Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Anahi: Sem desculpas e sem rodeios Dulce, sei que não me dirá o que aconteceu e estou totalmente conformada com isso, mas quero ao menos entender o que acontece com você, preciso entender, ao menos saber com o que estou lidando ou não terá a menor condição de conviver, me diz Dulce, sem mentiras, me responda a verdade, existem essas feridas? algo de fato aconteceu?

     Dulce a olhou com um olhar desesperado, as coisas pareciam estar sempre prestes a ruir, não queria falar sobre esse assunto, não queria pensar sobre nada que a lembrasse do passado. Mas alí estava ele,o passado,querendo regressar a sua vida e destruir tudo.

Anahi: E então Dulce? Existe ou não?

Dulce: Sim, existe (disse desviando o olhar) mas não quero falar sobre isso,não me sinto confortavel.

Anahi: Bem (Anahi a olhava e percebia que dizia a verdade, contudo, se relacionar com uma pessoa que lhe escondia coisas e coisas tão sérias dava uma sensação de angustia desmedida. Como confiar em alguém que te esconde coisas!? Era dificil demais) Bom Dulce, mas você acha que esse fato fez você se tornar quem é hoje?

Dulce: Talvez (disse insegura).

Anahi: E acha que algo pode ser feito para melhorar isso? Acha possivel que algo seja feito para que isso mude?

Dulce: Eu não sei Any, eu não consigo (disse envergonhada).

Anahi: Eu posso te ajudar de alguma forma com isso? Sabe que eu faria qualquer coisa para te ajudar (disse sincera).

Dulce: Eu sei, tenho certeza que sim (disse ela sorrindo tristemente) Mas eu acho que não, são questões muito minhas e talvez até tenha uma forma, não de apagar o passado e nem de mudar minha realidade, é claro. Mas de consertar as consequências disso tudo certamente sim, só que para isso eu precisaria ter a coragem de contar o que aconteceu e no que isso tudo resultou. Só que...

Anahi: Só que? (perguntou preocupada, não sabia o que havia passado, mas sabia que era grave e que doía profundamente em Dulce).

Dulce: Só que eu sou covarde demais para dizer a verdade (disse ela chorando,Dulce abaixou a cabeça e não conseguia mais encarar Anahi, era muito o que escondia na vida, entre essas coisas a traição a Anahi,a havia enganado e roubado e não tinha coragem o suficiente para contar-lhe a verdade. Seu egoismo e suas mentiras também doíam nela mesma, mas nem isso a fazia mais capaz de encarar os próprios erros e encarar Anahi de frente e dizer-lhe o que ela precisava saber) Eu não consigo Any, não tenho coragem, não posso...

Anahi: Calma (disse a puxando para perto de si) Antes de tudo quero que saiba, embora sei que já sabe, que não precisa ter medo de me dizer nada, nunca vou te fazer nenhum mal,nem mesmo precisa se sentir tão desesperada, eu sempre tentarei ver suas razões... Bom... Sei que não vai me contar nada e como disse estou conformada com isso, O que preciso que você entenda Dulce, é que mentiras são horriveis e desnecessárias, elas vão minando as nossas vidas e a nossa relação. Odeio que mintam para mim e você faz isso o tempo todo. Como posso confiar em você se sei que mente todo o tempo?

Dulce: Any...

Anahi: Me deixe terminar (pediu calmamente) Dulce, o que quero que entenda, é que não posso tolerar mentiras e enganos, não sou capaz de suportar isso (Dulce chorou ainda mais, sabia o que isso significava) O que quero é que não minta para mim, se precisa tratar de suas questões e não me quer por perto, então me diga que precisa fazer isso e ao menos saberei onde e como está e fazendo o que, não ficarei preocupada e nervosa pensando mil coisas sobre isso, como por exemplo que algo horrivel pode ter te acontecido,ou que está aprontando por aí ou o pior, achando que faz de tudo para me evitar porque simplesmente não me quer de verdade.

