí, Anahi tinha certeza disso. Sentou-se e passou a acariciar as mesmas, enquanto pensava que sua secretária era mesmo uma verdadeira amiga e voltou a sorrir ao pensar que não gostaria de perde-la algum dia. Não agora que havia acabado de conquistar sua amizade.

Passava das nove quando Anahi foi a procura de Ángel, encontrando apenas Maite sentada alí. Maite explicou que Ángel não havia chegado, mas que também não havia avisado o porque e nem mesmo se iria faltar ao serviço. Anahi chegou a abrir a boca para dizer algo, mas a fechou no exato momento em que viu Ángel adentrar correndo ao lugar, com uma expressão cansada e pálida.

Ángel desculpou-se afirmando que havia tido um problema em casa e que por isso não havia conseguido chegar no horário, mas que já estava alí e daria tempo de organizar tudo antes da reunião. Anahi apenas concordou com a cabeça e perguntou se realmente estava tudo bem com a mesma, que prontamente respondeu que sim e que já estava pronta para começar os trabalhos. Assim sendo Anahi voltou a seu escritório, sendo seguida por Ángel que lhe passava toda agenda do dia. Anahi se arrumava para a reunião e agradeceu a secretária pelas rosas, Ángel sorriu timidamente,respondendo apenas  com um pequeno balançar de cabeça.

Já eram quase 14h quando saíram da reunião. Anahi estava irritada, cansada e com fome. Mas nada se comparava com a forte angústia que sentia. Cruzou com Christian ao sair da sala de reuniões e após o encarar brevemente, lhe dedicou um pequeno sorriso, enquanto se dirigia novamente a sua sala. O mesmo ficou parado a observando, e sorria por perceber que estava sendo perdoado. O dia de trabalho acabou normalmente.

                                                                                                                                                                                            Continua...