Fanfics Brasil - Capítulo-02 Lady Sedutora *Vondy*

Fanfic: Lady Sedutora *Vondy* | Tema: Adp Hot Romance


Capítulo: Capítulo-02

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Dulce sentou-se. Lady Exonby servia o chá, em xícaras de porcelana tão delicadas que eram quase transparentes. Sobre uma mesinha estavam dispostos pedaços de queijo, sanduíches de ovos e fatias de bolo folhado.


— Então você já sabe sobre meu sobrinho vagabundo — disse lord Exonby.


— George — interpelou lady Exonby —, não temos motivo para pensar que ele é um vagabundo.


— Tolice. Qualquer um pode ver, pelo timbre no papel de carta, que esse homem não passa de um mecânico. Foi sempre um cabeça-dura. Só queria ficar com o nariz enfiado debaixo de algum carro. De qualquer modo, ele é o filho de meu irmão Sandy e precisa assumir seu lugar. Ele é o herdeiro legal, e não me resta alternativa nenhuma senão transferir-lhe meus bens. Quero que tudo fique resolvido antes que eu me vá. E não quero saber de nenhum texano arruaceiro incomodando minha Florry quando ele se mudar para a mansão Dower, por isso temos de trazê-lo até aqui e mostrar como as coisas devem ser.


— Entendo perfeitamente, lord Exonby. Mas... bem, li a pasta de correspondências e parece-me que tudo que se podia fazer já foi feito.


— Nem tudo.


— O senhor quer que eu escreva a seu advogado? Eu poderia pedir ao sr. Flowerdew que...


Lord Exonby balançou a cabeça com expressão grave.


— O que quero, minha querida, é que você vá até Novo México e traga o jovem Christopher com você.


— Eu?!


— Não percebe, Dulce? — insistiu lady Exonby, ansiosa. — Você é a pessoa perfeita para isso. Não podemos pedir a Jeremy Flowerdew, ele cobraria uma fortuna! Mas alguém tem de ir até lá convencer Christopher. É uma missão ideal para uma mulher. Christopher pode ser um pouco rude, mas ele é um Uckermann e teve uma educação esmerada. Diante de uma mulher tenho certeza de que se comportaria como um cavalheiro, e se pedir para que volte com você à Inglaterra, não haverá como recusar!


"Não posso!", pensou Dulce. Ir ao Novo México, sair à procura de um completo estranho e pedir-lhe que faça algo que não deseja soava por demais desagradável. Mais que isso; era uma coisa quase impossível de fazer!


— Francamente, lady Exonby, penso que...


— Não pense, querida! — lord Exonby interrompeu com inesperada firmeza. — Não pense em todos os motivos para deixar de ir. Encare isto como uma grande aventura. Você estará indo para fazer um favor a mim e a Florry, mas queremos que essa viagem sejam verdadeiras férias e que você se divirta de verdade enquanto estiver por lá. Temos velhos amigos em Nova York que terão muito prazer em hospedá-la por alguns dias, e também temos bons amigos na Carolina do Sul. Você irá adorar a América!


— E se o sr. Uckermann se recusar a me receber? E se ele não estiver disposto a...


— Nesse caso tudo o que tem a fazer é voltar e nos informar — disse lady Exonby. — Não estamos esperando milagres, querida. Mas sabemos que você é uma jovem muito inteligente, e charmosa também. — Seus olhos estudaram Dulce, admirando-lhe os longos cabelos louros presos de forma graciosa num rabo-de-cavalo, o corpo bem proporcionado, a blusa simples mas elegante, em tons de café, que usava em conjunto com uma saia bege, o colar de três fios de pérolas que herdara de sua avó e que sempre tinha em volta do pescoço esguio. Lady Exonby sorriu satisfeita com a idéia de que todas as qualidades de Dulce surtiriam bons resultados. — Você dará uma ótima representante dos Exonby, a melhor que poderíamos desejar.


