Fanfics Brasil - Capítulo 6 WOLF BLOOD MC - A Perdição do Anjo

Fanfic: WOLF BLOOD MC - A Perdição do Anjo | Tema: Lobisomens, Motoqueiros, Sobrenatural


Capítulo: Capítulo 6

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-Muito bem, James. Você entendeu? – Eu dispensei o cigarro que Tiger estava fumando enquanto colocava suas roupas e bufei com o telefone na mão.


-Sim, eu entendi, Angel. – Ele respondeu. – Os carregamentos de crack vão passar a quilômetros do seu clube. Las Vegas precisa de um carregamento, você sabe.


-Por isso que você é o melhor, James. Não quero nenhum dos meus Betas envolvidos com drogas, sabe disso. Eles fazem exames mensários, eu saberia se isso acontecesse. Embora que eu não me importe com quem usa lá fora. Se os riquinhos compram para fugir da realidade, problema deles.


-Você é tão má. – Houve uma pausa no telefone. – Eu adoro isso.


-Muito bem. Tenho que ir, James. Nos falamos em alguns dias.


-Passar bem, meu amor. – Eu revirei os olhos e desliguei o telefone.


-Precisa de alguma coisa, minha Alfa? – Tiger me perguntou já vestido.


-Na verdade não. Apenas verifique nossos possíveis aliados e reporte para mim como eles estão indo, tudo bem?


  Ele assentiu e um calafrio me ocorreu. Algo não estava certo. Com Lily ou Victor.


-Não. – Ele parou na porta. – Eu mesma irei verificar.


-Como quiser, Angel. – Ele saiu e eu me levantei em direção ao meu guarda-roupa.


  Dessa vez peguei uma legging vermelha e um sutiã esportivo branco, e o cobri com um top branco, seguindo minha jaqueta e minha bandana de alfa. Enfiei duas facas em cada lado de minha cintura e coloquei a minha glock a mostra na frente da barriga. Enquanto fui descendo, senti minhas mãos suarem. Droga de Devil.


  Nem entrei direito no bar e Rocky chegou ao meu lado.


-Precisamos conversar, Angel. – Ele falou sério.


-Precisa ser agora? Preciso falar com Lily.


-É sobre ela. – Eu o encarei.


-Muito bem, podemos falar no meu escritório.


  Passei pelo bar e corri os olhos por ele até achar meus convidados. Devil estava falando baixinho com seu irmão, que parecia estar furioso com algo. Crash e Monster ao lado deles com caras confusas.


-O que está acontecendo, Rocky? – Eu disse quando fechei a porta do meu escritório.


-Eu vi sua filha há pouco tempo e ela estava...


-Rocky! – Eu o cortei. – Minha filha é responsável o suficiente para fazer o que ela quiser, apesar de não ser maior de idade. Sabe que não precisa reportar todos os passos dela.


-Mas isso não é exatamente sobre a sua filha.


-Me disse que era. O que aconteceu?


-Eu a vi conversando com um de nossos convidados.


  Eu congelei. Será que Devil já foi importuná-la?


-Quem?


-O moreno. O mais novo.


  Jonathan! O que a minha filha estava falando com ele?


-O que eles conversaram?


-Eu não sei.


-Rocky... – Eu o encarei incrédula. – Não acredito nisso. Peço a todos os meus Betas para ficarem de olho nos convidados e você não sabe principalmente o que estava falando com a minha filha? De que adianta os lobisomens terem o ouvido super aguçado se não usam ele?


  Eu coloquei a mão na testa e balancei a cabeça. Não sei o que possivelmente ele poderia estar falando com ela. Eu e Jonathan nunca nos demos bem, apesar da minha falha tentativa de ser amiga dele, depois de um tempo eu acabei por odiá-lo.


-Bom, - Eu apontei para ele. – vá até a minha filha a diga que eu quero falar com ela. Pode ir.


  Ele saiu com cara de arrependido e eu suspirei na cadeira. Olhei para o bar pelo vidro e encontrei Devil me encarando. Como se pudesse me ver através do vidro. O que no caso seria impossível, mas ele estava mesmo olhando nos meus olhos.


     Fiquei pensando sobre a primeira vez que eu o vi.


Tinha apenas cinco anos. Monster tinha ganhado o posto de vice-presidente do Black Heart e foi lá em casa com a família para comemorar. Era para eu ficar no quarto, mas algo me fez sair de lá e descer escondida para vê-los. Crash não deixava muito eu sair de casa, portanto eu nunca vi ninguém além de minha mãe e ele.


Fui para o jardim onde não tinha ninguém. Corri em direção a casa da piscina, mas antes de eu chegar lá, minhas mãos começaram a suar e eu de repente não conseguia respirar. Tropecei em uma pedra no chão e antes de estar no chão, mãos pequenas me pegaram. Olhei para cima e vi olhos azuis e percebi que era um garotinho pequeno, um pouco mais alto que eu. Uma pequena faísca pareceu sair de seus olhos e de repente ela soube de tudo o que ele estava sentindo.


-Oi. – Eu falei depois de voltar a respirar.


-Oi? – Ele torceu a cabeça para o lado. – Eu sou Martin.


-Eu sou...


-Susanna! – Meu pai chegou gritando e eu me encolhi. – Pedi para você para esperar no quarto.


-Desculpa papai. – Eu abaixei a cabeça.


-Logan? – Meu pai falou. – O que aconteceu?


-Ela ia cair no chão, senhor. Eu apenas a peguei antes de acontecer.


Ele não tinha comentado nada sobre a faísca que tinha acontecido entre nós, e foi assim por anos, até agora.


-Mãe! – Eu pisquei e olhei de relance para Lily, que me encarava preocupada. – Você está bem?


-Sim. Eu estou. Desculpe, filha. Estava apenas pensando.


-Tudo bem, por que você me chamou?


-Tem algo para me dizer?


  Ela me olhou por alguns instantes antes de suspirar e cair na cadeira a minha frente.


-Mãe, você sabe que eu te amo, não sabe?


  Eu bufei. Aí tem.


-Só me diz o que aconteceu, querida.


-Eu... Encontrei o meu elsker. – Ela falou um pouco temerosa.


  Eu olhei para ela incrédula.


-E por que isso é um alarme? É uma coisa maravilhosa, filha. Não vejo o porquê do alarde...


-É por que... – Ela hesitou.


-Minha filha, não é por que o meu elsker foi um pau no cu comigo não significa que o seu seja também. Temos exemplos aqui no clube de casais que deram certo.


-Mãe, só me ouve, tá? O problema não é esse. O problema é que...


-Angel! – Sandy entrou no escritório e eu me alarmei pela sua expressão facial.


-O que foi, Sandy? Se acalma e me diz.


-Um corpo foi encontrado por Jinx perto do Cassino Lucky Charm. Ele estava todo rasgado e sem a mão direita. Cortada antes de morrer.


-Muito bem. – Me virei para Lily. – Nós conversamos direito assim que voltarmos, tudo bem? Te amo.


-Mãe, eu... – Ela me olhou um instante. – Tudo bem, a gente conversa depois. Também te amo.


  E sai para resolver o que quer que tenha sido.


 


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Era para eu ter postado na quarta, mas tive problemas e só consegui postar hj. Espero que gostem :)



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Autor(a): mclarinha

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