Fanfics Brasil - Capítulo 11 Famoso Apaixonado- Triangulo Amoroso (finalizada/adaptada)

Fanfic: Famoso Apaixonado- Triangulo Amoroso (finalizada/adaptada) | Tema: Dulce, Alfonso, Christopher


Capítulo: Capítulo 11

407 visualizações Denunciar


Ela ri, e eu também. Mais de alívio do que de outra coisa.


— Eu sinto sua falta — ela diz.


— Eu também sinto a sua. Como estão as coisas por aí? — A linha fica muda por um instante. — Demi?


— Oi? — Sua voz está baixa.


— O que tem acontecido por aí?


— Ah, o de sempre — ela começa. — Manifestações. Protestos. E eu só tenho falado sobre o que tem acontecido nas aulas da Sra. Huntington.


Nós duas rimos. É tão bom. Familiar.


— Como está o Nick? — pergunto. Mordo o lábio ao dizer isso. Demi sabe o que eu quero dizer (ele sente a minha falta? Está saindo com alguém?), mas não gosta muito de falar no assunto. Nick e eu, quero dizer. Demi dá um pequeno grunhido, e eu a imagino mexendo a cabeça lentamente, com seus cabelos subindo e descendo por seus ombros.


Quando éramos mais jovens, nós três fizemos um pacto de “três mosqueteiros”. Colocamos nossos braços em triângulo — mão no ombro, mão no ombro, mão no ombro — e repetimos o lema “um por todos e todos por um”. Ninguém sem ninguém. Havia uma árvore no quintal de Nick e um livro de regras que Demi redigiu. Decoramos o livro com glitter e folhas e o chamamos de Bob, embora eu não consiga me lembrar por nada neste mundo do porquê disso.


Quando eu e Nick nos beijamos, contei a Demi, é claro. Achei que ela fosse ficar empolgada. Ela sempre falava que achava que ele gostava de mim. Mas ela não ficou feliz. Nem um pouquinho. Só disse que deixamos de compreender nosso próprio lema, que estávamos quebrando todas as regras. Tinha acabado de acontecer. O beijo, digo. Foi na noite em que minha irmã fugiu de casa. Ela sempre fazia coisas do tipo passar um fim de semana prolongado em Seattle, ou roubar dinheiro dos meus pais e desaparecer por quarenta e oito horas. Normalmente era só para visitar um dos nossos irmãos ou algo assim, mas ela nunca contava a ninguém para onde estava indo ou quanto tempo ficaria fora. Meus pais ficavam em pânico. Toda vez que ela não voltava para jantar em casa, eles se convenciam de que ela estava morta. Eu nunca entendi isso. Ela fez isso tantas vezes... A probabilidade é que estivesse viva. Mas eles nunca viam dessa forma. Sempre ficavam aterrorizados. Como se daquela vez fosse diferente.


Aconteceu poucas semanas antes de ela ficar grávida, ou, pelo menos, pouco antes de descobrirmos. Ela havia saído para uma de suas jornadas, e meus pais estavam furiosos e com medo. Ligaram para a polícia e ficaram andando de um lado para o outro na sala de casa. Meus dois irmãos foram alertados, mas ela não estava com nenhum deles. E eu não a tinha visto na escola naquele dia.


Nick estava lá em casa, e estávamos estudando para alguma coisa. Provavelmente geometria — eu sempre precisava de ajuda em geometria.


Nick e eu estávamos na sala quando minha irmã finalmente chegou. Estava bêbada. Bêbada do tipo fedida e cambaleante. Era de pensar que meus estariam irritadíssimos. Com certeza estariam se fosse eu naquela situação. Mas não estavam. Ficaram, sim, aliviados. A pequena Joanna estava de volta. A estrela do time de futebol, a primeira menina depois de dois garotos. A criança de ouro. Sei que pareço amargurada, mas não é bem isso. É que naquele momento eu me dei conta da suprema injustiça da vida. Não fiquei chateada. Acho que nem senti nada. Foi mais uma questão de ter pensado nisso, entende? Como uma data em um livro de história ou um número em uma prova de matemática. Atestei um fato. Independentemente do que eu fizesse. Não importava quantos papéis eu conseguisse, ou quão boa eu fosse na escola, ou como eu fosse bem-comportada, eles nunca se preocupariam tanto comigo como se preocupavam com ela.


Nick ainda ficou mais um tempo comigo depois que os ânimos se acalmaram e uma Joanna chorosa subiu para o seu quarto sem qualquer castigo e rodeada de água e café. Observei tudo da sala, e, quando tudo acabou, lembro-me de Nick pegando minha mão e tirando o lápis que estava espremido entre meus dedos. Havia marcas vermelhas no meu dedo indicador.


— Você está bem? — ele me perguntou.


Não lembro o que eu disse, ou o que ele disse depois disso, mas sei que, quando ele pôs a mão no meu rosto e encostou seus lábios nos meus, eu deixei. E foi bom. Porque eu sabia que Nick estava do meu lado. Qualquer que fosse o meu lado, ele estaria lá. E acho que esse era o problema de Demi. Havia um lado depois disso.


