Fanfic: O Contrato - Camren G!p | Tema: Camren, Romance, Amor, Drama, LaurenJauregui, CamilaCabello
LAUREN
A srta. Cabello ficou olhando para mim, sem se mexer. Devagar, ela saiu do banquinho, me encarando, seu olhar passando rapidamente pelo cômodo.
— Você acha que isso é engraçado? — ela chiou, com a voz trêmula. — Não sei que tipo de pegadinha é essa, Sra. Jauregui, mas posso assegurar de que não é divertida.
Ela passou por mim, pegou seu casaco e sua bolsa do sofá, girando de volta.
— Está filmando isso para que possa assistir depois? Rir de novo? — Uma lágrima escorreu por sua bochecha e ela a limpou, o movimento foi brusco e raivoso. — Não é suficiente me tratar mal durante o dia, agora você quer se divertir depois do trabalho também?
Ela seguiu em direção à porta, e eu me recuperei do choque da explosão raivosa dela rápido o suficiente para correr e impedir que ela fosse embora. Inclinei-me sobre ela, fechando a porta.
— Srta. Cabello... Camila... por favor. Asseguro que não é uma piada. Me escute.
Ela estava tão perto que eu podia sentir seu corpo tremendo. Eu havia pensado nas reações dela, mas não tinha pensado na raiva.
— Por favor — tentei persuadi-la. — Ouça o que tenho a dizer.
Os ombros dela caíram para frente e ela assentiu, permitindo que eu a levasse da porta até o sofá. Sentei em frente a ela e indiquei que ela deveria se sentar também. Ela se sentou cautelosa, e precisei de todo meu controle para não gritar com ela e dizer para não parecer um coelho assustado.
O que ela achava que eu ia fazer com ela?
Suas palavras ecoaram em minha mente. Não é suficiente me tratar mal durante o dia, agora você quer se divertir depois do trabalho também? Eu me mexi um pouco em meu sofá, acho que eu merecia sua cautela.
Limpei a garganta.
— Como eu disse, estou planejando sair da Anderson Inc. A empresa na qual estou torcendo para trabalhar é amplamente diferente da forma como David administra sua empresa. Eles valorizam os funcionários; para eles, família e integridade são prioridades.
Ela uniu as sobrancelhas, mas não disse nada.
— Para conseguir colocar meu pé lá dentro, precisei convencê-los de que eu não era a pessoa que eles acham que sou.
— Que é...?
— Arrogante, egoísta. — Inspirei fundo. — Uma tirana no trabalho e uma badass depois do trabalho.
Ela inclinou a cabeça; sua voz foi baixa e firme.
— Perdoe minha grosseria, Sra. Jauregui, mas você é exatamente assim.
— Sei disso. — Levantei-me e andei um pouco. — Também sou boa no que faço e estou cansada de ser pisada por David. — Sentei-me. — Senti algo conversando com Simon... algo que eu não sentia há muito tempo: empolgação ao pensar em uma nova campanha. Inspiração.
Ela arfou.
— Simon Cowell? Você quer trabalhar no Grupo Cowell.
— Sim.
— Eles raramente contratam.
— Há uma abertura. Eu quero isso.
— Ainda não entendi onde eu entro.
— Simon Cowell não vai contratar alguém a não ser que sinta que esse alguém se encaixe na imagem que ele tem: família em primeiro lugar. — Inclinei-me. — Eu tinha de convencê-lo de que não era a badass da qual ele ouvira falar. Disse a ele que estava saindo da Anderson Inc. porque me apaixonei e queria um estilo de vida diferente.
— Por quem?
Reclinei contra o sofá.
— Você.
Os olhos dela se arregalaram a ponto de ficar hilário, sua boca se abriu e fechou, sem emitir nenhum som. Enfim, ela falou.
— Po-por que você faria isso?
— Foi indicado para mim que você era o tipo certo de pessoa para convencer Simon Cowell que eu mudara. Quando pensei nisso, percebi que essa pessoa tinha razão.
Ela balançou a cabeça.
— Você nem gosta de mim. — Ela engoliu. — Também não sou extremamente sua fã.
Tive de rir pela educação dela.
— Podemos trabalhar nisso.
— O que está propondo?
— Simples. De uma forma ou de outra, sairei da Anderson Inc. Você terá de sair também.
Imediatamente, ela começou a balançar a cabeça furiosamente.
— Não posso sair, Sra. Jauregui. Então minha resposta é não.
Ergui minha mão.
