Fanfic: Meu Maior Presente | Tema: Rebelde. Maite Perroni. Alfonso Herrera. HERRONI

Capítulo 10 – Tensão

Povs Maite

Desde que cheguei ao hospital, não consegui encontrar o Poncho, e tudo estava bastante movimentado, mesmo sem tempo para muita coisa, eu parava quando podia para me alimentar e tomar as vitaminas adequadas. Hoje o meu plantão seria reduzido, pois iria ajudar nas ambulâncias dos bombeiros, porque sempre tenho um dia ao mês que atuava nos primeiros atendimentos. Hoje mais do nunca eu estava ansiosa para ver o Alfonso, depois de nosso fim de semana, eu não consegui encontrar ele, nossos plantões se desencontraram, e quando eu achava que iria ver ele, começava a trabalhar demais.

Já estava quase na hora de ir para a frente do hospital, e eu não consegui encontrar o Poncho, e isso estava me deixando tão angustiada que não entendia o motivo.  

-Droga – sussurrei para mim mesmo quando vi minha carona, e nada do Poncho, só porque eu queria muito ver ele nesse momento.

-Olá Mai – me cumprimentou o motorista da ambulância.

-Oi Petter, oi Gabi – cumprimentei os dois indo para a traseira da ambulância.

Nossos atendimentos hoje estava tranquilo, tudo bem simples de se resolver, e graças ao meu treinamento como enfermeira, pude ajudar muita gente, e até os meus paramédicos preferidos.

Povs Alfonso

Sabia que hoje veria a Mai, pois tive a informação que trabalharíamos no mesmo plantão, mas desde que cheguei ao PS, tive muitos pacientes para atender, e nenhum contato com a Mai. Desde nosso fim de semana eu não consegui nenhum contato com ela, e conhecendo a mesma como conheço, ela deveria estar achando que eu estava fugindo dela. O que eu acreditava e afirmava que não fazia.

Depois do nosso fim de semana, assim que cheguei em casa contei ao Steven tudo que havia acontecido, eu nunca estive tão feliz quanto estava naquele momento, mas aparentemente essa felicidade poderia durar pouco, pois poderiam acreditar ou até mesmo a minha princesa acreditar, que eu estava me aproveitando dela nesse momento. Eu me mataria se essa fosse realmente isso que estivesse acontecendo. Mas só Deus sabe o quanto eu amo aquela garota, sempre amei.

Após de atender mais um paciente, eu sai pelo hospital procurando pela Mai, fui da emergência a psiquiatria, e nada dela, ela não estava nem com o Davi que receberia alta hoje, e eu como já havia conversado com a assistente social, entraria com o pedido de adoção, e por ser médico teria uma boa impressão sob o conselho. Além de ter dois policias ao meu lado. Tudo correria bem.

-Poncho – ouvi uma pessoa me chamar, me virei para ver o rosto de quem me solicitava, e sorri quando vi a Kono olhando para mim e sorrindo. Essa morena era uma das pessoas em que eu mais confiava, depois da Mai viria com toda certeza do mundo, a Kono, ela caiu dos céus na vida do meu irmão.

-Kono, como vai? – perguntei abraçando-a. E enquanto a olhava, senti meu coração acelerar, dizendo que algo de errado havia acontecido.

-Poncho, eu – ouvi ela tentar falar, enquanto sua voz embargava, e ela respirava fundo, continuei olhando-a  esperando que ela continuasse a falar o que tentava. Mas vi que estava difícil, e foi ai que meu mundo virou de verdade, pois sabia que algo grave havia acontecido.

-O que aconteceu Kono? Foi o Steven? – perguntei segurando-a pelos ombros e me assustei mais ainda quando senti ela estremecer em minhas mãos. – Está tudo bem? Alguém se feriu? – continuei perguntando a ela o que havia acontecido. E me preocupava ainda mais pois ela não conseguia me responder.

Kono respirava fundo me olhando, senti que seu olhar tinha medo e pena de mim, como se algo ruim acontecesse ou estivesse para acontecer. – Vem comigo – ouvi ela falar me pegando pelas mãos e me guiando para a viatura estacionada na frente do hospital. Assim que chegamos, senti meu estomago se revoltar com a cena a minha frente, e por um momento achei que era um pesadelo.

Povs Maite

O dia de atendimento ocorria tranquilo, até que um chamado chegasse, quando ouvi o local, senti meu coração doer, e quando chegamos no local, vi a policia cercando todo o perímetro, e os bombeiros controlando o fogo. Corri junto com o Petter e a Gabi para atender as vítimas, muitas estavam atordoadas, e precisaram serem sedadas para ai sim serem encaminhadas para o hospital.  Mas uma mulher olhava desesperada para uma das janelas, e eu pude ouvir os gritos e choro, vindos de tons infantis, senti meu coração acelerar, e gritei

-EIIIIIII – vi que um dos policiais me olhou, e quando eu falei, ele apenas virou o rosto – SEUS COVARDES, TEM CRIANÇA ALI, ELAS VÃO MORRER, TIREM ELA DE LÁ – gritei começando a chamar atenção de todos os que estavam ali, a mulher que olhava desesperada, começou a gritar junto comigo, e seus gritos me deixavam em pela agonia.