Ela não falou conosco por um mês depois do acontecido, e nunca voltamos a nos chamar de os três mosqueteiros. Nem mesmo de brincadeira.


Isso já faz quase dois anos.


— Ele está bem — ela, finalmente, diz. — Ocupado. Nós dois estamos.


Demi fica quieta por um instante, e eu fico me perguntando se ela o vê frequentemente desde que eu saí da cidade. Uma onda de culpa me abate: e se eu fosse a cola deles?


Ela pergunta:


— Você tem falado com ele?


— Só alguns e-mails — respondo. — Você sabe como é Nick com o telefone.


Demi ri.


— Nossa. É verdade. E quando você vem para casa?


Dou uma volta na banqueta. O sol e o mar me saúdam.


— Acho que tenho uma pergunta melhor: quando você vem me visitar? Você sabe que eu estou no Havaí, certo? E que a sua estrela de cinema predileta está aqui?


Ela ri. A risada de Demi me lembra luzes cintilantes de Natal: radiante e suave, até um pouco mágica.


— Está na cara que Alfonso está mais interessado em você do que em mim — ela retruca.


— Eu estava falando de mim.


Tenho quase certeza de que pude ouvi-la sorrindo.


— Quer dizer que agora se auto intitula uma estrela de cinema, hein?


— Só com você — eu digo, e, ao fazê-lo, percebo que estou com uma saudade louca. Como se a emoção fosse uma pedra que tivesse sido jogada em um lago. Apesar de a pedra afundar, as ondas continuam se expandindo. Queria que ela estivesse aqui. Puxando seus longos cachos e usando alguma combinação maluca e colorida, fazendo-nos dançar pela sala ao som de Madonna.


— Venham me visitar — convido. — Você e o Nick. No próximo fim de semana. O que me diz?


— Sei lá — ela responde. — Tenho um monte de coisas da escola. E gastei todo o dinheiro que ganhei como babá naqueles DVDs sobre o submundo dos oceanos.


— Eu pago.


— Ah…


— Não é nada demais — eu digo, despejando as palavras de uma só vez. — Seria muito importante para mim. Você veria como é o set, e nós poderíamos passar um tempo juntos. Nós três.


A voz de Demi se alegra.


— Boa sorte tentando colocar Nick em um avião.


— Por favor — eu falo, porque, de repente, sinto a necessidade de tê-la por perto. Eu preciso dos dois aqui. É algo do tipo: se eles me visitarem, se eles me virem, talvez eu me sinta mais como eu mesma. Talvez isto se torne real.


— Tudo bem — ela diz. — Vou convencê-lo a ir. E, nesse meio tempo, procure manter seus casos longe da imprensa internacional.


Eu rio.


— Parece loucura, não é?


— Loucura — ela responde. — Totalmente. Mas eu meio que adoro isso.


— Pelo menos alguém gosta — retruco.


Posso ouvi-la suspirar e estalar os lábios.


— Você vai achar uma saída — ela diz. — Você sempre consegue.


Nós desligamos e eu continuo a olhar através das imensas janelas, que vão do chão ao teto. Elas são a única coisa neste lugar que me lembra um pouco de casa. Meu quarto tem uma janela que dá de frente para o quintal dos fundos. Eu pegava minha cadeira nos fins de semana e me sentava ali, com uma grande caneca de chocolate quente e um bom roteiro nas mãos. Agora, minha irmã ocupa aquele quarto, e há um cercadinho de bebê encostado no vidro. Joanna queria ser massagista, e um tempo atrás havia começado um treinamento. Todos nós achamos que seria uma boa ideia, porque ela poderia fazer o próprio horário e ganhar um bom dinheiro, mas nunca deu certo. Ela acabou desistindo das aulas, dizendo que sentia falta de Annabelle. Em vez disso, arranjou um emprego de estoquista no supermercado. E passa mais horas trabalhando do que passava na escola.


Essa é uma coisa incrível na minha família: ninguém faz o que queria fazer.


Minha mãe acabou não sendo atriz; meu pai acabou não se tornando arquiteto. Meus dois irmãos acabaram em lugar algum, e na maior parte do tempo acho que minha irmã nem sabe onde está.


Não que nossa história seja trágica ou coisa parecida. Nada de muito ruim aconteceu conosco. Acho que essa é, exatamente, a questão. Dizem que o pêndulo oscila para os dois lados, glória e tragédia, mas o da minha família parece estar encalhado bem no centro.


Pensei em Demi e Nick. Nick será grandioso, e não porque está predestinado a isso, mas porque ele sabe o que pensa e não tem medo de trabalhar duro. Ele foi voluntário no abrigo de animais e criou um jardim aos cinco anos. Ele sempre quis ajudar no que quer que fosse desde que me entendo por gente, e, às vezes, isso me deixa louca (por exemplo, ele passa as noites de sábado arrancando plantas não nativas), mas também significa que ele se compromete com alguma coisa. E Demi? Ela é apaixonada por tudo, mas principalmente pelas pessoas com quem se importa. Não houve sequer um comício de Nick a que ela tenha faltado, ou uma passeata sobre a qual não tenha me contado. Os dois são extraordinários, porque se importam. Com o mundo e com as pessoas ao redor deles. Comigo.