Dulce: Você acha isso? (perguntou a encarando) Isso jamais, eu te amo Anahi, eu te amo mais que tudo na minha vida,eu quero você,não imagino mais minha vida sem você, só em pensar em te perder parece que vou enlouquecer, só em você me dizer ontem que não me queria mais me fez sentir que estava doente fisicamente (disse com a voz embargada) Eu não conseguia pensar, nem percebi como cheguei a aquele lugar onde fui assaltada,. Por favor, acredite em mim,isso nunca foi mentira, eu te amo desde que te conheci, nunca foi mentira.

Anahi: Quando você não sabe com o que está lidando, mil coisas povoam sua mente e dificilmente de coisas boas. Mesmo que não seja a realidade, é a impressão que dá quando você vê uma pessoa mentir e sumir do nada, por dias,sem nenhuma explicação, sem nada.

Dulce: Me diz o que você quer, o que mais incomoda você e eu faço (pediu nervosamente).

Anahi: Que não minta para mim Dulce, que se for para abrir a boca para me dizer algo, que seja a verdade. Se não vai me dizer a verdade, não me diga absolutamente nada (Anahi decidiu seguir o conselho de Angel, havia pensado muito em suas palavras e havia concluido que concordava plenamente com elas) Me diga que precisa de tempo para você mesma,que está tratando de buscar isso que você precisa,mas me diga a verdade, me mantenha informada sobre sua segurança e bem estar, não suma. E já terá andado metade do caminho. Ao menos saberei onde está e que está bem e não passando por apuros por aí ou fazendo bobagens. È o minimo Dulce, temos uma relação, e isso é o minimo de respeito que você pode demonstrar a ela e a mim também. Amar também é considerar o outro,e isso você faz muito pouco em relação a mim (Dulce não concordava muito com aquela opinião, mas sabia o porque dela dizer isso, então decidiu que ela estava certa no fim de tudo) Eu também te amo, muito. Mas não estou disposta a tolerar mentiras, falta de respeito e não ser considerada para nada. Isso é tudo o que quero de você, que se for abrir a boca para me dizer algo, que seja a verdade, caso contrário, nem mesmo diga.

Dulce: Tá bom Any, eu te prometo, vai ser assim (disse a olhando nos olhos e por mais que Anahi se achasse uma completa imbecil em acreditar nela, sentia que estava sendo sincera,que estava prometendo de coração e que estava mesmo disposta a cumprir sua promessa) Eu prometo que nunca mais abrirei minha boca para dizer a você qualquer coisa que não seja a verdade, e se não estiver disposta a dize-la, serei sincera em te dizer isso.

Anahi: Eu quero seu bem, nunca te faria mal, eu faria qualquer coisa pra te ver bem. Eu faria qualquer coisa para te ajudar no que fosse (se calou um minuto) È impossivel fazer isso sem saber o que realmente acontece, mas se tiver algo que eu possa fazer para te ajudar, mesmo que você não me explique a razão, apenas precise de ajuda, eu estarei aqui e quero que saiba disso. Não irei te cobrar nada, nada além da verdade.

Dulce: Eu sei, e agradeço muito,mesmo! E quanto a não mentir nunca mais para você. Sei que não vale muito, mas te dou minha palavra, nunca mais farei isso (Anahi não sabia se aquilo seria como Dulce dizia, mas decidiu naquele momento que lhe daria uma última chance, última. Não pretendia passar por cima de mais nenhuma mentira da ruiva).

Anahi: Tudo bem, eu te darei mais um voto de confiança, mais um Dulce,o último... Por favor, não me desaponte (pediu com os olhos marejados) Eu não suportaria isso.

           Dulce a abraçou em silêncio, não voltaria a mentir para Anahi, mas sabia que logo a desapontaria novamente, afinal haviam mentiras que ainda não haviam vindo a tona e que assim que viessem, acabariam definitivamente com o relacionamento delas e completamente com a confiança de Anahi por ela.

           Não mentiria novamente para Anahi e por isso decidiu não responder a aquele último pedido dela, pois se prometesse não faze-lo já estaria fazendo, uma vez que estava totalmente consciente de que isso muito em breve aconteceria.

           Seu rosto estava enterrado nos seios de Anahi e tentava a todo custo controlar as lágrimas que desejava insistentemente em sair. Não teria mais muito tempo ao lado da loira e desejava aproveitar de forma agradavel e feliz esse tempo que lhe restava. Não traria mais problemas para aquela relação, faria todo o possivel para que Anahi se sentisse bem e feliz e que quando lembrasse dela no futuro, tivesse não apenas lembranças ruins e tristes. Queria que também lembrasse de coisas boas, momentos de alegria...

