Fanfics Brasil - Capítulo 03 O Contrato - Camren G!p

Fanfic: O Contrato - Camren G!p | Tema: Camren, Romance, Amor, Drama, LaurenJauregui, CamilaCabello


Capítulo: Capítulo 03

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LAUREN 


Na manhã seguinte, eu tive uma ideia, mas não tinha certeza de como executá-la. Se Simon Cowell queria uma mulher de família, ele teria uma. Eu só tinha de descobrir como concluir esse pequeno detalhe. Eu conseguiria, era minha área de atuação, afinal, era uma mulher de ideias. 


Meu maior problema era o tipo de mulher com quem eu normalmente saía. Versões de mim mesma. Lindas de olhar, mas frias, calculistas e desinteressadas em tudo, menos no que eu poderia lhes dar: jantares chiques, presentes caros e, se durasse tempo suficiente, uma viagem para algum lugar antes de eu dar o fora nelas. Porque era o que eu sempre fazia. Só me importava com o que elas poderiam me dar também. Tudo o que eu queria era algo bonito para onde olhar e um corpo quente para me enterrar no fim da noite. Algumas horas de prazer negligente até a realidade fria e dura da minha vida voltar à tona. Nenhuma delas seria o tipo de mulher em que Simon Cowell iria acreditar que eu passaria o resto da minha vida. Às vezes, eu mal conseguia passar uma noite inteira com elas. 


A srta. Cabello bateu timidamente, esperando até eu gritar para que ela entrasse. 


Ela entrou, carregando com cuidado meu café, depois colocando-o na minha mesa. 


— Sr. Anderson marcou uma reunião com funcionários na sala de reunião em dez minutos. 


— Cadê meu bagel? 


— Pensei que fosse preferir comer depois da reunião, já que estaria com pressa. Você odeia comer rápido. Te dá queimação. 


Olhei furiosa para ela, detestando o fato de ela ter razão. 


— Pare de pensar, srta. Cabello. Já disse que você se engana mais do que acerta. 


Ela olhou para seu relógio de pulso, um simples preto sem nada, sem dúvida comprado no Walmart ou alguma loja comum. 


— Tem sete minutos até a reunião. Quer que eu vá comprar seu bagel? Até ser torrado, você terá dois minutos para engoli-lo. 


Eu me levantei, pegando minha caneca. 


— Não. Graças a você, ficarei com fome durante a reunião. Se eu cometer um erro, a culpa será sua. Saí brava do escritório. 


David tamborilou o tampo de vidro da mesa. 


— Peço atenção de vocês. Tenho algumas notícias boas e outras ruins. Vou começar com as boas. Estou feliz em anunciar a indicação de Tyler Hunter como sócio. Controlei minha expressão, mantendo-a neutra. Podia sentir os olhares de canto de olho, e me recusava a deixar qualquer um saber o quanto estava irritada com a situação. Em vez disso, para confundi-los, bati no vidro com os nós dos meus dedos. 


— Bom para você, Tyler. Muita sorte para você. 


A sala ficou em silêncio. Internamente, eu sorria. Conseguia agir como uma pessoa decente. Não mudava o fato de eu detestar aquele desgraçado desprezível ou ter ficado ofendida com David por fazer isso comigo. 


David limpou a garganta. 


— Então, as más notícias. A partir de hoje, Alan Summers não trabalha mais na empresa. 


Minhas sobrancelhas se ergueram de forma repentina. Alan era um dos melhores na Anderson Inc. Não conseguia ficar de boca fechada. 


— Por quê? 


David me lançou um olhar. 


— Me desculpe? 


— Por que ele saiu? Saiu por conta própria? 


— Não. Ele... — David curvou os lábios em um sorriso misterioso. — Fiquei sabendo que ele estava saindo com uma das assistentes. — Ele me olhou com raiva. — Você sabe que há uma política rigorosa sobre se relacionar com alguém da empresa. Que isso sirva de lição para todos vocês. 


Anderson Inc. era firme com suas regras. Ou você as seguia ou caía fora. Eles arrancavam suas bolas, no sentido figurado, deixando-o se debater. Confraternizar dentro da empresa era uma das maiores proibições. David acreditava que o romance no escritório confundia sua mente. Ele não gostava de qualquer coisa que tirasse seu foco do trabalho ou de sua origem. Presumia que ele era contra seus funcionários terem qualquer tipo de vida fora da Anderson Inc. Observando toda aquela mesa, percebi que todo executivo era solteiro ou divorciado. Nunca havia reparado nisso ou me importado com o status de relacionamento de meus colegas de trabalho. 


— Além disso, Emily nos deixou também. 


Não precisava ser uma gênia para saber com qual assistente Alan estava saindo. Emily era sua assistente pessoal. Que idiota. Você nunca se envolve com alguém do trabalho, principalmente com sua assistente pessoal. Felizmente, eu passava longe de ter essa tentação. 


David falou mais um pouco de coisas entediantes e eu parei de ouvi-lo, voltando ao meu próprio problema. Quando os outros começaram a se levantar, fiquei em pé rapidamente e saí da sala, sem querer ver todos os apertos de mãos e tapinhas nas costas que Tyler receberia. 


Demônia. 


Entrei no meu escritório, parando ao ver Dinah empoleirada na beirada da mesa da srta. Cabello, seus ombros balançando por estar rindo. Ambas olharam para cima quando eu entrei, duas expressões bem diferentes: Dinah parecia se divertir e a srta. Cabello parecia culpada. 


— O que está fazendo aqui? — perguntei. 


Me virei para a srta. Cabello. 


— Por que não me avisou que havia alguém esperando? 


Dinah ergueu uma mão. 


— Eu cheguei há alguns minutos, Lauren. Mila me ofereceu café e disse que te avisaria que eu estava aqui, mas eu estava gostando mais da companhia dela do que da sua, então eu não estava com pressa. — Dinah piscou para mim. — Ela é mais divertida, sem levar em consideração que é mais bonita que você. Sempre gosto de passar um tempo com ela. 


Bonita e divertida? A srta. Cabello? E o que era essa merda de Mila? 


Dei risada daquela sua descrição. 


— No meu escritório — ordenei. 


Ela me seguiu e eu fechei a porta. 


— O que está fazendo aqui? Se David o vir... 


Ela balançou a cabeça. 


— Relaxe. Como se eu nunca tivesse vindo aqui. E se ele me vir e suspeitar de algo? Deixe-o suar um pouco. 


Parei. Talvez não fosse uma ideia tão ruim. Ele sabia que Dinah era a melhor headhunter de Victoria. Talvez, se visse Dinah perambular pela Anderson Inc., ficaria um pouco nervoso. 


— Pare de xavecar minha assistente. É uma perda de tempo e pensei que você tivesse namorada. 


— Tenho, e eu não a estava xavecando. Ela é ótima. Gosto de conversar com a Mila. 


Bufei. 


— Sim, ela é ótima... se você gosta de capachos que se fantasiam de espantalhos magricelos. 


Dinah franziu o cenho. 


— Você não gosta dela? Sério? Como não gostar? 


— Ela é perfeita — informei com meu sarcasmo. — Ela faz tudo o que peço. Agora, vamos mudar de assunto e me diga por que está aqui. 


Dinah baixou a voz. 


— Tomei café com Dianna Agron esta manhã. 


Cruzei o escritório e me sentei à minha mesa. 


— Dianna Agron do Grupo Cowell? 


Ela assentiu. 


— Eu estava visitando Ally, e fui vê-la para marcar nossa próxima partida de golfe na semana que vem. Ela concordou em conversar com Simon sobre entrevistar você. 


Bati no tampo da mesa com meu punho. 


— Ótimas notícias. O que disse para ela? 


— Disse que estava saindo por motivos pessoais. Disse que, apesar dos boatos, sua situação mudara e você não estava mais confortável com a direção da Anderson Inc. 


— Minha situação? 


— Eu disse a ela que seus dias de badass ficaram para trás e a forma como você conduzia um negócio havia se desenvolvido. Informei-a que você queria um estilo diferente de vida. 


— Ela acreditou em você? 


Dinah alisou os vincos de sua calça com a ponta dos dedos, encontrando meu olhar. 


— Acreditou. 


— Disse a ela o que causou essa reviravolta milagrosa? 


— Você praticamente sugeriu isso ontem à noite. Disse que se apaixonou. 


Assenti. Era exatamente o que eu estava pensando. Simon gostava do clima de família, e eu teria de me encaixar. Dinah me olhou firmemente. 


— Dado seu histórico, Lauren, essa mulher precisará ser totalmente diferente das mulheres com quem você se relacionava, principalmente recentemente. — Ela inclinou a cabeça. — Alguém mais pé no chão, carinhosa e que se importe. Alguém de verdade. 


— Eu sei. 


— Vale mesmo a pena? 


— Sim. 


— Você vai mentir e fingir, tudo por causa de um emprego? 


— É mais que um emprego. David me ferrou, assim como Tyler. Não é a primeira vez. Não vou mais aguentar essa merda. — Reclinei minha cadeira, olhando pela janela. — Posso ser contratada sob intenções desonestas, mas Simon vai ferrar bastante com esta empresa. Vou trabalhar igual uma retardada para ele. 


— E a mulher? 


— Nós podemos terminar. Acontece. 


— Alguma ideia de quem será a sortuda? 


Balancei a cabeça. 


— Vou descobrir. 


Houve uma batida na porta e a srta. Cabello entrou, colocando um bagel e café fresco na minha mesa. 


— Sra. Hansen, posso trazer outra xícara de café para a senhora? 


Dinah balançou a cabeça, sorrindo para ela. 


— Eu te disse, é Dinah. Obrigado, Mila, mas não. Tenho de ir, e sua chefe aqui tem um projeto enorme no qual trabalhar. 


Ela se virou para mim com os olhos arregalados. 


— Há alguma coisa que eu precise fazer, Sra. Jauregui? Posso ajudar de alguma forma? 


— Absolutamente não. Não há nada que eu precise de você. 


Suas bochechas ficaram rosadas, e ela baixou a cabeça. Assentiu, saindo do escritório e fechando a porta. 


— Deus, você é uma babaca — Dinah comentou. — É muito grossa com ela. 


Dei de ombros, sem culpa. Ela se levantou da cadeira, abotoando seu terno. 


— Precisa melhorar sua atitude se quiser que seu plano funcione, Lauren. — Ela apontou para a porta. — Aquela garota linda é o tipo certo de pessoa de que você precisa para interagir com Simon. 


Ignorei a observação linda, abrindo a boca para ela. 


— Interagir? 


Dinah sorriu. 


— Você acha mesmo que ele vai aceitar um nome e uma apresentação breve? Eu te disse como ele é envolvido com seus funcionários. Se ele decidir contratá-la, vai querer conhecer sua senhora... mais de uma vez. 


Eu não tinha pensado tão longe. Pensei em conseguir alguém para participar de uma noite, mas Dinah tinha razão. Teria de manter a fachada por um tempo, pelo menos até provar meu valor para Simon. Ela hesitou ao chegar à porta. 


— Acho que a srta. Cabello não é casada. 


— Isso deveria ser óbvio. 


Dinah balançou a cabeça. 


— Você é cega, Lauren. A solução está bem diante de você. 


— Do que está falando? 


— Você é esperta. Descubra. 


Ela saiu, deixando a porta aberta. Eu a ouvi dizer alguma coisa que fez a srta. Cabello rir, o som incomum vindo daquela área. Peguei meu bagel, mordendo um pedaço com mais força que o necessário. O que Dinah estava sugerindo? Um pensamento começou a se expandir, e olhei para a porta. Ela não podia estar falando sério. Resmunguei, deixando o bagel no prato, pois perdera o apetite. Dinah estava falando completamente sério. 


Fodeu minha vida.



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Autor(a): Asukamaia

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • Paula Portiñon Postado em 09/05/2018 - 22:51:14

    Excelente história. Aguardando os próximos capítulos


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