Fanfic: Meu Maior Presente | Tema: Rebelde. Maite Perroni. Alfonso Herrera. HERRONI

Capítulo 08 - Surpresa

Povs Maite

Havia conseguido dormir no plantão, mesmo sentindo que não descansei o suficiente, acredito que pelo fato de ter tido um pouco de febre, e minha mão estar doendo para um caramba, enquanto ainda continuava deitada, me lembrei dos sonhos que tive, o primeiro foi com meu bebê, e o segundo foi com o Poncho e o meu bebê, nesse sonho, tinha uma aliança em minha mão direita, e o Poncho estava com meu bebê no colo, enquanto minha barriga se apresentava maior como se eu tivesse grávida, fiquei um tempo pensando no que sonhei, mas logo me levantei para ir embora um pouco recuperada de todas as emoções que tive no plantão, no momento que saia do hospital, vi que o Poncho estava a minha frente, encostado no carro dele, com toda a certeza em minha espera, ele sem dúvidas era a melhor pessoa que já conheci, e isso me deixa tão bem ao lado dele. Nós não conversamos sobre o beijo que demos na UTI pediátrica, e eu não vou iniciar essa conversa, ele é o meu amigo, amigo desde sempre, e não quero estragar isso de forma nenhuma.

-Olá Mai, como dormiu? – ouvi ele me perguntar pegando minha bolsa e colocando na mala do carro. Respirei fundo e falei

-Dormi relativamente bem, minha mão está doendo bastante .

Assim que falei isso, o Poncho pegou minha mão ferida, e começou a examinar a mesma. Vi quando ele fez uma expressão feia, e me disse em tom de pesar.

-Essa ferida está inflamada, e supurando Mai, vai ter que tomar antibiótico e se não resolver, vou ter que reabrir, limpar e fechar – gemi só de pensar nisso, minha vida não poderia estar mais complicada, grávida, recém agredida e agora com a mão cortada, e correndo o risco de todo o processo já feito ter que ser refeito.

-Não acredito nisso, fiz tudo certo – gemi em frustração. E quando olhei para o moreno a minha frente, ele estava com a expressão como se quisesse rir – Não ria Alfonso, isso dói – falei e fechei a cara, entrando no carro enquanto esperava ele entrar para poder ir para casa.

No meio do caminho eu já estava dormindo novamente, e apenas  quando o carro parou que acordei por achar que já estava em meu prédio, mas quando vi, estava de frente a farmácia, com o Alfonso já na porta, grunhi um era só o que faltava, voltei a fechar meus olhos, mas agora não conseguia dormir.

-Toma, é para o corte em sua mão, pois como não iremos para casa esse fim de semana que estamos de folga, você vai precisar dele – abri meus olhos quando ouvi o Poncho falando isso.  Com a minha sobrancelha erguida o encarei.

-E para onde vamos meu querido amigo? – perguntei com uma voz um pouco cínica. Dor e sono me deixam mau humorada.

-Deite-se ai, e relaxe minha linda Mai, durma a vontade, que para onde vamos já tenho tudo preparado – se tinha uma coisa que eu não gostava, era surpresas, isso me deixava muito chateada.

-Sabe que eu não gosto de surpresa – falei colocando minha mão boa em minha barriga, agora, depois de dormir, e pensar eu conseguia ver o lado positivo de tudo isso, e eu iria ser forte por meu bebê, por mim, pelo Poncho e pelos meus pacientes.

-Dessa você vai gostar Mai, relaxe e confie em mim, ok? – ouvia ele me pedir, e por mais que eu odiasse surpresas, eu não conseguia ficar com raiva dele, pois se eu não o tivesse ao meu lado, não teria ninguém.

Então apenas o olhei e balancei a cabeça, afirmando que concordava. Eu sempre soube que cada mulher tem uma gravidez diferente uma da outra, mas em minha imaginação eu teria bastante enjoo, um a cada momento do dia, mas não, não sentia nada, e achava isso incrível. Fiquei pensando nisso e olhando para a janela, e meus olhos começavam a pesar, me fazendo pegar no sono logo em seguida.  Antes de realmente pegar no sono, senti o carro parar, e a respiração do Poncho em meu ouvido, ao sussurrar – Eu amo você. Só sorri com isso, e me entreguei ao sono.

Povs Alfonso

Fiquei um tempo esperando do lado de fora, e nesse meio tempo, comecei a ligar para todos os meus conhecidos, para tentar conseguir uma casa de praia ou uma chácara para levar a Mai, ela passou por muita coisa em poucas semanas, e sem dúvidas ela precisa descansar, e eu aproveitaria e iria com ela. Claro que eu já havia conseguido arquitetar tudo, e não iria falar com ela sobre isso, mesmo sabendo que ela odeia surpresas, iria me arriscar a isso.