           Sentia a mão da loira acariciar seus cabelos e sentia os beijos amorosos que ela depositava neles. Seu corpo doía, parecia estar moída, mas estar nos braços da loira lhe trazia uma paz que nada mais no mundo era capaz de lhe trazer. Sentia o sono se apossando de seu corpo e tentava lutar contra ele, mas aquele toque, Ah aquele toque...

           Na manhã seguinte, Dulce despertou com Anahi beijando seu rosto e assim que abriu seus olhos deparou-se com um imenso mar azul a contemplando. Anahi a mirava sorrindo e Dulce teve a absoluta certeza que não importava o que passasse ou o quanto sofresse,jamais deixaria de amar aquela mulher.

            Eram nove da manhã quando Anahi deixou o hospital após visitar Angel,havia estado com ela e contado sobre sua conversa com Dulce, sobre os últimos acontecimentos e sobre algumas idéias que havia tido. Angel havia ficado feliz por isso e achou sensacional a idéia de Anahi, era algo simples e até obvio, mas seria muito útil.  Isso realmente era algo que ajudaria e tinha certeza que as coisas acabariam se ajeitando.

            Já na empresa, Anahi participou da primeira reunião do dia, tensa e demorada, a reunião deixou Anahi estressada e de mau humor, queria resolver os problemas de sua empresa, mas isso parecia cada vez mais distante de acontecer.

           Após se retirar da sala de reuniões, Anahi desceu até a sala de produção, explicou seu mais novo projeto e deu todas as ordens necessárias para que tudo começasse a ser executado. Precisava que todo o projeto fosse feito exatamente como o havia desenhado, disso dependia pelo menos 50% da recuperação das Empresas Portilla.

           Foram horas passando e repassando todas as informações, escolhendo tecidos, cores, texturas,cortes e costuras. Seria um trabalho duro e cansativo, mas se desse certo, seria um trunfo para finalmente tirar sua empresa da situação caótica em que se encontrava.

          Já passavam das seis da tarde quando Anahi decidiu ligar para casa, Maria atendeu no segundo toque e após trocar algumas palavras com a loira, lhe informou que não poderia chamar Dulce porque esta não se encontrava. Anahi estranhou o fato, mas decidiu que não comentaria o assunto. Após desligar, a loira ligou diretamente para sua namorada e a ruiva para sua surpresa, atendeu no primeiro toque.

          Após conversarem alguns minutos, a ruiva explicou que ainda sentia dores no corpo sim, mas que tinha seus compromissos e não podia deixa-los de lado. Se sentia bem apesar de dolorida e assim que terminasse voltaria para casa, tomaria um banho quente e deitaria esperando por ela.

          Após encerrar a ligação,Dulce voltou as suas tarefas, queria terminar logo, sentia dor e cansaço, porém tinha um propósito e o alcançaria, custasse a dor que custasse.

          Anahi estava parada com uma caneta na mão, a olhava como se visse algo muito interessante, mas a verdade é que nem ao menos a enxergava. Por mais que tivesse disposta a dar espaço a Dulce e aceitar que Dulce jamais diria o que havia acontecido para que se tornasse a pessoa que era na atualidade. Anahi não conseguia parar de pensar no que Dulce poderia estar fazendo e onde, por mais que não desconfiasse da fidelidade dela, a intrigava tudo aquilo que a ruiva fazia de tudo para ocultar.

          Anahi finalmente conseguiu voltar ao trabalho e assim que terminou essa tarefa, arrumou sua mesa, recolheu sua bolsa e estava prestes a deixar seu escritório quando Maite abriu a porta, a encarou e um tanto sem graça a informou que haviam entregue alguns documentos importantes que ela deveria assinar urgentemente, precisavam ser devolvidos o mais rápido possivel.

         Sem dizer nada, Anahi pegou todos os documentos, leu cada um deles atentamente e passou a assina-los. Havia acabado de concluir sua tarefa quando encarou Maite, que se encontrava sentada na cadeira a sua frente. Pensou alguns segundos e cogitou não faze-lo, mas mudando de idéia, resolveu prosseguir.

