Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Anahi ouvia o relato de Laura com tanta raiva que a secretária nem ao menos conseguia piscar enquanto falava. Por exigência de Anahi, ela fez um relato tão detalhado que não escapou nem ao menos as expressões que fizeram os funcionários ao assistirem a cena. Anahi se viu ainda mais revoltada no momento em que Laura contou que havia relatado toda a história para Christian, Maite, Liz e Ángel.

Anahi agradeceu Laura por contar-lhe e garantiu que ninguém saberia que havia sido ela quem a alertara sobre o fato. A secretária se retirou indo fazer o que lhe havia sido pedido anteriormente e Anahi sentia que precisava se acalmar antes de qualquer coisa, para agir com a cabeça e não tomar nenhuma atitude equivocada. Em seguida ligou para casa e pediu que Dulce fosse a empresa imediatamente.

A ruiva havia ficado nervosa no exato momento em que Anahi dissera seu nome. Percebeu claramente que a loira estava muito irritada e nem ao menos havia adiantado o assunto. Dulce só conseguia pensar que já havia descoberto tudo e que seu relacionamento tinha as horas contadas. Enquanto Dulce se dirigia para empresa, Anahi deu ordens precisas para os funcionários do setor de produção. Queria suas modelos bem treinadas e toda a ordem do desfile de maneira prática e eficiente.

Anahi chegou á sua sala no exato momento em que Christian e Maite voltavam da reunião. Ordenou que entrassem e se sentassem, pois esperariam juntos por Dulce. Maite fechou a cara na hora e Christian pareceu praguejar algo.

Havia passado apenas cinco minutos quando Dulce adentrou a sala, apressada e assustada, com medo do que aconteceria. Sua expressão não passou despercebida por Anahi, que a olhou primeiro com curiosidade e logo em seguida com um sentimento que nem ela mesma foi capaz de definir. Sem se preocupar e nem ao menos lembrar que havia mais pessoas na sala, Anahi a abraçou, tão apertado e por tanto tempo, que Dulce chegou a esquecer de onde estava.

Maite e Christian observavam a cena e apesar de nada entenderem, nada falaram. Anahi afastou-se segundos depois e puxando sua mão, pediu que se sentasse na cadeira a frente de sua mesa, sugeriu que Maite fizesse o mesmo e se pôs a sentar atrás de sua mesa.
No momento seguinte relatou tudo que sabia, de maneira a não deixar claro para os demais de onde viera a informação cuspida com tanta raiva naquele momento. Seu tom era tão frio e tão cortante que Maite nem ao menos a encarava, Christian se mostrava totalmente desconfortavel e Dulce a olhava com desespero.

Ao se deparar com a expressão da ruiva, Anahi se sentiu mal, puxou a mão da ruiva por cima da mesa e a segurou com firmeza, lhe mostrando claramente que estava ao seu lado. Fosse como fosse! De imediato Maite alegou não achar conveniente contar-lhe, afinal ela é apenas uma funcionária e Ucker primo dos donos da empresa. Já Christian afirmou não querer ainda mais problemas entre a familia por causa de Dulce

Anahi irritou-se profundamente após isso. Afirmou que Maite mais do que uma simples funcionária era a irmã da pessoa que sofrera a agressão e encarou Christian ao dizer que aquilo não se referia a um problema causado por Dulce, e sim um problema causado por Ucker, por sua agressividade, ignorancia e estúpidez, isso para não aplicar adjetivos piores.

Afirmou que estava cansada das atitudes do primo e que havia tomado uma decisão e que não voltaria atrás, por nada e nem por ninguém. Não demorou muito para que Ucker entrasse em sua sala, surpreso por ter sido chamado, mais surpreso ainda por não estar só Anahi alí e rapidamente irritado ao notar a presença de Dulce, que nem ao menos o encarou, abaixou a cabeça e se pôs a tremer.

Ao notar o total desconforto e até mesmo temor de Dulce, Anahi se sentiu curiosa, o que provocava essa reação da ruiva, uma vez que jamais teve medo de seu primo e até mesmo o encarou de frente por várias vezes. Levantou- se e se posicionou ao lado da ruiva, que nesse momento já estava de pé, ao lado de sua mesa e praticamente se dobrando em um instinto de proteção.

Christian a olhou intrigado, aquilo não era uma reação normal nela, ela parecia na defensiva e parecia um animal frágil quando é encurralado. Ao mirar Ucker entendeu o porque, ele a mirava com ódio e tinha uma ameaça clara no olhar e sim, Christian sabia bem do que ele era capaz.