Quando a Mai saiu do hospital, vi ela vindo em minha direção e senti meu coração palpitar. Se tinha uma coisa que a Mai tinha sobre mim, era esse poder, e eu esperei enquanto ela se aproximava de mim, perguntei como ela estava e como tinha passado a noite, assim que ela me falou que sua mão doía, a examinei e vi que estava inflamada, e com secreção saindo do corte, entrei como ela no carro, e fui dirigindo até uma farmácia, e comprei a medicação que ela iria precisar. Quando voltei para o carro, a Mai estava quase dormindo, a acordei e expliquei que ela deveria tomar, e o motivo de estarmos saindo, como o previsto, ela não gostou da ideia de ir para um lugar sem saber qual, mas ficou quieta e aceitou.

Com o tempo que passei dirigindo, vi que a Maite havia realmente dormido, ela estava com uma das mãos em cima de seu ventre, como se estivesse protegendo o feto, e eu sorri com isso, pois se tinha alguém capaz de amar uma criança e enfrentar todos os desafios que seriam impostos, essa, era a Mai.

-Eu amo você Mai – sussurrei no ouvido dela, sabia que ela estava dormindo e não iria responder, mas podia jurar que a vi sorrir, mas deixei para lá, e continuei o caminho.

Havia parado no meio do caminho algumas vezes, para poder comprar comida, e algumas roupas para a Mai e até para mim mesmo, numa dessas lojas eu vi um ursinho que achei muito bonito, e algo me impeliu a compra-lo.

Sorri olhando para as compras na parte de trás do carro, não resisti e comprei presente para a Laurinha e o Caio também, para cada um dos dois eu comprei um quebra cabeça, pois eles me confidenciaram que gostavam de montar coisas. Comprei também outros brinquedos para todos, e para a Mai, comprei a coleção de livros de Harry Potter a edição de capa dura, e mais alguns livros de romance que já havia escutado ela falar que queria mas ainda não tinha conseguido comprar.

Dirigi por mais umas duas horas para enfim chegar na casa que consegui, era uma chácara linda, com vista para o mar e tinha um lago na frente que era perfeito. Estacionei o carro, e fui acordar a Mai, mas ela estava num sono tão bom, e tão calma que decidir não acordar ela, apenas abrir a porta, retirei o cinto de segurança, e com toda a delicadeza a peguei no colo, e levei para dentro da casa, deitei-a no sofá da sala, que era enorme, e daria certo para ela continuar descansando. Enquanto isso eu voltei para o carro e fui pegar as nossas coisas, arrumei tudo no devido lugar, e os presentes eu deixei sobre a cama da Mai, pois logo ela iria para lá e veria todos os presentes.

Depois de arrumar tudo no lugar, preparei uma refeição leve, e quando terminei,  fui para a frente da casa e me deitei em uma rede que tinha ali, estava distraído lendo um dos livros que havia comprado para mim, quando senti a rede ceder mais um pouco, que olhei para lá, vi a Mai com um sorriso lindo, que me fazia sentir borboletas, ela estava linda, tinha um brilho que emanava luz até na maior escuridão.

-Dormiu bem? – perguntei olhando para ela, que sorria e afirmava com a cabeça, vi ela olhar ao redor, e se iluminar ainda mais.

-Nossa, aqui é perfeito Poncho – ela me falou ainda olhando para o lago – eu só tenho que agradecer por tudo isso, não sei mesmo o que seria de mim.

Levantei meu tórax da rede, e a abracei, puxando a mesma para o meu colo, e deixando a minha cabeça descansar no ombro dela.

-Não agradeça por nada, fiz e continuarei a fazer com todo o prazer do mundo – falei dando um beijo no canto de sua boca, vi quando ela estremeceu, mas sem deixar de olhar em meus olhos. Foi quando lembrei dos presentes. – Vem comigo Mai, vou te mostrar o seu quarto.

Povs Maite

Levantei da rede e esperei o Poncho me guiar pelo local, e assim que parou em frente a porta do lugar que seria meu quarto, abriu e me deu espaço para entrar, era muito espaçoso e perfeito, mas minha expressão deve ter ido ao chão, pois quando olhei para a cama, estava com muitos brinquedos, e muitos livros em cima dela. E lá tinha um buquê de rosas brancas, meus olhos encheram de lágrimas e me virei agarrando o Poncho, e me pendurando em seu pescoço, senti ele me levando para a cama, e quando me colocou ao lado dos livros, gritei ao ver quais são.

-AAAAA NÃO ACREDITO PONCHO – gritei pegando cada exemplar em minhas mãos, e sentindo cada textura deles, fiquei mais de 10 minutos paquerando e sentindo o cheiro de cada item. – Isso deve ter sido uma fortuna Poncho, muito, muito obrigado por isso, sempre soube que queria eles não é.

Vi ele balançar a cabeça, e pegando um novo pacote e me entregando para abri, quando o fiz, senti as lágrimas que segurava descer pelo meu rosto.