Fanfic: O encanador (Vondy) | Tema: RBD
Dulce suspirou. Precisava do tanque para lavar as roupas e já estava há dias sem. Seu sonho era uma máquina de lavar, mas não sabia nem se conseguiria pagar a mão de obra do encanador, quanto mais pagar uma máquina.
Ouviu um estrondo vindo do seu quarto e pulou de susto.
“Mas que diabo está fazendo, hein seu traste dos infernos?” Disse encaminhando-se para o quarto.
Ao entrar no quarto do casal, viu o marido caído no chão com uma das mãos na cabeça. Fazia cara de dor, mas Dulce não sentiu pena.
“Mas o que faz estirado no chão?”
“Caí da cama, mulher... Ai”
“Levanta daí seu traste dos infernos. Vai caçar um emprego. Hoje mesmo vou chamar um encanador pra arrumar aquela bagunça que fez no tanque. Você acha que sou palhaça pra ficar bancando as tuas burradas? O certo era eu deixar tuas cuecas borradas sem lavar mesmo”
“Calma, mulher! Eu já vou sair... Mas...”, Dulce suspirou enquanto o vagabundo falava. Sabia o que viria. “Preciso de uns trocos pra pegar a lotação”.
“Ah, mas tá zoando né, fio? Acha mesmo que vou te dar dinheiro pra ir lá beber no Chico? Sai daqui agora!”
Alfonso saiu correndo enquanto era perseguido pela esposa, que corria atrás estapeando o homem. Dulce gritava todos os palavrões que conhecia. Estava com o rosto mais vermelho que um tomate. Expulsou o marido de casa e bateu a porta que dava para a rua.
“Miserável dos infernos!”
Dulce queria chorar, mas prendeu as lágrimas. Alfonso era um atraso em sua vida. Dona Blanca, sua velha e sábia mãe, sabia que o genro não era bom partido pra filha. O quarteirão inteiro sabia que Alfonso Herrera não era homem trabalhador. Vinha de uma família em que todos os homens eram preguiçosos, inclusive seu pai.
Alfonso estava em uma quermesse da escola pública do bairro quando conheceu Dulce, na época com apenas 17 anos. Apresentou-se à moça, que estava acompanhada das duas irmãs, e a convidou para dançar forró. Naquela noite ele até lhe pagou uma pipoca e ganhou uma prenda na pescaria.
No dia seguinte, todos já falavam que a jovem Dulce estava de caso com Alfonso. Dona Blanca, ao descobrir gritou com a filha e proibiu de ver o moço. Não queria saber da sua caçula saindo com vagabundo. Claro que Dulce e Alfonso burlaram as regras. Todo dia de noite, namoravam às escondidas. Aproveitam quando a velha Blanca dormia e Alfonso pulava o muro da casa e subia na janela da sua amada.
Não demorou muito, Alfonso arrumou emprego na mercearia da dona Amélia para provar à mãe de Dulce que ele era merecedor de sua filha. Em seis meses de namoro, ele pediu a garota em casamento na sala de estar da casa de Blanca. Foi uma emoção só. Dulce chorava de felicidade e disse “sim” ao seu noivo, que também chorou ao ouvir a resposta.
Dona Blanca não queria ver sua filha casada com aquele homem. Sabia que o emprego era só fachada. Entretanto, a filha já havia namorado um bicheiro bem mais velho quando tinha 14 anos, que roubou da menina toda a sua inocência. Tinha medo que depois disso, nenhum homem a quisesse. Que homem iria querer uma menina que já não era mais virgem?
Casaram-se na igreja do bairro após um ano juntos. Alfonso já não trabalhava mais na mercearia. Foi pego dormindo em horário de serviço. Por sorte, seu pai conseguiu convencer seu Zeca à deixar o filho à trabalhar em sua serralheria. Alfonso não tinha experiência, mas segundo o pai, tinha muita vontade de aprender.
O casamento foi simples, mas Dulce estava impecável com um longo vestido branco e um par de salto altos presente de sua madrinha, comprados especialmente para a ocasião. Dona Blanca pagou uma festa para quase 100 convidados. Tirou dinheiro de sua poupança, que guardou a vida toda. Era um dinheiro suado, mas sabia que não iria ver nenhuma outra filha casada. Achou que valia à pena investir.
Dulce e Alfonso eram dois apaixonados. O sexo era maravilhoso para ambos. Faziam amor todos os dias como loucos. Isso no início, claro. O tempo foi passando e Poncho, como era seu apelido, foi demitido da serralheria do seu Zeca por ter ido trabalhar bêbado. Dulce furiosa quase o expulsou de casa. As coisas esfriaram entre o casal.
Tentaram à todo custo ter um bebê, mas devido à uma caxumba nos testículos que Alfonso pegou no início do casamento, não foi possível para Dulce realizar o sonho de ser mãe. Alfonso ficou estéril e àquelas alturas, não tinham mais vontade de ficar juntos, não existia mais paixão. Eram como dois conhecidos vivendo sob o mesmo teto.
Dulce sabia que seu marido tinha outras mulheres, mas já nem ligava para isso. “Homem busca fora o que não tem casa”, ela pensava.
Anahi voltou após alguns minutos e entrou sem bater, como quase sempre fazia.
“Aqui, amiga! O nome dele é... Eita, nome difícil”, Anahi disse tentando ler o cartão. “Christopi... Christopher! Esse é o filho do seu Luís, liga pra ele”.
“Você é um anjo, Annie” Dulce sorriu e pegou o cartão da mão da amiga. Estava prestes a conhecer quem mudaria sua vida por completo.
Autor(a): marianab
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Anahi voltou após alguns minutos e entrou sem bater, como quase sempre fazia. “Aqui, amiga! O nome dele é... Eita, nome difícil”, Anahi disse tentando ler o cartão. “Christopi... Christopher! Esse é o filho do seu Luís, liga pra ele”. “Você é um anjo, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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capitania_ Postado em 13/05/2018 - 15:50:52
Continua logo 😍😍
marianab Postado em 14/05/2018 - 10:12:54
Postei mais um capítulo :D
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Manuzinhaa Postado em 09/05/2018 - 02:22:14
Confesso que já amei, esse sotaque que não consegui identificar amei mais ainda! Continuaa
marianab Postado em 09/05/2018 - 07:51:37
Oi Manu! Eu não me inspirei em nenhum sotaque hahaha mas eu imagino toda essa história se passando no nordeste do Brasil, embora elas morem no México
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deia2017 Postado em 08/05/2018 - 20:04:50
Continua js gostei
marianab Postado em 09/05/2018 - 07:51:57
Que bom :D estou escrevendo