— Mas o que dirá Anthony ?


— Oh, não se preocupe com Anthony! — lord Exonby exclamou. — Você ainda não está casada com ele, Dulce. Aproveite sua liberdade enquanto ainda a tem.


 


 


Após o jantar, Dulce foi para seu quarto, na ala oeste da mansão. Logo ao entrar, pegou o telefone.


Ainda estava indecisa se iria ou não, e tinha de pensar seriamente a respeito. Receava que seus pais dissessem que era uma idéia ridícula.


Mas não disseram. Ficaram simplesmente deslumbrados. Seria uma ótima oportunidade para conhecer os Estados Unidos, e isso sem mencionar a chance de travar relações com o futuro conde de Exonby. Trinta minutos depois, Dulce desligou o telefone com uma interminável lista de endereços e nomes nos Estados Unidos, e com uma promessa de sua mãe de que iria lhe enviar outros tantos.


"É isso", pensou Dulce, estupefata. "Eu realmente irei ao Novo México."


Ficou ainda por alguns momentos perdida em reflexões. Depois voltou a pegar o telefone e discou outro número.


— Lady Downing? É Dulce. Posso falar com Anthony, por favor?


— Acho que ele está na sala de armas, querida. Vou chamá-lo agora mesmo.


Dulce esboçou um sorriso ao imaginar Anthony limpando sua adorada coleção de rifles. Houve um minuto de silêncio, e logo ouviu a voz grave e familiar do outro lado da linha.


— Dulce? Esta não é a hora que você costuma telefonar.


— Eu sei, mas é que tenho uma grande novidade. Posso ir até sua casa agora, ou então amanhã?


— Hoje devo receber o vigário para uma taça de xerez. Venha jantar aqui amanhã, por volta das seis e meia.


— Está bem. Até amanhã.


 


 


— Uckermann? Christopher Uckermann?


— Isso mesmo, Anthony. O herdeiro de lord Exonby. Por quê? Você o conhece?


— Conheci um Christopher Uckermann. Deve ser o mesmo sujeito. Estivemos juntos em Dalingforth. Ele era um ou dois anos mais jovem que eu, um verdadeiro... bem, não importa. Deus, nunca pensei que... mas então ele deve ser sobrinho ou algo parecido do velho Exonby.


— É seu sobrinho, precisamente — confirmou Dulce.


Após o jantar, foram dar um passeio pelos jardins da mansão Maltwood. Caminhavam lado a lado, e tanto Anthony quanto Dulce estavam usando botas de cano alto e confortáveis blusões verde-oliva. Ele aparentava exatamente aquilo que era: um fazendeiro e um homem de negócios bem-sucedido. Atraente e forte, possuía cabelos ondulados que penteava para trás e um bigode fino. O tipo de homem que qualquer mulher gostaria de ter, Dulce pensou na noite de Natal, quando recebera a proposta de casamento que já esperava há algum tempo.


Percebeu que Anthony estava sisudo.


— Um verdadeiro o quê, Anthony?


— Oh, você já deve ter ouvido a respeito. Um desertor, um chorão. Um mau-caráter. Um completo incompetente. Uckermann era do tipo incapaz de somar dois mais dois. Não que já tivesse tentado, pelo que sei. Nunca vi um garoto com tanto jeito para escapar das lições. Teria sido expulso da escola se não fosse seu desempenho nos jogos de rugby.


— Era um bom atleta?


— Ótimo. Um perito no assunto. Pular, correr, arremessar eram com ele. Mas se lhe dessem uma caneta, sentia-se perdido. — Anthony deu mais alguns passos em silêncio, mergulhado em recordações, e em seguida falou de modo abrupto: — Querida, acho melhor você não ir.


— Minha primeira reação foi recusar, Anthony — disse Dulce, tranquila. — Mas depois pensei melhor e senti que deveria ir. Faz parte do meu trabalho, e os Exonby têm sido muito bons para mim. É o mínimo que posso fazer em troca de tanta consideração.