Olhei desesperada todo o lugar em busca de algo que me ajudasse, mas não aparecia nada, só tinha nossos lençóis térmicos que eu poderia usar, mas como faria isso? Sabia que nenhuma deles me deixariam passar, mas meu coração e corpo estavam me impulsionando a isso.

-SEUS FILHOS DA PUTA, TIREM ELES DE LÁ – Gritei mais uma vez, e vi que o Steven olhava para mim, e quando comecei a correr para o prédio, ouvi o grito dele.

-MAI, NÃO FAZ ISSO –

Mas eu não conseguia parar, tinha que tirar aquela criança de lá, não conseguia nem pensar que ela morreria queimada, isso nunca seria permitido. Chegando na porta, olhei para trás, e me cobrindo com o lençol, entrei, a fumaça me queimava, e meus olhos ardiam, olhei para todos os lados, e comecei a seguir os gritos das crianças, aquilo definitivamente estava partindo o meu coração.   O choro era agudo e doloroso, isso me impulsionava a ir mais rápido, e rápido.

-Aguenta firme, eu estou chegando meu anjo – sussurrei enquanto eu orava a pedia em pensamentos que eu conseguisse chegar até a criança. Caminhava com a cabeça abaixada, quando uma pequena explosão me fez cair abaixando a cabeça para me proteger, no susto não consegui evitar o grito. Eu sentia meu corpo tremer, mas a vontade de salvar aquela criança me impulsionava a ir longe. Então e me firmei e comecei a caminhar mais rápido para poder chegar onde queria, e assim que identifiquei de onde vinham os gritos, abri a porta e me deparei com duas crianças ali, um bebê que deveria ter uns 4 meses, e uma criança de 6 anos, elas choravam pela temperatura estar tão alta, me dirigi até elas, tentando acalmar o menino – Oi meu príncipe, sou a Maite quero te ajudar está bem? – falei tossindo.

O menino apenas chorava me olhando, e eu continuei tentando acalmar ele, o que estava sendo sem sucesso, olhei todo o quarto em busca de uma saída, mas não tinha janelas, vi pela brecha da porta que o fogo estava se aproximando de onde estávamos, olhei para todos os lados, quando vi uma saída no teto, ali deveria dar no telhado, e com uma olhada maior, voltei para onde estava as crianças, peguei o bebê no colo, e segurando o menino pela mão, comecei a andar com eles, ouvi as tosses dele, e isso me deixava muito preocupada, ao mesmo tempo que sentia os meus pulmões pedirem por oxigênio, com muito esforço, eu consegui baixar a escada, e subi junto com o menino, sentindo gotas pingando em cima da gente, e o oxigênio entrando com mais força e pressão em nossos pulmões.

-Vão nos ajudar meu anjo – falei com o menino que apenas chorava – fica aqui com seu irmão, eu vou até ali tentar pedir ajuda – falei olhando para os dois anjos que começavam a se acalmar.

Corri até a beirada do prédio, e gritei por ajuda, gritei ao extremo até eles me escutarem, e quando começavam a tentar buscar-nos, mais uma explosão foi ouvida, me jogando para trás, senti meu corpo ser arranhado, mas rapidamente me levantei ouvindo os gritos das crianças. – Tudo bem, eles já vem nos buscar – falei abraçando os dois, sentindo gotas de sangue escorrendo pela minha nuca. Foi quando meu coração bateu mais rápido, vi o bebê começando a ficar cianótico, o que me fez agir novamente, peguei ele em meus braços e comecei a tentar estimular o mesmo a respirar, e quando não estava dando sucesso, fui novamente até a ponta do teto e gritei por ajuda, olhando para todos os lados, foi quando vi o Poncho ali, ele tinha nos seus olhos um medo que eu não consegui respirar com isso.  Foi quando senti um enjoo que me fez cambalear, e fechei meus olhos tentando não olhar para baixo, fazendo com que eu fixasse os meus olhos no bebê, que recomeçava a respirar, de forma fraca, mas já tinha uma respiração. Procurei a outra criança com meus olhos, e não acreditei no que vi, corri novamente até ele, coloquei o bebê no chão, em cima de minha blusa que eu nem percebi que havia tirado, e vi que o menino estava desacordado, procurei algo para rasgar a roupa dele, que estava grudada no corpo, comecei a examinar ele, via que as queimaduras estavam de segundo e terceiro grau em mais de 60% do seu corpo, senti meu coração doer, pois ele iria passar pela pior dor que alguém pode suportar, consegui ver que ele estava respirando, então voltei para a beirada do prédio, e senti meu coração descarregar um peso ao ver que eles estavam começando a entrar no prédio. Provavelmente controlado, comecei a procurar pelo Alfonso mas não conseguia encontrar ele em lugar nenhum. Foi quando ouvi ele me chamar, levantei meus olhos para o lugar onde vinha a voz, e senti minhas pernas fraquejarem, enquanto ele me abraçava.