Fanfic: Pecados e Desejos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Dirigi até a casa de Alfonso nervosa, ansiosa, sem entender por que desejava tanto vê-lo.

Ter ficado longe desde sábado tinha me incomodado e pensei nele praticamente o tempo todo.

Era revoltante, não queria me sentir daquele jeito, mas não sabia como controlar.

Os portões da sua casa estavam abertos e o dia estava lindo, as plantas dali balançando sob a brisa suave e gostosa.

Estacionei a pick-up e peguei minha bolsa, descendo.

Na hora o vi perto do carro, virando-se para me olhar e se encostando na porta.

Meu coração bateu descompensado e contive o ar nos pulmões, sentindo uma alegria sem explicação ao vê-lo.

Estava com as mãos nos bolsos da bermuda creme, os cabelos mexidos, uma camisa branca meio aberta no peito, onde aparecia o pequeno cordão preto.

Andei devagar até ele, tentando ganhar tempo para controlar um pouco meus batimentos cardíacos e a excitação que já dava voltas pelo meu corpo.

Mas era difícil ter controle sob aqueles olhos verdes profundos e aquela beleza máscula toda.

— Oi... — parei a uma distância segura, um tanto tensa, perturbada.

— Oi. — seu sorriso se ampliou enquanto o olhar descia lento e preguiçoso por mim, até meus pés, e voltava do mesmo jeito até meus olhos.

E me deixava ainda mais nervosa.

Tentei me distrair com alguma coisa.

Passei meus olhos pelo carro atrás dele, percebendo que havia uma prancha de surf, um isopor e uma cesta aparecendo pelo banco de trás, sem capota.

Mas quando encontrei de novo seus olhos, o tesão continuava lá, latejando em cada parte de mim.

— Vai surfar?

— Vamos.

— Eu não sei surfar.

Sorriu, jocoso.

— Então, vou ser o primeiro a te ensinar. Vem aqui, Anahí. Por que está tão longe?

— Não estou longe... — mexi-me, meu coração parecendo a ponto de pular pela boca.

— Então, vem.

Dei dois passos a frente. E mais um.

Não conseguia mais controlar as sensações avassaladoras, a saudade, o desejo, a vontade de tocá-lo.

Mas Alfonso não ficou só na vontade. Estendeu a mão, segurou meu pulso e me trouxe para si.

Entreabri os lábios, ansiosa, mas ele não me fez esperar muito. Logo me encaixava entre suas pernas, a mão firme em minha nuca, a boca saqueando a minha em um beijo gostoso, cheio de paixão e luxúria.

Eu me vi agarrando-o, colando-me nele, buscando sofregamente sua língua, quase gemendo com a falta que tinha sentido daquilo.

Fiquei com as pernas bambas.

Seu gosto era de pasta de dente, seu cheiro delicioso de pós banho, sabonete misturado ao natural de sua pele em uma combinação embriagante.

A pele era quente, a língua macia e exploradora, passando em cada recanto em minha boca. Foi delicioso.

Alfonso deslizou os lábios por minha face, queixo, pescoço, orelha. Espalmou as mãos em minha bunda, trazendo-me mais até me encaixar firme entre suas coxas.

Gemi quando senti o volume grande de seu sexo tentador contra minha vagina, o desejo aumentando absurdamente, fazendo o sangue bombear violento em minhas veias.

— Não dá vontade de sair daqui... — murmurou rouco em minha orelha, mordendo devagarinho o lóbulo.

Ronronei baixinho, ardendo, precisando tanto dele que chegava a doer.

Passei minhas mãos em suas costas, rocei o nariz em seu pescoço, deliciando-me com cada pedacinho de seu corpo.

E sem poder resistir, mordisquei perto de sua jugular, passando suavemente a língua ali.

— Hum... Que gostoso... — murmurou rouco.

Por fim, subiu uma das mãos por minhas costas até a nuca, onde segurou minha cabeça e o fez olhá-lo.

Sorriu lento, suas pálpebras pesadas.

— Melhor sairmos daqui ou vamos acabar desistindo e indo para a cama.

Quase pedi que fizéssemos exatamente isso, mas me controlei a tempo.

Beijou suavemente meus lábios e se afastou o suficiente para abrir a porta para mim.

Não tive como reclamar. Entrei e sentei.

Alfonso deu a volta e sentou ao meu lado.

Pegamos a estrada deserta àquela hora.

Para acalmar o corpo acalorado, tentei me concentrar em alguma outra coisa.

Disse algo que me ocorreu:

— O que aconteceu que não está ouvindo música?

— É verdade... Isso é imperdoável. Culpa sua.

— Minha? Por quê?

Ele segurava o volante com uma das mãos, um ar de riso em seu rosto.

— Me fez esquecer todo o resto.

— Sei... — fingi acreditar, mas fiquei estranhamente satisfeita com suas palavras.

— Ponha uma música, Anahí. Hoje você escolhe.

— Está bem.

Acabei escolhendo uma coletânea de músicas internacionais bonitas e que haviam tocado muito nos anos 80 e 90.

Alfonso

Eu queria que ela gostasse do passeio e escolhi a dedo a praia onde íamos.

Era mais distante que muitas outras e por isso mais deserta. Ainda mais em uma segunda-feira.

Não havia lojas, calçadas ou vendedores por ali. Só a natureza, pura e exótica, com areia branca e vegetação verde em volta do mar, formando um pequeno paraíso.

Para coroar, havia uma cachoeira perto cuja água gelada e límpida desaguava no mar.

Parei o carro sob a sombra de uma árvore gigante e desci.

Anahí já pulava do outro lado, olhando em volta maravilhada.

— Lindo, não é?

— Demais, Alfonso!

Deixei tudo no carro, para pegar depois.

Passei por ela e segurei sua mão, já a levando em direção a areia macia.

Fiquei satisfeito ao ver a sua expressão enaltecida, feliz. Era difícil pegá-la assim, com a guarda baixa.