Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Anahi: Fique tranquila Maria, isso vai passar

Passaram poucos minutos até que Anahi deixasse a mesa indo direto ao quarto, onde encontrou Dulce já deitada. Após quinze minutos também já deitada, Anahi desculpou-se com a ruiva por todo o ocorrido e garantiu que sempre fará com que a respeitem, que ninguém voltará a fazer pouco dela, não em sua casa e não em sua frente. Afirmou que não pretendia ter de fazer uma escolha. Porque ela já era parte de si e quem não a aceitasse em sua vida, estava liberado a se retirar dela.

Dulce mais uma vez sentiu-se mal, Anahi era capaz de qualquer coisa por ela, e em troca ela só lhe dificultara a vida, além de a trair terrivelmente. Dulce passou a chorar, de tristeza, de medo, angústia, por saber, que não passaria muito tempo, até que Anahi descobrisse tudo e a tirasse de sua vida, para sempre.

Anahi a consolou sem saber a guerra interna que estava travando, mas com uma angústia ainda maior que a de Dulce. A loira não sabia o porque, mas algo dentro de si, lhe dava a certeza que sua vida mais uma vez mudaria por completo e ela por não saber do que se tratava, tinha medo de não aguentar mais uma vez essas mudanças.

Já eram sete da manhã quando Anahi entrou em seu escritório sendo seguida por Maite, que  começou a repassar toda a agenda do dia e logo se retirando para começar o trabalho. Anahi trabalhava compulsivamente, como se não quisesse deixar um só minuto do seu tempo livre. Antes de deixar a mansão fizera Dulce assinar seu novo contrato e aquela mesma tarde iniciaria suas funções.

Já passavam das onze quando Anahi terminou todo seu trabalho e saiu para almoçar, levando Maite consigo. Durante o almoço conversaram e Anahi contou sobre o apartamento de Dulce e onde se localizava, deixando Maite surpresa. Ao deixarem o restaurante em direção ao estacionamento, Anahi pediu que Maite se esforçasse em reatar o relacionamento com a irmã. Dulce havia errado, mas todo mundo comete erros e todos merecem uma segunda chance. Maite a ouvia calada, sem manisfestar qualquer tipo de emoção. Anahi resolveu ser direta, lhe dizendo que talvez se a morena estivesse no lugar de sua irmã, tivesse feito exatamente o mesmo que ela fizera.

Maite engoliu em seco, mas não conseguiu perguntar se Anahi sabia mesmo a razão pelo qual brigaram, afinal estava claro que ela sabia. Um constrangimento enorme se apossou da morena que afirmou que tentaria reatar o relacionamento com Dulce, não porque ela merecesse, e sim porque era sua irmã, e independentemente de tudo que ela havia feito e continuava a fazer, a amava e isso ela não era capaz de mudar.

Anahi sorriu ao ouvir aquilo, as duas se resolveriam e por alguma razão isso deixava a loira mais tranquila. Maite ainda acrescentou que apesar de tudo não gostaria de ver Dulce sozinha, e se ela não a aceitasse novamente, era isso que aconteceria, cedo ou tarde. Anahi não entendeu o comentário e resolveu ser direta ao perguntar, mas a resposta de Maite foi curta e simples:  Anahi deveria perguntar a própria Dulce sobre isso

Anahi não gostou disso, e já sentadas dentro do carro, Anahi se colocou a pensar, que tudo aquilo estava soando mal, muito mal. O desagrado passou a ser ainda maior, quando Maite agradeceu por tudo que a loira havia feito por ela e por sua irmã, e se desculpou por todo e qualquer problema que a entrada de qualquer uma delas pudesse ter ocasionado na vida da loira. E ainda afirmou que conhecer Anahi havia sido a melhor coisa que lhe acontecera na vida, pois a admirava, respeitava e amava, sim amava. E muito

O comentário fez Anahi empalidecer. Mas nem ao menos houve tempo de se recuperar, antes que Maite devorasse seus lábios com intenso e caloroso entusiasmo. Anahi pensou estar louca, aquilo não poderia estar acontecendo,mas seus pensamentos não chegaram a durar segundos, uma vez que instantaneamente empurrou Maite. Que voltou a beijá-la e mais uma vez fora empurrada. A morena disse saber que não deveria ter feito tal coisa, mas se recusava a desculpar-se porque havia feito o que sentia e ainda que fosse demitida por isso, não se importava, precisava fazer aquilo, para assim, poder de uma vez por todas seguir em frente.

Anahi balançou a cabeça confusa, o que era aquilo afinal? Não sabia, mas não queria pensar, aquilo não deveria ter acontecido, por mais que entendesse Maite e o que sentia!  Voltou sua atenção para o volante e pediu que aquilo jamais se repetisse e muito menos fosse comentado. Maite garantiu jamais falar a respeito com absolutamente ninguém, não o fizera para que soubessem, o fizera para guardar em seu peito uma doce lembrança dela. E agora que já a tinha, a guardaria para si, somente para si.

Anahi nada disse, apenas se sentia culpada por coisas que nem ao menos tinha a responsabilidade: O sentimento que Maite nutria por ela e o beijo que a mesma lhe havia dado

A sensação de ter traído Dulce a fazia sentir nauseada. E pior, não achava correto contar tudo a ruiva, porque além de aguçar o grande ciúmes que ela possuia, também impediria que as duas irmãs finalmente se entendessem. Anahi foi tirada de seus pensamentos quando Maite voltou a falar, afirmando que a última coisa que queria lhe dizer, na verdade seria um pedido. Pediu que Anahi tivesse cuidado, que não confiasse em todo mundo, porque as vezes até as pessoas que mais amamos, são capazes de nos faltar, falhar e trair.

Confusa e ao mesmo tempo curiosa Anahi perguntou-lhe a que se referia e Maite apenas lhe disse que se a loira prestasse mais a atenção á sua volta, ela própria descobriria. Anahi a observou por alguns segundos e então não foi capaz de guardar sua pergunta