Fanfic: Meu Maior Presente | Tema: Rebelde. Maite Perroni. Alfonso Herrera. HERRONI

Povs Alfonso

Minha cabeça estava flutuando depois do beijo que dei na Mai, e mais ainda por ela ter me retribuído.

-O que foi isso? – ouvi a Maite perguntar, fiquei olhando para ela, mas ela estava com os olhos fechados, e com as mãos na minha cintura.

-Mai – sussurrei no ouvido dela, fazendo com que ela olhasse para mim, ela estava com um sorriso tão meigo que me fazia querer pegar ela no colo, e levar para casa. – Tudo bem? – eu perguntei fazendo com que ela sentasse ao meu lado.

-Estou bem – ela respondia olhando para o Davi, eu sabia que ela estava confusa com tudo – eu não esperava esse bebê.

Fiquei olhando para ela, estava tão bonita e reluzente, que não conseguia nem explicar direito que sentia ao olhar para ela.

-Mai, você sabe que Deus tem todos os planos para nossas vidas, se esse bebê apareceu nesse momento, é porque tinha que ter Mai, ele ou ela vai vir para melhorar nossa vida, e sua vida – eu falei olhando nos olhos dela, a Mai estava com os olhos cheios de lágrimas, apenas passei meus braços ao redor dela, e foi o tempo para ela começar a chorar novamente. – Shiii, se acalme Mai, vai ficar tudo bem – eu falava alisando as costas dela, que começava a soluçar.

-Poncho, o que eu vou fazer – ouvia a Mai dizer chorando, não conseguia nem começar a entender o que ela tanto balbuciava.

-Você vai fazer o que puder Mai, sabe que nunca vai estar só – eu continuei a acalmando, sabia que ela estava muito nervosa, e não tinha como não estar, o momento que a minha princesa estava tendo não facilitava em nada. Mas eu estaria ao lado dela sempre, e ela sabe disso. – Vem Mai, você tem que descansar um pouco, se recomponha e venha para a emergência, se vê que não consegue a gente da um jeito.

Assim que eu falei, vi a Mai respirar fundo, e erguer a cabeça, vi quando ela sorriu de lado e falou me olhando. – Tudo bem, agora vamos que eu tenho meus pacientes para cuidar – e quando eu pensei que ela iria caminhar, vi ela parada e ficando branca, me olhou assustada – o cara que me agrediu, é o meu .. – vi ela engasgar com o que dizia – meu paciente.

A Mai nunca tinha ficado tão assustada na vida dela, pelo menos, não desde quando a conheço.

-Calma Mai, eu já atendi ele, você não terá mais que fazer isso, eu prometo para você – falei voltando a abraçar a Mai, que sorriu lindamente e com uma expressão de alivio que me fez aquecer o coração.

Depois desse momento, fui com a Mai para a emergência, e ao chegarmos lá não paramos em momento nenhum, cada um foi fazer os seus afazeres, mas fiquei o tempo todo de olho na Mai, ela poderia passar mal a qualquer momento, e eu estaria lá para poder atender a Mai.

O dia passava rápido, e não parava de chegar pacientes, já estava exausto, e pedindo um tempo para descansar, quando ouvi o grito da Mai pedindo por ajuda, a voz dela tem uma capacidade de liberar adrenalina no meu corpo, que corri até onde vi que ela estava. Me assustei com a cena que vi, a Mai em cima de uma jovem, segurando um bisturi, enquanto tentava puxar da mão da garota. Ela não devia fazer isso, pois seria burrice como estava sendo, a Mai estava colocando a sua integridade física em risco.

-SOLTA, EU QUERO ACABAR COM MINHA VIDA – ouvi a menina gritar, o que fez a Mai tentar puxar o bisturi da mão da garota.

-Maddie, olha pra mim – ouvia a Mai pedir, estava ficando um pouco desesperado com isso, mas se intervisse sem medicação, ela se distrairia e seria pior.

Povs Maite

Estava na hora da minha janta, quando passo do lado de uma sala de atendimento psiquiátrico, quando ouço um grito, entro correndo e a cena que vejo me deixa assustada, a menina estava com um bisturi cortando seus pulsos, e o sangue que já escorria pela cama, não era em pouca quantidade, então rapidamente calcei as luvas que sempre levo no bolso e corri para o lado dela, e delicadamente segurei o bisturi, mas ela ao me ver fazendo isso, o afastou de minha mão, me fazendo ir com mais firmeza, movimento não calculado, que me fez apertar na lâmina, causando um corte na minha mão.

-Droga – sussurrei gemendo de dor, olhei para os lados e vi que no prontuário da cama estava o nome dela – Maddie, solta essa lâmina, você não quer fazer isso, você é jovem – comecei a falar de forma tranquila, tentando esquecer a dor, o que estava sendo um tanto complicado, mas era meu dever acalmar a garota.

