Fanfics Brasil - Capítulo 12 O Contrato - Camren G!p

Fanfic: O Contrato - Camren G!p | Tema: Camren, Romance, Amor, Drama, LaurenJauregui, CamilaCabello


Capítulo: Capítulo 12

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CAMILA


Amanhã foi tensa para mim, até Lauren sentiu. Ela tinha poucos itens pessoais no escritório, mas a ajudei a encaixotar alguns prêmios, livros e algumas camisas que ela guardava lá para emergências. Balancei a cabeça enquanto dobrava uma, passando o dedo pela manga. Todas as camisas dela eram encomendadas, e suas iniciais LMJ bordadas abotoaduras; um toque decadente que só ela podia fazer. Seus itens couberam em duas caixas de arquivo. Seu escritório era impessoal como seu apartamento. Olhando em volta, percebi que não parecia nada diferente. Ninguém iria reparar, a não ser que alguém procurasse. Uma pequena peça esculpida chamou minha atenção e me estiquei para pegá-la da prateleira. 


— Você queria levar isso, Lauren? 


Ela focou seu olhar na escultura, mas, antes que conseguisse responder, a porta do seu escritório se abriu e David entrou. Ele ficou paralisado, olhando para nós. Lauren estava encostada em sua escrivaninha, com a carta de demissão na mão, eu em pé, segurando a escultura ao lado da caixa aberta. A expressão de David ficou nebulosa. 


— Que merda está acontecendo aqui? 


Lauren se desencostou de sua mesa, passeando até onde eu estava. Pegou a escultura de minha mão e sorriu ao jogá-la na caixa e tampá-la. 


— Acho que acabamos aqui, Camila. Vá para sua mesa e espere por mim. 


Congelei no lugar. A sensação dos dedos dela descerem por minha bochecha tirou-me de meu estupor. 


— Carinho — ela murmurou. Sua voz era um murmúrio baixo em meus ouvidos. — Vá. 


Pisquei para ela. 


Carinho? O que ela estava fazendo? 


Ela se inclinou se aproximando mais, e sua respiração aqueceu minha pele. 


— Ficarei bem, vá para sua mesa. Sairemos em um minuto. — Sua mão envolveu minha cintura e me empurrou para frente. 


Completamente perdida, fiz o que ela pediu. Não tinha andado mais que dois metros e David começou a gritar. Ele xingou, gritou e se esticou para pegar meu braço. Lauren o empurrou para longe, ficando entre nós. 


— Não a toque, David. Você me entendeu? 


— Que porra! Você está fodendo sua assistente, Lauren? Está me dizendo que está tendo um caso com sua assistente? 


Prendi minha respiração, sem saber o que aconteceria em seguida. 


— Não é um caso, David. Estamos apaixonadas. 


David riu — uma risada seca e irritada que não tinha humor. 


— Apaixonada? — ele zombou. — Você não a suporta. Está tentando se livrar dela há meses! 


— Um bom disfarce. Que você caiu: fisgado, pescado e morto. 


A voz de David estava gelada. 


— Você acabou de assinar seu atestado de morte nesta empresa. 


Lauren sorriu. 


— Tarde demais. — Ela empurrou duas páginas de papéis com o selo da empresa na direção de David. — Eu me demito. Assim como minha noiva. David abriu a boca. 


— Sua noiva? Vai jogar sua carreira fora por uma bunda desprezível? Uma foda nojenta e sem valor? 


Aconteceu muito rápido, não tive tempo de impedir. Em um segundo, David estava gritando, no outro, Lauren estava em cima de David, o socando com força, com a mão flexionada tão apertada que seus nos estavam brancos. Ela se erguia sobre David com o peito arfante; ela era a imagem exata de uma pessoa protegendo alguma coisa, ou alguém que ela amava. 


— Nunca fale dela assim de novo. Nunca fale dela, ponto final. Estamos saindo daqui hoje. Estou farta de você me foder, ditar por quem me apaixono e em que lugar. Estou cansada de você e da Anderson Inc. 


— Vai se arrepender disso, Lauren. — David cuspiu, limpando o sangue do rosto. 


— A única coisa de que me arrependo é ter perdido tanto tempo dando as campanhas mais fodonas que esta empresa já produziu. Boa sorte com seu recorde de sucesso quando eu não estiver aqui. — Ela deu um passo para trás. — Carinho, pegue suas coisas. Vamos embora. Agora. 


Corri até minha mesa, pegando minha bolsa e meu casaco. As poucas coisas que tinham na minha mesa mais cedo já estavam nas caixas de Lauren. Certifiquei-me de que não houvesse nada pessoal no meu computador e que meu lugar estivesse arrumado. Eu sabia que Lauren havia limpado a memória de seu computador, rindo quando ela fez alguma coisa, murmurando: “Boa sorte, otários”, depois desligou a máquina. Eu poderia só imaginar o que o departamento de TI iria descobrir. 


Ela saiu do escritório, ignorando David, que estava gritando obscenidades, ameaçando processá-la e dizendo que ela estava arruinada. Lauren indicou a saída com a cabeça, e eu me apressei para abrir a porta, seguindo-a pelo corredor, e David nos seguia, ainda xingando e emitindo insultos. Outros funcionários e executivos ficaram olhando agitados. Mantive meus olhos nas costas de Lauren, certa de que ela estava se exibindo. Lauren mantinha a cabeça erguida, ombros para trás, nada envergonhada pela cena que causara. Quando ela chegou ao elevador, apertou o botão e se virou para a pequena multidão que estava assistindo, sem saber o que estava acontecendo, mas adorando aquele drama todo. 


— Foi um prazer, mas estou saindo daqui. Boa sorte ao trabalhar com o sanguessuga que todos conhecemos como David. — As portas se abriram e ela colocou as caixas no chão do elevador, então balançou o braço em um arco amplo. — Depois de você, senhorita. 


Entrei e meu rosto ficou ruborizado de vergonha. Conforme o elevador começou a fechar, ela colocou o braço para fora, forçando para reabri-lo. 


— E, por sinal, para que possam parar de fofocar e imaginar tudo, sim, Camila e eu estamos juntas. Ela é a melhor coisa que esta empresa fez por mim. 


Com essas palavras, Lauren me pegou, me arrastou até ela beijou conforme as portas se fecharam, deixando todos boquiabertos e chocados. Imediatamente, Lauren se afastou de mim. Cambaleei para trás, respirando rápido. O beijo dela foi duro, deliberado e com uma pontada de raiva. 


— Por que fez isso? 


Abaixando-se, ela pegou as caixas e deu de ombros. 


— É melhor sair com vigor. — Ela riu. — Do jeito que as fofocas correm nesta área, estará em todo lugar hoje à noite. — Ela começou a rir, jogando a cabeça para trás. — Aquele otário me fez um grande favor e não faz nem ideia. 


As portas se abriram e eu a segui para seu carro. Esperei até me sentar ao seu lado antes de perguntar. 


— Favor? Você... você planejou tudo isso? 


Ela sorriu, parecendo até uma garotinha traquina. 


— Não. Planejei fazer tudo diferente, mas, quando ele invadiu minha sala, tomei outra direção. — Ela piscou ao colocar os óculos de sol. — Faço isso bem, Camila. O cliente quer mudar, então você aprende a fazê-lo rapidamente. David soube o que estava acontecendo assim que viu as caixas. Decidi que fazer aquela cena seria bom. 


— Bom para quem? Foi vergonhoso. 


— Foi publicidade. O nome do jogo. Em uma jogada, não só toda a empresa vê a extinção da minha relação com David, mas também descobrem sobre nós. Quando chegarmos na casa de Simon amanhã, ele terá ouvido sobre isso. Saberá que soquei David por falar merda sobre a mulher que amo. É perfeito. Não poderia ter planejado melhor. 


Balancei a cabeça, espantada. Nunca consideraria o que acabou de acontecer como “perfeito”. 


— Relaxe, Camila. — Ela bufou enquanto ziguezagueava de forma habilidosa pelo tráfego. — Acabou para você. Não precisa voltar lá. Vou ligar para meu advogado e mandar que ele dê a primeira tacada para acertar David nos joelhos. 


— Primeira tacada? 


— David detesta publicidade negativa para a firma. Se ele acha que vou atrás dele por promessas desfeitas e ambiente de trabalho insalubre, não vai tentar nada. Só por segurança. 


Suspirei e descansei a cabeça no vidro gelado. 


— Você tem a tarde livre. Talvez devesse fazer umas compras. 


— Devo? 


— Sim. Eu te disse, preciso que seja apresentável. Tenho uma compradora particular. Posso ligar para ela e combinar de você vê-la esta tarde. Podemos continuar com nossos planos para a noite. 


— Ótimo. 


Ela aumentou a música, batucando no ritmo no volante, ignorando meu sarcasmo. Eu detestava fazer compras, principalmente porque nunca podia comprar muito. Talvez fosse divertido não ter de pagar a conta. Eu esperava que sim. Depois daquela manhã, precisava de alguma coisa para me distrair. Não muito tempo depois, chegamos ao apartamento, Lauren assinou um envelope. Ela o abriu e jogou um cartão de crédito para mim. 


— O que é isso? 


— Para você fazer compras. 


Olhei para o cartão e vi meu nome exaltado em prata. 


— Como você...? Esqueça. — Suspirei. 


Era óbvio que Lauren conseguia tudo o que queria. Ela se sentou, pegando o cartão. 


— Assine-o e use. Liguei para Amanda Kelly, a compradora particular da qual lhe falei. Ela estará esperando você em uma hora. 


— Certo. 


— Qual é o problema? 


— Ela não poderia me mandar um vestido para amanhã? Tenho certeza de que você já a informou exatamente do que quer que eu vista. 


Lauren balançou a cabeça. 


— Não é só para amanhã, Camila. Eu falei sério. Livre-se das roupas que anda usando. Quero você com vestidos, terninhos bem feitos, roupas modernas. Sapatos decentes. Um guarda-roupa todo novo. 


— Preciso jogar fora minhas calcinhas também? — perguntei, e já podia ouvir as críticas. 


Ela piscou por um minuto, depois começou a rir. 


— Você tem humor dentro de você em algum lugar. Sim. Jogue fora. Tudo novo. Tudo para entrar no papel que está interpretando. 


Revirei meus olhos, pegando meu cartão. 


— Certo. Como se alguém fosse ver minhas roupas de baixo. 


— O que há com você? — ela resmungou. — Nunca precisei implorar para uma mulher gastar meu dinheiro. Geralmente, elas ficam ansiosas para colocar as mãos na minha conta bancária. Por que você é tão teimosa? 


Eu me levantei. 


— Então pegue uma delas para fazer seu papel de noiva amorosa nessa farsa ridícula. — Comecei a me afastar, parando quando seus dedos seguraram meu braço. 


— Camila. 


Tirei meu braço de seu aperto. 


— Quê? — respondi seca. 


Ela ergueu as mãos. 


— Não entendo qual é o problema em mudar seu guarda-roupa. 


Cansada, esfreguei minha mão nos olhos. 


— Se amanhã não te der o resultado que deseja, terá gastado um monte de dinheiro por nada. Toda essa loucura terá sido por nada. 


— Toda essa loucura? 


Pisquei para evitar as lágrimas que se formavam. 


— Fingir que estamos noivas. Tirar-me de minha casa, jogar fora nossos empregos, sujeitando-se a gastar seu tempo comigo. Até David sabia o quanto você não me suportava, Lauren. Como isso pode dar certo? 


Ela deu de ombros. 


— Se, e um grande se, não funcionar, você terá um monte de roupas bonitas para usar em seu próximo emprego. Vamos ser sinceras, seu barraco não era um lar; vamos encontrar algo muito melhor para você. Pense assim. — Ela deu um passo à frente. — Eu não tenho mais esse sentimento por você. Na verdade, até gosto de ouvi-la discutindo comigo. 


Eu não sabia o que dizer para essa declaração inesperada. 


— Eu acho, talvez, que podemos dar uma trégua. Você está certa em uma coisa. Precisamos parecer unidas, e não podemos fazer isso se estamos no limite uma com a outra. Então tenho uma oferta a fazer. 


— Ok? — perguntei, quase temendo o que ela iria dizer. 


— Você vai às compras e gastar meu dinheiro. Gasta uma quantia decente. Considere um presente pelas coisas horríveis que fiz durante o ano. Vou fazer minhas ligações e ajustar algumas coisas que preciso. Quando você chegar em casa, vamos passar a noite conversando e conhecendo mais uma a outra. Amanhã, vamos encarar o dia como um casal. Ok? 


Mastiguei minha bochecha e a analisei. 


— Ok. 


— Bom. Mais uma coisa. 


— O quê? 


Ela ergueu uma mão que segurava uma caixinha. 


— Quero que use isto. 


Olhei para a caixa, sem me mexer. 


— Não vou te morder. 


— O que é? — sussurrei, já sabendo a resposta. 


— Um anel de noivado. 


Quando ainda não me movi, ela suspirou frustrada. 


— É melhor não esperar que eu me ajoelhe. 


— Não! — arfei. 


— Então, pegue-o. 


Minha mão tremia ao pegar a caixa e abri-la. Um solitário enorme com ouro branco, vintage, brilhava. Era chiquérrimo. Ergui meu olhar para ela. 


— Eu a descrevi para a vendedora e disse que queria algo simples, mas impressionante. Havia maiores que este, mas, por algum motivo, pensei que gostaria deste anel. Suas palavras gentis e estranhas me tocaram. 


— Eu gosto. 


— Bom, coloque-o. Faz parte da imagem. 


Coloquei-o no meu dedo, encarando-o. Era o tamanho perfeito, mas causava uma sensação estranha na minha mão. 


— Vou cuidar bem dele até chegar a hora de devolver. 


Ela bufou. 


— Tenho certeza de que vai tentar. Já que é desastrada, fiz seguro para ele. 


Revirei os olhos, o momento de estar tocada passou em um segundo. Ela olhou para seu relógio. 


— Tudo bem. O carro estará lá fora esperando você. Vá ficar apresentável. 


Ela se virou e saiu da sala. Peguei minha bolsa, e o anel refletiu a luz. Bom, parecia que agora eu tinha uma noiva. Era noiva de uma mulher que não gostava de mim, mas estava disposta a rever isso para conseguir um novo emprego e irritar seu antigo chefe. 


Com certeza, era isso que compunha os sonhos. 



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Autor(a): Asukamaia

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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CAMILA A tarde passou como um borrão. Lauren realmente tinha dito à Amanda especificamente o que ela queria, e parecia que a lista era infinita. Vestidos, calças, saias, blusas, ternos, uma variedade enorme de tecidos e cores passou por mim. Também havia as roupas de banho, lingerie e camisolas.  Provei e discu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Paula Portiñon Postado em 09/05/2018 - 22:51:14

    Excelente história. Aguardando os próximos capítulos


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