Fanfic: Encantado *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Quatro

Alfonso

Passo as mãos pelo cabelo enquanto clico novamente na atualização dos meus e-mails.

Ouço uma risada e olho para ver Vincent esticado na cadeira em frente à minha mesa.

Dou-lhe um olhar duro que não faz nada. Ele está achando minha angústia divertida.

Provavelmente porque sou sempre calmo e sereno, mesmo que o mundo desabe ao redor.

Estive fazendo isso desde que tomei um banho rápido e troquei de roupa.

Deveria ter tido o policial puxando o cara do carro alegórico e conseguido as informações ali mesmo. Agora estou me arrependendo da decisão.

— Foda-se... — murmuro, indo para meu celular.

Verifico todos os lugares, mas não posso encontrá-lo.

Vincent apenas ri mais forte antes de eu jogar o telefone na mesa.

Nem sequer tinha percebido o que faltava até agora.

— Você o deixou no carro. — ele me diz através de uma risada.

Eu o encaro, chocado por um momento que fiz isso.

Passo minha mão pelo rosto.

Conheci essa garota nem mesmo uma hora atrás e ela me tem todo atrapalhado.

Para minha própria sanidade preciso encontrá-la.

Suspiro, me acalmando antes de voltar ao fundo do poço.

Meu telefone toca.

Olho para baixo para ver que é o prefeito. Deveria saber que é por isso que não recebi um e-mail ainda.

— Um e-mail teria sido ótimo. — digo quando atendo o telefone.

Tento manter a pressão longe da minha voz.

Sean ainda tem a informação de que preciso. Mas também tenho o dinheiro que ele precisa.

— Alfonso, imaginei que a informação era muito importante se ordenou a um dos meus funcionários para fazer algo.

Respiro fundo com suas palavras.

Não tenho um problema em ser um idiota com o prefeito, porque, bem, o próprio homem é um idiota, mas sinto um traço de culpa por deixar o policial desconfortável.

Faço uma nota mental para me certificar de que ele seja recompensado por sair do seu caminho por mim.

— Sean... — digo em tom de aviso.

— Tudo bem, tudo bem...

Ele recita informações do homem e diz que ele fez um oficial dirigir para a casa do homem. Quando não viu o carro que ele possuia, tentou seu trabalho a seguir e estava lá.

Christian Chávez.

— Obrigado. — corto, já pegando meu casaco.

— Vamos beber na próxima... — aperto o botão de desligar no final na tela, cortando-o, antes de guardar o telefone.

Anoto o nome do homem que beijou minha menina hoje e o entrego a Vincent.

— Quero tudo sobre ele. — digo antes de seguir para a porta.

Vincent pula e corre atrás de mim.

— Deixe-me levá-lo. Vai ser mais rápido.

Quando abro a porta da frente vejo que está começando a nevar.

— Além disso, não é o melhor bairro à noite. — ele acrescenta.

Posso me cuidar, mas não sei como as coisas serão quando eu encontrar Anahí.

— Eu dirijo. — digo a ele.

Vincent sorri antes de me jogar as chaves.

— Comece puxando para cima tudo o que puder sobre este Christian. Quero saber como ele conhece Anahí e quão próximos são.

Agarro o volante com força depois de deslizar para dentro do carro, pensando na boca dele na dela.

O beijo não pareceu profundo ou realmente íntimo. Mais como dois amigos, mas talvez esteja dizendo a mim mesmo isso para não enlouquecer.

Espero o portão abrir antes de sair da garagem direto para a rua.

Sei que uma vez que chegar na rodovia serão apenas dez minutos de carro ao centro comunitário.

Acelero quando atinjo a rodovia. Vincent deixa escapar uma série de maldições, mas o ignoro.

Quando finalmente chegamos ao centro, salto para fora, deixando as chaves na ignição.

Vincent olha com desconfiança para minha tentativa de estacionar, mas o ignoro.

Atravesso a porta e localizo Christian. Ele está em pé na recepção.

Olho por cima do ombro para ver que Vincent saiu do carro e está encostado casualmente no carro, balançando a cabeça para mim.

Christian olha para cima. Ele parece estar em seus vinte e poucos anos, como o menino da porta ao lado com seu cabelo loiro sujo e olhos castanhos.

Ele sorri como se ele não tivesse uma preocupação no mundo.

Ele parece mais com o tipo com quem minha menina deveria estar. Provavelmente legal e não tem uma necessidade louca para possuí-la.

Imagino como isso vai terminar. De qualquer maneira vou conseguir a informação que preciso.

Vincent já foi capaz de me falar um pouco sobre Christian para que eu possa usar para conseguir o que quero.

— A garota. — digo conforme chego ao balcão que ele está e coloco as mãos sobre ele.

Isso apenas o faz sorrir mais.

Posso dizer que ele sabe quem sou.

Do desfile ou ele sabe quem sou em geral.

— Não me faça perguntar de novo. Tem sorte que não te espanco por beijá-la.

Ele ri.

Atravesso o balcão.

Ele dá um passo para trás, levantando as mãos.

— Calma, grandão. Sou apenas o melhor amigo.

Dou mais um passo em direção a ele.

Sim, claro, amigo... Nenhuma maneira que alguém pode ser amigo dela e não querer mais.

— Melhor amigo gay. — ele acrescenta.

— Ainda não dou a mínima. Mantenha suas malditas mãos e boca para si.

Sua mão cai e ele balança a cabeça.

— Acho que vou gostar de você.