Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Anahi pensava em toda sua vida e a única coisa que conseguia concluir, era que a quantidade grande e triste de conflitos e problemas que haviam em sua vida nunca tinham um fim, sempre aparecia um problema a mais para se agregar aos vários que já possuia. Se sentia exausta e infeliz, como nunca antes, estava chegando ao seu limite e sabia que cedo ou tarde já não suportaria mais.

Maria parada do lado de fora do quarto, observava Anahi com tristeza, havia criado sua menina com tanto amor e carinho, enquanto a vida se encarregava de espancá-la, de todas as formas possiveis. Faria qualquer coisa para que não fosse assim, morreria se preciso fosse para que a loira fosse feliz e finalmente pudesse viver em paz, mas a verdade era que nada podia fazer. A não ser lhe oferecer seu braços. E fora isso exatamente que Maria fizera, estendeu-hes os braços para sua menina, para que nele pudesse chorar e aliviar, colocando para fora tudo que tinha dentro de si sufocado.

Anahi chorava descontroladamente abraçando aquela que desde que era uma menininha se encontrava presente em todos os seus melhores e piores momentos. Principalmente os piores. Dulce parou na entrada da porta ao ver aquela cena, seu coração foi invadido por dor e remorso, como havia sido capaz de trair Anahi? Como estava sendo capaz de enganar a pessoa que mais lhe havia ajudado na vida? Como havia ousado trazer ainda mais dor para uma pessoa que já estava cercada de várias dela.

Ao olhar todo o quarto,Dulce estacou, o quarto havia sido usado por um bebê, mas Matheus já não era um quando fora assassinado. Imediatamente lembrara de Silvia, ela ao insultar e humilhar Anahi, havia citado "filhos". Sim, no plural ela tinha certeza. Na hora não conseguiu raciocinar direito, estava muito nervosa e desesperada, mas fora isso sim que Silvia dissera. Então Anahi havia tido dois filhos, e havia perdido ambos. Como havia sido tudo isso? E como Anahi havia conseguido viver depois disso? Porque uma coisa era bem clara, Anahi jamais havia conseguido se recuperar. Por fora exalava beleza, inteligência, bondade e tranquilidade. Mas por dentro, claramente parecia haver morrido!

Duas horas depois Anahi deitava cansadamente em sua cama, Dulce a olhou nervosa, precisava dar um jeito de contar tudo, mas como faria isso? E se Anahi a odiasse? Se não a quisesse mais? Ela não poderia contar a verdade, mas havia decidido uma coisa, iria descobrir toda a história sobre seus filhos e lhe ajudaria a seguir em frente, dessa vez sem egoísmos e sem traições. Selou os lábios da loira longamente e acariciou seu rosto visivelmente cansado, fazendo a mesma encará-la.

Dulce chorou ainda mais e com tanta dor que parecia estar se partindo. Anahi a consolava e beijava seu rosto, lhe dizendo coisa bonitas e afirmando que estava alí para qualquer coisa. Já haviam passado mais de meia hora quando Dulce mais calma disse