Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

       Eram 3:40h da manhã,quando Dulce despertou sonolenta,tonta e com muita dor de cabeça. Assim que virou na cama,percebeu que Anahi não se encontrava e que o lugar dela na cama,nem ao menos havia sido desforrado. Levantou ainda tonta e se encaminhou para o banheiro,de despiu e entrou na água fria,molhando até mesmo a cabeça. Após terminar seu banho,foi para a cozinha onde esquentou o café que ainda se encontrava na cafeteira. Após tomar três copos cheios de café e de tomar alguns analgésicos,Dulce foi ao escritório de Anahi procurar por ela,não a encontrou.

    Procurou por toda a parte de baixo da casa, e nada! Subiu ao quarto de hóspedes e também não a viu. Começou a se sentir incomodada. Parou no corredor com as mãos na cabeça,e logo pensou que Anahi só poderia estar em um lugar da casa: O quarto de Matheus.

     Sentiu seu peito doer ao abrir a porta e não a encontrar lá. Voltou ao quarto e mais uma vez o ohou inteiro,nada! Sentou na cama sentindo sua cabeça latejar. Deitou na cama e começou a virar de um lado para o outro, quando imagens da discussão entre elas começaram a vir à sua mente.

     Um flashback irritante de todas as suas palavras,ações e comportamentos vieram em sua cabeça,à deixando deprimida e enojada consigo mesma, não conseguia acreditar que havia dito tudo que disse a Anahi e muito menos que a tivesse feito sofrer daquela maneira. O tapa que havia levado da loira,havia sido pouco perto do que merecia: Assim pensou Dulce.

     Porém foi quando as lembranças dos papéis que havia entregue a Silvia naquela mesma manhã vieram a sua cabeça,que Dulce entrou em total desespero. O que fez com Anahi foi uma enorme traição,teve uma atitude egoísta,mesquinha,errada e completamente lamentável e a ruiva tinha total conhecimento disso.

    Levantou da cama em um pulo e desesperadamente passou a ligar para o celular de Anahi,que estava sempre "desligado ou fora de área".

   Passou mais de uma hora tentando falar com a loira,sem ter sucesso algum. Pensou em perguntar a Maria,mas esta não diria,ela tinha certeza disso.

   Passou a andar de um lado para o outro do quarto,passando aos mãos pelo rosto,cabelos e pescoço. Suspirou ao pensar que não teria nenhuma maneira de voltar atrás no que havia feito,não teria como recuperar os papéis antes que Silvia pudesse copiar. Também sabia que não poderia contar para Anahi, a mesma não a perdoaria. Não sabia o que fazer,nem em quem confiar.

    Passou horas pensando em como resolver toda essa situação,mas não conseguia achar uma saída. Já passavam das 9h da manhã quando após tomar um rápido banho,desceu e não encontrou Maria em casa. Se serviu de um copo de suco e um pedaço de bolo que se encontrava sobre o fogão. Comeu uma maçã e passou a andar pela casa com  uma angústia que consumia sua alma.

    Era culpa,remorso,arrependimento. E Dulce tinha total conhecimento disso. Já sentiu sensações semelhantes uma vez e a reconhecia agora.

   Não queria perder Anahi,lhe pediria perdão pelas coisas horríveis que havia lhe dito e principalmente por tocar no nome de Matheus e lhe dizer todas aquelas besteiras sobre seu filho. Conhecia Anahi o suficiente para saber que estaria muito magoada nesse momento,mas a amava demais e iria acabar perdoando. Não sem antes lhe dar broncas e sermões,mas iria sim perdoá-la.

    Sorriu ao pensar em como Anahi ficava linda quando estava brava e brigava com ela,colocando as mãos na cintura e a olhando profundamente enquanto sacudia a cabeça negativamente. Após um longo suspiro,decidiu que isso era tudo o que poderia fazer,lhe pedir perdão por ter se comportado como uma idiota. E quanto ao trabalho que havia dado a Silvia pensaria depois em como  resolver.

      Mas ainda assim não estava se sentindo em paz,algo a incomodava profundamente e ela não conseguia saber do que se tratava. A única sensação clara que ela possuía,era a enorme angústia que a sufocava.

     Estava a ponto de se sentar quando ouviu o som de um carro chegando,tinha certeza que  se tratava de Anahi,correu sorrindo para a porta,e ao abri-la.

Dulce: É você! (perdendo o sorriso)

                                                                                                   Continua...