Fanfic: Meu Maior Presente | Tema: Rebelde. Maite Perroni. Alfonso Herrera. HERRONI

Capítulo 02 – Medo

Povs Maite

Minha cabeça rodava e sentia o ar fugir dos meus pulmões, o homem que havia tentado pegar a Carla de mim, estava na minha frente, apertando meu pescoço, e meus pulmões se apertavam pedindo por oxigênio, eu sentia que iria morrer sufocada, estava deitada perto dos cilindros de oxigênio e ele estava em cima de mim, com uma mão ele tampava minha boca e eu não conseguia emitir nenhum som, e com a outra ele apertava meu pescoço. Olhei para os lados e não via nada que pudesse me ajudar a me soltar desse homem.

-Me solta – eu grunhia e me mexia para tentar me soltar, o homem parecia que estava possuído pois tinha uma força imensa, e eu não conseguia me livrar dele, meu pescoço doía ao extremo e sem medir consequências eu mordi a mão do mesmo que estava tampando a minha boca.

-Sua puta – ele grunhiu enquanto eu tossia e tentava correr para o outro lado da maca, e nem me averti que essa minha ação iria enfurece-lo ainda mais. E só me senti sendo jogada contra o armário que era de vidro, e minha cabeça chicoteou me fazendo estremecer com a pontada e enquanto caia no chão senti seu pé vir de encontro minhas costelas, me curvei protegendo meus órgãos vitais e minha cabeça, mas sentia ele continuar chutando minhas costas e pernas, isso doía para um caramba e minha respiração começava a ficar mais complicada e rala, tudo estava turvo  e sentia algo molhar a minha testa, e eu não precisava tocar para saber o que era, estava sangrando e isso era claro. E sabia que se ele não fosse detido, estaria em sérios problemas.

-SOCORROOO – Não sabia como, tinha conseguido reunir forças para gritar por ajuda, minha cabeça estava ficando pesada, minha respiração agitada, e eu não conseguia ouvir ninguém se aproximar, quando senti um puxão no meu braço, e havia sido com tanta força que senti o meu ombro deslocar e ouvi o som estalado – AAAAAAAA – gritei com a dor que senti, e minha visão começava a escurecer, me forcei a ficar acordada mesmo quando ele me jogou contra a parede, levantando meu corpo e empurrando cada vez com mais força na parede, eu tentava proteger minha cabeça, quando ele me virou, e jogou meu corpo em cima dos cacos de vidro no chão, senti meu corpo sendo cortado de pedaço em pedaço. – Para, por favor – eu pedia me embolando no chão, para me proteger.

-EU VOU MATAR VOCÊ, sua puta – ouvia ele falar e isso me deixava muito angustiada, e a dor no meu corpo parecia cada vez maior, respirara estava ficando difícil. Tentando me levantar mas o meu braço bom, sedia sobre o meu peso, e quando ouvi a voz do Alfonso, respirei um pouco mais aliviada

Povs Alfonso

Vi a Mai sair da sala e ir atender ao menino, mas meu coração estava apertado, como se algo de ruim fosse acontecer, atendi a menina e meu coração se apertou quando vi as imagens da radiografia e da tomografia, ela estava com um hematoma subdural que precisava de cirurgia para ser drenado, e rapidamente a encaminhei para isso.

-Viram a Maite? – perguntei para as enfermeiras que estavam no posto da enfermagem, algumas apenas negaram com a cabeça, e quando uma delas ia falar, vi meu irmão chegar com sua parceira.

-Steven, que bom que veio, - falei abraçando meu irmão, sorri para a sua acompanhante, e falei – ou Kono, tudo bem, quando vão me dar um sobrinho? – perguntei rindo, a Kono e o Steven estão casados a apenas alguns meses, e ela não gostava nem um pouco quando eu falava sobre sobrinhos, mas hoje ela me olhou diferente, apenas sorriu e desconversou.

-Oi Alfonso, então, por que nos chamou aqui? – perguntou Kono olhando para mim, ela estava diferente, e só hoje havia percebido isso.

-Aconteceu algo muito estranho hoje – eu comecei a relatar, os dois prestavam extrema atenção ao que estava falando – e ele segurou o braço da Mai de uma forma que não consegui entender o motivo, mas ele olhava para a criança de uma forma, surpreendentemente ruim – falei olhando para os lados, sentindo algo estranho dentro de mim, não conseguia descrever o que era, olhava para os lados a procura da Maite, e não a via em lugar nenhum.

