Fanfics Brasil - Prólogo WOLF BLOOD MC - A Perdição do Anjo

Fanfic: WOLF BLOOD MC - A Perdição do Anjo | Tema: Lobisomens, Motoqueiros, Sobrenatural


Capítulo: Prólogo

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Olá, eu fiz esse livro com duas outras pessoas: Jéssica Maria e João Guilherme.
As postagens serão feitas nas quartas-feiras.
Espero que gostem e qualquer erro podem mandar mensagem para qualquer um de nós.
Boa leitura.
OBS: Vamos usar muito a palavra elsker, essa palavra em dinamarquês significa amor e é representada no mundo desse livro como sendo o amor verdadeiro de um lobisomem.


...........


Enxuguei minhas mãos suadas na calça que eu estava usando. O fato que eu iria encontrar meu elsker em alguns minutos me deixava nervosa, principalmente depois da nossa noite.


  Meu telefone vibrava e eu não precisei olhar para saber que era o meu pai. Agora não! Senhor Crash pode esperar um pouco. Como presidente e alfa do Black Heart MC, ele tem muito o que fazer do que cuidar 24/7 da sua filha, que no caso sou eu.


  Logan estava de costas para mim quando cheguei. Estava apoiando as mãos na árvore e com a testa encostada no tronco. Seus braços flexionados com seus músculos que estavam começando a ficar grandes. Aqueles braços que me seguraram noite passada, e aquelas mãos que passearam pelo meu corpo de um jeito proibido. Eu o amava tanto que doía.
  Estranhei suas roupas. Ele estava vestido como um motoqueiro do clube, com sua jaqueta de couro com o símbolo da Black Heart atrás, um coração esfaqueado, e uma calça jeans envolta daquelas coxas grossas. Ele nunca usava as roupas de motoqueiro comigo, ele sabe que eu odiava.
  Não acreditei que ele não tinha me notado até agora! Nós lobisomens, temos sentidos aguçados e ele já deveria ter me notado. E mesmo se não fosse por isso. Nossa ligação de elsker já deveria ter se manifestado nele, assim como tinha feito em mim quando me aproximei, com meu coração acelerando e minhas mãos suando. Então me aproximei e tomei a faca que ele carrega em suas botas de motoqueiro, e ele virou imediatamente.
-Está fraco, Log? Seus sentidos já foram melhores. – Eu ri.
-Você não devia brincar com facas, Susanna. Não sabe usá-las e pode se ferir. – O tom dele foi seco e eu estranhei.
-Aconteceu alguma coisa? Você está estranho. – Eu devolvi a faca para ele e ele a girou em sua mão.
-Sim. Precisamos conversar.
-Claro, meu amor. – Passei a mão pelo seu rosto e lhe dei um selinho. Ele me empurrou com uma careta de dor. – Log?
-Quero que suma da minha vida.
  O quê?
-C-como a-assim? É para ser uma piada, né? Não tem graça.
-Não é uma piada, Susanna. Não quero te ver nunca mais.
-Mas... você deve estar brincando, certo? – O rosto dele não alterou. – Nós somos elsker, se lembra? Você não pode me afastar assim, Logan. Nós pertencemos um ao outro desde que nos vimos pela primeira vez, desde que nos tocamos, e... na noite passada...
-Não significou nada para mim. Pode achar que somos elsker, Susanna, mas está enganada. Da primeira vez que nos vimos pode ter sido sua cabeça que inventou isso, por que eu não te amo.
  Suas palavras foram como facadas em meu coração. Como ele pode falar essas coisas? Sei que não foi a minha cabeça que imaginou isso. Tenho certeza. Nossa noite... as juras de amor que nós fazemos a tanto tempo. Não pode ter sido tudo mentira.
-Log, eu não entendo... – Eu disse enquanto as lágrimas caíam do meu rosto.
-O que você não entende? Que eu não te amo? Que eu estava fingindo para você? Que eu te usei esse tempo todo? Não seja tão burra, Susanna, por que isso eu sei que você não é.
Nessa hora algo se rompeu dentro de mim e eu parei de chorar. Eu senti nossa ligação elsker se quebrar dentro de mim, me fazendo duvidar se realmente isso existia, o que de acordo com Logan, não o fazia. Limpei as lágrimas com as costas da mão e encarei o que já foi o amor da minha vida.
-Muito bem, se é isso que quer... nunca mais vai ver minha cara, e se prepare, quando nos tornarmos imortais, nunca vai virar um para sempre. Que o diabo te abrace bem forte, pois vocês dois parecem ser bem próximos.
