Fanfics Brasil - Capítulo 3 O encanador (Vondy)

Fanfic: O encanador (Vondy) | Tema: RBD


Capítulo: Capítulo 3

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Anahi voltou após alguns minutos e entrou sem bater, como quase sempre fazia.  


“Aqui, amiga! O nome dele é... Eita, nome difícil”, Anahi disse tentando ler o cartão. “Christopi... Christopher! Esse é o filho do seu Luís, liga pra ele”. 


“Você é um anjo, Annie” Dulce sorriu e pegou o cartão da mão da amiga. Estava prestes a conhecer quem mudaria sua vida por completo. 


Dulce pegou seu celular Nokia tijolo (que só ligava e mandava SMS) em cima da sua geladeira e discou o número do rapaz do nome difícil. 


“Alô!” Ouviu uma voz grossa do outro lado da linha e arrepiou-se toda.  


“Oi, é do número do Christopri?” Escutou uma risada gostosa do outro lado da linha. 


“Christopher, isso!” Ela riu sem jeito.  


“Então, eu fiquei sabendo que é encanador. Tô com um tanque entupido aqui, será que consegue dar olhada nele?” 


“Claro que sim, dona! Posso dar uma olhada hoje mesmo, no final da tarde”. 


“Então eu fico esperando, viu! Obrigada... Christop... Chris!” 


“De nada, senhora!” Ele riu e desligou o telefone. 


“Que voz linda, nossa senhora!” Dulce começou enquanto largava o celular na mesa da cozinha. “De onde veio esse garoto que nunca ouvi falar?” 


“Tava morando fora, menina! Vivia em Acapulco, tinha uma barraquinha de lanches na praia”. 


“Nossa, mas esse aí sim deve ser um partidão, trabalhador”. 


“Pois é menina. Teve que voltar. Seu Luís além de velho, perdeu dinheiro em dívida de jogo. O garoto vendeu tudo o que tinha pra ajudar o pai e agora tá aqui trabalhando no lugar dele”. 


“Que história! Eu nem lembro dele antes. Ele nasceu aqui esse menino?” 


“Nasceu sim, mas foi embora com a mãe Alexandra quando ela pegou o Luís no cabaré”. 


“Ah a Alexandra, aquela que voltou há uns anos e se acha a rainha da cocada só porque tem um fusca de quatro portas?” Dulce perguntou voltando para sua máquina de costuras.  


“Essa mesma...”, Anahi seguiu a amiga. “É gente fina! Voltou um pouco antes do guri porque a mãe dela ficou doente”. Encarou Dulce. “Olha, se mudar de ideia sobre o baile, me avisa que nós te levamos. Eu vim só dar um oi. Vou dar uma limpada na casa”. 


“Faz favor de entregar esse vestido então pro Damião”, Dulce entregou o vestido que fez nas mãos da amiga. “Manda ele entregar pra dona Guadalupe, ali no fim da rua que depois eu dou uns trocos pra ele”. 


Anahi assentiu e se despediu da amiga. Dulce voltou para a sua velha máquina de costurar. Precisava dar conta de tudo o que tinha para fazer, afinal estava sustentando a casa sozinha. 


Estava triste naquele dia. Queria tanto poder mudar de vida, mas mal sabia por onde começar. Era uma moça inteligente, terminou o ensino médio para o orgulho da mãe. Seu sonho era entrar para a faculdade, mas além de longe, não tinha tempo e nem dinheiro para bancar um curso.  


A manhã passou voando e quando o relógio bateu 11 horas, ela levantou-se da cadeira e começou a preparar o almoço. Ouviu a porta da cozinha sendo aberta e olhou para trás enquanto ralava uma cenoura. 


Revirou os olhos e suspirou ao ver o marido entrar cambaleando. Ele sentou e colocou uma mão na testa com o cotovelo apoiado na mesa. 


“Não consegui emprego”. Falava com a língua enrolada. “Tá cada mais vez mais difícil arrumar serviço”. 


“Eu aposto que tá sim”. Dulce falou com ironia. “Espero que a vagabunda que te sustenta tenha te dado dinheiro pra pagar o Chico, pois esse mês eu não vou acertar a sua conta”. 


Dulce estava cansada de ser cobrada pelo velho Chico. Alfonso ia no bar, bebia todas e mandava anotar no caderno. No final do mês, o dono do bar batia na porta de Dulce cobrando, já que o marido fugia do velho.  


Às vezes, Dulce dava a sorte que a amante de Alfonso pagava algumas das escapadas do marido. Maite, uma jovem que trabalhava no salão de sua irmã, deixou-se levar pela lábia de seu marido vagabundo. 


Maite tinha a mesma idade de Alfonso, mas aparentava ser bem mais jovem. Cabelos negros, olhos verdes e um corpo que dava inveja em Dulce. Há alguns meses começou a sair com Alfonso. Estava perdidamente apaixonada pelo traste. Dulce nem ligava. Queria é que ele ficasse com quem desejasse e não a incomodasse.  


O bairro todo sabia do caso entre Maite e Alfonso, mas todos fingiam não saber, principalmente na frente de Dulce. Blanca, a irmã mais velha de Dulce, só não demitia Maite porque sua irmã caçula nunca deu bola para o affair dos dois e também porque Maite era incrível em seu trabalho. Pintava unhas como ninguém.  


“Que leve esse traste para casa...”, Dulce pensava toda vez que lembrava que os dois estavam se vendo. 



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Autor(a): marianab

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • capitania_ Postado em 13/05/2018 - 15:50:52

    Continua logo 😍😍

    • marianab Postado em 14/05/2018 - 10:12:54

      Postei mais um capítulo :D

  • Manuzinhaa Postado em 09/05/2018 - 02:22:14

    Confesso que já amei, esse sotaque que não consegui identificar amei mais ainda! Continuaa

    • marianab Postado em 09/05/2018 - 07:51:37

      Oi Manu! Eu não me inspirei em nenhum sotaque hahaha mas eu imagino toda essa história se passando no nordeste do Brasil, embora elas morem no México

  • deia2017 Postado em 08/05/2018 - 20:04:50

    Continua js gostei

    • marianab Postado em 09/05/2018 - 07:51:57

      Que bom :D estou escrevendo


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