Fanfic: Ainda Há Tempo? | Tema: Portiñon

Era o décimo quinto dia, já haviam avançado duas semanas e Alfonso já estava muito mais do que preocupado, estava: Desesperado

Anahi não acordou e nem ao menos os pequenos movimentos que havia feito até três dias atrás estavam acontecendo. O abatimento era geral e o desespero também.  E até mesmo Maria e Helena que acreditavam cegamente que tudo ficaria bem, já estavam preocupadas e desesperadas. 

A empresa ia mal, Christian não tinha controle total dela, assim não podendo fazer muita coisa que Anahi facilmente saberia fazer. Os advogados davam bons respaldos, porém não eram administradores. E contratar alguns para fazer a função de Anahi demoraria, pois levariam meses até estarem totalmente a par da empresa e tudo que acontecia nela. Ainda não tinham um grande problema, mas sem administração não demoraria muito até que as coisas ficassem realmente sérias.

Neste mesmo dia, Angel avisou Dulce que em cinco dias toda sua família estaria de volta e que a partir dalí seria mais dificil, porque a casa `era` de seus pais e seu pai em particular era muito rigido.

Pelos cinco dias que se seguiram a ruiva se banhava e almoçava na casa de Angel como já vinha fazendo. Porém nos dez dias seguintes a esse, em sete deles Angel levou até Dulce a comida todos os dias em que foi possivel. Porém nos últimos três dias não teve a oportunidade de sair da empresa na hora do almoço, ela e Maite tiveram que almoçar ou lanchar por lá mesmo, ambas tinham muito trabalho junto á Christian, Ucker e todos os outros funcionários. Tentavam de todas as formas controlar a situação caótica em que a empresa estava começando a enfrentar.

Era um dia nublado e frio, e faziam exatamente trinta e dois dias do acidente de Anahi. Dulce havia conseguido se banhar no dia anterior em um posto de saúde onde havia sido atendida. Lavou os cabelos com o próprio sabonete e colocou a roupa limpa que Angel havia entregue dias antes, juntamente com o sabonete que usara e um creme dental.Saiu do hospital limpa, porém ainda com fome, já eram quase meia noite!

Alí, sentada as 6h da manhã na calçada da hospital onde Anahi ainda estava internada e inconsciente. Dulce pensava sobre em como havia sido egoísta, mesquinha e desleal á sua namorada, ou seria ex? Se perguntou ela.

Anahi, a única pessoa que a tratou com dignidade e respeito, desde o falecimento de seu pai.  E ela além de machuca-la, ainda á havia traído! Pensou a ruiva com desgosto.

Eram 8h da manhã quando viu Christian, Helena e Maria entrarem ao hospital. Anahi ainda dormia, nenhum sinal de melhora, Maria e Christian já haviam entrado. Mas foi quando Helena entrou no quarto e começou a lhe falar do passado, do presente e daquelas pessoas que Anahi tanto amava que as coisas começaram a mudar.

Helena falou do quão forte Anahi havia sido quando morreu sua mãe, mesmo ainda sendo uma menina muito pequena, falou da relação tensa e distante que passou a existir entre ela e seu pai. Dos anos duros de trabalho e estudos. Do casamento com Alfonso e tudo que foi preciso enfrentar para ficar com ele, apesar da opinião de seu pai. Falou do filho que eles dolorosamente perderam, da separação dolorosa e triste entre eles. E do filho que Anahi se dedica e empenha a encontrar, apesar de tudo e todos apostarem que essa criança já esteja morta.

Também falou de Dulce e do quanto ela está sofrendo agora, de como gostaria de poder ajudá-la, mas não tem a coragem necessária de ir contra seu filho Christian. E do quanto ela acha que por mais que Dulce tenha errado a estava necessitando nesse momento. Disse a Anahi que ela precisava acordar e ajudar as pessoas que ela mais amava. A Dulce que está sofrendo e a seu filho: Pedro

Que precisa ser encontrado para pode voltar aos seus braços, de onde jamais deveria ter sido arrancado. Estava já á alguns minutos sentada em silêncio á alisar sua mão, quando sentiu a mesma se mover, uma, duas, três vezes. E foi aos poucos, bem aos poucos e com uma forte expressão de dor, que Anahi abriu os olhos. Confusa, tonta, enjoada e com fortes dores no corpo. Tentou falar, mas não podia. Helena chorou de emoção. Assim como Alfonso que entrava no quarto nesse momento.

                                                                                                                                                                          Continua...