Fanfics Brasil - Um Homem Muito Real Pecados e Desejos *AyA*Ponny*

Fanfic: Pecados e Desejos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA


Capítulo: Um Homem Muito Real

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— Entendo. — continuei a olhá-la, sem me alterar.


— Certo. Tem muitos homens atraentes nessa ilha. Você não é o único. Tenha uma boa noite, Alfonso.


— Você também.


Deu-me as costas e saiu pisando duro.


Fechei a porta e atravessei a sala, indo até o computador e pegando minha taça sobre a mesa para acabar com o resto do vinho de uma só golada.


Deixei a taça vazia sobre o mesmo lugar e caminhei até o terraço que estava com as portas duplas abertas.


Fui recebido pela brisa da noite e por meu cachorro, Kafka, que veio correndo do lado de fora fazendo festa.


Sorri para ele e acariciei sua cabeça, mas com a mente longe dali.


Não era a primeira vez que notava o mau gênio de Letícia.


No início do nosso caso ela era sempre divertida, sensual, uma ótima companhia. Em alguns momentos desabafava sobre a doença terminal do marido, conversávamos, mas em geral nosso relacionamento era mesmo baseado em sexo.


Mas vez ou outra percebia que não gostava de ser contrariada e apenas fingia concordar com alguma coisa. Não me incomodava muito, pois apenas nos divertíamos juntos, sem compromisso.


Até o dia em que encontrei o filho dela na cidade.


No início me surpreendi quando o garoto bem gordinho me abordou logo depois que entrei em um restaurante.


Ele estava lá com um empregado da fazenda fazendo um lanche. E veio até minha mesa, pediu permissão para se sentar e me fitou nos olhos.


A primeira impressão que tive foi de que era muito gordo para um menino de sua idade. A segunda foi de que parecia um adulto num corpo de criança.


Principalmente quando se apresentou e disse apenas uma coisa, pediu que eu parasse de me encontrar com sua mãe, pois seu pai ainda estava vivo.


O que mais mexeu comigo foi o sofrimento que vi nos olhos dele.


Era somente um menino, afinal de contas. Querendo agir como homem.


E por mais incrível que pudesse parecer, me senti envergonhado.


Por trazer um sofrimento daqueles a ele, por prejudicá-lo mais quando já devia estar enfrentando uma barra com o pai.


Eu o respeitei tanto, que prometi que não sairia mais com a mãe dele. E no mesmo dia, quando Letícia chegou em minha casa, eu terminei nosso caso.


Ela nunca soube por que. Mas eu nunca esqueci aquele pedido, a força de Nate, a solidão e a dor que o faziam crescer mais rápido do que deveria.


Não tinha visto mais o menino desde então. Até aquela tarde, na livraria.


Talvez tivesse agido errado me aproximando dele, mas senti necessidade de cumprimentá-lo, de saber se estava bem.


Lembrei de mim mesmo, sempre tão solitário naquela idade... Nem sei quem foi meu pai ou minha mãe, mas algo naquele garoto mexeu com bons sentimentos dentro de mim.


Sentimentos paternos e de proteção, que senti somente uma vez na vida antes de conhecê-lo.


Não foi bem como eu esperava. Nate não ficou nada feliz em me ver e tudo foi pior com a tia perto, protegendo-o como uma onça, olhando para mim como se eu fosse pior do que um assassino em série.


Ambos deixaram bem claro o quanto eu era indesejado.


E nem podia culpá-los.


Passei os dedos entre os pelos macios de Kafka, lembrando da mulher, Anahí.


Letícia me falara algumas vezes dela. E da última vez que veio me procurar pedindo para voltar também comentou que a irmã estava vindo para ficar um tempo na ilha.


Seus olhos azuis e acusadores pareciam bem nítidos em minha mente.


Não era bonita como Letícia. Era magra demais, com aspecto de uma pessoa fria, séria, fechada.


Mas algo nela chamou minha atenção, além da força de caráter explícita pelo modo como pareceu pronta a defender o sobrinho.


Não era o meu tipo, mas seus lábios muito carnudos, e algo que parecia transbordar de seu olhar... Mexeram comigo.


— É, Kafka, estou ficando velho. 38 anos. Acho que meu charme começou a falhar. — sorri para o cachorro, que pôs a língua para fora e balançou o rabo como se me entendesse.


Voltei para dentro de casa, disposto a voltar a escrever.


E por algum motivo, não foi em Letícia que os pensamentos permaneceram comigo.


Foram os olhos azuis de Anahí.


 


Anahí


Eu acordei me sentindo muito mal na manhã seguinte.


Dormi como uma pedra, sem sonhos nem pesadelos, mas a sensação era a de que não descansara nada.


Estava exausta, deprimida, com preguiça até de abrir os olhos. Mas forcei a me levantar.


Antes de descer, fui ver Joaquim.


Ele estava acordado, prestando atenção em Irene, que lia uma poesia de Olavo Bilac para ele em voz alta, sentada em uma poltrona ao lado da cama.


— Bom dia... — eu me aproximei deles, notando que os olhos do meu cunhado, mesmo nublados e distantes, se voltavam para mim.


— Bom dia, senhorita. — Irene sorriu e disse para Joaquim: — Lembra de sua cunhada Anahí?


Senti-me mais animada quando vi um brilho de reconhecimento nos olhos dele e um arremedo de sorriso.


Estava levemente reclinado na cama, bem cuidado, com um pijama azul e um lençol branco cobrindo-o do peito para baixo.


Eu segurei sua mão fria e sorri pelo momento de lucidez.


— A... na... hí... — murmurou com voz enrouquecida.


— Oi, Joaquim. Que bom poder falar com você.


— Bom... ter você... aqui. — sua voz ganhava mais consistência.