Anahi: Maite, eu queria conversar com você se fosse possivel.

Maite: Claro, pode dizer, o que aconteceu? (perguntou animada).

Anahi: Quero falar sobre Dulce.

Maite: Ah (disse desapontada, enquanto seu sorriso se desfazia) O que ela fez agora?

Anahi: Nada (Anahi a encarou) Eu quero falar sobre ela e não sobre algo que tenha feito. Eu... eu queria muito ajudar a Dulce...

Maite: Mais? Será que é possivel? (ironizou)

Anahi: Sim (disse séria) Está muito claro que Dulce tem vários problemas emocionais ou comportamentais, como queira chamar. E está claro que precisa de ajuda para superar isso. Mas é impossivel ajudar alguém sem saber o que realmente acontece com aquela pessoa.

Maite: Entendo.

Anahi: Está claro que existem marcas muito profundas de dores que não foram superadas. Seja o que for a transformou muito e o resultado não foi positivo. O que gostaria de saber Maite, mas nunca vou conseguir tirar isso da própria Dulce, é se houve alguma coisa lá no passado que pudesse justificar um grande trauma ou algo do tipo, ao ponto de transforma-la nisso, que é hoje. O que aconteceu Maite?

Maite: Eu... (Maite ficou extremamente nervosa) Eu não sei, não sei.

Anahi: Maite, eu não quero saber só por saber, eu quero fazer algo para ajudar Dulce, mas será impossivel sem saber o que aconteceu. Me diz a verdade, sei que você sabe, é impossivel que não saiba.

Maite: Anahi eu não sei, Dulce sempre foi estranha, piorou muito com o passar do tempo é verdade, mas sempre foi estranha...

Anahi: Ela já mentia compulsivamente desse jeito na infância?

Maite: Não (foi sincera) Ela era uma criança muito direta e sincera, como toda criança, não tinha filtro.

Anahi: E na adolescencia? (perguntou ela).

Maite: No inicio dela não. Mas foi nessa fase que ela começou a ser assim. Foi nitida a mudança,mas não sabemos o motivo (Anahi não acreditava que estivesse dizendo a verdade) Só sabemos que mudou e que se tornou essa pessoa estranha.

Anahi: Ela se dava bem com seus pais?

Maite: Sempre se deram bem até ela chegar nessa fase onde ela mudou. A partir daí com a mamãe ela era mais tranquila,desde que ela não se metesse em nada que a Dulce fazia claro. Já com o papai foi um pouco diferente.

Anahi: Diferente como?

Maite: Bom (Maite parou e pensou durante um tempo) Eles passaram a ter problemas e brigavam muito, a maior parte do tempo, o papai dizia o que pensava na cara dela e ela na dele. Viviam em guerra, essa é a verdade. Mas apesar disso ele facilitava a vida de baladas, festas, diversões e viagens dela.

Anahi: Você acha que essa mudança que Dulce teve tenha a ver com o pai de vocês?

Maite: Não, não (Maite a olhava como se a acusasse de algo) Não foi nada com ele certamente.

Anahi: Você não parece estar dizendo a verdade Maite, parece estar mentindo para mim (acusou) Me diga o que de fato aconteceu entre eles.

                                                                                                               Continua...

O que será que Maite esconde hein? Vamos continuar com a história para descobrir.

 Gente como passaram de ano novo? Espero que bem,não tive com entrar para postar.

leandroportinon: Faz sentido viu, pq se ela não exige que conte o que faz, dá a chance dela fazer tudo que quiser e apenas não dizer nada, como se em uma relação comunicação não fosse importante. Mas acho que Anahi está desesperada, ela tá aceitando qualquer coisa para não ver Dulce mentindo dessa forma, tão compulsiva... Sei desse sonho kkkkkkkk mas não consigo, seria muito difiicl para mim.

tryciarg89: Seu pensamento estava certinho kkkkkkk. Acho pouco provavel Angel e Poncho, mas vai que acontece... kkkkkkkkkkkk morri de rir, mas eu também adoro.

mariamarta: Postadooooooooooo

Gentee está aí mais um capítulo...