Fanfic: Tinha que Ser Você | Tema: Romance
Khiara está jogada no sofá da sala, roncando como um trator e babando como um bebê.
Ontem nós saímos para comemorar nosso aniversário de 18 anos, que, por um acaso do destino, é no mesmo dia.
Chegamos em casa perto das seis da manhã e hoje passamos o dia alternando entre dormir e comer, e no final da tarde sentamos para ver um filme.
Meia hora atrás, ela caiu em um sono profundo. Quinze minutos depois seu irmão mais velho, Sebastian, chegou em casa e subiu as escadas.
Depois de 10 minutos eu subi atrás dele.
Além de nós três não havia mais ninguém em casa. Os outros três irmãos de Khiara estavam fora, bem como seus pais, que haviam saído início da manhã e provavelmente só voltariam à noite. E Khia estava roncando no sofá.
Eu não conseguiria outra chance dessas. Era agora ou nunca.
Parei no meio do corredor, respirando fundo e criando coragem para dar mais alguns passos e abrir a porta do quarto de Sebastian.
Não há dúvida alguma na minha cabeça sobre o que eu estou prestes a fazer.
Eu o conheço desde que nasci. Sempre o admirei. E sou louca por ele desde que tinha 13 anos de idade e comecei a me interessar por garotos mas, naquela época, eu achava impossível ele sentir algo por mim. Eu era família. Afilhada de seus pais. Melhor amiga de sua irmã mais nova. A garota da casa do lado que ele conhecia desde que usava fraldas e era 4 anos mais nova que ele.
Achei que ele sempre me veria como uma criança.
Mas, dois anos atrás, no meu aniversário de 16 anos, tudo mudou.
Em um momento de coragem eu o beijei. Ele correspondeu. Segundos depois ele me rejeitou, mas eu entendi o motivo. Eu só tinha 16 anos. Ele tinha 20. Seu senso de honra não permitia que ele desse continuidade àquele beijo, mas eu vi o desejo nos seus olhos. Ele olhou para mim como nunca tinha feito antes e eu soube que ele me queria também.
Nos últimos dois anos eu "namorei" outros garotos da minha idade, nada sério e nunca senti com ninguém o que eu senti por Seb durante aqueles segundos que nos beijamos. Meu corpo inteiro havia pegado fogo. Então, apesar de não ser completamente inexperiente quando se trata de sexo, eu nunca cheguei nos "finalmentes".
Quero que minha primeira vez seja com ele. Tem que ser ele.
Eu não tenho ilusões. Sei que, mesmo que consiga o que quero essa noite, eu e ele não vamos ter um relacionamento. Em 15 dias eu começo a faculdade. Em uma semana ele volta para o exército e é provável que eu não o veja por um bom tempo.
Estou plenamente ciente disso, mas, ainda assim, eu o quero.
Tem que ser ele.
Encarei a porta branca na minha frente, respirei fundo, agarrei a maçaneta, abri e entrei.
O quarto estava vazio, mas ouvi o barulho do chuveiro ligado vindo do seu banheiro. Fiquei parada no meio do quarto. Meu coração batendo a mil por hora e o frio na minha barriga ficou maior, a antecipação fazendo meu sangue correr rápido.
O chuveiro foi desligado e em alguns segundos Sebastian sairia do banheiro e me encontraria.
Se eu quisesse fugir o momento era esse. Não movi um músculo.
Ele abriu a porta e saiu do banheiro olhando para baixo enquanto enrolava uma toalha na cintura.
Perdi o fôlego com a visão do corpo úmido seminu exalando masculinidade.
Ele é perfeito.
Com um metro e noventa de altura, sem uma grama de gordura sobrando nos braços fortes e no abdômen sarado, ele é o epítome da perfeição masculina. E essa noite ele vai ser meu.
Sebastian olhou para cima e congelou ao me ver. Observei algumas de gotas de água escorrendo pelo seu peito e o desejo de seguir aquelas gotas com a minha língua me bateu com força.
- Alyssa? O que você está fazendo aqui? - Ele perguntou. Seus olhos azuis me olhando com desconfiança.
Nos últimos dois anos, depois do beijo que eu roubei, nossas interações foram poucas. Ele logo voltou para o exército e, quando estava de licença em casa, evitou a todo custo ficar sozinho comigo, mas hoje ele não conseguiria me evitar.
Eu não sou tímida.
Nunca fui.
Minha mãe sempre fala que eu não tenho uma gota de vergonha no meu corpo todo.