— Me escute. Vou pagá-la para fazer isso. Você vai ter de desistir de seu emprego, assim como seu apartamento e vir morar aqui comigo. Vou te pagar um salário mais todas suas despesas por quanto tempo demorar.
— Por que eu teria de morar aqui?
— Posso ter insinuado a Simon que moramos juntas.
— Você fez o quê?
— Fez sentido quando ele perguntou. Não planejei isso... aconteceu. Agora, de volta à minha proposta.
— O que você espera que eu faça?
Bati os dedos no braço da poltrona, pensando. Eu deveria ter pensado mais nisso.
— More aqui, apareça a qualquer evento que eu for como minha noiva, apresentar-se como tal todas as vezes. — Dei de ombros. — Não pensei em tudo ainda, srta. Cabello. Temos de pensar nisso. Criar algumas regras; conhecer uma a outra para que possamos realmente fingir que somos um casal. — posicionei-me para frente, descansando os braços em minhas coxas. — E isso tem de ser rápido. É para eu levá-la em um evento este fim de semana.
— Este fim de semana? — ela esganiçou.
— Sim. Você não precisa morar aqui até lá, mas nós precisamos combinar nossas histórias e, pelo menos, saber o básico. Temos de parecer íntimas... confortáveis uma com a outra.
— Talvez você devesse começar não me chamando de srta. Cabello.
Eu ri de forma seca.
— Acho que seria estranho... Camila.
Ela não disse nada, olhando para seu colo, brincando, com os dedos, com um fio solto de sua camiseta.
— Vou renovar seu guarda-roupa e me certificar de que gaste dinheiro. Não vai querer usar qualquer coisa se concordar com esse acordo.
Ela ergueu o queixo. Eu nunca tinha notado a pequena fenda teimosa nele até agora.
— Quanto vai me pagar?
— Vou te dar dez mil dólares por mês. Se o disfarce durar mais do que seis meses, vou dobrar. — Sorri tolamente. — Se nos casarmos, te pagarei um bônus. Quando pudermos nos divorciar, vou fazer um bom acordo e cuidar de todos os detalhes. Você estará feita na vida.
— Casar?
— Não faço ideia de quanto tempo vai levar para convencer Simon para que meu disfarce não falhe. Poderiam ser dois ou três meses. Não imagino que passe de seis meses. Se eu achar que é necessário, vou me casar com você no civil e nós terminaremos quando pudermos.
Ela juntou as mãos, seu rosto agora estava branco como um fantasma. A indecisão e o choque estavam por todo seu rosto.
— As chances são — falei em voz baixa — que, mesmo se eu não entrar no Grupo Cowell, quando sair da Anderson Inc., David vai te demitir de qualquer jeito. Se eu conseguir o emprego lá, vai fazê-lo com certeza. Estará convencido de que você sabia dos meus planos de alguma forma. Sei como a mente dele funciona.
— Por que não pode escolher outra pessoa?
— Não conheço mais ninguém. O tipo de mulher com quem geralmente saio não... Não se encaixaria.
— E eu me encaixo? Por quê?
— Quer que eu seja sincera?
— Sim.
— Você é prática, sensível... pura. Tenho de admitir que você tem um carisma que encanta as pessoas. Eu não consigo ver, mas é óbvio que há. O fato de ser minha assistente é o disfarce perfeito para eu sair. Eu nunca poderia sair com você e ficar na Anderson Inc. Não que eu faria sob circunstâncias normais.
A mágoa passou por sua expressão e eu dei de ombros.
— Você pediu para eu ser sincera.
Ela não respondeu ao meu comentário, exceto o que disse depois.
— Não tenho certeza de como você espera conseguir fingir se me detesta tanto.
— Camila, você acha que gosto da maioria das pessoas com quem trabalho... ou dos clientes com quem lido? Não gosto. Não suporto a maioria deles. Sorrio e brinco, aperto a mão e ajo como se estivesse interessada. Vou tratar nosso relacionamento da mesma forma. São negócios. Posso fazer isso. — Parei e ergui o queixo. — Você pode?
Ela não respondeu, e eu continuei.
— Tudo isso está nas suas mãos. Coloquei bastante confiança em você neste momento. Você poderia correr para o David amanhã, ou até Simon, e estragar essa ideia para mim... mas espero que não o faça. Pense no dinheiro e no que poderia fazer por você. Alguns meses de seu tempo, pelo que eu vou te pagar, é mais do que você ganha por ano. Na verdade, eu te garanto sessenta mil. Seis meses. Mesmo se nos separarmos depois de três. Deve ser duas vezes o que ganha no ano.
