Fanfic: Famoso Apaixonado- Triangulo Amoroso (finalizada/adaptada) | Tema: Dulce, Alfonso, Christopher

Onde estávamos sentados naquele pequeno hidroavião dissemos tudo o que você precisava saber. Diego deveria ter estado ao meu lado, mas ele estava na frente do avião, o resultado de uma briga que tivemos vinte minutos antes.

O objetivo desta viagem de férias de primavera foi olhar para as faculdades. Era apenas o primeiro ano. Tivemos muito tempo para decidir aonde iríamos. Mas Diego era um planejador, e ele estava determinado a escolher a mesma escola. "Eu não quero estar em qualquer lugar que você não esteja,", ele me disse. "E eu não vejo isso mudando tão cedo."

Meu nome é Roberta, a propósito, embora Diego e minha irmãzinha, Lupita, que estavam na primeira fila ao lado de Diego compartilhando um iPad. Diego e eu estamos juntos desde os quinze anos, quase dois anos, mas parece mais longo. Parece como sempre. Ele tem sido meu vizinho por tanto tempo quanto me lembro. Nós somos totalmente esse casal. Por favor, não segure isso contra mim.

Mas ultimamente eu estava me sentindo... não sei. Como se estivesse em uma caixa ou algo assim. Como muitas coisas foram decididas - quatro paredes, sem espaço. Eu o amava. Eu sabia que sim. Ele era meu melhor amigo. Ele esteve lá por tudo - toda a minha vida. Ele estava lá quando minha mãe morreu no primeiro ano e lá quando meu pai se casou novamente, apenas alguns meses depois. Ele segurou minha mão durante a cerimônia. Ele sabia o suficiente para me levar para comprar hambúrgueres durante a recepção - que não havia como eu sentar naquela barraca e assistir meu pai na pista de dança com outra mulher a noite toda. Antes de estarmos juntos, Diego era a minha salvação.

Ele era a salvação de todos, na verdade. Seus irmãos menores o adoravam. E ele era o único de nós três - eu, Miguel e Diego - que tinha um lar consistente e sólido. Dois pais. Jantar às seis. O pedaço inteiro. Nós confiamos nele. Nós precisávamos dele. Eu precisava dele, mas agora…

Agora eu queria uma chance de ver o que eu queria, longe de tudo. Longe de ter que ser o guardião da minha irmã mais nova. Longe de ter que cuidar do pai enquanto Senhora Oportunidade estava de folga no seu treinador de Pilates. A faculdade foi minha chance de finalmente ser egoísta. E quebrar o que eu temia ser um hábito - eu confiava tanto em Diego que me assustava. Eu não sabia como dizer a ele, mas Diego não era minha prioridade. Agora não. Não nisso.

Então eu não fiz. Digo a ele, quero dizer. Em vez disso, agi de mau humor e irritação até que finalmente ele me chamou para sair enquanto estávamos na área de espera do pequeno aeroporto Lake Union.

"Eu não acho que você quer isso", disse ele. Eu fingi, a princípio, que ele se referia à Universidade de Seattle, que acabávamos de ver, mas eu sabia que ele não estava. Eu sabia que ele significava nós, juntos para sempre.

"Claro que sim", eu disse. Eu não queria entrar nisso, mas era verdade. Estar com ele era como o ar - era necessário. Eu precisava dele. Eu o amava. E mesmo que ele alegasse o contrário, eu sabia que ele não precisava de mim. Ele ficaria bem sozinho. Eu sabia que ele me amava, mas também sabia que o amor era frágil. Eu sabia quão rapidamente as coisas poderiam desaparecer e desaparecer. Mas Diego não. Diego nunca perdeu alguém.