Então, ao invés de falar o que eu queria, simplesmente alcancei o zíper lateral do vestido de alcinha que estava usando e o desci. O vestido tinha um bojo embutido, então alguns segundos depois eu estava parada na frente dele usando apenas uma calcinha preta minúscula, com o meu vestido amontoado aos meus pés.
Seu olhar percorreu meu corpo inteiro, como se tivesse em um transe, demorando-se nos meus seios razoavelmente grandes e seguindo para as minhas pernas nuas antes de voltar para o meu rosto, seus olhos azuis escureceram com o desejo.
Ele perdeu o fôlego, não sei se porque eu o peguei de surpresa ou porque a mera visão do meu corpo nu o afetava a esse ponto. Eu preferia pensar que era o segundo.
Ele balançou a cabeça, como se quisesse de livrar dos seus próprios pensamentos e falou:
- Se vista e saia, Alyssa.
- Não.
Nós nos encaramos.
O ar estava carregado de tensão.
Eu não o deixaria me rejeitar. Não dessa vez.
Eu o queria, e quando eu quero algo eu geralmente consigo. Isso não seria diferente.
- Você não sabe o que está fazendo. Saia, e vamos esquecer que isso aconteceu.
- Eu sei muito bem o que estou fazendo, Sebastian. Eu sei muito bem o que eu quero. Quero isso desde aquele beijo. Eu estava preparada para isso naquela época. Continuo preparada.
Dei alguns passos para perto dele, parei deixando apenas alguns centímetros entre nossos corpos. Ele não me tocou, mas também não me afastou.
- Você tem que procurar alguém da sua idade. Eu não sirvo para você. Eu não sou bom, Alyssa. Não posso dar o que você quer.
Olhei para baixo e vi sua ereção fazer uma tenda na toalha. Ele podia sim me dar o que eu quero. Estiquei minha mão e segurei seu pau por cima da toalha, acariciando-o levemente.
- Parece que ele não concorda com você. - Eu disse, sorrindo maliciosamente.
Ele colocou sua mão por cima da minha e me fez soltar o seu pau.
Seus olhos fixaram nos meus e pareciam travar uma guerra silenciosa.
Se ele estava esperando eu recuar ficaria muito decepcionado.
- Eu sou mais velho que você.
- E daí? Eu tenho 18 agora, e eu sei muito bem o que quero.
Ele estava em casa de licenças há quase um mês já. Não foi atoa que eu esperei meu aniversário de 18 anos chegar para abordá-lo, assim ele não poderia usar o argumento da idade comigo.
- Você devia estar procurando garotos da sua idade.
- Garotos da minha idade são moleques egoístas que não saberiam lidar comigo. Eu quero um homem de verdade. Eu quero você. Sempre quis. Nenhum deles é bom o suficiente para mim, Seb. Tem que ser você.
Eu podia ver que sua resistência estava fraquejando. Olhei para os seus lábios, e me arrepiei ao imaginá-los percorrendo meu corpo.
- Você me conhece, Sebastian. Sabe que eu não sou uma garota de 18 anos normal. Aliás, eu não sou uma garota mais. Eu sou uma mulher. Uma mulher nua e muito disposta, parada bem na sua frente. É só você dizer que sim.
- Eu volto para o Exército em uma semana. Não tenho ideia de quando voltarei para casa.
- Estou ciente disso.
Ele abriu a boca para falar e eu o interrompi antes que soltasse qualquer outro argumento que pudesse pensar.
- Não estou te pedindo para se casar comigo, Sebastian. Eu só quero sexo e quero isso com você. Estou pronta.
Para reforçar minhas palavras eu peguei sua mão e a guiei para o meio das minhas pernas. Soltei um gemido quando os dedos dele me tocaram por cima da calcinha. O tecido fino de renda estava úmido com a minha excitação.
Meu corpo inteiro estava tenso, meus mamilos duros apontavam para cima como faróis acesos. Minha pele parecia pegar fogo e meu coração batia com força contra o meu peito enquanto eu o encarava seus olhos e esperava sua reação...
Autor(a): acandi
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
POV - SEBASTIAN. Eu me considero um cara durão. Você meio que tem que ser durão para ser um membro do ANGEE, Águia Negra - Grupo de Elite do Exército. Passei uma semana no inferno para ser selecionado. E depois da seleção, o treinamento extremamente rigoroso de um mês bateu a fraqueza para fora de mim. As missõ ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo