Fanfic: O Contrato - Camren G!p | Tema: Camren, Romance, Amor, Drama, LaurenJauregui, CamilaCabello
CAMILA
Fiquei do outro lado da rua do prédio da Sra. Jauregui, olhando para a estrutura alta. Era intimidador e emanava riqueza, todo vidro e concreto pintado agigantavam-se sobre a cidade, lembrando-me da mulher que morava lá. Fria, distante, inalcançável. Estremeci um pouco ao olhar para ele, imaginando por que estaria ali.
O prédio se encontrava a aproximadamente dez minutos de caminhada da minha casa, e eu cheguei na hora certa. Não foi uma boa visita com Penny hoje; ela estava chateada e agitada, recusando-se a comer ou conversar comigo, e acabei saindo mais cedo. Fiquei decepcionada. Ela ficara bem a semana toda, e eu esperava que hoje fosse do mesmo jeito; que eu conseguiria conversar conforme de costume, mas não foi o que aconteceu. Em vez disso, o dia só ficou mais estressante e esquisito. Saí de casa me sentindo desanimada, e em dúvida do motivo de eu estar indo encontrar a Sra. Jauregui.
Sra. Jauregui.
Ela já havia me confundido pedindo para ir à casa dela naquela noite. Seu comportamento no restante da tarde provava que estava igualmente bizarra. Quando ela voltou de sua reunião, pediu outro café e um sanduíche.
Me pediu!
Não mandou, não foi sarcástica ou bateu a porta. Em vez disso, parou em frente à minha mesa e pediu o almoço com educação. Ela até disse “obrigado”. De novo. Não saiu de seu escritório o resto do dia até ir embora, quando parou, perguntou se eu tinha o cartão dela. Quando murmurei que sim, ela assentiu, agradecendo, e saiu, sem bater à porta. Eu estava mais do que confusa, nervos à flor da pele e com o estômago revirado. Não fazia ideia do que estava fazendo na casa dela, muito menos do porquê. Inspirei fundo para me acalmar. Havia apenas uma forma de descobrir. Endireitei meus ombros e atravessei a rua.
A Sra. Jauregui abriu a porta e eu tentei não encará-la. Nunca a havia visto tão casual. Não vestia o terno de alfaiataria e a camisa branca de que tanto gostava. Em vez disso, ela estava vestindo uma camiseta térmica de manga comprida e jeans, e estava descalça. Por algum motivo, eu queria rir de seus dedos do pé compridos, mas contive essa reação esquisita. Ela indicou para que eu entrasse e recuou, deixando-me passar. Ela pegou meu casaco e nós ficamos paradas olhando uma para a outra. Eu nunca a havia visto desconfortável. Ela segurou sua nuca, limpando a garganta.
— Estou jantando. Gostaria de me acompanhar?
— Estou bem — menti. Estava morrendo de fome.
Ela fez uma careta.
— Duvido.
— Como é?
— Você está muito magra. Precisa comer mais.
Antes de eu conseguir falar alguma coisa, ela pegou meu cotovelo e me guiou para o balcão alto que separava a cozinha da sala de estar.
— Sente-se — ela ordenou, apontando para os banquinhos altos acolchoados.
Sabendo que era melhor não discutir com ela, eu o fiz. Conforme ela entrou na cozinha, olhei em volta para o espaço aberto enorme. Piso de madeira escura, dois sofás grandes de cor chocolate e as paredes brancas destacavam a imensidão do cômodo. As paredes não eram decoradas, com exceção da TV gigante pendurada acima da lareira, sem fotos pessoais ou enfeites. Até a mobília estava vazia, sem almofadas ou cobertor jogado em algum lugar. Apesar da grandeza do lugar, era frio e impessoal. Como o estúdio de uma revista, bem decorado e primitivo, sem nada que indicasse que alguém morava ali. Vislumbrei o corredor comprido e um lance de escadas chiques que presumi levarem aos quartos. Voltei o olhar para a cozinha, o estilo era parecido, uma mistura de escuro e claro, e livre de toques pessoais.
Reprimi um arrepio.
A Sra. Jauregui colocou um prato diante de mim e, com um sorriso, abriu a tampa da caixa de pizza. Senti um sorriso repuxar meus lábios.
— Esse é o jantar?
De alguma forma, parecia muito normal para ela. Eu não comia um pedaço de pizza há anos; minha boca aguou só de olhar para ela.
Ela deu de ombros.
— Geralmente janto fora, mas estava com vontade de comer pizza hoje. — Ela ergueu um pedaço e colocou em meu prato. — Coma.
Faminta demais para discutir, comi em silêncio, mantendo o olhar em meu prato e torcendo para que meus nervos não me denunciassem. Ela comeu vorazmente, devorando o resto da pizza, deixando um segundo pedaço, o qual colocou em meu prato. Não contestei o pedaço ou a taça de vinho que ela empurrou em minha direção. Em vez disso, eu bebi, aproveitando a suavidade do merlot tinto. Fazia muito tempo que não bebia um vinho tão bom. Quando terminamos nossa refeição estranha, ela se levantou, jogando fora a caixa de pizza e voltando rápido. Ela pegou seu vinho, esvaziou sua taça e andou para um lado e para o outro por alguns minutos.
Finalmente, parou diante de mim.
— Srta. Cabello, vou reiterar o que disse mais cedo hoje. O que estou prestes a te dizer é pessoal.
Assenti, incerta do que dizer. Ela inclinou a cabeça para o lado e me analisou; eu não tinha dúvida de que ela me achava limitada de todas as formas. Mesmo assim, ela continuou.
— Vou sair da Anderson Inc.
Fiquei boquiaberta. Por que ela sairia da empresa? Era uma das garotas de ouro de David, ela não fazia nada errado. David se gabava do talento da Sra. Jauregui e o que ela trazia para a empresa o tempo todo.
— Por quê?
— Não me tornei sócia.
— Talvez da próxima vez... — Parei de falar quando percebi o que aquilo significava. Se ela saísse e eles escolhessem não me realocar, eu não teria mais emprego. Mesmo se eles me realocassem, meu salário seria diminuído. De qualquer forma, eu estava ferrada. Podia sentir o sangue sendo drenado do meu rosto.
A Sra. Jauregui ergueu uma mão.
— Não haverá uma próxima vez. Tenho uma oportunidade que estou explorando.
— Por que está me contando isso? — consegui perguntar.
— Preciso de sua ajuda para essa oportunidade.
Engoli.
— Minha ajuda? — Fiquei mais confusa do que antes. Ela nunca quis minha ajuda pessoal.
Ela se aproximou.
— Quero contratar você, srta. Cabello.
Minha mente estava acelerada. Tinha certeza de que, se ela seguisse em frente, iria querer uma pessoa nova. Ela nem gostava de mim. Limpei a garganta.
— Como sua assistente na sua nova oportunidade?
— Não. — Ela parou, como se pensasse em suas palavras, e então falou. — Como minha noiva.
Tudo o que eu consegui fazer foi encará-la, paralisada.
Autor(a): Asukamaia
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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LAUREN A srta. Cabello ficou olhando para mim, sem se mexer. Devagar, ela saiu do banquinho, me encarando, seu olhar passando rapidamente pelo cômodo. — Você acha que isso é engraçado? — ela chiou, com a voz trêmula. — Não sei que tipo de pegadinha é essa, Sra. Jauregu ...
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