— Procure entender, querida. Você não o conhece, não tem idéia do que pode acontecer.


Dulce sentiu-se insegura por alguns momentos, a mesma insegurança que tivera no dia anterior. Mas logo afastou esse sentimento. Não possuía uma natureza aventureira, porém já estava decidida a fazer aquela viagem bizarra antes de se estabelecer em Maltwood numa vida de casada. Não iria permitir que Anthony a fizesse voltar atrás.


— É verdade. Mas você também não o conhece, Anthony. Já faz quase vinte anos desde que o viu pela última vez.


— Sim, mas as coisas que ele fazia naquele tempo eram inaceitáveis. Era um sujeito...


— Anthony, concordo que Christopher não seja o tipo de pessoa que eu convidaria para jantar, mas isso não é motivo que me impeça de ir até lá conversar com ele.


— Querida, ele é perigoso! — Anthony chegou a enrubescer. — Sei que pode soar ridículo, mas, bem... estou com medo do que ele possa lhe fazer. Você não está acostumada a lidar com gente sem princípios, e uma garota bonita como você, sozinha num país estranho... os Exonby deveriam saber desde o começo que isso está fora de questão!


— Fora de questão? Anthony, estamos no fim do século XX! Não estou planejando atravessar o Saara sozinha! Estive em Paris e em Veneza desacompanhada e me saí muito bem. Além disso, soube que as pessoas são extremamente hospitaleiras no Novo México.


— Não a quero envolvida com Uckermann — continuou Anthony, inflexível.


— Querido —Dulce fez o que pôde para esconder seu crescente desespero. — Você sabe muito bem que não estou interessada nesse tipo de homem. Não tem o direito de pensar que eu sou uma garota ingênua a ponto de me envolver com alguém que nem mesmo conheço.


— Sei que você não é, querida — afirmou Anthony, embaraçado. — Mas, ainda assim, não quero que vá.


— Sinto muito, meu bem, mas eu irei de qualquer maneira.


Caminharam em silêncio por alguns minutos. Dulce esperava que Anthony fizesse uma nova investida para dissuadi-la, mas ele não tocou mais no assunto; tinha um temperamento passivo, conformado; sempre tomava atitudes cautelosas e preferia não se impor. A determinação que tivera de início era algo raro em sua personalidade, e insistir nessa posição seria algo ainda mais incomum. Na verdade, Dulce pensou, não poderia haver duas pessoas tão diferentes no mundo quanto Anthony e o Christopher Uckermann que ele acabara de descrever. Uckermann deveria ter o vigor e o impulso de um rinoceronte, enquanto a postura de Anthony diante da vida estava mais perto da apatia.


Ou do tédio, como uma vez sugerira lady Exonby. Laura rira desse insulto, mas agora parecia-lhe bem próximo da realidade. Anthony Downing nunca seria ameaça a mulher alguma. Se uma garota tivesse de persegui-lo, certamente não correria o risco de ser flertada. Era tão inofensivo que não flertaria sequer com Dulce, sua própria noiva.


Mas não era reconfortante saber disso? Não a agradava a idéia de que o temperamento de Anthony fosse tão frio quanto o seu? E que ele esperaria pacientemente até que estivessem casados para terem qualquer intimidade? É claro que gostava disso, disse para si mesma, convicta, enquanto Anthony virava-se lentamente e começava a acompanhá-la de volta à mansão Maltwood.


 *******************


E ai quem está anciosa(o) para o 1° encontro de Vondy ?


Comentem !


 


 


 



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Autor(a): ponnyayalove

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • manuzinhacandy Postado em 09/09/2019 - 23:29:07

    Posta maisss...

  • manuzinhacandy Postado em 03/09/2019 - 14:57:11

    Leitora Nova!!! Continua... Eu quero saber como vai ser esse encontro vondy!!!


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