  Me virei e andei calmamente, com o rosto ainda sério, até minha casa, com nada mais do que um coração esfaqueado, igual ao símbolo do Black Heart, porém real. Passando pelas ruas agitadas de Los Angeles, tomando cuidado de não ver nenhum dos motoqueiros do clube, apesar de só conhecer meus tios, Logan e seu irmão, Jonathan, quem eu odiava mais que tudo na vida.
  Quando entrei em casa, percebi que estava quieto demais e meu coração acelerou de medo. Minha casa nunca estava quieta demais, por causa dos vários empregados existentes em minha casa. Mas os grilos podiam ser ouvidos se eu prestasse atenção. Fui andando rápido para meu quarto quando uma voz grossa e aterrorizante me interrompeu.
-Susanna? Precisamos conversar.
  Me virei para encontrar meu pai e minha mãe escondidos no canto da sala.
-Pai, eu... juro que não fiz nada, eu mal saio de casa, só fui dar uma volta.
-Você faz muito isso, não é? Dar uma volta? – Meu pai disse em uma forma sarcástica e eu me encolhi.
-Não sei do que o senhor está falando. – Eu falei, tentando não gaguejar, eu sempre fui uma boa mentirosa.
-Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos a quantidade de vezes que você fugiu dessa casa, eu poderia até acreditar em você. Aonde foi?
-Dar uma volta, pai. Essa casa me sufoca, eu vivi 18 anos nessa casa, eu preciso de ar puro algumas vezes, sabia? Los Angeles pode não ser o lugar mais puro do mundo, porém é um bom lugar para se passear.
-Sue, eu mando na porra dessa cidade grande do caralho, eu sei de tudo que acontece por aqui. Acontece que você apenas some da porra do radar sempre. Nem meus melhores farejadores conseguem te rastrear, então a pergunta é essa... O que caralho você faz para despistá-los e por que você faria isso?
  Eu tinha certeza de que eu estava branca, quase um fantasma. Eu nunca tinha ouvido um palavrão, principalmente com tanta raiva vindo do meu pai. Ele sempre se controlou perto de mim e Logan nunca teve motivos para falar palavrões perto de mim.
-Pai? O que...
-Susanna, quero que saia da minha casa.
  Meu coração parou.
-O quê?
-Você ouviu bem, VADIA. – Meu pai gritou e eu encolhi. – Tenho certeza de que está abrindo as pernas para alguém e não te criei assim. Lugar de prostituta é na rua.
  Eu não entendia. Por que ele estava me tratando assim? Olhei para minha mãe em desespero e ela encarava o chão.
-Mãe... – Eu sussurrei, com a voz embargada.
-Vou te dar 30 minutos para sair da porra da minha casa.
  Eu corri para o meu quarto e peguei duas malas que estavam em cima da minha cama. Eles já estavam planejando me expulsar de casa. Coloquei tudo que eu tinha nas malas e as fechei. Sentei na cama para respirar um segundo e vi minha mãe na porta.
-Veio me esculachar também? – Eu perguntei com lágrimas nos olhos.
-Não. Vim te dar isso. – Ela me deu um envelope e eu olhei dentro e me surpreendi ao ver muito dinheiro.
– O que...
-A vida é dura lá fora, isso é para ajudar. – Ela deu as costas, mas parou e se virou. – Tem uma pessoa que pode te abrigar se quiser. Seu nome é James e ele é um vampiro.
  Eu a olhei boquiaberta.
-Um... Vampiro? Eles não são nossos inimigos?
-Não esse. Ele é legal. Se quiser um lugar para ficar, pode viajar até San Francisco e procurar pelo bar Blood Mary. É aonde ele e seu grupo fica. Vai se ajeitar lá.
  Nenhum deles quiseram se despedir. Apenas olhei para eles e entrei no taxi, sem olhar para trás. As palavras de minha mãe ainda na cabeça. San Francisco? Será que poderia me adaptar a uma vida completamente diferente? Olhando para a mulher do aeroporto me perguntando para onde ir, eu não fazia a menor ideia.
  Não. Eu não iria pelos meus pais. Eu seria forte e enfrentaria tudo o que viesse para mim, pois eu sou uma lobisomem com sangue de motoqueira, apesar de não ter tido contato com esse mundo.
-Quero uma passagem para o voo que vai sair agora, qualquer que seja.
-Tem um voo saindo para Las Vegas daqui a trinta minutos, senhorita.
  Eu sorri.
-Ótimo. Vou querer uma passagem para lá mesmo.
  E que seja o que a vida me prover.


 



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Autor(a): mclarinha

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