-Você não entende – ouvi a Maddie sussurrar, sua voz era tão sofrida, e ela já estava fraca, pois enquanto eu segurava o bisturi, o corte no braço dela, sangrava abundantemente, vi que minha roupa já estava começando a sujar, mas isso era do trabalho, já estava acostumada.

-Não Maddie, eu não sei se entendo o que você está passando, mas quero ajudar – falei buscando o olhar dela, pois sentia que ela estava precisando de toda a ajuda necessária.

-Não tem como, eu não consigo mais, as vozes não deixam, eu tenho que fazer isso – respondeu a Maddie me olhando, seu olhar estava sem vida, triste, e meu coração estava apertado com isso.

-Tem sim Maddie, deixa eu te ajudar, me entrega esse bisturi – pedi olhando para ela, vi que minha mão já estava sangrando bastante, e que o bisturi cortava cada vez mais fundo toda vez que a Maddie puxava o bisturi.

Quando eu realmente vi que ela não me ajudaria a ajudar ela, vi que não tinha saída, e gritei por ajuda, e enquanto eu tentava de todas as formas possíveis ajudar a Maddie, ouvi a porta sendo aberta e alguém entrando, mas não me virei para ver quem era, pois qualquer distração poderia ter um problema enorme.

-SOLTA, EU QUERO ACABAR COM MINHA VIDA – a Maddie gritou puxando com mais força o bisturi, me fazendo gemer um pouco e vacilar a minha mão, mas logo segurando com mais força ainda

-Maddie, olha pra mim – eu pedia desesperada, tentando acalmar a Maddie, com minha mão livre tentei segurar o braço dela, para ver se a mesma perdia um pouco da força que estava, mas parecia que não tinha jeito. – Maddie, eu vou te ajudar, mas preciso que você solte o bisturi, por favor – eu continuava pedindo.

-Maddie, meu nome é Alfonso, olha para mim – ouvi o Poncho falar, e senti bastante alivio, pois ele tinha um jeito de lidar com as garotas, que ajudava bastante – sou médico, e quero te ajudar, mas você está se machucando e machucando a Maite também – ele falou olhando para minha mão, fazendo com que a Maddie olhasse e começasse a chorar mais ainda – ei, ei, tudo bem, acontece, você só precisa soltar o que está segurando, que eu vou cuidar de você, vou te ajudar – ouvia o Poncho falar, ele parecia um anjo enviado dos céus, pois passava uma tranquilidade que nunca imaginávamos.

-Não posso – a Maddie falava chorando e olhando para mim, meu coração doía ao ver uma garota tão desesperada como ela estava. – Ele não vai me deixar em paz.

-Vai sim Maddie – eu falei buscando o olhar dela, que estava fixo em minha mão, eu tentava não olhar, pois com certeza se eu olhasse, iria sentir muita dor.

-Pode Maddie, eu vou te proteger – ouvia ele falar olhando fixamente para a Maddie, se aproximando do outro lado, via ele segurando o outro braço da Maddie, e pegando o rosto dela para que ela olhasse para  ele. – Sabia que ela está gravida? E preocupada com você, não deixa ela ficar assim – vi quando a mão da Maddie começou a perder força, e foi abrindo e soltando o bisturi, quando olhei para minha mão, o enjoo veio forte, aquele objeto estava encravado em minha carne, senti tudo girar e respirei fundo, olhando novamente para a Maddie, que agora aceitava de bom grado a medicação, e logo pegava no sono.  

Olhava para o Alfonso para assim eu não olhar para a minha mão que latejava de dor.

-Poncho – falei baixinho indo para o seu lado, enquanto pegava uma compressa e enrolava minha mão. – Obrigado por ter aparecido por aqui – agradeci ao lado dele, e ficando na ponta dos pés, dando um beijo em seu rosto. – Não sei se conseguiria impedir se você não aparecesse.

Vi ele dar um sorriso de canto de boca, mas sua feição estava preocupada olhando para minha mão, que sangrava mesmo com a compressa. – Não agradeça Mai, vamos, vou tratar do ferimento – ouvi ele falar e o segui. Assim que entramos na sala de atendimento, ele começava a cuidar do corte, limpando com tanta delicadeza que eu não sentia uma parcela de dor ou ardor.

-Obrigado – falei assim que ele terminou o curativo, minha mão só estava um pouco dormente, mas estava sem uma grama de dor – você é um anjo em minha vida sabia Poncho? Quer dizer, não apenas na minha, mas na de todos os que convivem com você, seja amigos ou paciente. – eu falei com um sorriso no rosto. Vi quando ele se iluminou com o que falei, que me senti mais do que gratificada.