— É, vou ficar por algum tempo.


— Fico mais... tranquilo. Cuide de Letícia e... Nate. — seu olhar era calmo, sem revolta pelo seu estado. — Me deixa... feliz.


— Não se preocupe, ficarei aqui sim.


— Sabe... acho que durmo a maior... parte do tempo. Mas agora estou bem. Nate veio aqui, saiu porque... mandei ir tomar café. A Letícia, coitada... muitas responsabilidades. Ela não merecia... um marido assim.


Estava cansado.


— Não diga isso, Joaquim... — falei com carinho e apertei de leve a sua mão. — Você é o melhor marido que já vi. Minha irmã teve sorte.


Ele sorriu. Fechou os olhos por um momento, mas logo a sua respiração ficou pesada e mergulhou em um sono profundo.


Eu suspirei, depositei sua mão sobre a cama e me voltei para Irene, sentindo como se uma tonelada pesasse sobre mim.


— Já tomou seu café da manhã?


— Sim, Elisa trouxe para mim. Talvez você ainda consiga pegar o Nate por lá.


— É o que vou fazer.


 


 



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Autor(a): Mila Puente Herrera ®

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Despedi-me de Irene e dirigi-me à cozinha. Elisa descascava batatas em uma bancada, e Nate devorava suas guloseimas como na manhã anterior. Eu os cumprimentei, e percebi que parecia apressado, ao me sentar em sua frente, engolindo seus biscoitos amanteigados rapidamente. Como se percebesse meu olhar, Elisa explicou: — Ele está comendo correndo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 156



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  • ponnyforever10 Postado em 25/07/2018 - 19:01:50

    A Letícia não tinha limites e no fim teve o que mereceu :))). 5 filhos <333 aii que família mais lindaaaaa <333333. Ameii a história vamos pra próxima :)

  • sahprado_ Postado em 25/07/2018 - 17:26:41

    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que final lindo!!!! Letícia colheu o que plantou, mas bem que eu queria ver ela de volta no Brasil com uma mão na frente e outra atrás pedindo socorro pra Any e pro Alfonso. Ia ter sido legal. Amei a história!

  • ponnyforever10 Postado em 24/07/2018 - 12:05:49

    Ai o Nate amou o katfa *----*, ótima ideia levar ele ganhou pontos com Nate kkkk.Eu to é rindo da Letícia mulher amargurada :)))

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 25/07/2018 - 15:54:56

      Quem não se derrete por um doguinho? *--* Letícia teve oq merece :3

  • sahprado_ Postado em 24/07/2018 - 09:42:39

    Gente meu coração tá explodindo de amor com o Poncho e o Nate e a Kafka aaaaaaaaaaaaaa <3 que lindeza! Acho que o que incomodava mais o Nate sobre o Alfonso era o fato de a Letícia ainda ser casada. A Any é livre e desimpedida, então...

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 25/07/2018 - 15:54:25

      Vontade de colocar num pote né? :3 Sim, ainda mais com o pai dele, graças a Deus Any não tem nada a ver com o pai dele KKKKKKKKKK

  • ponnyyvida Postado em 23/07/2018 - 22:54:14

    Aí meu coração *_* Esse dois são muito perfeitos <3 Graças a Letícia vai embora e nunca mais vai voltar (pelo jeito). Continuaaa <3 <3

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 24/07/2018 - 03:06:45

      São sim *---* Pode ficar tranquila que ela não volta :3

  • ponnyforever10 Postado em 23/07/2018 - 11:35:11

    Sabia que Poncho não ia decepcionar :)), como o Poncho disse até os bichos tem mais sentimentos que ela !!. Aaaaaa ele pediu ela em namoro e ja sabe que ta apaixonado *------*

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 24/07/2018 - 03:05:32

      Claro que não u.u SIM!!! SIMMMMM <3

  • sahprado_ Postado em 23/07/2018 - 11:00:11

    "Não havia mais nada sensual nela. Era uma mulher amarga, rancorosa, feia. Tão feia por dentro que isso se espelhava agora, refletindo-a." Ponchito, você nunca decepciona, tão lindinhos ele e a Any <3 reta final já :( quero maaiisss poxa hahahaha

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 24/07/2018 - 03:04:35

      KKKKKKKKK SIM, ele finalmente viu a Letícia como a gnt vê :3 Um casal bolinho *--* Sim :/ Calma que tem um epílogo MARAVILHOSO :3

  • ponnyyvida Postado em 22/07/2018 - 23:57:17

    Aí senhor, que perfeição o Poncho dando um fora bemmm bonito na Letícia :) Isso mesmo Poncho, tem que ser fiel <3 Continuaaaa

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 23/07/2018 - 03:18:38

      Maravilhoso não? Anahí era pra ver isso u.u Ele é, já tá arriado os 4 pneus pela Narrí :3

  • sintiyomemuero_anahi Postado em 22/07/2018 - 16:07:28

    continuuuuuuuuuua

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 23/07/2018 - 03:17:45

      Continuandooooo :3

  • sahprado_ Postado em 21/07/2018 - 01:12:50

    Vai lá, Poncho. Tenho fé em você. Coloca essa cretina no lugar dela - com educação, porque você é um cavalheiro. Os medos da Any são tão familiares que doem, mas com o Poncho vai ser diferente! A Any ainda vai ter a oportunidade de sentar a mão na orelha dessa infeliz? Por favorrr nunca te pedi nada

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 23/07/2018 - 03:17:23

      MORTA COM O *com educação, porque você é um cavalheiro* KKKKKKKKKKKK Sim, a bichinha... :/ OHHH SE VAI :3 KKKKKKKK Não mais, essa bruxa já vai embora, mas calma que ela vai ter o dela...


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