— E tudo o que eu tenho de fazer é...
— ... é agir como se me amasse.
Ela me olhou de um jeito que dizia tudo que ela não falava.
— Terá isso por escrito?
— Sim. Nós duas vamos assinar um acordo de confidencialidade. Vou te pagar vinte mil adiantado. Vai ter o resto no fim de cada mês. Além disso, vou abrir uma conta para você usar para as despesas. Roupas, qualquer incidente; esse tipo de coisa. Espero que se vista e aja como o papel manda.
Ela me analisou por um instante.
— Preciso pensar sobre isso.
— Não pode pensar muito. Se concordar, precisará de roupas para sábado, e nós precisamos ficar um tempo juntas nos conhecendo.
— E se eu não concordar?
— Vou dizer a Simon que você está doente e não pôde ir. Então torcer para que ele me dê uma chance de provar a mim mesma e me contratar mesmo assim.
— E se ele não contratar?
— Vou sair de Victoria, mas não quero. Quero ficar aqui, e estou pedindo que me ajude.
Ela se levantou.
— Tenho de ir.
Levantei-me, olhando para ela.
— Preciso de sua resposta logo.
— Eu sei.
— Onde você estacionou?
Ela piscou para mim.
— Não tenho carro, Sra. Jauregui. Vim andando.
— É muito tarde para você ir embora sozinha. Vou pedir a Henry que chame um táxi.
— Não posso pagar um táxi.
— Vou pagar — bufei. — Não quero que fique andando por aí. Consegue dirigir? Sabe como?
— Sim, só não posso pagar meu próprio carro.
— Vou te dar um. Se concordar com esse acordo, comprarei um carro para você. Pode ficar com ele. Pense como um bônus de contratação.
Ela mordeu o lábio, balançando a cabeça.
— Não sei o que pensar sobre tudo isso.
— Pense nisso como uma oportunidade. Lucrativa. — Sorri. — Um acordo com o demônio, se quiser.
Ela só arqueou a sobrancelha.
— Boa noite, Sra. Jauregui.
— Lauren.
— O quê?
— Se não posso te chamar de srta. Cabello, você não pode me chamar de Sra. Jauregui também. Meu nome é Lauren. Vai ter de se acostumar a dizê-lo.
— Talvez eu te chame de algo totalmente diferente.
Eu podia imaginar do que ela me chamava na sua cabeça. Conseguia pensar em muitos nomes que seriam apropriados.
— Conversaremos pela manhã.
Balançando a cabeça, ela saiu. Liguei para Henry e disse para ele chamar um táxi e colocar na minha conta. Peguei um copo de uísque e me sentei no sofá, frustrada. Mais cedo, enquanto eu falava, tomei a decisão impulsiva de chamar a srta. Cabello de noiva, em vez de uma mera namorada. Fez minha decisão de sair da Anderson Inc. se tornar muito mais sólida. Mostrava que eu estava falando sério e que estava preparada para compromisso de verdade, algo que senti que era valioso para Simon. Para mim não importava o que seria, namorada ou noiva, porém, para alguém como Simon, importava. Namorada significava temporário, substituível. Noiva sugeria permanência e confiança. Eu tinha certeza de que ele reagiria positivamente a esse título.
Mexi em meu cabelo com ansiedade e engoli o uísque em um gole. Esperava obter uma resposta dela naquele momento; no entanto, era óbvio que eu não ia ter. Então agora, a srta. Cabello, a mulher da qual eu não gostava e que, pelo jeito, sentia-se da mesma forma em relação a mim, tinha meu futuro nas mãos. Era um sentimento estranho.
Eu não gostava disso.
Enfiei-me no acolchoado do sofá conforme coloquei a cabeça para trás, minha mente estava enevoada. Assustei com meu telefone apitando, e percebi que havia cochilado. Peguei o telefone e li as duas palavras na tela.
Eu aceito.
Com um sorriso tolo, joguei meu telefone na mesa. Meu plano estava a todo vapor.
Autor(a): Asukamaia
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
LAUREN Na manhã seguinte, ambas agimos como se não houvesse nada de diferente. A srta. Cabello me trouxe café e bagel, colocando-os cuidadosamente na mesa. Apresentou minha agenda, confirmando duas reuniões que eu tinha fora do escritório. — Não voltarei esta tarde. Ela pareceu ...
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