-Entendi, você sabe que precisamos que a Maite faça uma queixa não sabe? – perguntou Steven olhando para mim, que apenas concordei com a cabeça, estava muito estranho isso. Comecei a caminhar em direção ao quarto em que a Maite poderia estar

– Era para ela já ter voltado para ficar com a outra criança, ou ter pedido ajuda – falei enquanto caminhava sem olhar para trás. E foi quando vi e ouvi o grito de uma das médicas do PS, gritando por ajuda  e por uma maca. E foi quando ela me viu, percebi que havia algo de muito errado

-ALFONSO, VEM AQUI – ouvi uma das médicas pedir, meu coração apertou no mesmo instante. Senti que ia ver algo que não iria gostar nem um pouco.

Olhei para meu irmão e a Kono, e pedi que eles viessem comigo, quando cheguei ao quarto em que me chamaram, meu coração congelou com a cena que vi. A Mai deitada com os olhos fechados, enquanto sangue manchava seu cabelo, de um corte na testa, vi que seu pescoço estava ficando roxo, olhei pelo quarto e vi o menino que a Mai trouxe sentado no chão ao lado da Mai.

-MAI – gritei, sentindo meu coração enquanto me joguei no chão ao lado dela. Checando os sinais vitais dela, sentindo meu coração apertado, quando toquei em suas costelas que ela mesmo inconsciente respondeu com gemidos de dor. – Mai, abre os olhos Tita, olha pra mim.

Eu pedia olhando para ela, senti sua roupa molhada, mas como era um azul escuro não conseguia ver se estava sangrando. – Um tesoura ou bisturi – pedi enquanto pegava a Mai no colo, com o máximo cuidado que consegui, colocando-a na maca, enquanto vi umas das enfermeiras me passar a tesoura, peguei sem nem notar quem havia passado o material, pois logo comecei a trabalhar, cortei toda a blusa dela, e precisei respirar fundo quando vi o hematoma na lateral direita do Tórax de Maite. -Droga, preciso de um raio-x agora – falei sem desviar o olhar de Maite.

-Alfonso, deixa que eu cuido do caso dela – ouvi o novo chefe de traumas falar tocando meu ombro.

-Você até pode assumir doutor Backer, mas eu não deixo esse caso – falei olhando para ele.

-Vamos deixar vocês trabalharem irmão, vou atrás das filmagens, cuida dela, vamos pegar esse cara – ouvi o Steven falar, mas eu estava totalmente frenético para estabilizar a Mai, quando ela começou a ter certa dificuldade para respirar.

-Backer, acho que ela está com pneumotórax hipertensivo – falei pegando uma agulha, para fazer a punção e aliviar a pressão em seus pulmões -  Graças a Deus – sussurrei quando a vi voltar ao estado de normalidade.

Continuamos trabalhando na Maite, mas vieram me chamar pois a garotinha estava com convulsões, e eu precisei deixar o lado da Maite, sabia que o Backer era um médico excelente, e eu não tinha mais o que fazer lá. Pedi para avisar ao idiota do namorado dela, que até o momento não apareceu no hospital de forma nenhuma. Nunca fui com a cara dele, e nem irei, ele não merece a Mai, falo isso mas sei que ela não se interessa por mim, mas ela merece alguém que cuide dela melhor, não era nem para ela estar vindo a pé,

-Não consegui falar com o doutor Uckermann – falou a assistente social do hospital, me fazendo ficar com o sangue quente.

-Como assim não conseguiu? – perguntei calmamente.

-Liguei para o telefone celular e ele não atendeu, logo em seguida tentei o fixo, mas quem atendeu foi uma mulher, que se dizia a noiva dele, eu não deixei recado – me respondeu a Bruna.

-Obrigado – falei olhando para os lados até avisar a doutora Dulce – Dul, me cobre uns instantes? – pedi a ela.

-Soube da Mai, o Ucker já foi avisado? Como a Mai está? – ela me perguntou ligeiramente.

-Não, estou indo atrás dele agora, e a Mai estava estável, com pneumotórax hipertensivo, um leve concussão e muitos traumas pelo corpo – falei, e logo em seguida olhei novamente para ela que me confirmou com a cabeça.

Corri para o vestiário e peguei o casaco e as chaves do meu carro, iria encontra aquele filho da puta e ensinar uma lição a ele.