Eles têm que vir me visitar. Se vierem, será tudo de bom. Tenho certeza.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Dulce Coleções

Este autor(a) escreve mais 49 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

— Não acredito. Tem certeza que ouviu direito? — Alfonso caminha de um lado para o outro em seu chalé, com os punhos cerrados. Encolho os joelhos de encontro ao peito, sentada no sofá. — Foi o que ele disse. Christopher Uckermann. — Por que iriam chamar Christopher? Achei que quisessem um desconhecido. — Alfonso para e ol ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 253



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • taianetcn1992 Postado em 12/02/2021 - 07:19:27

    Sim, quero muitoooooo

    • Dulce Coleções Postado em 20/02/2021 - 00:19:54

      Postando amore, é bem pequeno mas é um fim kkk

  • vondyfforever Postado em 29/01/2021 - 00:25:24

    Queroooo

    • Dulce Coleções Postado em 20/02/2021 - 00:18:00

      Postando amore, é bem pequeno mas é um fim kkk

  • ana Postado em 31/12/2020 - 14:57:58

    Postaaaaaa

    • Dulce Coleções Postado em 20/02/2021 - 00:17:34

      Postando amore, é bem pequeno mas é um fim kkk

  • maria123 Postado em 06/03/2020 - 03:48:30

    Gostei do final e tomara q a autora escreva o 3 livro, acho q deveria ter uma continuação. :)

    • Dulce Coleções Postado em 08/03/2020 - 14:26:21

      Q om q gostou, tbm espero q venha um novo livo

  • wermelinnger Postado em 24/01/2020 - 14:05:20

    Continua

    • Dulce Coleções Postado em 24/01/2020 - 19:54:01

      Continuando

  • vondyfforever Postado em 23/01/2020 - 01:07:47

    Sumii, mas volteeei, caracaaaaa que reviravollta, May maravilhosa como sempreee, arrasou...

    • Dulce Coleções Postado em 23/01/2020 - 18:56:26

      Que bom q voltou... continuando

  • maria123 Postado em 16/01/2020 - 15:58:59

    A May é demais!! "Diga a eles se eles não aparecerem, estou realizando uma conferência de imprensa para divulgar todos os seus segredos". Kkkk Queria saber todos os segredos deles kkkkk Continua

    • Dulce Coleções Postado em 16/01/2020 - 22:28:35

      May doidinha, continuando kkkkkkkk

  • maria123 Postado em 15/01/2020 - 00:10:48

    Pra falar a verdade eu não curto muito histórias de fantasias, bruxas, anjos e etc, prefiro histórias q tem a ver com o mundo real mesmo, enquanto as histórias de policial, contanto q os personagens principais não sejam bandidos, pra mim tudo bem kkkkk Continua

    • Dulce Coleções Postado em 15/01/2020 - 18:44:24

      kkkk entendi... continuando amore

  • maria123 Postado em 13/01/2020 - 23:48:42

    Concordo, a Maite foi a única que não cometeu nenhum erro, pelo contrário, ela só vem me dando orgulho. :) Enquanto esses 3, principalmente a Dulce que tentou ajudar, complicou mais ainda. Queria ver se o Alfonso pedisse pra ela casar com ele e a imprensa toda de platéia, será q ela casaria com ele só pra não magoar o Alfonso? Ô mulher complicada essa! kkkkkk Ahh vem, queria saber se tem o terceiro livro? Essa história é muito viciante. :) Continua

    • Dulce Coleções Postado em 14/01/2020 - 21:47:39

      Quase certeza que ela casaria só pra não magoar o menino kkkk. Bom sobre o terceiro livro é pra sair mas tá sendo adiado a 3 anos, nem a autora fala dele mais, mas se sair traduzo e volto a postar.

  • maria123 Postado em 13/01/2020 - 17:41:44

    Acho q todos cometeram seus erros, Anahí, Dulce, Christopher, Alfonso , enfim, todos ai tem as suas falhas, mas sério, já percebeu q essa história gira tudo em torno do Alfonso? Anahí, Dulce, Christopher, todos eles querem proteger o Alfonso de alguma coisa, fazendo coisas mesmo q não sejam da vontade deles, enfim, o Christopher cedeu a garota q ele gosta pro Alfonso, a Dulce aceitou namorar ele, mesmo gostando do Christopher, se é q ela gosta, pois ela já falou q tbm gosta do Alfonso, por isso não sei de quem a Dulce realmente gosta, bom ... o q eu acho é q o Alfonso já é bem grandinho pra se cuidar e se machucar, se magoar é algo inevitável, faz parte da vida. Continua

    • Dulce Coleções Postado em 13/01/2020 - 21:09:46

      A única pessoa que não cometeu erro aqui foi a maite kkkkk, ser lésbica não é um erro, e tbm não se mete aonde não é chamada, continuando amore


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais