Fanfics Brasil - Capítulo 13 O Contrato - Camren G!p

Fanfic: O Contrato - Camren G!p | Tema: Camren, Romance, Amor, Drama, LaurenJauregui, CamilaCabello


Capítulo: Capítulo 13

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CAMILA


A tarde passou como um borrão. Lauren realmente tinha dito à Amanda especificamente o que ela queria, e parecia que a lista era infinita. Vestidos, calças, saias, blusas, ternos, uma variedade enorme de tecidos e cores passou por mim. Também havia as roupas de banho, lingerie e camisolas. 


Provei e discutimos item por item, descartando ou colocando na pilha crescente das roupas que levaria. Felizmente, depois de me observar por um tempo, os sapatos que ela escolhia eram todos de salto baixo. Ainda modernos, ela me assegurava, mas eu tinha mais chance de ficar ereta. A última foi o vestuário de praticar esportes que ela me mostrou. Naquele momento, fiquei exasperada. Nunca pensei que chegaria uma época em que precisaria ter roupas de ginástica caras. Ela tinha uma academia particular em seu apartamento, pelo amor de Deus. Quando ela disse que estava na lista de Lauren, joguei minhas mãos para o alto e lhe disse para colocar o que ela achasse que fosse apropriado. Eu desistira! 


Saí da loja, carregando a roupa para o dia seguinte, usando apenas jeans e uma camiseta de seda em uma cor vermelha rica. Lauren, aparentemente, não queria me ver chegar em casa com “coisa velha”. Fiquei em silêncio na volta para casa, sobrecarregada e cansada. Carreguei meus pacotes para cima, entrando com minhas chaves. 


Ouvi a música vindo do fim do corredor. Sabia que Lauren estava malhando, então pendurei meu vestido no closet, guardei os outros itens que trouxe comigo, depois liguei para a casa a fim de verificar como Penny estava. A enfermeira responsável me disse que ela estavam dormindo, mas não tinha sido um bom dia, então eu não deveria visitá-la. A tristeza me envolveu quando me sentei olhando pela janela. Detestava dias como aquele, no entanto, ela tinha razão. Ir lá só me deixaria mais chateada. Em vez de fazer isso, desci e xeretei toda a cozinha. Era muito bem equipada, mas havia pouca comida, exceto por algumas frutas e condimentos nos armários e na geladeira. 


— Procurando alguma coisa? 


Endireitei-me, assustada. Lauren estava apoiada na porta, com uma toalha jogada por sobre seus ombros. Sua pele brilhava com um leve brilho de suor, seu cabelo estava úmido, e ela ainda parecia perfeita. 


— Você não tem muita comida. 


— Não faço ideia de como cozinhar. Peço comida ou minha governanta deixa alguma coisa pronta. 


— Governanta? — Ela não havia mencionado que tinha uma governanta. 


Ela assentiu, bebendo um pouco da água da garrafa que segurava. 


— Preciso contratar uma. A última foi embora há duas semanas. — Lauren balançou a mão no ar. — Elas vêm e vão. 


Escondi minha diversão. Essa novidade não era surpreendente. 


— Eu cozinho. 


Ela sorriu. 


— Se você diz. 


Ignorei seu tom sarcástico. 


— Posso limpar o apartamento, fazer as compras e cozinhar. 


— Por quê? 


— Por que não? 


— Por que iria querer fazer isso? 


— Lauren — comecei impaciente —, não estou trabalhando agora. Tenho muito tempo sobrando. Por que você iria querer contratar alguém se estou aqui de qualquer forma? 


Sua sobrancelha se uniu enquanto ela pensava nisso. 


— Pareceria natural para as outras pessoas. — Quando ela pareceu confusa, eu expliquei. — Que eu cuidasse de nossa casa. Que eu cuidasse de, ahn, você. 


Ela coçou a nuca, obviamente em dúvida. 


— É? 


— Sim. 


— Tudo bem... por enquanto. Use seu cartão para pagar tudo. 


Assenti. 


— Compre qualquer coisa que precisar para limpar. Se precisar de ajuda, chame. 


— Certo. 


Sentia-me aliviada. Pareceria normal fazer as compras e o jantar. Ficar ocupada e limpar o apartamento. 


— Como foi sua ligação com o advogado? 


— Boa. — Ela esvaziou a garrafa, jogando-a no lixo reciclável. — Como foram suas compras? 


Revirei os olhos. 


— A lista toda que você deu a ela. 


— Eu te disse que queria tudo novo para você. 


— Bom, conseguiu. 


Ela se aproximou, passando seus dedos compridos na manga da minha camiseta. 


— Gostei desta. 


— Bom. Você que comprou. 


— Gastou muito dinheiro? 


— Demais. Tenho quase certeza de que te deixei pobre. 


Para minha surpresa, ela sorriu. Um sorriso verdadeiro que iluminou seus olhos, fazendo com que parecesse uma garota mais jovem. 


— Finalmente você fez o que eu disse para fazer. 


Bufei. 


Ela se esticou ao meu lado e pegou um envelope. 


— Aqui. 


Com cuidado, peguei o envelope; era duro e volumoso. 


— O que é isso? 


— As chaves para seu carro. 


— Meu carro? — guinchei. 


— Eu te disse que compraria um. Está na vaga 709, ao lado dos meus outros dois. Seu crachá está lá dentro já. Para você entrar e sair da garagem. 


— O quê...? 


— É um Lexus. Seguro. Confiável. É vermelho, como sua camiseta. 


— Desnecessário. 


— Não. É necessário. Tudo faz parte da imagem, Camila. Estamos nos vendendo como um casal, os detalhes são importantes. Lembre-se disso. — Ela deu de ombros. — Tem bom valor de revenda, de qualquer forma, quando isso acabar. Se não quiser continuar com ele, pode vendê-lo. De todo jeito, é seu. Parte do acordo. 


Balancei a cabeça. 


— Como pode pagar tudo isso? Sei que é bem paga, mas não tão bem paga. 


Seu rosto se escureceu. 


— Quando meus pais morreram, herdei uma grande quantia de dinheiro. 


— Oh. Sinto muito, Lauren. Eu não sabia. Eles faleceram recentemente? 


Seus ombros se enrijeceram e ela ficou tensa. 


— Há catorze anos. Não foi uma grande perda, para economizar sua empatia. Foi a primeira vez que as ações deles me beneficiaram. 


Eu não sabia como responder a essa declaração. 


— Então, não se preocupe com o dinheiro. 


Ela se virou e saiu da cozinha. 


— Vou tomar banho, depois pedirei o jantar. Deixei uma lista para você na mesa; pode lê-la. Vamos começar a conversar quando eu voltar. Precisamos absorver tudo isso. 


— Trabalhar mais a imagem? 


— Isso mesmo. Ache uma boa garrafa de vinho tinto na estante. Acho que vou precisar. — Ela jogou outro sorriso em minha direção. — Isso se você souber escolher. 


Com aquela observação agradável, Lauren saiu e me deixou olhando para ela. 


 


LAUREN 


Quando voltei, Camila estava sentada em um dos banquinhos altos. Havia uma garrafa de vinho aberta e ela estava bebendo de uma taça, analisando os papéis à sua frente. Inspirei fundo e atravessei a sala. Eu tinha a lista dela, então poderíamos discutir os detalhes. Precisávamos alinhar ao máximo nossas histórias naquela noite para blefar no dia seguinte. Tínhamos de convencer Simon de que éramos de verdade. Eu sabia que seria uma noite longa. 


Ainda estava tensa de mais cedo, o que acontecia toda vez que falava de meus pais, independentemente do quanto fosse breve. Detestava pensar neles e em meu passado. Os olhos brilhantes de Camila encontraram os meus. Seu cabelo caía sobre o ombro e não pude deixar de notar como o vermelho combinava com sua pele morena e com a cor castanha de seu cabelo. Sem falar nada, enchi uma taça de vinho e me sentei ao seu lado, parando de ter aqueles pensamentos estranhos. 


— O jantar chegará logo. Pedi canelone. Espero que goste. 


Ela assentiu. 


— É um dos meus favoritos. 


Segurei a lista no ar com um sorriso. 


— Eu sei. 


Dei um gole do meu vinho, curtindo o sabor. Ela escolhera um dos meus preferidos. Bati nos papéis em cima do balcão. 


— Podemos começar? 


Horas mais tarde, esvaziei o vinho de minha taça. Eu estava exausta. Nunca tinha falado do meu passado ou revelado tantos detalhes íntimos, então foi uma noite torturante. Felizmente, já que tínhamos de saber muita coisa, não tive de me aprofundar em muitas coisas. Ela sabia que eu era filha única, que meus pais haviam falecido e todos os fatos pertinentes: onde estudei, minhas atividades, cores e comidas preferidas, gostos e desgostos. Fiquei surpresa de ver que ela já sabia muitos daqueles fatos, ela era bem mais observadora no escritório da que eu lhe dava crédito. 


Fiquei sabendo um monte de informação sobre Camila. Enquanto ela era observadora, para mim, ela sempre foi apenas uma sombra no canto do meu mundo. Estava reticente assim como eu em falar sobre seu passado, mas me disse o suficiente. Também não tinha irmãos, seus pais morreram quando ela era adolescente e morou com a tia que, agora, vivia em uma casa de repouso. Não terminou o Ensino Superior, foi trabalhar na Anderson Inc. como um emprego temporário e nunca mais saiu. Quando perguntei por quê, ela disse que, na época, estava indecisa sobre seu futuro e escolheu trabalhar para saber o que queria. Deixei passar, embora parecesse meio estranho. Eu não fazia ideia de como sua mente funcionava. 


Sentei-me com um suspiro. Camila ficou tensa ao meu lado, e eu joguei a cabeça para trás, dirigindo-me a ela com uma impaciência mal disfarçada. 


— Acho que temos os fatos fundamentais agora, Camila. Até sei o nome do seu creme de mãos favorito se precisar. — A lista dela foi muito mais detalhada do que a minha. — No entanto, nada disso vai dar certo se você endurece toda vez que me aproximo de você. 


— Não estou acostumada — ela admitiu. — Você, ahn, normalmente me deixa nervosa. 


— Teremos de ficar próximas — eu a informei. — Amantes são assim. Eles se tocam e acariciam. Sussurram e trocam olhares. Há uma familiaridade que vem com a intimidade. Tenho a sensação de que a família de Cowell é muito afetuosa. Se eu não posso pegar sua mão sem que estremeça, nenhuma quantidade de fatos vai nos ajudar quando Simon estiver observando. 


Ela brincava com sua taça de vinho, passando os dedos pela haste repetidamente. 


— O que está querendo dizer? 


— Vou tocá-la, sussurrar coisas em seu ouvido, acariciar seu braço e até te beijar. Chamá-la de carinho e outros apelidos carinhosos. Como qualquer casal apaixonado. 


— Pensei que tivesse dito que nunca se apaixonara? 


Ri debochada. 


— Fiz comerciais disso, consigo fingir. Além disso, já vivi muito na luxúria, que é basicamente a mesma coisa. 


— Sexo sem amor é só partes do corpo e fricção. 


— Não há nada errado com esse tipo de fricção. Sexo sem amor é o jeito que eu gosto. Amor faz coisas com as pessoas. Muda. Torna-as fracas. Complica tudo. Não tenho interesse nisso. 


— Isso é triste. 


— Não no meu mundo. Agora de volta ao trabalho. Está preparada para não sair gritando quando eu te tocar de repente ou te beijar? Consegue lidar com isso? — Cutuquei as listas diante de nós. — Precisamos de mais do que fatos para termos sucesso. 


Ela ergueu o queixo. 


— Consigo. 


— Ok, precisamos tentar alguma coisa. 


— O que você sugere. 


Passei o dedo por meu queixo, pensativa. 


— Bom, já que foder por foder está fora de questão, acho que precisamos descobrir um jeito. A não ser que queira tentar. 


Ela revirou os olhos, mas suas faces se escureceram. 


— Não. Sugira outra coisa. 


Contive minha risada. Ela era divertida às vezes. Segurei minha mão no ar, com a palma da mão para cima, como um convite. 


— Venha comigo. 


Devagar, ela colocou a mão na minha e eu fechei os dedos ao redor de sua mão pequena. Sua pele era fria e macia e, com um sorriso, apertei seus dedos antes de soltar. 


— Viu, não queimei nem lhe causei nada. 


Sentindo-me agitada, levantei-me e andei de um lado para o outro. 


— Vamos ter de agir de forma confortável uma com a outra. Se eu beijar sua bochecha ou abraçar sua cintura, terá de agir como se fosse normal. — Segurei a bainha de minha camiseta. — Você vai precisar fazer a mesma coisa. Aproximar-se de mim, sorrir, rir quando eu me abaixar e sussurrar alguma coisa. Esticar-se nessas pernas ridiculamente curtas para me beijar no rosto. Alguma coisa. Entendeu? 


— Sim. — Então ela sorriu e uma expressão maligna passou por seu rosto. 


— O quê? 


— Se me chamar de carinho, posso te chamar de alguma coisa, ahn, especial também? 


— Não sou fã de apelidos. O que tem em mente? 


— Algo simples. 


Poderia viver com isso. 


— Como? 


— Demônia — ela informou com a expressão firme. 


— Não. 


— Por que não? É um apelido para seu nome e, ahn, combina com você, em muitos aspectos. 


Eu lhe lancei um olhar duro. Tinha certeza de que ela sabia que o apelido estava ligado a mim no mercado e estava tentando me provocar. 


— Não. Escolha outro. 


— Preciso pensar. 


— Faça isso. Mas Demônia está fora de questão. 


Seus lábios se abaixaram, como se estivesse triste. Revirei os olhos. 


— Desista, Camila. 


— Tudo bem. Demônia combina tanto, mas vou tentar. 


Ignorei sua ironia óbvia. 


— Não... chega. — Fiquei à frente dela, encontrando seu olhar divertido. — Agora, vamos praticar? 


— Praticar? 


Peguei o controle remoto e apertei play, trocando de música até uma melodia baixa e calma ressoar pelas caixas de som. 


— Dance comigo. Acostume-se com o jeito que se sente quando está perto de mim. — Ergui uma mão, dizendo a única palavra que eu nunca usara com ela até os últimos dias. — Por favor. 


Ela me deixou levantá-la e se aproximou de forma esquisita. Com um suspiro, coloquei meu braço em volta de sua cintura, puxei-a para mais perto e inspirei a essência de seu cabelo que pairou no ar. Começamos a nos mover, e me surpreendi como pareceu natural. Muito menor que as mulheres com quem eu estava acostumada. Sua cabeça cabia debaixo de meu queixo. Ela parecia leve e frágil em meus braços, mas se moldava bem contra meu corpo. Depois de alguns minutos, ela perdeu a rigidez nos ombros, deixando-me guiá-la pela sala sem esforço. Ela era inesperadamente graciosa quando dançava, levando em conta o quanto era frequente vê-la tropeçar nos próprios pés. 


Uma voz falou na minha cabeça que, talvez, tudo de que ela precisava esse tempo todo era alguém que a segurasse, mais do que a humilhasse. Isso me fez parar de repente, recuei e a olhei. Ela piscou para mim, toda trêmula, e vi que ela esperava algum tipo de comentário maldoso. Em vez disso, peguei seu rosto e seus olhos se arregalaram. 


— O que está fazendo? 


— Beijando você. 


— Por quê? 


— Para praticar. 


Seu “oh” sussurrado atingiu minha boca quando meus lábios tocaram os dela. Eram surpreendentemente macios e maleáveis, fundindo com os meus com facilidade. Não era uma sensação desagradável; na verdade, senti um calor descendo por minha espinha quando tivemos contato. Livrei-me de seus lábios só para abaixar a cabeça e beijá-la de novo, desta vez passando mais rápido minha boca na dela. Dei um passo para trás, soltando-a. O ar à nossa volta estava denso, e eu sorri. 


— Viu, não é tão ruim. Não vai te matar se me beijar. 


— Nem a você — ela retrucou, com a voz trêmula. 


Dei uma gargalhada. 


— Acho que não. O que for preciso para fazer dar certo. 


— Isso. 


Peguei o controle remoto, desligando a música. 


— Muito bem, Camila. Conversamos bastante hoje. Amanhã será um grande dia, então acho que nós duas precisamos descansar. 


— Ok — ela sussurrou. 


— Você fez um bom trabalho hoje. Obrigado. 


Virei-me e a deixei boquiaberta atrás de mim.



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Autor(a): Asukamaia

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Paula Portiñon Postado em 09/05/2018 - 22:51:14

    Excelente história. Aguardando os próximos capítulos


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