Lupita estava de pé na janela, esperando para ver nosso avião pousar, e ela fingiu não nos ouvir. Ela era apenas uma novata, então ela não estava olhando para as escolas, mas ela tinha ido junto porque meu pai estava em uma viagem de negócios e nosso acompanhante aprovou. Meu pai está no conselho de nossa escola, e podemos praticamente nos safar com o que quisermos - um fato que meus amigos dizem que eu nunca aproveito. Eles estão certos. A única vez que eu tive problemas foi quando eu pulei a preparação para o SAT e fui para a Barnes & Noble. Cheguei em casa às sete e meu pai já havia chamado a polícia. Quando perguntei a ele o que poderia tê-lo levado a praticar uma ação tão radical antes do pôr do sol, ele simplesmente disse: ‘Você sempre faz o que diz que vai’.

Fay e Karin estavam a alguns lugares de distância, olhando revistas, e eu sabia que eles também podiam nos ouvir. Eu sabia que todos podiam. Até mesmo Miguel, que tinha fones de ouvido, os olhos fixos em seu colo.

Ed olhou para mim. Eu podia ver minhas palavras penduradas entre nós. Claro que eu faço. Ele exalou. "A parte mais triste é, você realmente não faz."

Diego nunca jurou. Ele era presidente de classe, o mais velho dos quatro irmãos. O presidente do programa de extensão estudantil. Ele era o cara legal. Mas logo em seguida, ele era algo que eu nunca tinha visto antes. Ele estava chateado.

"Por favor, não faça isso agora", eu sussurrei. Eu peguei a mão dele, mas ele enrolou os dedos para longe. Diego nunca se afastou de mim. Nem uma vez nos nossos dois anos como namorado e namorada, nem como amigos, lembro-me dele me negando qualquer coisa - seu toque, sua voz, seu tempo. Ele deu tudo tão livremente. Foi fácil para ele. Foi fácil para ele me amar. Talvez porque, para ele, parecia uma escolha.

Ele balançou sua cabeça. "Eu te amo", disse ele. Foi em voz baixa, mas ele não fez muito esforço para esconder suas palavras. "Mas você tem que descobrir o que você quer."

Meu corpo ficou dormente. Nós nunca brigamos. Eu sabia que algo estava realmente errado. Tão errado, na verdade, que quando chegava a hora de embarcar, ele não se sentava comigo. Ele foi até a frente do avião e foi ao lado de Lupita.

Por que eu não poderia ter contado a ele? Por que eu não poderia ter acabado de dizer as palavras? Eu queria dizer a ele que queria ele. Que eu queria ir para a mesma escola. Que eu queria deitar na cama em seu dormitório, rir com seu colega de quarto, assistir TV em seu computador lado a lado. Que eu queria ouvir sobre as aulas dele, e que ele me ajudasse com aquele histórico que eu definitivamente teria que fazer. Eu queria dizer a ele que ele era o único com quem eu queria compartilhar tudo isso.

Mas eu não contei isso a ele. Eu não contei nada a ele. Porque mesmo que eu quisesse, eu não tinha mais certeza se era verdade. Em vez disso, sentei-me na fileira de trás com Miguel Arango. Miguel - o melhor amigo de Diego. Miguel - o garoto com os mais lindos castanhos esverdeados que eu já vi. O objeto de uma queda tão duradoura que eu aprendi a viver com ela - como o trânsito ou o ensino médio ou o baixo zumbido do radiador no inverno. Não teve um começo ou, apesar do meu relacionamento com Diego, um fim.

Sempre fomos os três e, depois, fomos nós dois – Diego e Roberta. Não houve nem jamais houve uma chance de Miguel e Roberta. E isso estava bem. Porque a verdade era que eu conhecia Miguel desde sempre, mas ainda não tinha ideia de quem ele realmente era. Especialmente não agora.

O Sr. Davis entrou no banco de saltos e o piloto leu as regras de segurança. Nós estávamos indo para as ilhas de San Juan por dois dias. Estávamos nos encontrando com a outra metade do nosso tour, que tinha optado por visitar a Universidade de Portland. ‘Uma pausa de primavera divertida e educativa’, o Celleher principal prometeu nossos pais.

Dois dias nas ilhas. Algum sol. Alguns esportes aquáticos. Algumas fogueiras. Então em casa.

Em nenhum lugar disse nada sobre um acidente de avião.